Amor e Rivalidade escrita por Melissa Martins de Souza
Notas iniciais do capítulo
Feliz Ano Novo atrasado!
Feliz Natal atrasado!
Espero que gostem!
Desculpem pelos erros!
Boa leitura!
– O delegado ligou, Katniss. – avisa meu irmão. – Amanhã vai ter a audiência lá no tribunal.
– Conseguiram pegar os pais dela? – perguntei me sentando no sofá.
– Sim. – responde abraçando Annie com um braço só.
– Isso é uma notícia ótima. – fala Annie.
Os deixo conversando com o Peeta, Finnick não esta tão a vontade com ele mas, mesmo assim tenta pelo menos manter um diálogo e vou ate a cozinha beber um copo de água, tomo o liquido e puxo a cadeira e me sento.
Nenhuma criança deveria passar o que Penny esta sendo obrigada a passar, mas é melhor do que ficar apanhando da própria mãe.
Levanto-me e caminho em direção ao quarto das crianças. Já tem algumas horas que eles acordaram e que estão brincando por ai, menos Damien e Penny que conversam ainda deitados na cama. Me aproximo da porta para vê-los melhor.
– Você acha que eu deveria contar para a sua mãe? – pergunta Penny em duvida.
Damien olha para ela e pega a sua mão.
– Sim, mamãe pode ajuda-la também. – fala Damien.
Penny começa a chorar baixinho, Damien e faz um carinha triste e puxa ela para os seus braços. Ele a aperta forte e o agarra pela cintura, sua cabeça deita em seu peito e se acomoda ali. As pequenas mãos do meu filho alisam os cabelos loiros de uma forma carinhosa.
– Ela já deve ter morrido. – ela chora muito com as suas próprias palavras.
Damien a aperta mais.
Entro no quarto e Damien levanta a cabeça para me olhar.
– Quem é essa menina? – pergunto me sentando na cama.
Penny não se move.
– Eu vou ajuda-la, prometo. – falo e ela continua parada.
– Minha irmã. – fala com um peso enorme na voz. – Mamãe a prendeu no porão por que ela não se comportava e não fazia o que ela queria, então a jogou no porão e disse que ela iria ficar sem comida ate se comportar, dês daquele dia eu não a vi mais, sempre ouvia ela chorar pedindo mais comida ate que um dia ela parou de chorar e parou de pedir comida.
– A quanto tempo faz isso? – pergunto com o coração muito acelerado.
– Um ano e alguns meses. – fala a menininha com dificuldade por conta do soluço.
Meu coração só fica mais apertado a cada palavra que sai da boca de Penny. Fecho os olhos e respiro fundo, quando os abro meu filho esta chorando por que a Penny estar chorando. Enxugo as lágrimas e me aproximo da garotinha que não quer sair dos braços de Damien, ele observa cada movimento meu.
– Eu vou encontra-la. – falo e me levanto.
Saiu pela porta dos fundos da casa da Finnick e corro a pé mesmo para a casa da menininha, tenho que ir rápido se quiser encontrar ela viva, só a possibilidade de encontra-la morta me deixa muito mal. Como um ser humano consegue machucar uma criança? Um pessoa assim não deveria ter o direito de nascer!
Depois de uns minutos eu chego na casa.
Olho para a janela do quarto da Penny e a vejo aberta, com facilidade começo a escalar a arvore que da de encontro com a janela, entro com cuidado e só ai lembro que eles estão com a polícia. Saiu do quarto desço um escada, corro procurando o porão da casa e encontro uma porta pequena em baixo da escada.
Vou ate ela e arrebento o trinco com um chute só, a porta abre e entro. Descendo as escada vejo em baixo de uma cadeira um pé pequeno, parecido do de um criança. Ando ate lá e tiro a cadeira de cima do corpo da garotinha, pego ela em meus braços.
A pequena garotinha esta desacordada. Ela esta muito magra e muito suja, suas roupas estão todas velhas e rasgadas pelo tempo, o cabelo castanho esta desgrenhado e muito sujo. Ela parece ser da mesma idade de Penny. Tiro minha blusa de frio e enrolo no seu corpo.
Toco no seu coração e esta batendo muito devagar, esta tão devagar que parece que ele vai para a qualquer minuto.
