Coroada - A Seleção Interativa escrita por Lady Twice


Capítulo 37
Teenage Dream


Notas iniciais do capítulo

Olariolariela! Feliz natal atrasado!
Adivinhem quem foi que voltou? Luiza e seus capítulos de mais de 2.000 palavras! Yay!
Bom, garotas, esse capítulo demorou mais do que eu esperava para ser escrito. Sério, eu ia postar ontem à noite. Mas não pude, porque quando eu estava quase acabando minha irmã tomou o computador de mim. Sim, tomou. E sabe quantos anos ela tem? Hein, sabe?
7 ANOS!
Ela vai se tornar uma monopolizadora de computadores que nem meu pai algum dia.
Enfim, cá estou. E a música do capítulo é Teenage Dream, da Katy Perry, porque essas sortudas estão vivendo o meu teenage dream! E o de vocês também, podem admitir que eu não conto pra ninguém.
Boa leitura!



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P.O.V. Clariance

Ok, certo. Pra começar: se você quer ter uma vaga idéia de como é a minha vida e a de todas assessoras, pense no Apocalipse. Isso, agora multiplique por dez. Isso é ser assessora no Palácio.

Se alguma coisa certa acontece na Seleção, foi porque nós trabalhamos pra isso. Se alguma coisa dá errado, foi porque alguém não fez o que deveria. Se as meninas estão lindas, comportadas e arrumadas; é porque nossas aulas estão servindo pra algo. Se elas estão dando trabalho e fazendo baderna, alguém não conseguiu cumprir sua missão.

E, bom, hoje é um dia fatídico.

A festa da Princesa Hannie é daqui duas semanas. Os Príncipes e a Princesa Louise são quem estão organizando o evento em si, e nos disseram que será um baile de mascaras. Sim, isso foi tudo.

A minha pergunta é: um baile de mascaras do tipo, fantasia, ou do tipo, gala?

E, hoje, vi que as garotas estão com essa mesma interrogação na testa.

Eu estava lá, singelamente sentada com as outras assessoras, esperando que as meninas chegassem do almoço. Afinal, era sábado. Hora ou outra, elas teriam que aparecer.

Elas entraram em grupos, conversando, quando nos viram sentadas ali no sofá. E, como elas já estão começando a entender a lógica desse lugar e a falta de paciência de Amandla, correram para se sentar lá também. Sem nenhum pio.

Amandla sorriu. “Bom, garotas, eu sei que nenhuma de vocês é cega. Sei que podem ver perfeitamente o corre-corre que todos no Palácio estão.”

“Evidentemente, deve haver uma razão.”, complementou Belle, enérgica. “Que é o aniversário de doze anos da princesa Hannie.”

“E quem será que ficou incumbida de preparar vocês para o evento?”, Lux perguntou, irônica.

“Nós!”, eu respondi, fingindo alegria. Elas riram. “Então, por favor, vamos para os grupos. Queremos saber exatamente o que cada uma de vocês está pensando em usar nesse empolgante baile de mascaras.”

“Hã, hm, Clariance.”, Danica Pleasent, uma das minhas, me chamou. Todas pararam para olhar para elas. “O que você quer dizer com Baile de Mascaras?”

Eu sorri. “Essa, querida Danica, é uma ótima pergunta.”

Ela revirou os olhos, e nos separamos. Eu como de praxe, fiquei com Skyler, Danica, Sofia e Sara. Eu quase tinha um ataque toda vez que Sara Reynolds falava comigo, mas estava começando a me acostumar com sua presença eletrizante. Elas se sentaram numa mesa redonda, junto comigo.

“Então.”, eu disse. “No que estão pensando?”

“Eu acho...”, Sara especulou, para minha surpresa. Ela não costumava ser a primeira a falar. “Que vou usar alguma coisa inspirada em um filme. Provavelmente algum vestido de gala.”, então parou, e olhou para mim. “Você teria um papel e lápis, Clary?”

Eu assenti, distribuindo-os. “Para todas. Esbocem o que quiserem.”

“Bom, eu pensei em usar uma fantasia.”, Danica se expressou. “Talvez um vestido colorido, de penas, com a parte de trás bem grande.”

“Parece lindo.”, eu devolvi, pegando os lápis de cor.

“Vai ficar.”, ela sorriu, brincalhona.

Skyler fez uma caretinha. “Acho que vou fazer algo mais clássico, também. Algo prateado... ou lilás.”

