The Cruel Beauty escrita por Tsu Keehl


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Como sempre, peço desculpas para atualizar a fanfic! Quando vi o tempo passou mega rápido mas devo merecer um desconto porque nesses últimos meses tive um problema de saúde na família e acabou ficando muita coisa acumulada. Fora que encontrei um básico mas bom livro sobre criação e desenvolvimento de histórias e acredito que algumas dicas lá estejam começando a me ajudar a focar nas minhas ideias de projetos originais. Mas claro que para colocá-las em prática de forma um pouco mais eficiente, vou conseguir apenas quando terminar a fanfic aqui mas ainda falta várias coisas acontecerem!
Estou pensando em transferir a Page do Cruello para minha Page pessoal porque o facebook limita muito o alcance então acho que vou começar a postar as coisas do Cruello e da fic na minha Page de cosplay e projetos, o que acham?
Enfim, não vou me estender muito aqui porque sei que vocês querem ler a fanfic então...boa leitura!



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~*~

   No mesmo instante Cruello se virou na direção de Igraine. Em seu rosto havia uma mistura de surpresa, susto e indignação. Os olhos azuis dele pareciam faiscar ao encará-la e por um momento Igraine pensou que deveria ter se controlado.


— Não ouse dizer esse nome em voz alta novamente! – a voz dele saiu em um sussurro mordaz.
— Por que não? É o seu nome...
— Eu sou Cruello Devil! – ele gritou, levando a cigarreira aos lábios e mexendo charmosamente na franja com os dedos. – E exijo ser chamado publicamente somente por este nome!
— ...por quê?
— Não interessa!
— Oras...na nossa primeira noite eu falei esse nome e você não achou ruim!
— Foi uma exceção! Uma exceção causada pelo calor do momento, apenas isso!
— O que tem contra o seu nome? Eu acho Christian um nome bonito.
— Esse nome não tem nada á ver comigo!
— É porque tem medo que o comparem com Christian Gray? Tipo por você e ele serem bonitos, ricos, desejados e repletos de problemas e manias estranhas?
— Não OUSE me comparar com esse personagem ridículo! Não tenho nada á ver com ele!
— ...bom, isso é. O personagem não possui um amontoado de trejeitos suspeitos.
— O que há de errado com os meus trejeitos?! – ralhou ele gesticulando com as mãos e em seguida pondo-as na cintura. – Enfim, o que importa é que não deve me chamar de Christian em público e levianamente, tampouco contar á alguém que esse é o meu nome!
— Eu acho que, como agora sou sua namorada, tenho o direito de saber o motivo disso.
— Se não percebe o  motivo que esse nome não faz jus á um Devil, então não precisa saber!

  Igraine realmente queria saber o motivo mas percebeu que aquela atitude que Cruello tinha para com o próprio nome poderia ser o argumento ideal para rebater a súbita cara de pau dele em tentar quebrar a promessa de acompanhá-la na fazenda no final de semana. Só tinha de saber barganhar.


— Se você não for comigo para a fazenda dos meus avós, eu exponho o seu nome na mídia. Patrick Star e as Cruelletes vão adorar saber!
— Como você pode me ameaçar depois de ter usado o meu maravilhoso corpo para seus prazeres luxuriosos?! Todos só querem  mesmo é abusar de mim!  

   Dizendo isso, Cruello se jogou no sofá, abraçando uma almofada. Igraine observou a cena aturdida. Como Cruello poderia ser um autêntico macho alfa em um dia e uma bicha afetada e mimada no outro?

  A porta do escritório foi aberta de súbito, surgindo Valder, mais pálido do que de costume.


— Chefe...temos um imprevisto na entrada da Devil’s!
— Outro imprevisto?! Lidem com ele! Estou no meio de uma crise existencial aqui!
— Mas senhor...
— Valder, deixa que eu dou um jeito nele.
— Não dá tempo! Eles estão aqui e disseram que vão expor ele!
— Quem?
— Charlene e Patrick Star!

   O rosto de Cruello ficou lívido. Rapidamente a expressão de vítima dele deu lugar á uma expressão de raiva. Jogou a almofada para longe e se levantou, indo até o closet particular que mantinha ali.

—  Cruello, o  que vai fazer? – perguntou Igraine. – Aquelas pessoas são loucas, você precisa manter a calma!

   Igraine sentiu o coração pesar. Por que não era capaz de ter mais de um dia em paz com Cruello? Sempre tinha que acontecer alguma coisa. E o nome de Charlene a fazia estremecer e se lembrar do que havia presenciado. Temia que Cruello ainda não se recuperara do trauma relativo ao abuso e isso pudesse deixá-lo vulnerável. Precisava ajudá-lo, de alguma forma. Ficar ao seu lado e se preciso, bater novamente na cara daquela louca oferecida.
   Quando tencionou entrar no closet para conversar com ele, Cruello saiu dali, batendo a porta com, fúria. Ele vestia um casaco de peles cinza altamente luxuoso e caminhava como um tigre irritado.

