Message in a bottle escrita por Rafa
Notas iniciais do capítulo
Oi gente!
Naquela noite, Rachel levou Tommy à locadora para que ele escolhesse alguns filmes e pediu pizza para os três. Assistiram juntos ao primeiro filme, comendo na sala. Depois do jantar, Tommy aos poucos começou a sossegar e, às nove, tinha pegado no sono na frente da televisão. Quinn o acordou delicadamente, avisando que era hora de ir embora.
– Não podemos dormir aqui hoje? – resmungou ele, semiconsciente.
– Acho melhor irmos – insistiu Quinn.
– Se quiser, vocês dois podem dormir na minha cama. Eu fico aqui no sofá – ofereceu Rachel.
– Vamos fazer isso, mãe. Estou tão cansado...
– Tem certeza? – perguntou ela a Rachel, mas a essa altura Tommy já estava cambaleando na direção do quarto.
Em seguida as duas ouviram as molas do colchão cederem quando o menino desabou sobre a cama e foram espiar da porta. Num instante ele já estava dormindo outra vez.
– Acho que ele não lhe deixou muita escolha – sussurrou Rachel.
– Ainda não tenho certeza de que é uma boa ideia.
– Serei uma perfeita anfitriã, prometo.
– Não estou preocupada com você. Só não quero que o Tommy fique com uma impressão errada.
– Está dizendo que não quer que ele saiba que estamos juntas? Acho que ele já sabe.
– Você entendeu o que eu quis dizer.
– É, entendi – ela deu de ombros. – Olhe, se você quiser que eu ajude a carregá-lo para o carro, não tem problema.
Quinn contemplou o filho por um instante, escutando sua respiração profunda e regular. Ele parecia dormir profundamente.
– Bom, talvez uma noite não faça mal – cedeu ela, e Rachel deu uma piscadela.
– Estava torcendo para você dizer isso.
– Não esqueça a sua promessa de ser uma perfeita anfitriã.
– Não precisa se preocupar.
– Você parece muito segura a respeito disso.
– Ei, promessa é promessa.
Quinn fechou a porta devagar e envolveu o pescoço de Rachel com seus braços. Depois começou a beijá-la, mordiscando seus lábios de forma provocativa.
– Que bom, porque se dependesse de mim, acho que não conseguiria me controlar.
Rachel estremeceu.
– Você sabe mesmo dificultar as coisas, não é?
– Está dizendo que sou implicante?
– Não. Estou dizendo que você é perfeita.
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Em vez de assistirem ao filme, Rachel e Quinn ficaram sentadas no sofá, bebendo vinho e conversando. Quinn foi ao quarto algumas vezes, para se certificar de Tommy ainda dormia, e ele parecia nem ter se mexido.
À meia-noite, Quinn bocejava sem parar, e Rachel sugeriu que ela fosse dormir.
– Mas vim aqui para ficar com você... – protestou ela, sonolenta.
– Só que se não for dormir, também não vai conseguir ficar comigo.
– Eu estou bem, juro – afirmou ela, antes de bocejar outra vez.
Rachel levantou-se e foi até o armário. Pegou um lençol, um cobertor e um travesseiro e levou tudo para o sofá.
– Eu insisto. Tente dormir um pouco. Temos alguns dias para ficarmos juntas.
– Tem certeza?
Quinn ajudou Rachel a preparar o sofá, depois foi para o quarto.
– Se não quiser dormir com essa roupa, tenho algumas camisetas na segunda gaveta – ofereceu ela.
Quinn a beijou mais uma vez.
– Eu tive um dia maravilhoso.
– Eu também.
– Me desculpe por estar tão cansada.
– Você fez muita coisa hoje. É perfeitamente compreensível.
Quinn a abraçou e sussurrou ao seu ouvido:
– Você é sempre tão agradável?
– Eu tento.
– Bom, está conseguindo.
Algumas horas depois, Rachel acordou com a sensação de que alguém cutucava suas costelas. Abriu os olhos e viu Quinn sentada ao seu lado. Ela usava uma de suas camisetas.
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– Você está bem? – perguntou Rachel, sentando-se.
– Estou ótima - respondeu ela, acariciando lhe o braço.
– Que horas são?
– Três e pouco.
– Tommy ainda está dormindo?
– Como uma pedra.
– Posso saber por que saiu da cama?
– Tive um sonho e não consegui dormir de novo.
Rachel esfregou os olhos.