Levantei as sobrancelhas, esgueirando meu olhar para a folha de Skyler. Ela desenhava algo digno de uma premiere de filme. “Você tem talento, Skyler.”

Ela sorriu, humilde, e então se voltou para Sofia. “E você, Sofia? O que pretende fazer?”

Ela pareceu um pouquinho desconfortável. “Eu não sei, Clariance. Na verdade, eu não tenho idéia alguma.”

Imaginei que ela pudesse dizer isso quando perguntei. Me senti repentinamente desconfortável. Graças a Deus, Sara resolveu que queria falar. “Você fica bem de preto.”

“Obrigada.”, Sofia devolveu. “Talvez eu possa usar algum animal... Um morcego, talvez.”

Ela começou a fazer um vestido com o preto, algo que lembrava um morcego, de fato. Eu ainda pensava no que os príncipes teriam querido dizer com Baile de Mascaras. Aquilo poderia não dar exatamente certo.

***

P.O.V. Amandla

As minhas garotas estavam cabisbaixas naquele dia. Quero dizer, Calliope mantinha sua calma habitual, mas tanto Celina quanto Aurora estavam caladas. Isso definitivamente não podia ser normal. Podia?

Cheguei perto de Calliope enquanto nos afastávamos das outras, para nossa distante mesa no fundo do Salão das Mulheres. “O que há com elas?”

Ela suspirou. “Não sei exatamente.”, respondeu, baixinho. “Quero dizer, Celina está triste por Victoria. Elas eram quase irmãs uma para a outra.”

“Eu sei, eu sei. Realmente uma pena para ambas.”, devolvi. “Mas, afinal, 34 de vocês vão sair. Celina não pode ficar assim quando uma sair.”

“Ela não costuma ficar assim.”, Calliope disse. “É a mais alegre de nós.”

“Parece que era.”, eu suspirei. “E quanto à Aurora?”

“Aurora... Bem, ela ainda é um mistério para mim.”, Calliope admitiu. “Ela costuma estar sempre sorrindo, com aquele sarcasmo que lhe é habitual.”

“Mas não está assim.”, eu complementei. “E nem está falando direito, o que também não é exatamente normal.”

Calliope assentiu, e chegamos à mesa. Coloquei no rosto um sorriso paciente e humilde. Celina estava desenhando algo com o dedo na mesa, enquanto Aurora cantarolava uma melodia triste. Calliope olhou para elas, e então para mim. Limpei a garganta.

“Então, garotas, no que estão pensando em usar?”, perguntei.

“Eu pensei em algo mais clássico.”, Calliope pegou uma folha no centro da mesa. “Provavelmente um azul bem claro e alguns brilhantes. E as luvas teriam que combinar.”, ela pegou um lápis, mas o deixou cair. Eu não sabia exatamente o porquê, mas Calliope não conseguia usar as mãos em nada. Absolutamente nada que exigisse habilidade. E usava luvas o tempo todo, mesmo no calor de Angeles. Parecia que até comer era difícil para ela. “Mas acho que minhas criadas vão ter que desenhar.”

Eu me virei para Aurora. “E você, Aurora?”

Ela suspirou, cansada, e me olhou com ceticismo. Eu sorri, ainda mais cínica. Ela deu um sorrisinho e pegou a folha. “Pensei em usar uma roupa típica italiana.”

“Uou. Nada clichê.”, brinquei.

“E o que a senhorita sugere?”

“Que siga seu coração, não o de seu pai.”, eu brinquei. Já conhecia Aurora antes da Seleção, o que me dava certa intimidade com ela.

Ela pôs língua, madura que era. “Fico com a roupa típica. Para tia Nicoletta.”

Dei de ombros. “Você é quem sabe. E você, Celina?”

“Vic teria usado uma fantasia do Bob Esponja.”, a garota sorriu, melancólica. Calliope colocou a mão no seu ombro.

“Mas Vic não está aqui, Celina. Você precisa se acostumar a isso.”, disse Calliope, sorrindo tenramente.

“É só que... Parece que tem algo faltando.”, nesse ponto, eu tive que concordar mentalmente com ela. Gardner e Celina eram a alegria daquele Salão. “Mas eu podia fazer uma homenagem a ela.”

“Sim, você pode.”

“Vou precisar de rosa. E uma peruca.”, ela começou a se animar. “Eu posso ser um cupcake!”