   Enquanto ele colocava um cigarro na cigarreira  para em seguida vestir um par de luvas cor de vinho, Igraine observou atentamente aquele casaco, temendo que aquele traje fosse de peles de mink ou chinchila.
   Mas antes que pudesse tocar na lapela do casaco, Cruello se afastou, indo na direção da porta.


— Onde eles estão?!
— Eles estão na entrada da Devil’s... – começou Valder. -  E madame Scarlet está tentando lidar com a situação!

  Cruello saiu apressado, batendo violentamente a porta atrás de si.


— ...caramba, a coisa vai ficar feia...
— Não podemos deixar o Cruello sozinho! – adiantou-se Igraine. – Ele ainda pode estar abalado e sim, a coisa pode ficar feia para ele!
— Não. – Valder encarou a amiga. – A coisa vai ficar feia pro lado dos invasores, seja lá o que eles aprontaram. Você viu como ele saiu daqui? Todo montado e agindo no maior estilo Cruella Devil. Na boa...eu não vou perder esse barraco!

  Ele saiu em direção ao elevador, sacando o celular do bolso. Igraine ficou alguns segundos parada processando tudo e logo saiu atrás do amigo.

— Espera, segura o elevador que eu vou também!

~*~

No hall principal da Devil’s, um aglomerado de pessoas se formava.

— O que está havendo aí?! Que rebuceteio é esse todo na minha empresa?!

   As atenções se voltaram para Cruello, que vinha caminhando com passos firmes e porte elegante, o grande casaco de peles ondulando com o seu passar.  Atrás dele, Igraine vinha aos tropeços.

— Ah, olha quem acabou de chegar! Veremos o que ele tem a dizer!
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  Cruello estacou quando viu Patrick Star. O jornalista mantinha um sorriso provocador no rosto e pra variar usava aquela gravata roxa berrante.

— Posso saber o que você está fazendo dentro da Devil’s?!
— Eu vim em prol de justiça!
— Justiça é eu te jogar na sarjeta!
— Cruello, se acalme! – Scarlet se colocou na frente dele. – Mantenha postura, a mídia está aqui!
— Por que a mídia está aqui?! O QUE ESSA COISA TÁ FAZENDO NA MINHA EMPRESA?!
— Não pode tocar no equipamento senhor. – falou o camera-man desviando a câmera das mãos de Cruello. – É crime impedir a liberdade de imprensa.

  Patrick Star virou-se displicente para Cruello, colocando ambas mãos na cintura ao perceber que tudo estava sendo filmado.

— Ora, ora...vejam só quem chegou! O larápio abusado Cruello Devil! Não tenha medo, minha jovem! Conte tudo! Estamos todos do seu lado! Fale, depressa!

  Cruello logo percebeu que, enquanto Patrick tentava aporrinhá-lo  uma mulher parecia dar entrevista diante da câmera e uma repórter. Olhando melhor, ele percebeu que era...

— Charlene?! Posso saber por quê diabos está aqui?!

  A loira (agora e de cabelo channel pois, aparentemente, não conseguira recolocar o aplique que Scarlet tirara) encarou o empresário e voltou sua atenção para a câmera na qual dava uma entrevista.

 - Eu vou falar! Eu vou expor ele agora! – ela apontou o dedo para Cruello. – O empresário Cruello Devil me assediou inúmeras vezes e sempre me ameaçou caso eu contasse!
— QUÊ?!
— Isso é verdade, senhor Devil? – a repórter colocou o microfone diante dele.
— É um absurdo! É mentira! Ela está louca!
— Há, típico de você colocar a culpa e tentar difamar os outros! – ralhou Patrick. – Só assim para tentar sair como o bonzão da história, não é? Mas não dessa vez! Não passará, seu machista!
— Charlene! – chamou Cruello ignorando o jornalista. – O que você está querendo aqui depois de tudo o que fez?!
— Eu não fiz nada, Cruello! Você fez comigo, mesmo eu te amando tanto! E agora eu vou contar para todos algo que nos unirá para sempre!

  Ele a encarou intrigado e com os olhos irradiando raiva, Charlene voltou-se para a câmera, procurando fazer a melhor cara de desespero que conseguia. Seus anos de teatro viriam a calhar agora.

— EU ESTOU GRÁVIDA! E o pai é CRUELLO DEVIL!

   Um silêncio mortal caiu sobre a Devil’s.  Todos os olhares e expressões de espanto criaram uma atmosfera tensa no local. A revelação de Charlene ecoara no hall e todos os funcionários e clientes trocaram olhares entre si, começando a balbuciar comentários.  O câmera-man focalizou dois segundos em cada envolvido (Charlene, Scarlet, Alfred, Valder, o estilista Carlos, Yumie, algumas modelos, Igraine, Patrick Star e por último em Cruello) em um trabalho digno de ápice de novela mexicana. O rosto de Cruello Devil ficou lívido e aquelas palavras foram um baque para Igraine.

   Igraine sentiu seu ar fugir... COMO?!?
   Aquela piranha conseguira finalmente o que queria. Sentiu a onda de adrenalina percorrer seu corpo e os olhos lacrimejarem. Agora Cruello teria para sempre um vínculo inquebrável com aquela mulher doentia.
   Sentiu que ia desmaiar, mas uma mão forte de unhas pintadas de azul seguraram seu braço com firmeza. Era Yumie.


