"Clichê" escrita por DragonMK


Capítulo 1
Isto é real


Notas iniciais do capítulo

Bem... Eu realmente não fiz essa história com muita atenção. Não que eu não goste dela, mas é por que bem kkkkkDesculpem os erros, estou com muita dor de cabeça e dei uma rápida olhada para ver alguns erros... que com toda certeza contém... então peço desculpas por isto.Eu meio que não sei se é uma boa história... na verdade ela é esquisita, mas gente kkkk Ela é real, bem tirando o final, o mas todo o resto que vai ser narrado aqui sobre o romance deles é algo que realmente aconteceu comigo e o meu primeiro amor...Na verdade é uma história baseada em nisto...Leiam esta coisa kkkk desculpa...



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Aviso:

Essa é uma história real... Bem, quase. Todos os acontecimentos mostrados aqui são de total autoria minha e da minha louca imaginação... Algumas partes não chegam bem a serem realidade, mas eu juro... Eu tentei...

~*~

“Sabe aqueles contos de fadas em que o príncipe sempre fica com a princesa?”.

“Ou aqueles filmes água com açúcar, em que você diz que não gosta, mas hora ou outra sempre assiste e te faz pensar: EU QUERO UM AMOR DESTES... Mesmo que por meros milésimos.”

“Bem a minha história é assim...”.

“Sinceramente vocês se importam se eu parar esta pequena segunda explicação? Sim, pois o aviso também é meu e não da autora...”.

Voltando...

“Há muitos anos atrás, enquanto eu era criança, muitas vezes ouvi dizer que pessoas eram destinadas umas as outras. Contos de fadas, filmes, desenhos, novelas e muitas outras coisas sempre me passaram este conceito de que um dia eu iria encontrar a merecida metade da minha laranja.”

“Eu realmente acreditei nisso, até bem... A separação dos meus pais”.

“Não ache que isto é ruim, a verdade é que o homem que a minha mãe se separou não era bem o meu pai e... Bem é confuso, então preste atenção agora ok? Eu irei te contar a minha história, ou melhor, a história de como eu encontrei o amor da minha vida...”.

“Clichê eu sei... Mas lembre-se essa história conta fatos reais.”

~*~

Muitos anos atrás, uma linda garota que acreditava que o mundo era doce, se apaixonou por um rapaz galante e educado. Ele era realmente diferente de todos os outros, era encantador e refinado, fazia a mesma sentir-se como uma princesa e não precisou de muito tempo para que ela se apaixonasse por aquele rapaz.

E logo ela se entregou a ele e assim engravidou, mas como nada é realmente um mar de rosas, o rapaz estava perdidamente apaixonado por outra mulher, de outra cidade. E assim, aquela garota fez uma escolha, o deixou livre e assim criaria o filho deles sozinha, mas ele teria que tomar conta de sua família até a criança estar um pouco maior.

E assim alguns meses depois, a criança nasceu e após completar sete dias de nascimento, seu pai a abandonou com a mãe, que ainda era completamente apaixonada pelo rapaz e sempre acreditou que o mesmo voltaria para ela... Como era tola...

A criança foi crescendo, e a mãe cuidando dela por aqueles árduos meses, sem descanso e muitas vezes desesperada por não ter o que dar a sua criança, até que o melhor amigo daquele rapaz vai à casa da garota dar noticias do pai cafajeste. E como se fosse mágica, o novo rapaz se apaixonou pela criança como se fosse sua filha e então logo visitas raras se tornaram muito mais frequentes. E logo a garota começou a se apaixonar por aquele jovem que tratava o seu filho como se fosse dele e assim iniciaram um novo relacionamento.

Aquele novo casal se mudou para outra cidade. No começo não foi fácil para nenhum deles, mas estranhamente a criança era calma e pouco agitada. A família do rapaz a aceitou como sua de sangue e assim começou um laço de coração que duraria por muitos anos no coração daquela criança.

Anos se passaram e o casal foi se intensificando e depois de três anos eles tiveram uma filha. E mesmo assim, a outra criança sempre foi muito amada, assim como a sua irmãzinha. Ele era um filho mais velho prestativo e que sempre ajudava sua mãe, tanto que até as irmãs da garota estranhavam o quanto o garotinho mais velho já entendia as coisas com apenas três anos de idade.