Eu dei uma risadinha. “Vic vai adorar.”

***

P.O.V. Annia

Minhas garotas se sentaram comportadas, como era de praxe. Acho que eu era a mais sortuda das assessoras: elas não davam trabalho nenhum. Vênus e Helena eram, sim, meio frias; mas também calmas e educadas. Ashley e Amberly, então, eram a bondade personificada. Sorri.

“O que vão usar, meninas? Será uma grande noite.”, eu disse, distribuindo papéis.

Helena começou a esboçar um luxuoso vestido. “Pensei em algo mais clássico, sabe? Como aqueles Bailes de Mascaras que a gente vê nos filmes...”

Alarguei meu sorriso. “Acho que ficará suntuoso.”

“E se ficará.”, ela concordou, sem tirar os olhos do papel.

“Eu pensei em algo mais sereno...”, Ash discordou, mas Helena não prestava atenção.

“É, eu também. Acho que vou me vestir de outono.”, Amberly pegou um papel para si mesma.

“E eu poderia ir de primavera.”, Asshley especulou.

“Ficaria ótimo.”, Amberly olhou para ela. “Um vestido colorido, de verde, roxo, vermelho e todas essas cores cairia bem em você, Ash. Mas eu sou mais... Insossa, sabe?”

“Você é tudo, menos insossa.”, eu discordei, e ela me sorriu. “Vênus?”

“Pensei em me vestir de deusa Greco-romana, sabe?”, ela disse, sem-jeito. “Como o meu nome.”

“Se não me engano, Vênus é a deusa do amor e da beleza.”, Amberly especulou, desenhando.

“Você nunca se engana, Amberly.”, Vênus riu, e Amberly sorriu novamente, levantando a cabeça.

“Me engano, sim. Me enganei quanto à você.”, Amberly devolveu.

“Hm?”

“Achei que você fosse fria e calculista, sabe?”, Amberly rodou o lápis com graciosidade entre seus dedos. “Por causa do nariz empinado e de toda a pinta de Ballet-de-Illéa.”, Vênus riu, e Amberly parou por um segundo. “E achei que você tivesse alguma chance de ganhar isso aqui. Tolice a minha.”

“Vá plantar batatas, Amberly.”, Vênus disse, ainda rindo.

“Agora você se enganou.”, Amberly devolveu. “Sou Três, não Quatro. Sem querer ofender, é claro.”, ela olhou para Ash, que abanou a mão.

“Sem problemas. Plantar batatas também não é comigo.”, disse a joalheira.

“Você estava certa, Annia.”, Vênus me sussurrou. “Será uma grande noite.”

***

P.O.V. Isabelle

Quando me contaram que minhas cinco garotas seriam ruivas, eu comemorei. Quero dizer, eu sou ruiva. E adoro ruivas.

Mas, sendo ruivas, sei que ruivas são geniosas.

Eu também sou tipo Stiles Stilinski: Ignoro os problemas até eles aparecerem na porta da minha casa e me darem um tapa na cara. E eu já tomei vários.

Então não foi surpresa quando Liliam quase me deu um tapa literal hoje. Ela é, sem dúvidas, a mais mal-humorada das minhas ruivas. E olha que Alasca é bem ruim quando quer. De qualquer forma, eu nem sei porque ela tentou me bater. Só sei que estava mal-humorada e que Alyssa nada discretamente a lembrou o que agressão física significava: eliminação. Então, obviamente, ela não me bateu. Mas eu fiquei com medo.

Depois do showzinho inicial, nos sentamos.

“O que pretendem usar, garotas?”, perguntei, cautelosa. Liliam ainda estava de cara fechada.

“Eu acho que vou me inspirar na Disney.”, Alasca disse, e um ponto de interrogação brotou na cara de Alyssa. “É uma antiga produtora de desenhos animados.”

Eu assenti. Amo a Disney. “Posso arranjar alguns filmes pra vocês.”

“Sério?”, Alasca perguntou, e eu assenti.

“Vou trazer A Pequena Sereia amanhã.”, disse.

“Porque as ruivas são as melhores.”, Victoria assentiu, e pareceu ter uma idéia. “A Pequena Sereia! É isso!”, e me deu um beijo na bochecha. “Belle, você é a melhor.”

“Eu sei, querida.”, sorri, e ela se pôs a desenhar. “E você, Alyssa?”