— Nem pense em desmaiar aqui antes de meter a faca naquela vagabunda!
—Yumie... eu... E- ele vai ter um f-filho dela... !
— Não terá se ela estiver morta.
— Ficou louca, Yumie?! - Igraine recuperou os sentidos e fitou a amiga, olhos arregalados. - Eu não vou matar ninguém! E pela deusa! Ela é uma mulher grávida, ainda que...
— Não estou falando que você vai matar aquela perua...mas ELA vai.

  As duas olharam mais a frente. Scarlet estava imóvel, respirando devagar mas sua expressão era de puro ódio. Um ódio cuja energia era capaz de emanar dela, como se fosse uma fênix negra prestes a surgir e incinerar todos.

— Minha deusa...
— É...a porra vai ficar séria... – murmurou Alfred surgindo atrás de Igraine, que se assustou.
— Vo-você deveria segurá-la! Ela pode matar alguém!
— Exatamente por poder é que eu não vou chegar perto!

  Porém, antes que Scarlet agisse de uma forma maníaca e homicida ou que Patrick Star abrisse a boca para anunciar uma manchete difamatória, um riso começou a ecoar no local. E pouco há pouco as atenções começaram a se voltar para Cruello.
  A risada dele começou baixa, discreta e foi aumentando gradativamente de volume até que ele começou a gargalhar insistentemente alto, fazendo o som ecoar pelo hall como se ele fosse um vilão megalomaníaco.

—...huhuhuhehehehehahahahHASHASHASHASHASHASHASAHSAHSHASHASHAHSAHSA SHASHASHAHSAHSAHSAHSHASHASHAHSAHSH!
— Pobrezinho, ficou louco... – murmurou uma socialite que estava ali para fazer compras.
— Lógico que ficaria! – o estilista Carlos comentou. –Uma coisa dessas é para acabar com a reputação de homens como nós...
— O chefe endoidou...o trauma foi grande demais pra ele... – Valder lamentou-se – Será que agora que ele for para o manicômio, eu perderei meu emprego?
— Cruello...- Igraine murmurou. – Agora além de ter que lidar com o fato de você ter um filho com outra eu vou ter que encarar o fato que você enlouqueceu?!

  Ela desviou o olhar para Scarlet, observando a feição de ódio e espanto da mulher.

— Posso... posso saber do que está rindo?! – indagou Charlene.
— Não tente negar insanidade, Tuello! – gritou Patrick. – Você iludiu e engravidou essa pobre mulher e ainda a agrediu com a ajuda de suas duas brutamontes insanas! Não se enganem! Scarlet Medusa e Igraine Radcliffe são coniventes com esse machista opressor!
— O quê?! – ralhou Scarlet. – Desde quando o Cruello é macho?!
— Hhahahahahahahah! Essa é a maior besteira que eu já ouvi. – Cruello recuperou o fôlego, olhando  para Charlene com um sorriso desvairado. – Eu não vou assumir essa criança! Nunca!
— ...como é?
— Absurdo! – agitou Patrick. – Vejam isso! Vejam o verdadeiro caráter desse indivíduo! O maior exemplo de pessoa egoísta, arrogante e insensível! Canalha! A lei vai te obrigar...
— A lei não pode obrigar se eu não for o pai!
— Como pode dizer uma coisa dessas Cruello?! – berrou Charlene em prantos. – Tivemos um relacionamento por meses...você me enganou, me usou, mas eu era apaixonada por você e eu aceitava tudo que você me mandava fazer, aceitava tudo o que você me pedia...mas quando eu revelei que estava grávida, você me deixou, me desprezou!
— Você está maluca! Sua louca! Dávamos uns pegas mas quando eu não quis mais você começou a me perseguir e até me drogou!
— Eu nunca faria uma coisa dessas!
— Ah faria sim! – ralhou Scarlet.

   Se pondo entre os dois e a câmera focando-se nela.

— Eu juro que não sei quem eu mato primeiro! Se mato você, sua vadia, ou se mato você, seu maldito! COMO PÔDE ENGRAVIDAR UMA MULHER, CRUELLO?! Ainda mais ELA!
— Se engravida uma mulher enfiando o *censurado* dentro da *censurado* e *censurado* dentro.
— CALA A BOCA, ALFRED! O que vai ser  da sua imagem agora?! Cruello Devil e pai são palavras que não podem estar juntas em uma mesma frase de manchete!
— Eu já disse que não vou ser pai! É IMPOSSÍVEL QUE ESSE FILHO SEJA MEU, aloka criatura! Ela deve ter deitado com algum panaca ou feito inseminação artificial mas meu que essa coisa dentro dela não é!
— Como pode dizer tamanho absurdo desses, Cruello?! – Charlene com os olhos cheios de lágrimas, levou as mãos á barriga. – É uma criança que está se formando aqui dentro!
— Você é tão coisa ruim que duvido que consiga gerar um filho! Deve ter verme ou um alien aí dentro!
— Como você pode ser tão escroto, Cruello Devil?!
— Fica na tua que a conversa não é contigo seu projeto de jornalista mequetrefe! ESSA CRIANÇA NÃO É MINHA!
— Como pode ter tanta certeza?! Estamos em rede nacional! – Patrick apontou para a câmera. – Vamos fale! “E eu quero ver sua cara depois ao ter que assumir a paternidade.”