A criança foi crescendo... Sempre alegre e sorridente, vivia metida em brincadeiras e alegrava a casa. Sonhava em descobrir o mundo e assim que começou a andar de bicicleta foi como dar asas a mesma, e ela se divertia horas a fio andando em seu bairro, onde todos o conheciam e lhe sorriam.

Parece realmente muito falso isto, não? Mas realmente é verdade...

Ela era uma criança muito inteligente, as professoras sempre elogiavam a mesma e assim ela logo começou o seu fundamental, animada... Pobre criança tola...

Logo nos primeiros anos a criança começou a ser motivo de chacota das demais por ser menor, mas magra e inteligente. Muitas vezes apanhava no banheiro dos coleguinhas, roubavam o seu dinheiro do lanche, puxavam o seu cabelo, roubavam os seus materiais e muitas mais coisas...

E ela nunca contou. Um dia ele recebeu ajuda de uma garotinha cujo pequenino se apaixonou perdidamente e assim começou a escrever sobre aqueles sentimentos tão novos em seu diário, que mais tarde foi roubado e a mesma garota o leu para a sala toda... Destroçando o pequeno coração do garotinho...

A criança se tornou um pouco mais fechada, mas ainda assim abria largos sorrisos em casa para sua irmãzinha e achava que não poderia causar mais problemas a sua mãe, afinal nunca foi segredo nenhum para o pequeno que o seu pai de verdade não o queria, e nem mantinha contato, mesmo morando na mesma cidade que o pequeno, mas isso nunca partiu o seu frágil coração... Ele sempre teve o seu pai de criação, aquele que o carregava e lhe contava histórias antes de dormir e dizia a todos com orgulho que o garotinho era o seu filho.

A mãe do garotinho foi chamada na escola e descobriu as notas baixas do pequeno que não viu outra saída... Contou tudo a sua mãe e a mesma horrorizada lhe transferiu no mês seguinte para o melhor colégio para crianças que tinha por ali.

Mas antes disso a criança estava completando seus sete anos de vida... E estranhamente o seu pai apareceu novamente em sua vida. Encantando o pequeno com palavras doces e mostrando seus irmãozinhos que o mesmo nunca havia conhecido, e assim ele acabou por se encantar por aquela família e sendo assim ele visitava a sua outra família a todos os finais de semana.

Assim que começou o novo ano escolar, em sua nova escolar a criança estava sozinha, não tinha amigos, mas estava disposta a mudar tudo aquilo. Foi então que ela voltou a ser como antes, feliz e alegre... Estranhamente sua primeira amizade foi com a secretária do colégio, aonde o pequeno ia sempre à diretoria em seus intervalos para conversar com a senhora e brincar por lá.

Uma garotinha de cabelos castanhos e de óculos logo se apaixonou pelo pequeno e a mesma tinha um amigo meio mal humorado, mas que sempre tirava sarro do pequeno. E o garotinho já havia aprendido a sua lição, se ele deixasse aquilo continuar as mesmas coisas da outra escola voltariam acontecer, e ele não desejava fazer isso e em um gesto maduro para a sua idade ele foi até o pai do garoto e lhe pediu para conversar com o seu filho...

Aquela criança... Se ela soubesse que aquele simples fato mudaria sua vida inteira, tenho certeza que a mesma não teria ido falar...

~///~

Era mais um dia que amanhecia e sinceramente eu estava bem animado para ir à escola. Havia feito um novo amigo, Armin, que gostava assim como eu de ler os enormes livros que a tia Nanaba da secretaria nos dava.

Realmente eu amava a minha escola, era muito melhor estudar lá. Eu tinha amigos, brincava, corria, lia e ainda assim não era visto como esquisito por ser o menor da sala, ou mesmo o mais magrinho, era tudo muito perfeito, até aquele garoto aparecer.

Não tinha nada contra o Levi-san, mas sempre que a sua amiga, Hanji minha me dar uma cartinha de amor, declarando os seus sentimentos pelos meus belos olhos turquesa, ele fazia uma série de comentários que me depreciavam.