Agarro o pequeno corpo junto ao meu sentindo as lágrimas saírem de meus olhos, o corpo dela estão tão mole que parece que eu segurando um boneco. Corro com ela para a porta de frente da casa e ela não abre, suspiro e corro para o quarto da Penny.
Depois que desço com muito dificuldade, ando o mais rápido que posso ate chegar em uma hospital mais próximo, entro e todos olham para mim.
– Por favor, me ajudem. – peço e um médico corre e pega a menina de meus braços.
– O que aconteceu?
– Ela vai acordar? – pergunta ignorando a sua pergunta.
– Vão fazer o possível. – fala e a coloca num maca.
Saem com ela me deixando sozinha.
Pego o meu celular.
– Katniss? – fala meu irmão.
– Oi, eu estou no hospital. – falo rápido. – Venham aqui.
– Senhorita Mellark. – me chama o médico.
Tiro o celular do ouvido e olho para ele.
– Ela esta muito desidratada, e daqui a algumas minutos poderá vê-la. – fala o médico. – Estamos aplicando soro diretamente na veia dela.
– Obrigada. – agradeço aliviada.
– Quem esta desidratada? O que esta acontecendo? Quem é esse cara? – pergunta meu irmão de uma vez assim que volto ao telefone.
– Venha ate o hospital e com a Penny, ai eu te explico melhor.
Sento num banco perto do quarto da garotinha e depois de alguns minutos ali, o médico me avisa que já posso entrar. Entro no quarto, ando até a menininha e me sento na cadeira ao lado de sua cama, ela não se mexe em nenhum momento.
Inclino o corpo para ver o seu rosto melhor.
– Oi. – falo numa tentativa de fazê-la falar. – Qual é o seu nome?
Ela continua em silêncio. Os seus dedos das mãos começam a mexer com dificuldade, eles brincam com o lençol. Seus olhos que ate agora estavam fechados se abrem e se fixam num ponto a frente. Ela esta mais traumatizado do que a Penny.
– Comida... – fala com dificuldade. – Fome...
– Claro, vou pedir alguma coisa para você comer. – falo e levanto-me. – Eu já volto.
– Comida... – pedi de novo.
Rodo o hospital inteiro e quando finalmente encontro o médico, peço o comida. Ele para uma mocinha que estava levando comida para os outros quarto e pedi um dos pratos de sopa, ele me entrega numa bandeja com uma garrafa de água e antes de sair, me pedi para dar as colheradas devagar, pois não faz bem comer de uma vez no estado em que ela se encontra, e é o que ela iria fazer se tomasse a sopa sozinha. Concordo com a cabeça e volto para o quarto.
Coloco a bandeja no criado mudo e me sento no meu lugar.
– Trouxe comida. – anuncio.
Pela primeira vez dês que a vi nesse quarto, ela olha para mim.
– Vem, vou te ajudar a levantar. – falo e ela não me interrompe.
A ajudo a sentar e coloco alguns travesseiros trás de suas costas.
Pego a bandeja e dou a sopa de pouquinho e pouquinho, ela sempre reclama das minha colheradas em sua boca. Depois de algum tempo que termino de dar a sopa, ela pedi a água, dou o que me pedi e seu corpo relaxa automaticamente no lugar.
– Rachel... – fala com a voz rouca.
– Seu nome é Rachel? – pergunto.
Ela olha para mim e assenti devagar.
– Você é aquela mulher da TV? Katniss Everdeen? – pergunta e sorri quando eu assinto. – Eu assentia a sua entrevista com os Mellark, antes da mamãe me... – ela para no meio da frase e abaixa a cabeça.
– Ela não vai mais tocar em você. – falo com firmeza. Seguro sua mão. – Eu prometo.
Me aproximo e beijo a sua testa.
– Eai? O que mais assistia? – pergunto tentando distrai-la.
– Eu assistia os filmes dos seus pais e uma serie que a Clove Mellark era uma das personagens principais. – fala pensando. Ela olha para mim com um sorriso nos lábios. – Vocês e os Mellark se odeiam ainda?
– Lembra do Peeta Mellark? – pergunto e ela assenti sorrindo. – Nos casamos e temos três filhos e daqui a pouco vai nascer mais dois.
Seus olhos brilham.
– Meninos ou meninas?
– Meninos.