  Cruello parou de rir e virou-se para uma das câmeras. Ele mantinha a cigarreira em uma das mãos enluvadas, soltou uma baforada e com a mão livre na cintura falou diante das câmeras do modo mais seco e o sorriso mais arrogante que poderia ter.

— Simples. Há anos eu fiz vasectomia.

  Um silêncio sepulcral se instaurou no local. Patrick arregalou os olhos enquanto Cruello sorria, levando a cigarreira aos lábios.
— Como você...você não pode fazer uma cirurgia dessas nessa idade e não tendo filhos! Até onde sei isso é contra a lei!
— Querem saber porque eu pude fazer vasectomia, seus interesseiros?! PORQUE EU SOU RICO! RICO! Eu posso fazer o que eu quiser!  

  Cruello agora gritava, sem se importar com o que os outros estavam pensando.

— Eu estou cansado de vocês querendo me prejudicar, principalmente você, Star! Usando até essa maluca para tentar ganhar fama e dinheiro ás minhas custas! Mas não vão conseguir!
— É isso mesmo! – Scarlet se aproximou de Cruello, cruzando os braços. – Acham que qualquer um pode nos atingir?! Estamos preparados! – ela virou-se para o rapaz. – Vasectomia hein...tu lacrou, viado! Gostei de ver!

  Cruello deu um toque na cabeça e sorriu para a morena.
— Não podem me acusar de paternidade se fizer vasectomia antes, monamú!
— Caramba, chefe... – falou Alfred batendo nas costas dele em tom de camaradagem. – Estou impressionado com sua estratégia. Mandou bem, chefinho!
— Eu NUNCA que  iria correr o risco de disseminar meus maravilhosos genes acidentalmente! O meu código genético Devil de qualidade está cuidadosamente guardado e protegido em uma clínica altamente confiável e confidencial! Se terei que deixar um herdeiro algum dia, só deixarei depois de ter escolhido previamente a mulher que irá gerar o meu herdeiro!
— Você  é um absurdo, Cruello Devil! – ralhou Patrick entre dentes.

  Cruello deu uma tragada no cigarro e soltou uma baforada perto do rosto de Patrick, que desviou da fumaça enojado.
— Um Devil não foge da responsabilidade, ele cria uma forma de chegar até ela.

   Igraine não conseguia acreditar em tudo o que estava acontecendo. Aquilo só poderia ser um sonho muito louco. Não sabia mais se ficava aliviada, se ficava chocada, se desmaiava, se falava algo ou se apenas abraçava Cruello. Quase escolheu a última opção mas achou melhor não. Ele estava soberbo e “afetado” demais e também não queria aparecer diante das câmeras ou na frente de todas aquelas pessoas.

— Então, Charlene! – falou Scarlet com maldade. – Já que o Cruello não pode ser pai por vias normais...quem é o pai desse suposto filho que você está esperando? Das duas uma: ou você está mentindo ou você deu pra tantos que nem sabe quem é o pai! OHOHOHOHO! Ai, como eu to bandida hoje!

  Charlene trincou. Todo seu plano de fingir estar grávida para Cruello Devil acabara de vir á baixo. A ideia era fingir estar grávida, causar um furor, conquistar Cruello e depois fingir que  tivera um aborto espontâneo. Uma estratégia típica de dramalhão mexicano mas era altamente eficaz se Cruello não tivesse feito uma maldita vasectomia!

    As pessoas começaram a olhar para si e ela tentou buscar alguma ajuda em Patrick Star, mas o jornalista apenas virou a cara quando ela pensou em pedir ajuda e desapareceu discretamente entre as pessoas. Para sua sorte, a repórter e o câmera man estavam fazendo uma entrevista com Cruello acerca de sua revelação.

— Muito bem.. – Scarlet se aproximou da loira. – O que tem a dizer agora? Tem algo que eu adoraria expor sobre você mas não acho que o Cruello ia querer que o nome dele e aquele abuso venha á público.
— ...sua...
— Cai fora, Charlene! Sua farsa não funcionou, seu plano não funcionou. Pegue o pouco da dignidade que te resta e cai fora daqui ou será que eu mesma vou ter que te colocar pra fora? Você já perdeu o Cruello e não tem mais volta! Ele está em outra agora...veja!

  Ela apontou com o queixo para o rapaz, que conversava naturalmente diante das câmeras.