E sendo assim, com a ajuda de Armin eu contei ao pai dele tudo e estranhamente o homem me ouviu atentamente e um pouco surpreso não entendi muito bem o porquê, mas aquilo não importava, eu só queria ficar bem e nunca mais sofrer nada parecido como na escola antiga.

Não mesmo...

E assim terminei de me arrumar e fui levado pelo meu pai, que sempre me contava histórias maravilhosas de lugares que já havia visitado, e que um dia eu desejaria ver com meus olhos. Ele me deixou no colégio e logo entrei, vendo Armin correr em minha direção e começarmos a conversar.

Entrei na primeira sala do pavilhão, eu estava no terceiro ano do fundamental e já estava com os meus oito anos completo. O mais novo da sala, e mesmo assim não era um problema, por que todos ali eram muito divertidos. Fui até a minha cadeira, a terceira da primeira fileira e ali fiquei esperando a professora.

Foi então que a Hanji-san entrou na sala e logo me jogou beijinhos estalados no ar e sentou-se ao meu lado, ela começou a contar sobre um desenho que havia visto um dia antes e em como o casal principal eram lindos, e destinados como eu e ela...

E assim ficamos conversando, pois mesmo que ela seja estranha, era divertido conversar com ela, isso até certo garoto de cabelos negros e olhos azuis ultrapassar a porta, ele era um pouco mais alto do que eu, e sendo assim era o segundo mais baixo da sala, mas era um dos melhores alunos. Engoli em seco ao me lembrar do que havia feito ontem, e o medo de que por minha culpa ele houvesse apanhado me abateu... O mesmo veio até o seu lugar atrás de mim e sentou-se sem falar com ninguém, nem mesmo com a sua amiga, mas seus olhos me encaravam sérios.

Logo as aulas foram passando e então um pequeno bilhete caiu sobre a minha mesa. Olhei para os lados, vendo que ninguém parecia ter me jogado e então abri o mesmo e percebi a letra bonita do Levi-san no papel amassado: Desculpe-me, não irei fazer mais...

Fiquei tentado a olhar para trás e saber se aquilo era real, mas ainda sentia muito medo dele e do que poderia ter causado ao mesmo para ao menos pensar em fazer algo assim. E logo saímos para o recreio e estranhamente o pequeno moreno me acompanhou por onde eu andasse. Desde o banheiro, até a cantina... Nunca falando comigo, mas sempre me olhando. E assim os dias foram se passando, onde ele me vigiava de perto.

Ele iria me bater e só estava esperando o momento certo...

...

Depois de um tempo logo era o aniversário da minha madrasta cujo eu estava convidado a comparecer. Sentia-me animado por está no meio da família do meu pai, mal sabendo eu como não era bem aceito...

Meu irmão mais novo por parte de pai, por somente um ano tratava-me de modo estranho, sempre falava de como os seus brinquedos eram caros e de onde era comprado. Mostrava-me seus sapatos e suas roupas e sempre dizia como o papai sempre lhe dava tudo o que pedia... E eu como uma criança boba sorria e ficava fascinado, e lhe dizia que gostaria de ter alguns brinquedos, mas que amava os que a minha mãe e o meu pai me davam.

Nunca tive uma surpresa maior ao ver aquele mesmo garoto sentado no banco da frente da casa do meu pai, onde a festa acontecia, mexendo em um celular e jogando a ‘cobrinha’, o jogo que todos tentavam ultrapassar os outros na nossa idade.

Fui intimado a falar com ele pelo meu pai, que era amigo do pai do Levi-san, e como não queria decepcioná-lo fiz o que ele me mandou e assim fiz a coisa mais difícil que já passei durante todos os anos daquela minha vida... Falar com ele.

Puxei assunto pelo joguinho e logo o mesmo me olhou surpreso e começou a falar sobre os seus recordes que eram bem maiores que o meu. E assim ficamos horas conversando e descobri que ele morava próximo ao meu pai, e que assim como eu amava andar de bicicleta, tinha um quarto só dele, um irmão mais novo.

“Sabe, eu sempre quis ir naquela Lan House próximo ao parque, mas minha mãe nunca deixou. Eu queria achar um jogo mais difícil que a cobrinha...”.