Conversamos sobre várias coisas, ela é bem divertida e engraçada, não sei como a mãe dela teve a coragem de fazer um crueldade daquelas com a Rachel, ela é uma menina tão boa e carinhosa, não tenho o que reclamar dela.
Olhamos para trás quando a porta abre.
– Penny! – exclama a garotinha feliz. – Achei que ela tinha te pegado também.
Penny corre e abraça a irmã, que retribui. Elas choram baixinho.
Olho para a porta e vejo Damien, Finnick, Annie e Peeta. O Mellark vem ate mim e eu o abraço, seus abraços ao meu redor são bem quentes e reconfortantes.
– Por que não pediu a nossa ajuda? – pergunta sem entender. – Quando estávamos vindo para cá, a Penny contou o que tinha falado a você e logo deduzimos que você foi atrás dela.
– Eu não tive nem tempo de pensar direito, Peeta. – falo deitando meu rosto no seu ombro. – Só queria encontrar essa criança viva.
– Calma, eu estou aqui com você para o que der e vier. – fala quando senti que vou chorar.
Me afasto um pouco para ver as crianças.
Penny conversa sobre alguma coisa com a irmã e depois de algum tempo chama Damien com a mão, ele vai ate ela sem nenhum hesitação.
– Esse aqui é o Damien Thorn. – fala Penny e segurando sua mão e em seguida entrelaçando os dedos com os dele o deixando vermelho.
Rachel olha para o meu filho que abaixa a cabeça, ela sorri.
– Então era por causa desse menino que a mamãe te batia. – Rachel fala olhando nos olhos do Damien. – Sempre me perguntava por que não o deixava, assim iria parar de apanhar tanto, mas agora... – fala e olha para as mãos deles juntas. – Sei o por que.
– Se eu não tivesse conhecido o Damien, nos nunca teríamos saído de lá. – fala deixando meu filho mais envergonhado ainda.
Horas depois o médico nos avisa que ela pode ir para casa, nos fomos embora para a casa de Finnick.
Quando chegamos as crianças já estávamos acordadas, e brincando com a filha do Gale, a Elisabeth. Vou ate o sofá e encontro Gale observando Emilly e Damon brincarem de um jogo, estão um de frente para o outro, eles parecerem se divertirem muito um com a presença do outro.
Finnick leva a Rachel para o quarto das crianças. Edward olha para a garotinho com curiosidade e corre ate ela que entra no quarto, o resto das crianças nem notam a chegada da Rachel por estarem tão concentrados no que brincam.
Peeta vem ate mim.
– Acho que esta na hora de voltar para casa, não é? – pergunto me sentido triste.
Ando ate o meu quarto e Peeta vem atrás de mim, uma dor profunda me invade fazendo algumas lágrimas escaparem dos meus olhos. Abro as gavetas e começa a arrumar as minhas coisas dentro de uma mala que estava guardada no fundo do armário.
– Quer ajuda? – pergunta Peeta.
Nego com a cabeça.
Me acostumei a morar com o Finnick e Annie, me acostumei a ver meus sobrinhos e os meus filhos correrem juntos pela casa, vai ser muito estranho acordar de manhã e não vê-los mais na cozinha fazendo o café da manhã para as crianças.
Termino de fazer as malas e Peeta as carrega para fora do quarto e as deixa perto do piano, enquanto isso vou para o quarto das crianças fazer as malas deles. Quando chego lá, vejo Edward conversando com a Rachel que parece feliz por ele estar conversando com ela. Damien e Penny estão deitados um olhando para o rosto do outro.
Começo a guardar as roupas deles.
– Para onde vamos mamãe? – pergunta Damien já de pé.
– Para casa. – respondo.
– Mas, eu não quero ir. – fala Damien com a respiração começando a ficar pesada.
– Eu sei que não, mas temos que ir. – falo fechando a ultima mala. – Não ficaríamos aqui para sempre.
David e Ethan entram no quarto e o sorriso deles se desmancha ao verem as malas na minha frente. David vem na minha direção.
– Por favor, titia. – fala com os olhos cheios de lágrimas. – Fique aqui.
Ele corre e me abraça forte.
Ele se afasta depois de minutos me abraçando, se junta ao Ethan e pedi para mim esperar ate ele voltar, concordo com a cabeça e ele sai correndo com o irmão ao seu lado.