— Senhor Devil, o que o levou a optar por fazer uma vasectomia mesmo ainda não tendo filhos?
— Fiz a vasectomia para evitar que golpes clichês como esses que tentaram me passar, não conseguissem ser concluídos. Com a vasectomia eu poderia aproveitar tudo o que tenho direito sem me preocupar de haver o risco de gerar um herdeiro sem planejamento prévio.
— E o senhor pretende ter filhos algum dia?
— É necessário que um homem na minha posição deixe herdeiros e mantenha a tradição da família Devil. Quando chegar o momento certo, isso irá acontecer.
— Soubemos que recentemente o senhor assumiu compromisso com uma pessoa. Isso é verdade?
— Evidente e ela está aqui... – ele olhou  ao redor e fez um sinal. – Venha cá, Igraine.

  Igraine piscou confusa enquanto Yumie lhe dava um empurrão e logo Cruello a  puxava pela mão para em seguida passar o braço em volta de seus ombros.

— Esta é Igraine Radcliffe. – ele anunciou. – Minha namorada. Diga olá para as câmeras, Igraine.
— É...o-olá.
— Senhorita Radcliffe, o que acha dessa decisão de Cruello Devil?
— B-bom...é uma decisão dele e se ele está satisfeito, então tudo bem.
— Como você e Cruello se conheceram?
— Bom...
— Isso não vem ao caso agora. – Cruello se manifestou antes que Igraine pudesse falar qualquer coisa. – No momento não posso ceder uma entrevista mas peço que entrem em contato com minha agente, Scarlet Medusa, para agendarmos uma entrevista oficial. Agora com licença mas estou um pouco ocupado.
—  Claro, senhor Devil. Muito obrigada por esclarecer esse mal-entendido. – a repórter falou. – Por pouco não passamos uma falsa notícia e eu poderia acabar sendo demitida e processada!

  Enquanto Cruello e Igraine se despediam da repórter e do camera-man, Scarlet  virou-se para Charlene.

— Viu só? Cruello tem outra agora. Você perdeu.
— ...se eu perdi, você também perdeu! Ou acha que eu não sei o que você realmente sente pelo Cruello?
— Você acha mesmo que eu tenho sentimentos amorosos por aquela coisa afetada ali? Tudo nele é exagerado, enfadonho, estranho! Só estou com ele porque ele dá muito lucro!
— Não tente me enganar, Scarlet! Você está sempre ao lado dele, sempre o monitorando...sua atitude comigo aquele dia foi muito maior do que aquela rameira que ele chama de namorada! Porque não pára de ser ridícula e admite que é loucamente apaixonada por ele!
— Eu não vou admitir uma mentira dessas, me poupe! Só porque você é uma vadia louca e carente por homem, acha que todas pensam como você?! E quer saber?! ALFRED!!!
— Sim, madame Scarlet. – o homem pareceu ter brotado do chão ao lado dela.
— Leve essa “coisinha” para fora da Devil’s  imediatamente!
— Me solta! – ralhou a loira quando Alfred segurou seu braço. – Não pode me expulsar daqui!
— Posso sim e vou expulsar! Aqui é propriedade particular e você e suas mentiras não são bem-vindas! Saia daqui agora ou vou fazer você sair arrastada pelos cabelos!
— ...vai ter volta, Scarlet! Não se sinta mais “a gostosa” só porque está toda fabricada! Uma vez gótica gorda rejeitada, SEMPRE gótica gorda rejeitada!

  Scarlet arregalou os olhos surpresa enquanto Charlene já saia do local escoltada por Alfred.
  Vendo que a confusão terminara, funcionários e clientes começaram a se afastar e voltar aos seus afazeres Scarlet observou Cruello e Igraine.

— Está tudo bem?
— AH! Não me assuste assim, Alfred! Já conseguiu botar aquela vadia loira pra fora tão rápido?
— ...sim. Parecia que ela realmente não queria ficar mais aqui depois que o chefe desmentiu a mentira dela. Mas ela não foi embora antes de chutar minha canela...por que eu sempre tenho que me ferrar por coisas que o Cruello apronta?
— E Patrick Star?
— Eu o vi saindo de fininho entre a multidão, acho que ele foi embora. Quer que eu o procure?
— Deixa pra lá, temos coisas mais importantes para fazer.

~*~

  Cruello voltou para seu escritório, deitando-se em um dos sofás.

— Valder, me sirva um whisky, estou precisando relaxar! Ah que coisa! As pessoas realmente não me deixam em paz! Isso é consequência por eu ser tão fantástico!
— Cruello.... – Igraine se aproximou enquanto Yumie aproveitava para pedir a Valder um copo de whisky (– Pare de manha e me dá um, vai!) É...é verdade que você fez uma vasectomia?
— Claro! Olhe bem para mim, Igraine. Eu, lindo, gostoso, rico, irresistível, dotado de genes de alta qualidade....lógico que estou cercado de mulheres loucas capazes de tentarem me dar o golpe do baú! Eu não sou bobo, não. Tomei medidas eficazes para poder curtir a vida sem precisar correr riscos! Fiz bem, não fiz?
— ...bom, talvez..olhando pelo lado mais realista da coisa...
— Claro que tomei a decisão certa! Meus genes estão bem guardados em um lugar seguro para o momento da vida em que será necessário deixar um herdeiro. E espero que isso demore muito tempo! Não nasci para ser um pai de família. Quer?
— Não, eu não bebo. – falou Igraine ao recusar o copo que Cruello lhe oferecia.

