Coroada - A Seleção Interativa escrita por Lady Twice


Capítulo 71
Happily - Special POV


Notas iniciais do capítulo

BELLA WHAT IF I TOLD YOU YOU ARE GONNA PUKE SOME SERIOUS RAINBOWS? BEEEEWAAARE
Oi gente. Na mesma noite porque bateu a inspiração e eu tava esperando fazia um tempo pra escrever essa cena. Sem notas legais porque elas exigem... Sei lá. Assunto?
Enfim. A música é Happily, do One Direction, porque embora eu já tenha passado dessa fase combina com o cap (CONFISSÃO: ERA A NOSSA MÚSICA QUANDO EU E O CRUSH/EX-CRUSH NOS GOSTÁVAMOS). Booa leituura!

P.S: PRATICAMENTE NÃO EXISTE GIF BOM SÉRIO DA ZOOEY FC DA SKY, PORQUE A SÉRIE DELA É DE COMÉDIA, ENTÃO VAMO QUE VAMO NA ZOERA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/491082/chapter/71

POV Skyler Smith

Minhas mãos estavam em meu colo, enrolando-se uma na outra, em sinal de meu nervosismo. Eu tentava pará-las e me distrair com algo, mas nada em meu quarto fora suficiente para arrancar tudo de meus pensamentos.

Eu sempre fui uma pessoa ansiosa, devo admitir, mas dessa vez era diferente. Dessa vez, tinha algo realmente sério rolando. Desde que a Rainha veio falar comigo, eu entrava em colapso à menor vista de Arthur. Eu me lembrava da história da Rainha sobre sua melhor amiga, Marlee, e meu estômago dava voltas. Ela havia levado chibatadas e tido sua vida arruinada por ter se envolvido com outro homem durante A Seleção do Rei. E, se os próximos passos não fossem cuidadosamente calculados, eu e Dade poderíamos acabar assim.

Dade. O simples pensamento dele fazia meu coração pular uma batida, como se ele se esquecesse de que preciso que ele bombeie meu sangue. Faça-me o favor, seu desgraçado, e pelo menos me deixe viver, já que você claramente quer arruinar minhas relações., pensei, xingando meu coração, embora soubesse que era inútil. Ele tinha essa mania de ignorar meu cérebro quando este ficava confuso demais, e isso acabava me botando em encrenca.

Uma batida na porta me arrancou de meus pensamentos, e eu certamente dei um pulo. Uma das criadas se apressou em atender enquanto eu alisava a saia de meu vestido, sem saber quem esperar. A voz clara e gingada, porém, delatou Dade. Minha criada graças a Deus teve a sensatez de sair do quarto sem fazer perguntas, fechando a porta atrás de si.

Ele ficou de pé ali, no centro do quarto, com as duas mãos para trás e os lábios comprimidos escondendo um sorriso. Quando ele abriu a boca, eu sabia que não seria para cumprimentar. “Você está linda.”

Eu teria ruborizado, mas estava ocupada demais fazendo cara de descrença. “Eu mal estou maquiada, esse vestido me deixa parecendo uma criança e tem calda de chocolate na minha bochecha.”

“Linda”, ele devolveu, como se aquilo explicasse tudo, e eu corei. Dade tirou uma das mãos das costas num movimento súbito, e eu pude ver uma rosa vermelha como o sangue em sua mão. “Aqui, é para você. Eu tirei todos os espinhos.”

Eu peguei a flor e a cheirei, fechando de leve os olhos. “Você é insano. E um romântico incurável, mas ainda é insano.”

Ele fez aquela coisa que eu não sei fazer com as sobrancelhas e sentou-se ao meu lado na cama. “Você tirou o dia para me contradizer e ofender hoje?”

“Não”, me apressei em dizer, embora não soubesse o exato porquê. “É só que...”

“Que..?”

Suspirei. Eu tinha de dizer. “Já ouviu a história de Marlee Tames?”