– Sonhou com o quê?
– Com você – murmurou Quinn.
– E foi bom? – perguntou Rachel.
– Ah, se foi...
Ela nem terminou a frase direito. Inclinou-se para beijar Rachel que puxou-a mais para si, antes de olhar de relance para a porta do quarto. Quinn a fechara atrás de si.
– Não está preocupada com Tommy? – disse Rachel.
– Um pouco, mas vou confiar que você não vai fazer barulho.
Quinn enfiou a mão sob o lençol e correu os dedos pela barriga da morena. Seu toque era eletrizante.
– Tem certeza? – insistiu ela.
– Aham – murmurou Quinn, já entregue a situação.
Rachel inverteu a posição deixando Quinn embaixo de si enquanto beijava seus lábios e pescoço, descia sua mão pelo corpo da loira que já estava muito excitada pelo momento e pela adrenalina, a situação de perigo, o sonho que teve... Não teve muito tempo de pensar quando sentiu sua camiseta sendo retirada e os lábios macios de Rachel percorrendo o vale dos seus seios e em seguida lambendo e mordiscando seu mamilo de forma lenta e torturante. Rachel tirou sua blusa e não demoraram a ficar completamente nuas. Quinn estava arfando e segurando os gemidos, arranhando as costas da morena que também se segurava para não fazer barulho e se remexia em seus quadris e roçavam suas intimidades. A intensidade dos movimentos de Rachel e suas intimidades molhadas fizeram com que o atrito ficasse gostoso e em instante as duas chegaram ao orgasmo, ofegantes e satisfeitas por não terem sido surpreendidas.
Fizeram amor de forma terna e silenciosa e depois ficaram deitadas lado a lado. Por um longo tempo nenhuma das duas disse nada. Quando o sol começou a nascer no horizonte, elas trocaram um beijo de boa-noite se vestiram e Quinn voltou para o quarto. Minutos depois, estava dormindo pesado e Rachel ficou observando-a da porta.
Por algum motivo ela não conseguiu pegar no sono de novo.
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Na manhã seguinte, Quinn e Tommy ficaram estudando enquanto Rachel saía para comprar pão para o café da manhã. Depois, foram mais uma vez à piscina. Dessa vez a aula foi um pouco mais avançada, cobrindo muitos aspectos do mergulho. Quinn e Tommy treinaram “respiração com o companheiro”, para o caso de algum dos dois ficar sem ar debaixo d´água e ambos serem obrigados a compartilhar um só tanque. Além disso, Rachel explicou o perigo de entrar em pânico durante o mergulho e da volta rápida demais à superfície.
– Se fizerem isso, podem sentir muita dor, e até mesmo correr risco de morte.
Passaram algum tempo na parte funda da piscina, submersos por longos períodos, acostumando-se com o equipamento e praticando como liberar os ouvidos. Perto do final da aula, Rachel mostrou-lhes como saltar para a água sem que as máscaras saíssem do lugar. Como era de se esperar, depois de algumas horas ambos estavam exaustos e deram o dia por encerrado.
– Amanhã vamos entrar no mar? – perguntou Tommy, enquanto voltavam ao furgão.
– Se vocês quiserem, sim. Acho que estão preparados, mas se preferirem passar mais um dia na piscina, não há problema.
– Não, estou preparado – respondeu Tommy.
– Tem certeza? Não precisa ter pressa.
– Tenho certeza – afirmou ele.
– E você, Quinn? Está pronta para mergulhar no mar?
– Se o Tommy está, eu também estou.
– E eu ainda vou receber o diploma na terça-feira? – perguntou o garoto.
– Se forem bem no mergulho no mar, vocês dois receberão.
– Maneiro!
– E o que vamos fazer durante o resto do dia? – quis saber Quinn.
Rachel começou a colocar os tanques na traseira do furgão.
– Pensei em irmos velejar. Parece que o tempo vai estar ótimo.
– Posso aprender a velejar também? – perguntou Tommy, ansioso.
– Você vai ser o meu imediato.
– Preciso de um diploma para isso também?
– Não. Isso depende do capitão, no caso da capitã e, como eu sou a capitã, posso fazer isso agora mesmo.
– Simples assim?
– Simples assim.
Tommy olhou para a mãe com os olhos arregalados e ela quase pôde ler os pensamentos dele. Primeiro aprendo a mergulhar, depois me torno um imediato. Quando eu contar aos meus amigos...
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So...?