  Cruello esvaziou o copo de um só gole e acendeu um cigarro, colocando-o na cigarreira antes de dar a primeira tragada.

— Mas olha...estou surpreso com a atitude daquela maluca da Charlene...nunca pensei que ela chegaria á esse ponto e trazendo aquele desgraçado do Patrick Star junto!
— Mas acredito que depois dessa revelação aquela mulher não vai aparecer perto de você tão cedo... – comentou Alfred aproveitando e se servindo de um copo de whisky. -  Se é que ela vai ter a coragem de aparecer ou até mesmo de fazer textão na internet!
— Se aquela maluca da Charlene ousar chegar perto de mim, entrarei com um processo judicial exigindo que ela permaneça a, no mínimo, 7 metros de distância de mim! Aliás isso é uma  boa ideia! Posso fazer a mesma coisa com Patrick Star! Sairia bem caro ter que subornar advogado, promotor e juiz mas valeria á pena!  - Cruello pegou o celular, gravando um áudio. – Só para eu não esquecer: encontrar meios para conseguir uma limiar da justiça para que Patrick Star mantenha distância de mim

  Quando Scarlet se aproximou, Cruello instintivamente pegou uma almofada para usar de escudo caso ela viesse atacá-lo por não ter lhe contado sobre a vasectomia. Scarlet achava um absurdo quando ele não contava coisas importantes para ela. O fato de ela quase ter quebrado seu braço quando soube que ele saíra na capa de revistas se agarrando com Igraine no beco era uma coisa que Cruello jamais esqueceria.
  Mas Scarlet não avançou contra ele, tampouco o agrediu. Apenas caminhou até o frigobar e se serviu de uma dose de whisky.

— Muito bem, já que foi tudo resolvido, podemos voltar ao trabalho. Temos muito a fazer.

  Enquanto todos estranhavam a calma de Scarlet, Igraine decidiu que aquele era um momento propício para conseguir, de uma vez por todas, que Cruello cumprisse o que havia prometido.

— Scarlet...é...esse final de semana...o Cruello me prometeu que iria me acompanhar até a casa dos meus avós...é algo muito importante para mim e para eles também então...será que o Cruello pode ir? Tenho certeza de que ele pode adiantar o trabalho até sexta-feira e isso vai até ajudar a agilizar o trabalho dos estilistas!
— Cruello é capaz de entregar o desenho das roupas faltantes para o desfile até sexta-feira, nem que ferre seu pulso para isso...certo?
— Sim! Óbvio! Já estou com todos os desenhos praticamente prontos! - resmungou ele tirando o casaco de peles. - Só preciso reunir os estilistas e passar as ordens de como algumas peças devem ser feitas. E preciso pensar em que traje eu irei vestir...e Igraine também. – ele suspirou, olhando para a garota. –  Desenhar algo que combine com você vai me exigir pesquisa...
— Por quê?
— Oras, é óbvio! Você irá me acompanhar durante o desfile! Acabei de ceder uma entrevista lhe apresentando oficialmente como minha namorada! Precisa estar deslumbrante! Quero você do meu lado esquerdo e Scarlet como sempre, do meu lado direito! – ele sorriu, radiante. – É isso! Acho que já sei o que fazer! Façam silêncio, eu preciso me concentrar! Valder!
— Sim, senhor!
— Vá até a sala de desenhos e me traga aquela caixa de lápis. Aproveite e me traga aquela pasta com material de referência!  Depressa!

  Enquanto Valder se retirava, Cruello foi até a própria mesa, começando a desenhar freneticamente.

— Venha comigo. – falou Scarlet se aproximando de Igraine. – Preciso ter uma palavrinha com você. Lá na outra sala.
— C-certo...

~*~

   Assim que entraram na sala onde ficavam as roupas do desfile, Scarlet fechou a porta e empurrou Igraine contra a parede, fazendo a garota soltar um gritinho de susto.

— Muito bem, está na hora de termos uma conversa bem clara aqui!
— So..sobre o quê?!
— Não ouse se tornar um empecilho para o Cruello! Seja emocional ou profissional! O que ele é agora foi graças á muito esforço tanto dele quanto meu!
— Eu não...
— Você precisar parar de ser essa garota sem graça, sem estilo e sem atitude! Se o Cruello viu algum potencial em você é porque tem potencial! E terá que explorar isso queira você ou não! Você viu o que aconteceu hoje e o que já aconteceu antes. O mundo ali fora está repleto de cobiça e inveja ao redor de Cruello Devil então é preciso suportar e se acostumar com isso!
— Isso é assustador, é muito diferente do que estou acostumada e...
— Se não aguenta, caia fora! – Scarlet arfou mas procurou retomar o controle. – Você...gosta mesmo do Cruello?!
— Claro que eu gosto dele...gosto dele desde que...desde que ele era um punk estranho...nunca consegui esquecer o Devs, então me apaixonei pelo Cruello e fiquei meses confusa sobre o que eu sentia e queria até descobrir que Cruello e Devs eram a mesma pessoa!  Eu ainda estou chocada!E como se não bastasse ainda teve todo o ocorrido com a Charlene, a pressão que você coloca em mim, essa coisa de agora eu ter que usar roupas da moda...eu até estou sonhando com a Cruella Devil!  Não está sendo fácil para mim ter que lidar com tanta coisa de uma vez! Me dá um tempo!