Compreensão brilhou em seus olhos, e eu podia jurar que sua boca deveria estar tão seca quanto a minha. “Ah”, ele me disse, simplesmente. “Então é isso?”

“É”, eu repliquei, brincando de jogar a rosa de uma mão para a outra enquanto ele encarava o chão. “A Rainha me contou. Você acha que-“

“Não, Skyler”, ele me interrompeu, colocando uma mão sobre a minha. “Não vai acontecer. Arthur nunca faria isso.”

O nome de Arthur deixou minha boca seca, mas continuei. “E você acha que o Rei Maxon, o Bom, faria isso?”, repliquei, afiada. “Dura lex, sed lex, Dade.”

“Dura lei, é a lei”, ele traduziu baixinho, murmurando para si mesmo. “Mas você acha que poderiam fazer isso? Quero dizer, falam por aí que a Lady Marlee foi pega no flagra.”

“Eu li as regras mais de uma vez, Dade”, respondi, suspirando, e voltando meu olhar para a rosa. “Consta que o envolvimento com outro homem que não o príncipe resulta em uma punição digna.”

Ele engoliu em seco, provavelmente preocupado, mas ainda sorriu fracamente. “Consta”, Dade repetiu. “Eu adoro seu vocabulário. Você usa palavras tão rebuscadas às vezes...”

“Dade...”, eu disse, baixinho, antes de mirar ele. Fiquei meio surpresa ao reparar no quão perto Dade realmente estava já que ele havia se sentada um pouco mais atrás na cama.  Podia sentir sua respiração, quente sobre o ar de outono, e seu nariz quase tocava o meu. Ele se aproximou lentamente, e eu desci minhas pálpebras de leve, mas uma batida na porta nos fez parar de imediato; olhos arregalados e alertas.

“Skyler?”, uma voz chamou, e Dade disse ‘Arthur’ sem som. Eu sussurrei-lhe um ‘eu sei’ enquanto empurrava-o para o banheiro e ele fechou a porta silenciosamente. Corri até a entrada do quarto, me certificando de que não parecia ah, hm, ilícita, e a abri. “Ah, aí está você”, o príncipe sorriu, e culpa do peso de uma bigorna caiu sobre mim, mas sorri amarelo de volta. “Estava começando a achar que você tinha enganado as criadas e fugido.”

Eu forcei uma risadinha. “Quer entrar?”

“Por favor”, ele disse, e entrou. Eu fechei a porta, consciente de que Dade estava no meu banheiro, e me sentei na cama. Ele tomou a cadeira da escrivaninha para si.

“Houve alguma coisa?”, perguntei, genuinamente estranhando a visita.

“Não”, Arthur respondeu, vago. “Eu só precisava falar com você.”

Remexi-me na cama. “Sobre o quê?”

“A próxima eliminação”, ele disse, sem rodeios, o que fez ambas as minhas sobrancelhas irem alto. “Não se preocupe, ainda falta algum tempo. Só vou poder eliminar alguém durante a visita da Família Real Italiana, mas quero que você me diga algo antes.”

“Pode perguntar”, eu falei, embora minha boca estivesse seca.

“Skyler, eu gosto de você. Você é uma garota legal e inteligente e – não conte às outras – uma das favoritas do público. Mas-“

“Sempre tem um mas”, brinquei, tensa.

“às vezes eu acho eu te perdi. Que você não está mais comigo, entre as Selecionadas, faz algum tempo, e eu nunca te eliminei”, ele admitiu, e então suspirou. “E isso só tem uma explicação. Você, dona Skyler, se meteu em encrenca. Você está n’A Elite e conheceu alguém. E, antes que você brinque, eu sei que não fui eu ou as outras pessoas. Você me entendeu.”

Fiquei paralisada por alguns segundos. Eu estava pronta para confessar, mas algo me fez perguntar primeiro. “E você deduziu isso sozinho?”

“Não”, ele ponderou, meneando a cabeça para a porta. “Eu e Anthony estivemos conversando faz um tempo. Ele me ajudou um pouco.”