Aquela frase, ela foi o inicio de tudo. Nós combinamos de ir depois da festa a lan house, sem nossos pais saberem. Ele iria pegar a sua bicicleta e iriamos lar os dois e depois voltaríamos antes de todos perceberem, mas isto nunca aconteceu.

Ele não veio, mas mesmo assim eu não fiquei mal, pois no dia seguinte ele veio falar comigo e dizer que havia dormido antes e acabou por não acordar na hora. E assim logo iniciamos uma amizade forte...

Riamos juntos e falávamos sobre tudo. Eu visitava a sua casa e ele a minha... Fazíamos trabalhos juntos, um cuidando do outro como verdadeiros amigos. Eu o via andar de bicicleta enfrente a casa do meu pai e às vezes ele me levava na garupa da mesma.

Ele sorria para mim e eu para ele... Como era doce aquele tempo...

E assim ficamos, e um dia ele descobriu que eu também andava de bicicleta e bem melhor do que o irmãozinho dele e assim me entregou a sua bicicleta. Eu realmente fiquei feliz e então sem sapato, apenas eu a bicicleta descemos a rua pedalando alegremente, até um carro vim em minha direção.

Não era um problema, bem até eu perceber que o freio não estava pegando e que a corrente havia caído e que estava sem sapato para frear. Engoli em seco vendo aquele carro que se aproximava mais e mais em minha direção e que já buzinava para eu sair da frente... Mesmo que eu desviasse, cairia no esgoto e me machucaria.

Eu iria me machucar e não tinha duvidas disto...

Foi até sentir a bicicleta ser puxada com muita força para trás e ver ele, o pequeno moreno sorrindo cúmplice para mim ao parar a bicicleta, com aquele lindo sorriso com os pequenos dentes a mostra, os olhos azuis brilhantes...

“Graças a deus... Eu consegui te salvar...”.

Naquele momento o meu peito bateu mais rápido no peito... Como se ele estivesse dançando. Ele era tão lindo, e pude ver como ele havia machucado as mãos apenas para me salvar e isto me deixava mais surpreso, até o carro buzinar parado em nossa frente e me tirar daquele momento.

Logo ficar dele causava-me uma aceleração mais rápida, eu sorria para tudo o que ele dizia. Gostava de quando ele me abraçava e contava segredos sobre alguma coisa que havia descoberto... Dos nossos planos de um dia ir sozinhos a lan house.

Levi estava sempre na casa do meu pai quando eu estava lá... Logo ele passou a dormir no local, usando camisas de bandas de rock que o mesmo havia ganhado do pai e que o mesmo adorava e que passei a escutar junto do meu pai de criação, que nunca ficou tão feliz por saber que o seu filhinho amava o mesmo estilo musical que ele.

Saíamos da escola cedo e ficávamos na casa dele brincando e lanchando. Ouvíamos música e jogávamos vídeo games. Fazíamos os nossos trabalhos e ficávamos planejando a nossa visita à escondida ao único local que não conhecíamos, mas que todas as crianças iam para jogar.

Eu dormia na casa dele, usava às vezes as camisas dele... Ele tinha o segundo cheiro mais gostoso do mundo, apenas perdendo para a minha mãe. Ele me contava tudo e eu contava tudo a ele... Ninguém chegava perto de mim se ele não deixasse, e mesmo as pessoas que mexiam comigo tinham medo dele.

As garotas que sempre me entregavam cartinhas pararam... Levi-san não deixava elas chegarem perto de mim, sabendo que eu sempre ficava nervoso. No dia em que uma delas tentou me atacar no banheiro, ele só não bateu na garota por que eu implorei.

Íamos à praia juntos... E nas noites em que ficava até mais tarde em sua casa ele me levava até a minha de bicicleta, e estranhamente ele sempre pegava o caminho mais longo para me deixar, com a mesma desculpa de que aquela rua era a melhor. Eu já não me sentia incomodado por andar na garupa dele e de abraçar a sua cintura... Na verdade, aqueles finais de tarde eram os meus favoritos.