  Igraine sentou-se em um banco estofado que havia ali, cobrindo o rosto com as mãos.

— Esse mundo de vocês é muito diferente do meu mundo!
— Acha que não consegue? Se não conseguir é porque não ama o Cruello de verdade.

  Igraine encarou Scarlet, surpresa. O normal seria a morena estar surtando com ela, a obrigando vestir as roupas e se arrumar enquanto a ameaçava. Mas Scarlet parecia cama (ainda que continuasse assustadora). E, olhando-a agora, com suas roupas justas, corpo curvilíneo e excelente profissionalismo, se perguntava porque ela e Cruello não haviam ficado juntos.

— Eu...eu gosto dele! Sou apaixonada por ele!
— ...gostar e ser apaixonada não é a mesma coisa que amar.

  Aquilo irritou Igraine. Ninguém tinha o  direito de duvidar do que ela sentia por Cruello. Colocou-se de pé e encarou Scarlet, ambas mãos na cintura.

— Eu vou mostrar que sou capaz de me tornar uma mulher digna de estar ao lado do poderoso Cruello Devil! Posso mudar meu modo de vestir mas vou manter minha personalidade e caráter! Vocês todos me veem só como uma garota simples e sem iniciativa mas isso não é o que eu sou! Vamos, me dá algumas roupas, sapatos de salto, corsets, maquiagens...eu vou praticar sozinha com a ajuda de tutoriais na internet! E se precisar, você pode me corrigir se eu fizer algo errado!

  Scarlet observou a garota, como se estivesse avaliando a firmeza daquelas palavras. Talvez houvesse naquela caipira muito mais do que poderia imaginar. Talvez isso que fizera Cruello...

— Está bem. – falou. – Aquela mala ali do canto tem tudo o que você precisa para essa semana. Pratique e na segunda-feira, quando voltar de sua “viagem feliz” com Cruello para não sei aonde, espero que esteja conseguindo, pelo menos, passar um delineador direito e respirando dentro de um corset!
— Estarei fazendo não apenas isso mas muito mais! Você vai ver!

~*~

  “ Sim, isso vai ficar do carralho! Eu vou lacrar mais uma vez, viados! Minhas mulheres irão representar a família Devil com suas roupas deslumbrantes! Ah, vão! Eu sou muito foda mesmo!”

   Cruello ouviu A porta sendo aberta e de lá surgiu Scarlet e Igraine, arrastando uma mala grande e visivelmente pesada.

— O que estavam aprontando lá dentro?
— Apenas tivemos uma pequena conversa. E volte ao trabalho.
— Ei! Eu que mando os outros trabalharem, não o contrário!
— E aliás...já que você prometeu para ela que iria se embrenhar no meio do mato no final de semana é bom que deixe todos os desenhos prontos para os costureiros produzirem no final de semana!
— ...vai ter hora extra? – perguntou Valder com a caixa de lápis em mãos.
— Obviamente que sim!

  Valder praguejou baixinho.
— Mas eu  não prome...

  Cruello notou uma aura assassina em sua direção e percebeu que Igraine o encarava.

— Entregarei tudo até sexta, você sabe que sou capaz. Mas ficarei conectado ao final de semana então se precisar...
— Não vou precisar! Mas depois desse desfile quero ser muito bem recompensada!
— AI!

  Os presentes se viraram para Igraine que, ao tentar erguer a mala, caíra sobre ela.
— Eu estou bem! Eu to legal!
— O que é essa mala?
— Eu separei previamente algumas roupas, maquiagens e acessórios para sua namoradinha começar a aprender a se vestir corretamente. É bom que ela treine esses dias para agilizar o nosso trabalho.
— ...você é incrível, Scarlet! – comentou Cruello.
— Nem tente me bajular! – ela deu um tapa na mão dele. – Tudo o que eu faço é friamente calculado pensando no sucesso da Devil's. Agora vamos! Trabalhe, labute, produza! Não vai conseguir se manter no topo se não fazer por merecer! Vou chamar os estilistas para fazermos uma reunião acerca de hora extra, já volto. E Igraine...é bom que quando eu voltar você já tenha ido embora porque se ficar aqui o Cruello vai querer te agarrar e não vai trabalhar!

  Assim que ela saiu, os cabelos negros esvoaçando, Cruello resmungou algo e se virou para Alfred.
— Leve  essa mala para o carro e dê uma carona para ela e a amiga até em casa.
— Perfeitamente, senhor. Mas...na sua casa ou na delas?
— Na delas, óbvio.
— É que o senhor não...
— Vá logo! E você. – ele apontou para Yumie. – Ajude Alfred a carregar a mala.
—  Eu não deveria te obedecer, mas  vou porque sei que a Igraine está doidinha para ficar a sós com você e se darem uns amassos!
— YUMIE!

