Broken Crown. escrita por Paula Greene


Capítulo 15
Capitulo 15 - Your Eyes.


Notas iniciais do capítulo

- Só leiam rs'



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Todos olhavam estupefatos para o lugar onde o portal se fechava, a pergunta que Emma tinham em mente era ‘Alguém mais vai pular ou já podemos parar de encarar?’ Mas é claro que ela não falou isso, a situação em que se encontrava não lhe dava ousadia de ser engraçadinha.

Nos segundos que duraram para o portal se fechar completamente Emma teve tempo suficiente para analisar a situação, sua mãe costumava lhe dizer que era essa a sua vantagem contra seus inimigos que era por isso e pelo dom de saber quando as pessoas estavam mentindo que ela tão boa. O navio estava amarrotado de corpos dilacerados, piratas, soldados e até o próprio rei estavam envoltos em lençóis de sangue. Tudo corria em câmera lenta. Alguns homens ainda persistiam em continuarem vivos meio a toda aquele caos, mas devido a grande quantidade de sangue e às vezes carne era difícil dizer se eram amigos ou inimigos e esse também era o motivo pelo qual Emma acreditava que eles não sobreviveriam por muito mais tempo.

Boa parte de seus homens permaneciam em pé. Espada em punho queixo erguido, sujos porém inteiros, expressões duras corações apertados, a coragem estampada em seus rostos corpos e espadas, o medo escondido dentro dos olhos. Não carregavam nenhuma bandeira, não lutavam por nenhum rei, não se curvavam, não se rendiam, porém o brasão... O brasão pirata queimava a carne de todos eles, o amor egoísta de servir a si mesmo e a nenhum pais era as vezes sua melhor motivação eram do jeito como tinham de ser, eram piratas, não eram bons, mas eram leais.

Tinker saia de dentro do navio, o nojo estampada em seu rosto, a menina ainda não havia se acostumado aquilo, mas Emma sabia que ela iria, sabia que Tinker Bell nunca os deixaria. Os olhos verdes da fada se aliviaram quando viram seu capitão sem marcas visíveis de ferimentos.

Killian tirou os seus olhos do portal lamentando a perca do seu único feijão, seus olhos azuis encontraram os de Emma com um alarme a fazendo acordar de seu pequeno devaneio.

Henry ainda chorava apesar de a mãe estar acordada, seus olhos vagavam pelos corpos espalhados pelo navio.

– Ele é só uma criança. – Regina sussurrou quase com súplica e Emma entendeu ao mesmo tempo.

– Leve ele pra baixo e fique lá. – Emma chamou a atenção de Tinker que ainda tinha os olhos presos no capitão. Henry não protestou quando foi tirado daquela cena, seus olhos ainda se demoraram no cadáver do pai antes de desaparecerem.

– Precisamos sair daqui. – Killian falou, a expressão encrenca era óbvia de mais.

– Porque? – Regina começou a tentar se sentar, mas uma dor a parou e só então percebeu que estava deitada sobre o colo de Emma.

– Regina. – Emma sussurrou, mas sua voz era tremula. – Robert... Eu o matei. Matei o rei.

Regina se esforçou novamente, sentindo o lugar escuro em seu peito arder. Seus olhos se arregalaram quando viu o corpo de Robert caído longe de sua cabeça. Ela desviou os olhos deixando-os repousar sobre os de Emma. Lembrou-se da primeira vez que a vira.

***

Os cotovelos doíam apoiados sobre a janela de concreto, mas a jovem princesa não ousava tirar seus olhos da estrada. Olhou pra trás uma ou duas vezes para o quadro da mãe pendurado a parede atrás de si. O antigo quarto privado da mãe era a sua parte favorita do castelo, era onde ia quando precisava ficar sozinha, ou melhor dizendo, quando podia ficar sem a presença de outras pessoas, Regina estava sempre sozinha. Quando a carruagem apareceu ela arregalou os olhos quase subindo na janela, pela pequena janelinha pode ver apenas os cabelos loiros da garota. Pensou que se corresse chegaria ao salão a ponto de vê-la mais de perto, mas quase a perdeu e só o que viu novamente foram os cabelos loiros.

