Quem é você, Tiffany? escrita por Mellynnaa
Notas iniciais do capítulo
Heeeey peoples, we are back! u-u
Okay, acho que todos sabem que o Nyah entrou em coma por 12 dias mas acabou de acordar, e aqui estou eu, com QEVT. Espero que gostem.
PS: Sem contar com esse capítulo, a fic ainda tem mais 3 capítulos para serem postados. Vou postar outra fic- que, aliás, já estou escrevendo - e ela é bem legal - e triste.
Boa leitura ^^
Quadros, quadros, quadros. Eu nunca havia visto tantos quadros diferentes na minha vida. Diversas pinturas, tanto abstratas como com diversas formas decoravam a parede de cima a baixo, sem contar nas diversas pinturas feitas a mão. Todas essas pinturas deixavam a sala mais alegre. A casa de Tiffany número três era bonita, mas arrumada demais, quieta demais. De alguma forma, as pinturas deixavam o ar mais... Agitado.
– Sei que parece estranho – disse Tiffany, enchendo as duas xícaras na mesa de café. – Mas arte é meio que a minha vida. Não me imagino sem ela.
– Foi você quem pintou tudo isso? – perguntei, olhando atentamente para o quadro de uma garota que eu conhecia de algum lugar.
– Bem, a maioria. Obviamente, não fui eu quem pintou Mona Lisa – disse ela, apontando para o quadro da garota. – Eu seria famosa como Leonardo Da Vinci foi ao pintá-la. Eu seria incrível.
Bebi um gole de café, lambuzando a boca e queimando a língua. Fingi não perceber isso.
– Aposto que você é incrível.
Ela sorriu.
– Como todas as pessoas, tenho minhas falhas, mas mesmo assim tenho minhas paixões. Pintar, por exemplo. Essa é a minha arte. Gosto de rabiscar esboços e de passar a tinta depois. Não é a toa que minha mãe me deixou fazer todas essas pinturas na parede da sala. Deu certa alegria ao ambiente. Ela gostou.
– É claro que gostou – sorri para ela. De alguma forma, ela parecia ser a verdadeira Tiffany para mim. Era agradável conversar com ela, assim como era agradável conversar com Tiffany, exatamente como fazíamos há alguns anos.
– E então... – ela me encarou, e então percebi que ela não sabia qual era o meu nome.
– Oh, é Stuart – falei envergonhado.
– Stuart, certo – disse ela, depois sorriu de lado. – Então, Stuart, fizemos o ensino médio juntos, não é?
– Eu não sei. Provavelmente sim, mas eu nunca reparei em você. Não foi por mal. Acho que eu nunca fiz nada de mais naqueles tempos.
– Entendo... – disse ela, dando um gole em seu café. – Mas o que chamou minha atenção para você logo agora, anos depois?
Pensei no assunto. Talvez ela achasse graça se eu contasse minha história para ela. Talvez ela tivesse a conclusão de que eu fosse louco. Ou, talvez, ela entenderia. Resolvi optar pela terceira opção.
– Quando eu estava no último ano, conheci uma garota. Seu nome era Tiffany, e ela era incrível. Nunca gostei tanto de uma garota assim.
– Nunca? – perguntou ela, olhando-me curiosa.
– Nunca – pensei um pouco. Na verdade, eu já tinha me apaixonado uma vez. Por Addie. Mas não era a mesma coisa. Com Tiffany, o sentimento havia sido mais real. – Bem – continuei, tentando ignorar a dúvida que sentia. – Tiffany e eu nos comunicamos por algum tempo. Trocamos mensagens e digamos que estávamos em um relacionamento não revelado. Um dia, ela resolveu parar de falar comigo. Há quatro anos venho pensando nela sem parar, com a esperança de que algum dia irei conhece-lá de verdade.
– E você acha que essa garota pode ser eu? – perguntou ela, levantando-se e parando na minha frente. Me levantei, sorrindo e olhando atentamente para ela.
– Talvez – respondi, sorrindo ainda mais.
Ela sorriu. E então, me deu um tapa, provavelmente fazendo com que a marca de seus dedos ficassem no meu rosto.
– Ei, porque fez isso? – perguntei, acariciando minha bochecha.
– Isso foi por achar que sou idiota a ponto de fazer isso – ela deu um tapa no outro lado do meu rosto. – E isso foi por não me reconhecer depois de todo esse tempo.
Ela subiu as escadas, e então desapareceu. Saí de sua casa passando as duas mãos pelo rosto. Isso havia doído. Muito.
Conclusão: as garotas eram loucas. Eu deveria me lembrar disso da próxima vez.
•••
Caminhei rapidamente até qualquer lugar. Eu nunca encontraria Tiffany, e cedo ou tarde teria que entender isso.
Todas as garotas eram loucas. Addie e as Tiffany’s eram a prova viva disso. Aliás, Addie e as Tiffany’s era um bom nome para uma banda. Todas elas combinavam de uma mesma forma, afinal de contas.
– Stuart? – uma garota parou ao meu lado, olhando para mim atentamente e sorrindo um pouco. Ela tinha uma estatura mediana e era muito bonita. Seu cabelo era longo e sua pele, morena. Ela me lembrava Addie.
– Sim? – perguntei.
– Acho que não se lembra de mim – disse ela, sentando-se ao meu lado. – Fizemos o ensino médio juntos. Alice Harper.
– Alice Harper? – eu não sabia quem era ela, mas resolvi que sabia de uma hora para outra. Algumas vezes era melhor fingir do que decepcionar. – Oh, claro, Alice Harper.
– Não se lembra de mim.
– É claro que me lembro. Você é... Alice Harper.
Ela me encarou e balançou a cabeça.
– Sou a garota que vivia olhando para você nos corredores. Provavelmente, você me achava estranha. Eu era estranha, então não me importo com a opinião dos outros sobre o passado.
– Oh, você é aquela garota – falei, lembrando-me dela. Alice vivia me encarando no corredor. Eu sempre comentava isso com Tiffany. Ela achava engraçado, mas achava que Alice estava certa em dar algum sinal.
– Desculpe por incomodar, mas não resisti – olhei para ela, surpreso. – Não estou falando de resistir com esse sentido, tudo bem? Eu apenas quis falar com você. Nada demais. Sempre quis falar com você pessoalmente.
E então, minha ficha finalmente caiu. Ela tinha que ser a Tiffany. Ela queria me conhecer pessoalmente, e a Tiffany não me conhecia pessoalmente. Era ela. Era ela. Era ela!
– Preciso ir – disse ela, levantando-se. – Nos vemos por aí.
Ela se virou, mas segurei seu braço, encarando-a, incrédulo.
– Quer sair comigo? – perguntei, não sabendo ao certo o que estava fazendo.
Ela sorriu, e então respondeu:
– Pensei que nunca fosse perguntar.
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Stuart xavequero