“Queria algo digno de um Baile mesmo, sabe.”, ela falou, e eu espiei sua folha. Era lindo, e azul. “Com babados e brilhantes.”

“Acho que quero algo azul e prateado.”, Liliam disse.

“Você leu minha mente, Liliam.”, Alyssa disse. “Vários tons de azul.”

“Combinaria com seus olhos.”, eu acresci.

Alyssa sorriu. “Esse é o objetivo, Belle, querida.”, ela brincou. “Agora, me conte mais sobre essa tal Disney.”

Eu ri. Seria um longo dia.

***

P.O.V. Lux

Isla estava radiante naquele dia, não sei exatamente o porquê. Nunca sei exatamente porque Isla está alguma coisa, na verdade. Ela assobiava, cantarolava e enrolava o cabelo. Demetria, em contraposição, estava pior do que nunca.

E, no meio das duas, Sarah conversava normalmente.

“Isla, por que está tão feliz?”, Sarah perguntou mais uma vez.

“Ah, Sarah, não vê como o dia está lindo?”, Isla perguntou, avoada, e Sarah olhou para a janela atrás de si.

“Você chama isso de um dia lindo?”, Sarah perguntou, se referindo às nuvens que cobriam o sol. Se inclinou para a janela perto da mesa, e eu fiz o mesmo. Lá embaixo, os guardas corriam de um lado para o outro, os troncos nus. “Ah.”

Eu ri. “Demetria, você já viu?”

“Lux, meu quarto fica logo em cima dessa janela. E o de Isla ao lado do meu.”, ela respondeu, mexendo no colar, a voz carregada de desprezo. “É claro que eu vi. E não me importo nem um pouco.”

Isla revirou os olhos. “Demetria, eles são lindos.”

“Ou o tanquinho deles é.”, Sarah murmurou, e eu ri.

“Eu já aprendi a não ficar babando por isso, meninas, mas acho que vocês ainda têm o direito de ficar olhando.”, eu disse, sem desviar o olhar. Sarah riu.

“Quem é aquele?”, ela apontou um meio-loiro dos olhos verdes.

“Marcus Leger.”, eu disse. “Filho de Aspen e Lucy Leger, amigos da Rainha. Parte do Quarteto Dourado. Futuro marido da Isabelle.”

“Lux, eu ouvi isso!”, Isabelle gritou da mesa ao lado.

“Eu não contei mentira nenhuma!”, me defendi.

“Eu vou ser madrinha!”, Clariance gritou do outro lado, e nós rimos.

Sarah se virou para a mesa, e eu fiz o mesmo. “O que vão vestir, garotas?”

“Eu acho que vou me vestir de borboleta, sabe?”, Sarah disse, esboçando um vestido curto. “Porque eu quero ser livre como elas.”

“Parece bom.”, eu disse. “E você, Isla?”

““Acho que vou me vestir como a Odette, de O Lago Dos Cisnes. É o meu ballet preferido.”, ela disse, desenhando.

“Vai ficar fofa.”, repliquei. “Demetria?”

Ela me olhou, fria. Como se imaginasse por quanto poderia me vender. “Vou usar uma surpresa, Lux.”

“Não é uma opção.”, sorri, cínica. “Eu devo saber o que é.”

“E saberá.”, ela devolveu, olhando suas unhas. “No dia.”

***

P.O.V. Monday

“Certo, meninas, precisamos arrasar nesse Baile.”, eu disse, animada, quando nos sentamos. “Quem quer ser a primeira a contribuir?”

“Euzinha.”, Katrin disse, e as garotas olharam para ela. “Vou de Branca de Nave, sabe? Como a do filme da Disney.”

“Você vai ficar linda.”, Sylby sorriu, alegre. “Eu acho que vou com um vestido mesmo. Algo em preto e branco, com um corpete de pedras.”

“Sylby, parece incrível.”, eu disse, espiando seu croqui. “Caroline?”

Ela me mostrou seu croqui, semi-pronto. “Vou de La Muerta, Monday.”

“La Muerta?”, perguntei.

“É uma personagem do folclore mexicano.”, Katrin esclareceu.

“Macabro, Carol.”, Delancy especulou.

“Você é macabra, Dya. La Muerta é diva.”, Carol brincou.