Mas isso tudo mudou assim que os meus pais decidiram se mudar... Eu não queria ir, mas o Levi-san e eu decidimos nos mandar cartinhas. E logo eu fui para outra cidade, uma em que não conhecia ninguém e ninguém falava comigo.

Meu maior passatempo era escutar um CD com várias músicas que eu e o Levi-san gostávamos. Sentia-me mais perto dele e isso me acalmava... O meu pai sempre ia para a nossa antiga cidade visitar meus avós e eu sempre o acompanhava, fugindo e indo para a casa do Levi-san.

E assim dois anos se passaram. Eu ganhei o meu primeiro celular e logo ele também, ficávamos conversando por horas por telefone. E então, quanto eu tinha quase onze anos eu fui a uma viagem com o meu pai, e o mesmo me deixou o dia inteiro na casa do moreno...

Naquele dia a Hanji-san estava lá e brincamos de casamento, e estranhamente eu era a noiva e ele o noivo e assim nós brincamos de casar. Colocando dois brincos pequenos e redondos encontrados no chão envolta dos nossos dedos e assim finalizando a brincadeira com um beijo no rosto...

Depois nos sentamos e conversamos por horas, antes de voltarmos a brincar. E naquela noite, antes do meu pai me buscar, enquanto brincávamos com um joguinho de tabuleiro com o irmãozinho dele ele me contou que o seu aniversário estava chegando.

“Já sei... Que tal se nós fossemos a Lan house? Afinal nunca fomos”.

Aquela minha ideia era genial. O aniversário dele caia em um final de semana e dava para mim vim ver meus avós. Estava tudo programado e como eu estava ansioso... Como eu queria encontra-lo e sentir o meu peito bater mais rápido, pois mesmo que minhas mãos suassem, era muito bom.

Queria andar na rua com ele, tomar sorvete e ir ao nosso cantinho secreto na praça próxima a casa dele... Queria escutar música com ele e ler os mesmos livros. Queria andar na garupa da bicicleta dele novamente. Sonhar com o futuro... Como eu queria, mas aquela foi à última vez que eu o vi...

Meus pais se separaram e logo eu me mudei para uma cidade muito mais distante. Minha mãe trocou o meu número e toda a vez que eu ligava para ele, nunca completava... Estávamos a quatro mil quilômetros de distancia, e mesmo assim eu ouvia falar coisas sobre ele.

E assim anos foram se passando. Eu cresci e já não era baixinho, na verdade acabei por me tornar o mais alto da turma. Aprendi a ser independente por mim mesmo, e fui assim me apaixonando por outras pessoas, mas eram sempre paixões rápidas.

Depois de dois anos me mudei novamente e fui para outro estado, muito mais longe dele. Já não tinha noticias algumas, a última vez que ouvi algo sobre ele, foi que seus pais havia se separado assim como os meus.

Com os anos fui percebendo como meu pai biológico realmente não se importava comigo. Nem ao menos ligava para me dar parabéns pelo meu aniversário, e quando o fazia era sempre no mês errado. Acabei por me tornar um adolescente consciente e ainda assim sem acreditar no amor...

Às vezes me recordava daquele doce passado. Daquelas sensações tão novas e que eu nunca havia sentido antes... E logo eu me tornei um adulto que havia aceitado o fato de que ninguém realmente preenchia o meu peito. Namorava por entorno de três meses e logo terminava com a pessoa, por me cansar de fingir gostar. Nunca menti para as pessoas que se envolveram comigo sobre os meus sentimentos. Sabia muito bem a minha opção sexual, afinal desde criança sempre gostei muitos mais de garotos do que de garotas...

Foi então que um ano recebi uma ligação avisando que a minha avó havia falecido e que o meu pai de criação me pediu para ir para o enterro dela. Eu amava muito a minha avó, então partir junto da minha irmã Mikasa para aquela cidade que tanto me trouce alegria.

Nada era mais parecido como eu lembrava, mas ainda assim existiam lugares que permaneceram de pé. E depois do enterro da minha avó, de ver pessoas chorando e de cuidar do meu pai já um homem mais velho, casado e com uma filha, fui andar pela cidade.