Suspirei, coçando minha nuca com uma mão. “Bom, sim. Eu conheci alguém.”

Parecia que eu havia tirado um peso do tamanho do mundo de seus ombros, o que definitivamente não era o que eu esperava. “Quatro perguntas.”

“Vá em frente.”

“Você o ama?”

“Vou soar uma idiota por conhecê-lo há tão pouco, mas sim.”

“Você pretende se casar com ele?”

“Sim. Estou no clima para casamentos”, repliquei, alto o bastante para que Dade me ouvisse.

“Ele te deu essa rosa?”

Olhei a flor em minha mão, só então reparando que ainda a girava. “Sim.”

“Ele está no seu banheiro?”, a pergunta veio baixa e num tom de cumplicidade, o que fez segurar minha risada bastante difícil.

“Sim”, eu consegui dizer, entrerisos.

Arthur se colocou de pé e se dirigiu até a porta. “Até a chegada dos italianos, não deixe que ninguém veja vocês e não conte para ninguém”, ele me advertiu, abrindo a porta, e eu assenti. Antes de fechá-la, ele virou a cabeça para o banheiro. “Dade, pequeno conselho em vinte! Temos assuntos pendentes, idiota!”

Uma gargalhada abafada saiu do banheiro, e Arthur piscou para mim antes de realmente nos deixar para trás. Eu me certifiquei de trancar a porta antes de correr até o banheiro, cuja porta já havia sido aberta. “Você ouviu?”

“Tudo”, Dade assentiu, e me lançou um sorriso enquanto passava o braço pela minha cintura. Agora que estávamos de pé, a diferença de altura fazia com que eu tivesse de levantar minha cabeça em um ângulo nem normal nem desconfortável. Era perfeito.

“Onde estávamos?”, eu lhe perguntei, sorrindo enquanto recolhia meus braços para entrar em seu abraço, encostando minhas mãos em seu peito magro. “Ah, sim. Bem aqui.”

“Eu esperei muito tempo por isso”, Dade disse, antes de engolir a distância entre nós e colar seus lábios nos meus. Eles eram quentes, mas não pareciam semi-febris como os de Arthur, e a maciez extrema indicava que ele tratava muito bem deles; além do que ele tinha esse peculiar gostinho de chocolate quente. Eu amava chocolate quente.

Passei as mãos por seu pescoço e alcancei os cachos extremamente macios e bem-tratados de seu cabelo, correndo as mãos por eles como há muito queria. Quando precisamos nos separar por causa da falta de ar, olhei nos olhos castanhos dele e não consegui conter um sorriso. Ele sorriu de volta, encostando sua testa na minha.

“Dade?”

“Hm?”

“Eu acho que te amo.”

“Eu estou perto de ter certeza”, ele respondeu, o que me fez sorrir mais largamente antes de beijá-lo de novo. Depois de dezesseis anos sob o teto de um pai que nunca me amou, eu havia achado um lar. E não era no Palácio ou em qualquer outro imóvel: era bem ali, nos braços de Dade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

P.S.: eu ia linkar o beijo, mas daí fui caçar gifs de beijo da zooey e vi que ela já teve uns WILD moments com Dylan O'Brien (se tu me conhece sabe o quanto eu amo a criatura) e fiquei numa bad e numa inveja desgramada, daí fiquei de mal e parei. Na moral, por que não sou eu lá, beijando ele T.T e aí tem um gif dos dois entalados na porta de um castelinho de criança e ele tá sem camisa e ela tá em cima del e pOR QUE NÃO EU MUNDO? Única parte que não me fez reagir assim naquele gif foi a fala dele de que acha que é gay, mas nos outros dele com a zooey eu fiquei tipo MUNDO SEU DESGRAMADO PARA.
P.S.S.: Depois desse surto, queria dizer pra vocês não ignorarem as notas finais do último cap. É em importante.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Coroada - A Seleção Interativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.