– Elas vão vir com a gente, não vão? – pergunta Damien.
– Sim. – falo e ele relaxa um pouco.
Saímos todos do quarto e fomos ate o começo da porta de saída.
– Katniss! – grita Finnick e me abraça. – Vou sentir tanto a sua falta.
– Eu também! – fala Annie se juntando ao abraço.
Meu coração se despedaça quando sinto as lágrimas do meu irmão no meu ombro, e difícil ele chorar. Finnick beija minha testa e me aperta mais.
– Titia. – chama David.
Me afasto dele para vê-lo melhor.
– Eu e o Ethan fizemos para você.
Ele me entrega uma carta. Sorriu antes de abrir a carta.
Titia.
Não queríamos que você fosse embora, mas você vai. Muito obrigado por ajudar nossa amiga e muito obrigado por ser nossa titia!
Termino de ler e viro o papel, tem uma foto que tiramos no dia da apresentação.
Me abaixo a abro os braços, David e Ethan correm ate mim e me abraçam com muita força, aliso os cabelos deles com lágrimas nos olhos. É muito sofridos ter que deixa-los.
Nos afastamos.
Peeta sorri para as crianças que ainda estão tristes com a noticia, ele vai ate eles e se abaixa ficando do meus tamanho.
– Sempre vão poder vir nos visitar, e sempre vamos vir aqui. – fala Peeta e eles o abraçam. Menos as duas garotinha.
Meses Depois...
Coloco o bolo em cima da mesa, e arrumo as bexigas. As crianças gritam e pulam animada. Sorriu quando vejo que Finnick e Annie chegaram, eles colocam os presentes em cima de outros. Vou ate eles e os abraço forte.
– Quer ajuda em alguma coisa? – pergunta Annie.
– Não, já esta tudo pronto. – falo com um sorriso. – Onde estão as crianças?
– Nem entramos direito e eles correram para junto dos brinquedos. – fala Finnick.
Conversamos um pouco e pego uma bebida para eles.
– Nossa, daqui a pouco temos que ir para o hospital de novo. – brinca Annie tocando na minha barriga que já esta grande.
– Pois é. – falo com um sorriso.
– Hora do parabéns! – anuncia Peeta.
Vou ate ele e dou um pequeno beijo perto de seus lábios, Peeta sorri me puxa com o braço para mais perto. Damien, Edward e Emilly se posicionam na frente do bolo. David e Ethan ficam ao lado de Penny e Rachel que sorriem para os meus filhos, eles sorriem de volta com alegria. Damon e Elisabeth chegam apressados ficam do lado dos meus sobrinhos.
Damien e Edward fazem aniversario no mesmo dia, então quisemos fazer os dos três de uma vez. Já que o aniversario de Emilly e cinco dias depois do deles.
Cantamos o parabéns e vejo Ethan David se entreolharem com olhar malvado, Damien e Edward percebem e ficam vermelhos. Já sei o que eles vão cantar.
– Com quem será?! Com quem será?! Com quem será que o Damien vai casar?! Vai depender! Vai depender! Vai depender se a Penny vai querer! – olho para eles e sinto Peeta dando muita risada da cara de vergonha dos filhos. – Ela aceito! Ela aceito!...
Depois de cantarem o "Com quem será?" Eles cantam para o Edward e a Rachel, e cantaram para a Emilly e o Damon.
– Selinho! Selinho! Selinho! – todos gritam.
Damien olha para Penny com um sorriso desconcertado, Peeta se aproxima disfarçadamente e empurra devagar o Damien fazendo ele se aproximar da Penny. Eles se aproximam e fecham os olhos, os lábios deles se encostam rapidamente e depois eles se afastam. E a mesma coisa acontece com Edward e Rachel, e Emilly e Damon, e sempre com um empurrãozinho de Peeta.
Olho para Rachel e Penny.
Elas estão sobre a custodia da Prim. No tribunal a mãe e o pai delas me olharam com tanto ódio que parecia eles podiam me matar a qualquer segundo. Quando viram que eu estava com a Rachel ele quase enlouqueceram. Depois que acabou e o juiz decretou a prisão deles, eles passaram por mim a mãe das garotas fala baixinho "Você ta fodida na nossa mão! Pode esperar!"
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