Never leave me escrita por Thaamy


Capítulo 24
Extraordinário


Notas iniciais do capítulo

Heeey Gente , Pois é Ultimo Capitulo .. :/
Gostaria de agradecer a todos que leram a história - até mesmo aos leitores fantasminhas. Obrigada :3
Não deixem de comentar no final a opinião sobre a história inteira e sobre o final. Obrigada por tudo ...
Boa leitura ♥
Twitter :: https://twitter.com/ThaamyTatah
Facebook :: https://www.facebook.com/thamires.araujo.3990 ( me avise se mandar solitação no facebook para eu saber e aceitar , quiserem o to ceitano novos amigos kk ' )


Bom é isso Boa Leitura


Beijoooos :*

— Tia Thaamy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/491829/chapter/24

Medo. Receio. Ansiedade. Palavras que podem descrever como estou agora. Os dias seguintes passaram rapidamente, fazendo-me parar para pensar em como os melhores momentos passam por nossos olhos em segundos. É estranho.

Dessa vez, sou eu quem está no aeroporto, suspirando e olhando ansiosamente para os lados, olhando atentamente o relógio, esperando a chegada do vôo que me levará de volta para casa. Não quero ir agora. Não quero ter que ficar longe mais uma vez, vendo o tempo passar diante dos meus olhos, desesperadamente, imaginando o que pode estar acontecendo ali.

Deito minha cabeça no ombro de Leon . Estamos sentados no chão, olhando para frente. Os adultos resolveram nos deixar sozinhos, aproveitando nossos últimos minutos sozinhos em algum tempo.

– E isso se repete mais uma vez – falo para ele. – Que droga.

– Que droga – concorda ele, brincando com meus dedos das mãos. – Vou sentir sua falta. São apenas dois meses. Vai passar logo.

– É o que sempre dizemos. Mas sim, talvez passe logo.

Ele sorri para mim e me beija, segurando meu queixo entre seus dedos.

– Nunca imaginei que isso aconteceria – diz ele, olhando para frente novamente.

– Com isso você quer dizer...?

– Eu. Você. Nós. – Gosto do jeito como ele pronuncia nós. É tão vivo e real. – Dá para acreditar que é real?

– Não, não dá. Você me mudou muito. Obrigada.

– Você mesma se mudou. Fez as escolhas certas. Isso é importante – disse ele, sorrindo para mim.

– Vamos nos falar todos os dias, está bem? Vamos conversar através de chamas de vídeo e coisas do tipo. Dois meses podem demorar, dependendo da situação.

– Já esperamos uma vez – disse ele. – Podemos esperar novamente.

O problema é que eu não queria esperar. Esperar é algo que eu já havia feito demais, e eu já estava cansada de tanto esperar.

– Sabe, eu tenho medo de uma coisa.

– Medo? – perguntou ele, olhando para mim. – Do que tem medo?

– Tenho medo do ‘nós’ não existir mais daqui a algumas semanas ou meses. Isso já aconteceu uma vez, e pode acabar acontecendo de novo. Talvez conheçamos pessoas diferentes, e...

Ele me olhou, beijando meu nariz, minha testa e, por fim, meus lábios, tão delicadamente que talvez ele pensasse que pudessem cair.

– Não vai acontecer novamente, está bem?

Concordei, suspirando.

– Descobri uma coisa recentemente, que pode ser um grande problema para nós dois – disse ele.

– O quê? – perguntei, pensando em coisas que poderiam prejudicar nosso relacionamento.

– Sou um completo fracasso em ficar longe de você. E nem quero tentar. E descobri uma outra coisa, que tentei por muito tempo manter longe de mim, mas que vinha martelando na minha cabeça repetidamente, sem aviso prévio, sem explicações. Bem, eu estou apaixonado por você, e não quero mais esconder isso. Eu amo você, muito, e talvez seja um tanto cedo para se dizer isso, mas eu amo você. Não precisa dizer o mesmo apenas porque estou dizendo. Sou uma pessoa totalmente compreensível quando o assunto é sobre o sentimento das pessoas. Se algum dia você não me quiser mais, eu vou entender. Vou ficar decepcionado, mas vou entender. – ele suspirou, e sorriu ao olhar para mim e colocar uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. – Mas eu amo você. Eu amo você – ele sorriu. – Eu amo você.

Sorri ao ouvir isso, ao processar tudo isso. Eu o amava, ele me amava, e aquilo bastava. Não era preciso todo o dinheiro do mundo, ou se aventurar nas maiores loucuras para que a felicidade chegue. A felicidade é repentina. Chega em horas inesperadas. Algumas tristes, outras nem tanto. A vida é irreconhecível. A vida é estranha. A vida é extraordinária.

– Eu amo você também, Leon – falei para ele. Ele encostou a testa na minha, ainda sorrindo. – E sei que nada pode ser perfeito, mas isso que está acontecendo entre nós, de alguma maneira, é perfeito. Somos extraordinários do nosso próprio jeito, e isso é o suficiente. Obrigada por me fazer especial. Obrigada por me fazer única. Obrigada.

Nos sentamos um de frente para o outro. Ele se aproximou e colocou as mãos em minha nuca, olhando para meus lábios, como se estivesse pedindo por um beijo silenciosamente. Nos olhamos por mais alguns segundos. Fechei meus olhos, apenas tentando sentir seu toque, seus suspiros e sua respiração se aproximando. Então, ele encostou os lábios nos meus, e me deu o mais tímido dos beijos – algo que não pude negar.

– Isso é maravilhoso – disse ele, afastando apenas o mínimo possível. – Todas às vezes.

– É isso que penso também – falo para ele, sorrindo.

– Desculpem atrapalhar, mas precisamos ir – diz meu pai, aproximando-se o máximo possível, tentando nos afastar pelo menos um pouco.

– Ah, claro – respondi, olhando para Leon.

Caminhamos até o portão de embarque. Leon não deixou de me abraçar por nenhum segundo. Ele me beijou diversas vezes pelo caminho, me apertando junto.

– São apenas dois meses. Nada mais. Dois meses – disse ele, com uma lágrima descendo em suas bochechas.

– Está chorando? – perguntei, praticamente chorando também.

– Talvez – ele sorriu, deixando-me secar sua lágrima fugitiva.

Eu o beijei, levantando-me na ponta dos pés. Ele me apertou o máximo que pode, até mesmo quando o meu vôo foi chamado.

– Nos veremos em breve – falei para ele, passando os dedos por suas bochechas molhadas.

– Em breve - repetiu ele.

Me virei e olhei para trás algumas vezes. Ele estava parado, sempre com a mesma posição, olhando atentamente para mim. Dois meses passariam rápido. Seriam apenas dois meses. Oito semanas. Dois meses. Dois meses.

– Violetta ! – ele gritou, e correu em minha direção.

– O quê? – perguntei, mas ele me beijou antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa.

– Eu te amo – falou ele, respirando alto. – Para todo o sempre.

– Para todo o sempre – repeti.

Dessa vez, não olhei para trás. Não havia o que temer. Dessa vez eu sabia que nos veríamos novamente. Seriam dois meses um tanto inquietantes, mas passariam, e eu o veria novamente. E tive a certeza disso ao me lembrar do para todo o sempre, e sorri ao ter a certeza de que para todo o sempre era real. Para todo o sempre era bonito. Para todo o sempre era o nosso pequeno extraordinário.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Twitter :: https://twitter.com/ThaamyTatah
Facebook :: https://www.facebook.com/thamires.araujo.3990