Coroada - A Seleção Interativa escrita por Lady Twice


Capítulo 48
Begin Again


Notas iniciais do capítulo

Heyo, girls!
Então, eu descobri na segunda temporada uma nova inspiração para escrever-principalmente no meio tempo em que espero que minha co-autora me responda sobre o próximo capítulo em AEA. Então, sim, isso significa que os capítulos- ao menos por enquanto -vão vir com mais rapidez.
Eu havia esquecido como amava escrever para essa fic, então ~muito~ obrigada à vocês, fiéis leitoras, por me estimularem mais e mais com seus lindos comentários e tudo o mais. Sério, vocês são o mundo para mim!
A música desse capítulo é Begin Again, Tay Swift, por dois motivos. Primeiro, porque eu me sinto inspirada a escrever, um recomeço para mim na história dessa fic. Segundo, porque eu sinto que as garotas, a família e todo mundo está recomeçando depois dos últimos acontecimentos.
Então, nesse clima filosófico, aproveitem o capítulo!



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America arrumou a gravata de seu marido. Ele sempre dava um jeito de bagunça-la, ela nunca entenderia como. Ele aproveitou e ajeitou a coroa na cabeça da mulher.

“Isso é pesado”, ela disse, examinando-o. “Nos dois modos de dizer.”

“Você nunca usou esta aqui, querida. Acredite em mim, é pior”, ele devolveu, sorrindo. “Deveríamos ir. Arthur parecia desesperado com essa recepção, seria bom que conseguíssemos chegar na hora.”

“Ah, Maxon. Nossos filhos deveriam conhecer o charme do atraso”, ela enlaçou o braço no do marido.

“Eu sei, eu sei. Acho que somos uma família meio paranoica com o tempo”, admitiu o marido, e os guardas abriram as portas.

Quando o par chegou no Grande Salão, encontrou um ambiente harmônico cheio de sorrisos-o que lhes surpreendeu. As selecionadas restantes- dezesseis, ao todo –se espalhavam pelas mesas ou em pé perto da comida. Os Singer já haviam ido embora, mas Austin, que havia aceito o cargo de presidente do Conselho, estava com Arthur e Anthony pegando ponche, uma garota logo ao seu lado-Celina Blanco, a rainha reconheceu, sua namorada. Louise se sentava na mesma mesa que Aurora e suas amigas, enquanto Hannie andava com Phillip pelo salão, e alguns dos conselheiros mais importantes rodavam o lugar.

Todos pareciam felizes. Muito felizes, na verdade.

O Rei e a Rainha desenlaçaram seus braços, tomando caminhos diferentes. Maxon foi conversar com alguns conselheiros, mas, enquanto isso, sua mulher decidiu ir até os filhos.

“Mãe!”, Arthur lhe presenteou com um sorriso, e ela pôde ver o quanto ele se esforçara para ficar arrumado naquele dia. Quando ela chegou mais perto, ele beijou sua bochecha. “A senhora finalmente chegou.”

“Ha-ha, Arthur”, ela brincou, abraçando Austin e Anthony, e então viu Celina.

“Majestade”, a garota fez uma reverência meio atrapalhada, quase caindo.

“Celina, não é?”, perguntou, e a menina assentiu. “É um prazer conhecê-la.”

“Eu poderia dizer o mesmo, Majestade, mas já a conheço”, a garota disse, serena.

“Você conhece sua rainha, Celina. Eu sou a tia do seu namorado agora”, explicou. “Então, por favor, só America. É assim que a família me chama.”

Celina corou, desajeitada. “Claro. America.”

“Ou tia America”, Austin descontraiu, e balançou a mão de Celina na dele. “Está linda, tia.”

“Ah, Austin. Muito obrigada”, agradeceu, com uma cara travessa. “O que estão achando da recepção?”

“Bom, ainda não é bem uma recepção, mãe”, Anthony implicou. “Não sem quem vamos receber, certo?”

“Engraçadinho”, o ruivo disse. “Mas ele tem um pouco de razão. Onde estão os franceses, mãe?”