Na hora do baile lá estava ela sentada a mesa junto das outras pessoas importantes, não era robusta como Regina a havia imaginado, era na verdade bastante feminina. Grandes olhos verdes e lindos cabelos ondulados.

Seu pai sorria tão alegremente e então seu sorriso se iluminou ainda mais quando Robin se aproximou chamando a atenção de todos. O bravo general, o melhor de todos, mas que era muito egoísta para tentar salvar a cidade. Ele pegou sua mão e ela sorriu docemente para ele, era comum áqüea troca de gentilezas, como se fossem íntimos ou algo assim, mas a verdade era que os dois nunca deixaram as formalidades e quando não estavam na frente de outras pessoas se tratavam como estranhos.

Acontece que antes de morrer a mãe a havia ensinado a atuar, havia ensinado a ela tudo o que sabia sobre ser rainha, sobre ser superior e acima de tudo a como deixar seu coração de lado e esse foi o único pecado da garota, ela nunca poderia deixar o coração de lado. A noite passou muito mais rápido do que previra, vez ou outra lançava olhares para a misteriosa Emma Swan.

Quando foi se deitar aquela noite sonhou com flores e esmeraldas, sabia desde o primeiro momento que estava apaixonada, sabia o que sentiu ao cumprimentar a caçadora de recompensas, pois não era a primeira vez que se apaixonava e por isso também sabia que aquele amor poderia quebrá-la tanto ou até mais do que quando Daniel morreu. Mesmo sabendo de tudo aquilo era ainda acordou com um sorriso no rosto.

***

– Eu vou dar um jeito. – Emma disse firmemente. – Vou encontrar um jeito, eu prometo, nem que eu tenha que chegar ao fim do mundo passando por cada um que existir eu prometo salvá-la.

Regina impulsionou o corpo para frente, não se importava com a dor, só com ela. Percebeu que Emma nunca a magoaria, nunca seria capaz de feri-la e que a única culpada era ela por ter tido medo de seguir seu coração, o medo a fez recuar a fez fugir para longe de seu final feliz, o seu medo fez tudo aquilo acontecer. Pôs sua mão no rosto de Emma e a puxou para um beijo, primeiro um selinho, mas Emma o intensificou o transformando em um beijo de língua em que ela passou os braços em volta da morena.

O coração de Regina voltou a bater em ritmo normal batia até rápido de mais, a cada segundo daquele beijo ela sentia como se estivesse saindo de dentro de um lago congelando e caminhando em direção ao sol. O calor de Emma invadia seu peito, sua alma, sua vida. Tudo parecia ainda mais claro e tranquilo que quase se esqueceu que sua vida estava por um fio.

A dor em seu peito havia cessado quando Emma encostara-se a ela, mas ainda sentia-se estranha.

O beijo terminou e seus olhos se encontraram, não havia mais ninguém ao redor que realmente importasse. Emma quis sorrir, mas não sabia se ainda conseguia e Regina acariciou suas bochechas. Ambas as respirações estavam alteradas, mas Emma notou a de Regina ainda mais complicada ela a ajudou a se deitar novamente, mas o que viu a surpreender.

– Regina, como você esta se sentindo? – Perguntou encarando as manchas no peito da morena.

Regina não respondeu apenas segurou firme a mão da loira quando uma forte dor a atingiu. Ela levou a mão ao local achando que a ferida estava voltando a se abrir, mas o contrario estava acontecendo. As manchas escuras estavam desaparecendo, pouco a poço sumiam até não restar mais nenhuma.

Regina se levantou sorrindo para Emma que tinha o queixo caído assim como todos os outros tripulantes.

– O que aconteceu? – Emma perguntou.

– Você conseguiu. – Ela puxou a garota para um abraço. – Você me salvou.


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Notas finais do capítulo

Muito amor esse cap... To muito romântica esses dias kk'
Primeiro: Amor verdadeiro é mais poderoso que qualquer magia.
Segundo: Não era pra ser assim, eu mudei tudo e por isso demorei a postar.
Terceiro: Ta muito frio aqui poxa, me abracem.