Foi como em um dia quente de verão, quando tudo começou...

Meu nome? Meu nome é Rick, e de onde eu vim? Nem eu sei dizer, não me leve a mal por isso, mas não é que eu não queira responder, é que eu realmente não me lembro de nada, a única coisa que posso dizer sobre mim é que eu estou perdido e dizem que quando alguém esta perdido vai parar em um lugar especial chamado The Lost World.

THE LOST WORLD

Lentamente sinto meu corpo flutuando e pouco a pouco vou abrindo meu olho, mas eu me sentia diferente, na verdade em um lugar diferente e mesmo sabendo que estava em um lugar diferente, não sabia de onde eu tinha vindo nem onde eu estava.

– Onde estou? – Foi à única coisa que pensei no momento que abri meus olhos – E o que eu estou fazendo aqui?

Com o olhar assustado observo o meu redor, eu estava em um lugar sem nenhuma luz solar, o que iluminava o lugar era os postes elétricos, parecia ser uma cidade pequena, onde crianças brincavam livremente correndo de um lado para o outro, mas uma coisa realmente me chamou a atenção naquele lugar, era um tipo de cachorro azul e com um símbolo estranho no rosto, fiquei observando-o por muito tempo e a única coisa que ele fazia era abanar o seu rabo para mim, então me abaixei e fiquei de frente a ele, olhei dentro de seus olhos e disse:

– O que foi garoto? – Perguntei a ele – Você esta perdido como eu?

Pelo que parece ele entendeu o que eu havia dito, mas mesmo assim ele não respondeu só se virou e foi embora. Eu não sabia o que ele queria então decidir ir atrás dele. No caminho percebi algo diferente as pessoas daquele lugar me olhavam, como se estivessem me criticando com os olhos, pareciam dizer “quem é esse cara estranho?” ou coisas do tipo “O que esse garoto está fazendo aqui?” mesmo assim continuei meu caminho só que quando observei a minha frente aquele cachorro não estava mais lá.

– Ei Garoto onde você esta? – Digo com uma tentativa desesperada de descobrir que lugar era aquele e onde aquele cachorro havia se enfiado.

Começo a procura-lo até que dou de cara com uma garota estranha, ela tinha cabelos castanhos e seus olhos eram de um tom de verde com preto e estava usando uma camisa rosa com estampa de coração atrás e um short azul claro, já eu estava com uma camisa vermelha e um short preto.

– Quem é você? – Disse ela com os olhos assustados como os meus

– Bem meu nome é Rick – Digo a ela olhando para seus olhos – E o Seu?

– Meu nome é Clara. – Disse ela passando as mãos no cabelo

– Você esta perdida como eu? – Digo a ela com um tom de felicidade

– Sim – Disse ela – mas isso é bom?

– Não é que seja bom – Respondi – só que é menos solitário.

– Como você chegou até aqui? – Pergunta ela olhando para meus olhos castanhos

– Para falar a verdade eu não sei – Disse a ela – E você?

Antes de ela falar qualquer coisa apareceram três cachorros de novo, mas esses eram de uma cor diferente, pareciam ser pintados pelo mal e olhei para seus olhos e disse a única coisa que veio na minha cabeça.

– Corre – Disse a ela – rápido antes que eles nos peguem.

– O que? – Disse Clara assustada

– Vem – Disse a ela segurando sua mão

Comecei a correr e quando olhei para trás eles estavam me seguindo virei varias esquinas da cidade, mas não parecia resolver e rapidamente me vi encurralado em um beco.

– E agora o que fazemos? – Pergunta Clara assustada

– Eu não sei – Respondi a ela

Observei o chão e percebi que tinha um pedaço de madeira. Rapidamente o peguei e disse:

– Fique atrás eu te protejo.

Os três cães saltam com o intuito de nos atacar, mas rapidamente os rebato com o pedaço de madeira.

– Para trás – Disse a eles segurando o pedaço de madeira

A única coisa que se passava em minha cabeça era proteger Clara que estava muito assustada e frágil naquele momento. Continuei rebatendo ate que o pedaço de madeira se quebrou, lancei-o ao chão e fiquei na frente de Clara como um escudo.

– Não se preocupe eu não vou deixar eles te machucarem – Digo a Clara

Os seus olhos, que estavam com um pouco de lágrimas, são enxugados pela sua própria mão e rapidamente ela segura minha mão e diz

– Obrigada!

Naquele momento em que ela segurou minha mão eu me senti diferente e logo após eu larguei sua mão, me adiantei e disse aos cães:

– Podem vir e me atacar, mas eu não vou deixar vocês tocarem em Clara.

No momento em que os cães pularam eu fechei meus olhos e a única coisa que ouvi foi um barulho e quando olhei tinham três animais na minha frente um morcego e um gato de cores diferentes e adivinhe só o cachorro que eu estava procurando. Quando eles chegaram me senti seguro como se eu soubesse que eles saberiam como cuidar dessa situação então me virei para Clara e disse:

– Pode ficar tranquila. Eu não sei por que, mas confio muito nesses caras.

– Tudo bem – Disse ela se sentando no chão

A batalha entre os animais começaram e foi um pouco dura de se ver. Eles se atacavam uns aos outros e ninguém parecia vencer, mas uma certeza eu tinha eles estavam se machucando. Um dos cachorros maus atacou o cachorro que eu estava procurando fazendo-o cair no chão perto de meus pés, aquilo foi como uma ferida no meu coração. Sentindo-me um pouco culpado peguei o maior pedaço de madeira daqueles que haviam se quebrado e segurei em minha mão e rapidamente um sentimento quente transbordou por todo o meu corpo com uma luz cheia de esperanças e como um eco sobre meus ouvidos, foi possível escutar algo do tipo “Você se mostrou ser um dos escolhidos para carregar a Keyblade”.

– Keyblade – Disse a mim mesmo naquele momento

Quando abri meus olhos havia uma chave em minha mão, quando a vi achei estranho, mas senti que aquela arma havia me escolhido como seu guerreiro. Olhei mais fundo e percebi uma coisa escrita nela algo como “Kingdom Keyblade” ela era cinza com a parte de segurar amarela.

– Tudo bem. Veremos de que você é capaz Keyblade – Disse eu a espada em forma de chave

Fiquei na frente de meus amigos animais que estavam lutando e disse:

– Que tal trocar de turno?

Quando os animais viram aquela espada ficaram felizes como se eles estivessem esperando aquilo há décadas, mas o que me amedrontava naquela hora era aqueles três animais maldosos. Segurei a keyblade de uma forma que se alguém me visse àquela hora pensaria que eu já havia lutado com aquilo há décadas e parti para o ataque. Com três cortes em cada um os três cachorros desaparecem em faíscas luminosas e naquela mesma hora deixo a Keyblade cair de minha mão e quando escuto o som de sua batida ao chão uma grande pergunta vem a minha cabeça.

– O que está acontecendo aqui?

CONTINUA