“Chegando, filho”, ela ajeitou a gravata do filho, por simples mania. “Sabe como são eles. As melhores coisas que fazem são cozinhar e chegar atrasados.”

Os quatro riram da piada da rainha, que pediu licença logo depois. Como mãe, era ótimo estar com seus filhos. Como rainha, ela tinha deveres de anfitriã a cumprir.

“Sua tia parece engraçada, Aust”, Celina disse ao namorado, assim que os cabelos ruivos os deixaram.

“Ela é”, Austin ponderou. “Durante sua própria Seleção, uma revista até mesmo disse que ela era engraçada, mas o país precisava de uma rainha e não uma comediante.”

“Papai queimou a última que havia aqui no palácio antes de Hannie nascer”, Arthur comentou, tomando um gole de ponche.

“Quer dizer, olha pra ela agora. Não parece uma comediante para mim, mas uma rainha... Com certeza”, Tony completou o irmão, com um meneio de cabeça.

“É verdade. Pra mim, ela sempre pareceu terna e imponente. Bom, ao menos na TV”, Celina devolveu.

Os três Singer riram, mas Austin parou para comentar. “Não deixa de estar errada, Cel. Ela é sem dúvida bastante terna.”

“E com certeza bastante imponente. Já viu as camisas Singer?”, Tony perguntou, e os três caíram na risada de novo.

Celina sorriu. Ela não havia entendido a piada interna, mas sentia que fazer parte daquela família seria maravilhoso.

***

Todos se puseram de pé e o Quarteto de Cordas parou quando o arauto anunciou a Família Real Francesa. Os quatro loiros entraram na sala, um moreno mais quieto atrás, observando o grupo evidentemente maior que eles, e certo constrangimento se instalou até que Arthur e Anthony decidiram se mexer. Os illeanos se encaminharam para o sorridente príncipe, Marius, que abraçou um irmão de cada vez. Sem mais formalidades, as cordas voltaram e as famílias reais se cumprimentaram.

Marius estava maravilhado. Illéa inteira cheirava à hospitalidade, para ele, e o país era um de seus lugares favoritos no mundo todo. Ele não conseguia parar de olhar em volta do salão enquanto conversava com os príncipes, sem parar por um segundo.

“Então, Jamie”, provocou Arthur, que suspirou ao ouvir o apelido com sotaque francês. “A Seleção, eh? Como é?”

“Bom, eu seria louco se dissesse que não gosto de ter dezesseis meninas lindas na minha casa”, Archie devolveu para o amigo, o cutucando com o cotovelo. “Mas é tudo muito confuso. Essas meninas me deixam loucos.”

“Ele gosta, na verdade”, Anthony provocou o irmão. “Fica perdidinho, mas adora. Ele viraria o castelo de ponta-cabeça por essas meninas, e nem reclamaria.”

Marius riu quando Arthur pôs língua para o irmão. Ele sentia falta das brincadeiras dos amigos, especialmente depois de dois anos sem poder vê-los. “Quando vai me apresentar elas?”

“Em breve. Vai haver um evento, sabe, para que as conheçam direito. Um chá. Só vocês e as meninas, sabe?”, Arthur explicou. “Publicidade, cara. Em tempos como esses, qualquer coisa que fortaleça a aliança aos olhos do povo vale.”

“Ah, eu entendo. É uma das partes de ser da realeza que Charlotte tenta rejeitar o tempo todo”, ele mirou a irmã, que sorria dissimuladamente ao lado da mãe.

Tony pareceu se lembrar de algo. “Avisa tua irmã pra ficar esperta, viu? Se a Louise pegar um escorregãozinho dela, dá um jeito de que a prendam e deportem de voltam para a França.”

“Charlotte não tropeça, sabemos disso. Ela planeja antes de fazer, Tony, diferente de outras pessoas”, Arthur devolveu, mandando uma indireta.

“Aliás, onde está Louise?”, Marius perguntou. “Lucas está ansioso pra falar com ela, desde que recebemos a sua carta.”

“Que bom. Lou também está se conformando, graças à Deus. Acho que eles vão dar certo”, o ruivo sorriu.