“Errado.”, Delancy devolveu, brincalhona. Eu nunca a vira assim. “Eu sou diva, Demtria Morgan é macabra e La Muerta é esquisita.”

Carol riu. “Eu mereço você, Delancy. O que você vai fazer?”

“Vou de vestido mesmo, se é isso que pergunta.”, Delancy sorriu, desenhando. Usava o lápis roxo, e suas mãos hábeis de costureira corriam pelo papel. “Um vestido violeta, empedrado. Dourado também. Quer dar uma olhada no croqui?”

“Poupe-me da humilhação.”, Carol replicou, concentrada. “Você cresceu fazendo isso, Dya. Todas sabemos que você é ótima com croquis.”

“Bom, eu quero ver.”, me expressei, e ela me deu o papel. Carol olhava para mim, cética, no momento em que me boquiabri. O desenho era somente um esboço, mas humilhava minha capacidade artística. Devolvi o papel, e Carol riu.

“Eu avisei.”, disse.

“Cale a boca, Hudson.”

***

P.O.V. Carmen

Eu estava uma pilha de nervos, como sempre. Sabia que devia respirar fundo e contar até dez, porque tudo daria certo, mas não conseguia. Não com Piper e Beatrice discutindo mais uma vez. Não sou exatamente o tipo de pessoa que se descontrola no sentido de ficar com raiva, mas elas são impossíveis.

“Beatrice! Piper! Calem a boca, as duas!”, eu disse, num tom mais alto. “Vocês têm uma tarefa a cumprir, se esqueceram?”

“Mas, Carmen-“, Bea começou.

“Sem mas, Beatrice! Preciso saber o que vão usar no Baile da Princesinha!”, eu a cortei rapidamente, esperando que ela entendesse. Eu sabia que não era culpa só e unicamente dela, que as atitudes de Piper a descontrolavam e tudo o mais, mas uma princesa deve saber lidar com isso. E isso ficou muito parecido com tia Mary.

Graças a Deus, Taylor estava lá com toda a sua avoadiçe; e quebrou a tensão. “Acho que eu vou me vestir de Pocahontas.”

“Taylor, vai ficar um lixo.”, Piper falou, e Taylor se encolheu um pouco.

“E o que é que você pretende usar, Signoretti?”, Beatrice provocou, e eu revirei os olhos. Lá iam elas de novo.

Piper riu, seca. “Eu já sei exatamente o que é, Winchester. E nem tente copiar, porque nunca ficaria bom em você. São necessárias curvas pra usar esta fantasia.”, ela se gabou e enfiou a folha no rosto de Beatrice. Eu consegui ver uma saia de capim e um sutiã, e presumi que fosse uma fantasia de hula. “Agora, posso beber água, Carmen?”

“P-pode.”, devolvi, perdendo minha firmeza. “Mas volte logo.”

“Convencida.”, Anne Elizabeth revirou os olhos. “Tay, use a fantasia de Pocahontas. Vai ficar ótima em você, já que você é alta e tudo o mais.”

“Mas Piper disse que ficará um lixo.”, Taylor devolveu.

“E quando foi que Piper esteve mais certa que nós sobre alguma coisa?”, Bea replicou, sorridente. Taylor assentiu, devolvendo o sorriso. “E lá vem ela de novo...”

Piper voltou a se sentar, e Anne limpou a garganta. “Então, eu acho que vou de Belle.”

“Belle? Belle de A Bela e A Fera, você diz?”, me animei, e ela assentiu. “Eu adoro essa história!”

“É um dos meus livros preferidos. Mega-clássico.”, Anne acrescentou. “E você, Bea?”

“Vou de Esmeralda, Anne.”, Bea sorriu em desafio para Piper, que reprimiu um risinho.

“De cigana, você quer dizer.”

“De Esmeralda, Piper. Sabe por quê?”, Bea a corrigiu, e Piper balançou a cabeça, debochada. “Porque Esmeralda respeitou o Quasímodo, não por sua aparência ou pelo seu status ou por suas posses; mas sim por ele mesmo. Sua personalidade, seus atos.”

Piper torceu o nariz, e Anne disse baixinho: “Você podia tomar ela como exemplo...”

É. Seriam duas duras semanas.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acham que essa festa vai dar?
E, antes que eu me esqueça: Algumas autoras estão simplesmente incontactáveis e algumas fichas sumiram da minha caixa de MP. Então, se você enviou por MP, favor reenviar.
Até os comments!