   Mas a amiga já havia saído ajudando Alfred a carregar a mala e reclamando que aquilo estava pesado demais e poderia acabar travando a coluna. Estando a sós, Igraine  observou Cruello voltar a atenção para o papel, rabiscando freneticamente.
  Ele era lindo. Era a primeira vez que o via trabalhando, concentrado no que fazia, a mão movendo-se com destreza e os rabiscos tomando formas no papel. Curioso, ele era canhoto e tinha um jeito diferente de segurar o lápis. Quando percebeu, já estava se aproximando e inclinando o pescoço para ver o que ele fazia.

— O que você está desenha...
— Não é pra ver! – ralhou ele cobrindo o papel com os braços.
— Nossa...por que não?
— Por que não! Só gostam que vejam minhas obras quando elas estão prontas! Ainda mais porque é a roupa que você vai usar!
— Mais um motivo para eu ver! Já que vou usar, deixa ver se é algo decente!
— Não! – ele deu um tapa de leve na mão dela e se apressou a colocar a folha em uma pasta.
—Ai, seu chato!
—  Eu sou um profissional! – ele se levantou, colocando a pasta em uma prateleira que ela não alcançava. – Agora, você está aqui no escritório de um dos homens mais cobiçados de Londres e não vai querer aproveitar?
— Aproveitar...?
— Ora, vai me dizer que não está com vontade de fazermos o que fizemos lá na mansão Devil?
— B-bom..vontade eu tenho mas...aqui?! – ela corou enquanto Cruello já a envolvia em seus braços. – Mas alguém pode entrar!
— Ninguém vai entrar.
— Como pode ter certeza?
— Eu simplesmente tenho. E além do mais...você é minha namorada, isso já é de conhecimento geral, você já apareceu ao meu lado oficialmente. Se nos virem agarrados não é nadade errado.

     Igraine tentou relutar mas a vontade falou mais alto quando Cruello a trouxe para perto de si. Segurou o rosto do rapaz com as mãos e o beijou com desejo. O fato de Cruello ter lhe apresentado diante das câmeras, funcionários e clientes como sua namorada, logo depois de afastar Charlene, a deixaram com um desejo anormal. E as lembranças daquela primeira noite voltavam á sua mente em cada toque mais ousado que ele provocava em seu corpo.
  Quando percebeu, já estava debruçada sobre a mesa, com Cruello atrás de si, segurando sua cintura e roçando a pélvis na bunda dela.

— Posso confessar uma coisa? – murmurou Igraine constrangida, mas apreciando aquilo.
— Confesse.
— Eu sempre quis...sempre quis fazer isso em um escritório.
— Mas que ordinária você, hein!

  Apertou a bunda dela, fazendo-a soltar um gemido e estava prestes a livrá-la da calça.
— Cruello, eu esqueci de avisar que precisamos de...

  Silêncio. Scarlet olhou a cena á sua frente. Igraine debruçada na mesa do escritório, com a bunda empinada e Cruello atrás dela, segurando sua cintura.

— MAS QUE MERDA, VOCÊS ESTÃO NO CIO POR ACASO?!
  Ela arrancou os dois sapatos e lançou contra os dois, que se afastaram assustados.
— Aqui é local de trabalho e não um motel! Se querem se agarrar aqui por conta de algum tipo de fetiche, façam isso fora do horário de trabalho! E de preferência quando não estamos repletos de coisas para fazer até a data do desfile!
—  E-eu..eu já estou indo embora. – Igraine pegou rapidamente sua bolsa, deu um beijo rápido nos lábios de Cruello. – Bom trabalho para vocês e Cruello... eu te ligo para acertamos o horário para irmos para a fazenda dos meus avós!
— Espera, Igraine! Não me deixe com essa maluca!
— Maluca?! Se não fosse eu te colocando na linha você estava comendo e dando pra geral, largando a empresa nas minhas costas! E eu não vou deixar que isso aconteça!

  Igraine fechou a porta do escritório, tentando controlar o riso de constrangimento e alegria enquanto ouvia a discussão hilária dos dois.
  Relacionar-se com Cruello era uma verdadeira loucura mas, por mais que nunca admitisse, na verdade estava começando a gostar de tudo aquilo.

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Notas finais do capítulo

Hey, pessoas!
Mais um capítulo finalizado! Esse capítulo foi barraqueiro mas era necessário! Cruello espertão hein! Essa ideia de ele ter feito vasectomia era algo que eu tinha em mente há muito tempo quando me indagaram da possibilidade da Igraine ficar prenha huehuehue. Eu acho que, como o Cruello é muito parecido comigo, ele não iria acabar bobeando e pra curtir bem a vida sem preocupação ele já tomou as medidas cabíveis para tal. Mas...os genes dele estão bem guardadinhos pro momento certo hehe.
Agora o próximo capítulo já será a famigerada ida á fazenda dálmata! Será que Cruello Devil sobreviverá á um fim de semana no campo? E o que os avós Roger e Anita vão achar da única neta deles estar de namoro com o único descendente da Cruella Devil? Tudo isso e muito mais no próximo capítulo! Conto com a presença de vocês!



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