“Tá brincando? Eles nasceram um pro outro”, Tony disse. “Lou vai ficar querendo ser princesa de Foundant em um piscar de olhos.”

“É, provavelmente”, Marius olhava por cima dos ombros dos illeanos, onde via o primo conversando animadamente com a ruiva. “Mas por que estamos falando deles?”

“Porque somos muita à toa e nunca temos assunto?”, Tony sugeriu.

“Criemos! Fale-me de você, Antoine!”, o francês disse.

“Primeiro, cara, eu já te ensinei a falar o meu nome direito. An-thon-y.”, o príncipe separou em sílabas. Odiava a versão francesa de seu nome. “Segundo, eu não tenho nada de diferente. Estudando muito, só. Agora que o choque d’A Seleção já passou, papai está nos lotando de trabalho. Está me mandando o dobro de orçamentos do que o normal.”

“Ah, Tonie, é uma pena. Mas acho que você entendeu o que eu quis dizer”, Marius devolveu, com uma cara cética. Como que de propósito, seu sotaque ganhou força. “Está namorrando?”

“Não.”

“Noivo?”

“Nope.”

“Tem prretendentes?”, implicou mais uma vez, e o loiro hesitou.

“Não”, disse, meio insegura.

“Ahá!”, o francês exclamou em triunfo. “Pode falar, amigo. De amor nós franceses entendemos.”

“Ha-ha”, Anthony devolveu. “Eu sou o eterno galinha, Marius. Por enquanto, fico satisfeito em só olhar para as meninas do Arthur.”

O ruivo riu em surpresa. “Ei! Sem essa, Tony. Minhas garotas”, deu um empurrãozinho no irmão.

O olhar corrente de Marius parou em uma das garotas, mais quieta e vestida de maneira mais simples do que as outras. Ela tinha pele bronzeada e cachos grandes e negros, e seu sorriso tímido lhe chamou atenção. “Quem é aquela?”, perguntou aos amigos.

Arthur se virou instantaneamente para ver quem era. “Sofia Delacour. Ex-oito”, anunciou.

“Delacour”, Marius brincou com o sobrenome, que soava melhor com seu sotaque do que no inglês simples. “É francês, sabiam?”

Tony levantou uma sobrancelha. “Sofia decerto não é francesa.”

“Nem precisa ser. Muitas famílias francesas se mudaram para Illéa quando nos tornamos aliados, foi a primeira campanha que Gregory fez”, seu irmão o respondeu.

“Verdade. Foram mais ou menos trinta e cinco famílias nossas para vocês, mas só metade desse número foi da França para seu país”, Marius complementou.

“É por isso que vocês vão reinar e eu ficar discutindo com um Conselho o que fazer”, Tony riu de si mesmo, observando a inteligência do irmão e do amigo. Como eles conseguiam decorar tanto? Illéa ficaria bem melhor nas mãos de Arthur do que jamais estariam na dele, com certeza.

“Mas, até onde eu sei, Sofia não tem nada de francês. Talvez seja só mais uma brincadeira de Illéa quando ele resolveu mudar os sobrenomes”, Arthur ignorou o irmão.

‘Improvável’, o francês pensou. Para Marius, nada era coincidência. “Bom, que seja. Vocês devem ter muita coisa para me contar, e eu também tenho, mas isso não quer dizer que eu não esteja com fome. Sete horas de avião, sabe?”

“Ah, se sabemos”, Anthony concordou, se lembrando dos voos para a casa de Marius. “Planejamos a festinha por isso, duh.”

“Vem, Marius. O ponche está geladinho, e eu sei que você adora um bom croissant”, Arthur sorriu, e andou pelo salão com o amigo e o irmão. Observando as garotas em suas conversas, só pôde concordar com o amigo. Eles realmente tinham muito conversa pra pôr em dia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, espero mesmo! E não se esqueçam de cuidar dos seus irmãos, ajudar uma velhinha a atravessar a rua, passar no meu polyvore e recomendar essa fic, hein?
Beijinhos pra todas, lindonas!