Addiction escrita por Catherine


Capítulo 5
Capítulo Cinco


Notas iniciais do capítulo

Oii~~~! Obrigado a todos os que acompanham e comentam, em especial à Ms Talisa por ter favoritado :)
Disse que postava esta semana o capitulo, mas acabei por colocá-lo hoje mesmo, ahaha, então, espero que gostem!



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Ao fim de duas semanas e uma ultima visita ao hospital, Natasha estava de volta a casa. Deu uma vista de olhos pelo espaço, indo para a cozinha enquanto Steve colocava as malas no quarto. Abriu o frigorifico e franziu o nariz, precisava fazer compras. Ligou a máquina de café e pegou duas chávenas, já sabendo que Steve começava a apanhar o seu gosto pela cafeína.

Natasha colocava duas chávenas de café na mesa quando chegou á cozinha. Sorriu-lhe e sentou-se à sua frente, pegando numa e dando um longo gole – Vai ser estranho ir para casa e não estares lá.

Essa é a tua maneira de dizer que vais ter saudades Capitão?

Olhou-a durante uns segundos, antes de corar - Sim.

Natasha aconchegou-se na cama logo depois de Steve ir embora, adormecendo de imediato.

O telemóvel tocou, despertando-a, e olhou para as horas, reparando que passava das onze. Admirou-se por ter dormido tanto, levantou-se e atendeu.

Tasha. – O seu coração falhou, durante uns segundos.

– Clint?

Precisamos falar.

– Tudo bem.

Uma hora mais tarde, Natasha encontrava-se sentada num parque perto da sua casa à espera dele. Tinha vestido somente uns calções e uma camisola, já que estava em Junho e já fazia algum calor, e tinha saído de casa.

Estava nervosa. Não via Clint desde que tinham discutido, e ainda se sentia magoada. Acreditava que ele se sentia da mesma maneira, não conseguia acreditar que ele tinha cedido ao seu orgulho e queria falar com ela.

– Natasha.

Pulou de susto e levantou-se. Clint estava em pé, atrás do banco em que Nat se encontrava sentada antes, com as mãos no bolso das calças e uma expressão cansada. Ele deu uns passos, sentando-se e gesticulando para que ela se sentasse ao seu lado. Olhou-o, desconfiada, antes de se sentar e olhar pra frente, não sendo capaz de olhá-lo nos olhos.

– Queria pedir desculpa Tasha, eu... Eu fui um estupido contigo, nunca pensei em ter filhos, para ser sincero, mas sei que não podes ter e disse aquilo para te magoar.

Um nó formou-se na sua garganta e Nat sentiu os olhos arderem.

Não ia chorar, não era fraca.

– Falei no calor do momento, estava magoado. Sempre foste tudo para mim e ouvir da tua boca que nunca tivemos nada, feriu-me – Ele fez uma pausa, e Natasha fechou os olhos, desejando que ele parasse de falar – Desculpa Nat, desculpa – Ouviu um soluço e olhou rapidamente para ele, notando que Clint chorava – Nunca quiseste assumir nada comigo, e eu via-te a com outros homens e sentia ciúmes. Depois apareceu a Maria e eu... Eu fui um idiota. Traí-te e não fui capaz de dizer.

– Então acabaste comigo.

– Sim – Admitiu, olhando para as mãos e continuando a chorar. Natasha levantou-se, demasiado despedaçada para ouvi-lo nem que fosse mais um segundo e começou a andar. Clint agarrou-lhe no braço, parando-a – Perdoa-me Nat, eu continuo a gostar de ti, tive saudades... Não te quero perder – Sentiu a cólera tomar conta de si e virou-se, olhando para ele com fúria antes de lhe bater. Clint colocou a mão sobre a cara, fitando-a incrédulo. Parecia não acreditar no que ela tinha acabado de fazer – Tasha...

– Chega Clint, não achas que já chega? – Perguntou, gritando com ele e afastando-se.

Clint ficou parado, observando Natasha ir embora através do pequeno caminho do parque e desvanecer-se entre os prédios. A cara ardia-lhe onde ela tinha acertado, e de certeza que tinha a mão dela marcada no rosto, mas nada o magoou tanto quanto dar-se conta que já a tinha perdido.

Desabou e voltou a chorar.

Natasha esmurrou o saco, descontando toda a sua raiva nele, não sabendo sequer à quantas horas ali estava. Sentia vontade de gritar. Deixou-se cair no chão da academia, agradecendo por ser velha e estar vazia. Enterrou a cara nas mãos e chorou.

Um velho, que cuidava da academia, encontrou-a a dormir no chão pouco depois. Acordou-a, dizendo que já estava tarde e ofereceu-se para conversar com ela se precisasse de um ombro amigo. Sorriu pelo gesto e agradeceu-lhe, caminhando o resto do caminho até casa.

Era uma noite fria, e teve que se espremer no casaco fino que usava por cima do top.

Deteve-se ao ver uma figura estranhamente familiar à porta do prédio.

– Thor?!

Entrou na sala, estendendo uma caneca de cerveja ao deus nórdico sentado no seu sofá e sentando-se no cadeirão ao lado dele. Thor deu um longo gole, antes de olhá-la a sorrir.

– Obrigado Lady Natasha.

Bebericou do seu café antes de falar – Então... O que aconteceu? – Não pode deixar de reparar que o cabelo dele tinha deixado de estar rosa. Pobre deus nas mãos de Tony.