E ali estava eu... Parado enfrente a casa dele, onde eu sabia que o mesmo já não morava mais há anos, mas ainda assim eu não podia evitar em sentir nostalgia ao olhar aquelas paredes brancas encardidas, o enorme carvalho cujo dormíamos embaixo e a antiga varanda.

Olhei para a velha campainha que antes tocava com certo gosto, e assim apertei a mesma, ouvindo aquele som tão conhecido, e que trazia consigo tantas lembranças antigas. Toquei o pequeno “anel” que guardava no cordão, como lembrança da minha infância e fui embora.

Desci a rua e então fui até a antiga praça, onde crianças andavam rindo. Caminhei até próximo a um enorme carvalho mais afastado do parque e próximo às quadras, aonde ninguém ia, e entre as antigas roseiras eu me escondi, olhando o lugar que deveria ser a lan house, mas que hoje nada mais se passava do que um fast food.

Minhas lembranças já eram apenas isto, lembranças... E tinha medo de saber que apena eu as preservava, mesmo que algumas tenham sido distorcidas, mas ainda assim eu as tinha. E andar por aqueles lugares, dando passos que antigamente daria dois para alcançar a mesma distancia apenas me deixava com saudade de um tempo que já não voltava.

Suspirei me jogando na grama e fiquei encarando as estrelas... Por isso aquele era o nosso lugar favorito, pois podíamos ver o lugar onde nunca fomos e ainda assim observar as estrelas, sem sermos interrompidos.

Quanta vez não me perguntou em como ele estava?

Se ele ainda sorria daquele jeito que aquecia o meu peito...

E naquele instante eu fechei os olhos, caindo no meu próprio mundo e sonhando com minhas besteiras diárias. A minha vida de agora era cômoda, gostava dela e do que havia me tornado, mas sempre existe um momento em que você gostaria de voltar e vive-lo novamente, e o meu era aquele.

Eu só não imaginava que meus pensamentos pudessem ser tão fortes...

Nunca imaginei que as minhas lembranças poderiam estar presas a ele...

Nunca...

Enquanto eu estava de olhos fechados, escutei passos na grama e imaginei naquele período que poderia ser um casal de namorados, crianças ou até mesmo um animal. E ali eu sorri dando um adeus para o meu doce passado e me levantei, eu só não imaginei que ao fazer isso desse de cara com um rapaz...

Um rapaz de estatura mais baixa que a minha. Cabelos negros como a noite e olhos azuis cinzentos, corpo bem definido sendo mostrado pela regata presa. Um alargador na orelha e óculos negros adornando o rosto de traços finos e lábios pequenos.

E naquele momento tudo parou... Toda a lógica do mundo, ou todo o meu pessimismo. O adeus ao passado havia sumido enquanto eu mergulhava naquele azul tão conhecido...

Onze anos... Eu tinha onze anos quando o deixei, e com 23 eu o encontrei novamente...

“Eren?” Aquela voz, como era doce e rouca... Não se parecia em nada com aquela lembrança falhada e infantil que eu tinha. E ao ouvir o meu nome ser sibilado tão gentilmente por aqueles lábios, foi como abrir aquela porta do passado... “Você voltou...”

“Sim... Eu vim para nós irmos à lan house como prometido...”.

E então ele sorriu... Sorriu daquele mesmo jeitinho que apenas eu conhecia... Que tanto embalava o meu peito e assim eu sorri...

Sorri para o meu primeiro e único amor...

~*~

“Realmente é muito clichê, não? Mas o que eu posso dizer além de que a vida é feita de um monótono clichê?”

“Eu sempre ouvi sobre destino... E como pessoas eram feitas uma paras as outras, mas eu nunca imaginei que isso era verdade...”.

“Amo lembrar este período tão doce... Gosto de lembrar como era boa à sensação de abraçar as costas da pessoa que amo...”.

“Você quer saber o final?”

“Quer saber se eu estou com ele?”

“Como ficamos depois de tudo?”

“O que ele pensou?”

“Acho que está será um duvida que você tenha que aguentar, afinal a nossa história ainda não terminou, ela recomeça todo o dia...”.

“Obrigados por lerem o meu doce clichê”


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Notas finais do capítulo

Me desculpe por istokkkk



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