Capitulo XXXII- O beijo part. 2

Sabe quando você acorda, em um dia quente, sem nada pra fazer e apenas fica deitada pensando em como a noite passada foi boa e como todos os momentos que você queria que voltasse te trouxeram enorme emoção. Entrar no mundo da adolescência é uma coisa difícil, mas, com o tempo você vai se acostumando e vendo como esse mundinho, é bom.

Acho que nada acontece por acaso e que no mundo há vários porquês. Eu só espero que tudo que aconteça na minha vida, fique registrado. Todos os momentos. Aprendi que nada é pra sempre, mas, pelo menos podemos fazer durar.

P. O.V Carlos

Eu e Liz estávamos indo bem. Tudo parecia perfeito. Os dias com ela eram animados, sorridentes e bem aproveitados. Andávamos juntos, abraçados com nossas mãos entrelaçadas. Eu nunca fui de ficar com as pessoas. Para mim, as coisas eram mais sérias. Brincar com os sentimentos das pessoas não é legal. E muitas vezes essas ficadas simples, podem parecer grandes para certas pessoas.

Quando saímos do carro, após um beijo longo e demorado, a sessão já havia acabado. Então, eu e Liz, fomos comer em um restaurante japonês, uma das comidas preferidas de Liz.

Liz, você, você gosta mesmo de mim?

Se eu não gostasse acho que não estaria com você. ela disse enquanto colocava um salmão na boca.

Liz, eu sou sério, e não quero lhe enrolar. Acho que você deve comunicar aos seus pais.

Na verdade, meu pai não aceitará facilmente. Mas, como ele não mora comigo, esta ok. Eu irei falar com minha mãe.

Esse dia ficara marcado para sempre.

Sempre

Sempre. ela sorriu. E então nos demos contas que sempre poderia ser uma forma mais nossa de falar Eu Te Amo. Essa palavra todos falam, até sem sentimento, mas, Sempre era nosso. Quando acabamos de comer, fomos para sua casa, mas, antes de entrar, Liz me pediu uma coisa:

Não me decepcione, por favor, Carlos ela disse como se fosse magoas do passado. Todos sabiam quem fizera as cicatrizes em Liz, que nem sequer eu poderia apagar. Mas, eu poderia curar e manter esquecida.

Não irei. assim, puxei-a para mais um beijo. Quando nos soltamos, ela entrou e assim, fiquei sentado no carro, esperando ela acenar da janela de seu quarto, só assim, dei partida e segui rua a baixo.

Quando cheguei em casa, todas as luzes de fora estava acessa e tinha multidões em frente ao meu portão. Estacionei o carro em frente a minha casa, entrei e fiquei olhando do portão o que acontecia. Eram dois homens brigando. A multidão ficava gritando BRIGA, BRIGA, BRIGA sem parar, batucando e batendo nas mãos, fazendo sons estridentes.

Mãe?

Olá filho, chegou tarde hoje.

Desculpe ahn, estava com a Liz.

Ah, aquela menina, um doce. Papai veio de seu quarto, todo arrumado, vestindo roupa social e com a carteira e documentos do carro na mão, pegou as chaves e ficou me encarando enquanto andava para a saída de casa. - Tchau, amor.

Mamãe, o que anda acontecendo com o papai?

Seu pai? Filho, ele está se sentindo solitário. Não sei, seus irmãos já saíram de casa, quando vem aqui mais saem que outra coisa, você também. Eu e ele ficamos sozinhos nessa casa, eu não ligo, pois, converso com minhas amigas aqui na frente e tenho amigas do serviço. Já seu pai... você sabe filho, sempre foi ranzinza, durão, nada o está bom.

Mãe, ele já é adulto. Sabe que essas atitudes dele são inadequadas.

Esquece isso filho. Eu tentarei cuidar dele, o quanto eu puder.

Mas, não é disso que quero falar, estou muito feliz. Eu e Liz... Bom, estamos namorando!

Está brincando? E quando vai traze - lá aqui? Filho, fico feliz por você.

Obrigado mãe, sabe, acho que nela, encontrei o que jamais encontrei em ninguém. Ela é especial.

Eu vejo que é sincero e real. Acredito em você, filho. Seja feliz!

Já era tarde da noite, então, fui ao meu quarto, tomei banho e me coloquei a dormir. Antes que Liz invadisse meus sonhos ou me mantesse acordado pensando no que estaria por vir. Passei a ela uma mensagem.

Liz, minha mãe já sabe da novidade. Parabenizou-nos. Eu estou muito feliz. Obrigado, te amo. Sempre!

Carlos

Ela não me respondeu e entao, ela invadiu meus sonhos antes mesmo que eu pudesse recusar.

P. O.V Liz

Carlos me deixou em casa e então, quem eu dou de cara na porta? Minha mãe.

Eu vi o que aconteceu lá, Lizzie!

Sobe comigo, temos que conversar. assim subimos, contei tudo a ela. Desde o dia em que ele havia aparecido em minha vida.

Entendo você, Liz. Mas, acho que você saiu de um relacionamento muito complicado com Chris. Ele não irá desistir não acha muito cedo para se apaixonar por outro menino?

Mãe, não me apaixonei por que eu quis. Foi simplesmente, conquistado. Eu juro. Gosto dele. Posso?

Só não vá se arrepender, falarei com o John. Assim que der, traga Carlos aqui.

Claro!

Quando mamãe saiu do meu quarto, fui correndo tomar banho e me troquei. Fui para o computador chegar meus e-mails. Já era tarde, quando fui me deitar. Madruguei, quase nem percebi. Quando fui deitar, fui olhar minhas mensagens e vi que Carlos havia me deixado uma mensagem. Meu coração se encheu de alegria eu sabia que coisa boa estava por vir.

Minha mãe já sabe e também nos parabenizou. Eu te amo, Ca.

Sempre, Liz

Nossas férias estavam quase acabando e eu pedia socorro, para que tudo voltasse. Nessas férias, mal vi minhas amigas. Nem e-mails, nada, ninguém se lembrou de mim. Mas, eu estava feliz. Feliz comigo e com Carlos. Eu sentia que seria diferente, melhor e que eu realmente seria feliz.

Assim que acordei no outro dia, abri a janela do quarto e deixei o sol entrar. Desci para comer e me troquei. Peguei minha bicicleta e quando eu estava perto do bar da esquina, uma pessoa me chamou

Não me viu? quando me viro para olhar me arrependo, era ninguém mais, ninguém menos que...