– Lady Jane discutiu comigo e colocou-me na rua. O amigo Tony não estava em casa, e não sei onde mora Steve, filho de Rogers. Pensei que pudesse passar a noite aqui, já que somos companheiros – Explicou, abrindo um sorriso enorme no fim.

Natasha fitou-o incrédula – E como sabias onde moro?

– Perguntei ao diretor Fury.

Tudo explicado, até ali tudo bem, certo, nem tudo, talvez tirando a parte de Fury ter achado por bem que ele dormisse em sua casa, logo, transformando Natasha na babá do deus. Pensou em dizer-lhe que não por estar num dia péssimo, mas ele não tinha realmente onde dormir e sorria-lhe tão abertamente que teve pena.

– Podes dormir na cama Thor, o sofá é demasiado pequeno para ti.

Ele levantou-se e abraçou-a – Obrigado Lady Natasha, é muito generosa!

Nat riu, antes de lhe mostrar os cantos à casa e explicar onde ele iria dormir. Depois, pegou um pijama e foi-se trocar no banheiro, encontrando o deus já a dormir totalmente espalhado pela cama quando saiu. Pegou um cobertor e foi para a sala.

De manhã tomava o pequeno almoço quando tocaram à campainha. Resmungou antes de se levantar e abrir a porta. Steve estava do lado de fora a sorrir-lhe, usando apenas uns calções azuis e t-shirt branca – Quem te deixou entrar?

– O porteiro já me conhece Nat.

Revirou os olhos, deixando-o entrar – Acho que o porteiro anda a ficar demasiado amigável – Steve riu e seguiu-a até á cozinha – Já tomaste o pequeno almoço?

– Sim, acordei cedo para treinar.

– A tentar manter a forma Capitão?

– Achas que preciso agente Romanoff?

– Estou a ver aí uma barriguinha – Brincou, apontando para o peitoral dele.

Nesse momento Thor entrou na cozinha, espreguiçando-se e usando apenas o par de jeans que vestia no dia anterior. Reparou em Steve e sorriu – Bom dia amigo Steve!

– O que é que ele faz aqui? – Perguntou o Capitão desconfiado, ignorando a saudação do deus e virando-se para Natasha. Thor já se tinha sentado e começava a devorar tudo o que estava em cima da mesa.

– Dormiu cá.

– Por quê?

Começou a ficar irritada com tanta pergunta – Porque eu deixei que dormisse cá.

– Não acho bem.

– Pois bem, Capitão, quem tem que achar bem ou mal, sou eu.

– Tens razão, o melhor é eu ir andando – Disse, lançando-lhe um olhar magoado. Antes que Natasha pudesse dizer alguma coisa, já tinha saído e batia a porta com força. A ruiva soltou um suspiro cansado, antes de olhar para Thor, que parecia completamente alheio ao que se tinha passado e continuava a comer.

– Então, o que estás a pensar fazer hoje?

Ele parou de comer, engolindo o que tinha na boca antes de falar – Nada, duvido que Lady Jane queira falar comigo, pensei em visitar o amigo Tony se ele estiver de volta hoje.

– Podíamos treinar.

E essa foi uma ideia que alegrou a ambos.

Durante o mês que se passou Thor, instalado na Torre Stark apesar de se ter reconciliado com Jane, treinou com Natasha. A ruiva agradecia, pois ele não a poupava por ser mulher e realmente acreditava que ela era uma boa lutadora. Não que achasse que não o era, mas fazendo parte de um grupo de super-heróis, sentia-se muitas vezes ultrapassada.

Steve não tinha voltado a falar com ela e Clint não tinha voltado a telefonar.

Livre de qualquer problema que a pudesse distrair, Natasha concentrou-se nos treinos diários com o deus, fazendo de tudo para melhorar. No alto das suas prioridades estava trazer Bruce de volta e para isso ela precisava estar bem, fisicamente e mentalmente.

Tony não parava de importuná-la, claro, esse parecia ser o momento do dia favorito dele. Visitava-os nos treinos e até mesmo assistia a alguns durante horas. O relacionamento com Pepper parecia vacilar, uma vez que ela passava imenso tempo embrenhada no trabalho e tinha vindo a dedicar-lhe menos atenção. Natasha achava que ele parecia uma criança quando começava a reclamar.

Não te esqueças de ligar quando tiveres noticias.

– Está bem Tony.

E se acontecer alguma coisa.

– Tudo bem Tony.

Ou se algum de vocês se magoar.

– Stark! Vai correr tudo bem, parece que és minha mãe.

Bruce acordou com um barulho do lado de fora. A cabana em que vivia nos últimos meses não tinha eletricidade, então esforçou-se por distinguir os objetos na escuridão, até que acendeu a vela que tinha ao lado da cama. Levantou-se, caminhando lentamente até à porta e abriu-a, espreitando para a floresta.

– Está aí alguém?

– Onde tens o chá Bruce?

Deixou cair a vela no chão e virou-se, sobressaltado. Não pode ser. Distinguiu o corpo feminino com o qual sonhava nos últimos meses na escuridão da cabana, vasculhando os seus armários. Então, ela pareceu ter encontrado o que procurava e aproximou-se dele e pode finalmente ver-lhe o rosto. Sorria, e erguia um saquinho de chá. Os cabelos vermelhos reluziam graças à luz trémula que a vela emita jogada no chão. Sentiu um aperto no peito.

– Natasha?

– Olá Dr. Banner – Sentiu o solo fugir-lhe debaixo dos pés.


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