Coroada - A Seleção Interativa escrita por Lady Twice


Capítulo 35
Ghostbusters


Notas iniciais do capítulo

Oie, tortinhas!
Tudo beleza?
Então, não tenho muito a declarar. Só que a música desse capítulo é Ghostbusters-mais uma vez, o cover do Doo Wop Shop. E, sério, mesmo que não ouçam enquanto lêem, procurem depois no YouTube. Os caras são simplesmente de-mais.
Atééé!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/491082/chapter/35

10 anos no passado...

“Eu te peguei sim!”, a ruiva gritou para o irmão, que estava apenas há alguns metros dela.

“Não pegou não!”, o loiro devolveu.

“Peguei sim!”

“Não pegou não!”

“Peguei sim!”

“Não peg-“

“Parem com isso!”, o terceiro, ruivo, interrompeu. “Anthony, Louise, parem com isso!”

“Mas, Archie, eu peguei ele!”, Louise tornou ao ruivo, Arthur.

“Não pegou nada, Archie! Lou está mentindo!”, Anthony, o loiro, devolveu.

“Não quero me interessa quem pegou quem!”, Arthur gritou, e os irmão olharam pra ele. Engoliu em seco. “Por favor, parem de brigar. Vamos brincar de outra coisa.”

Louise olhou Anthony com desprezo. “Está bem, então.”

Anthony revirou os olhos. “Será que Marius e Carlo já chegaram?”

Arthur sorriu ao pensar nos dois príncipes- que eram dois de seus melhores amigos. Os dois viriam passar as férias no Palácio de Illéa, assim como Marcus Leger.

E os três, como sempre, estavam atrasados.

Arthur deu de ombros. “Podemos procurar.”

Louise andou em uma direção que não era o Hall do Palácio. “Vou ver Tammy.”

“Já vai tarde.”, Anthony sussurrou quando ela se afastou.

“Dê um desconto pra ela.”, Arthur disse ao irmão, que estava com a cara amarrada. “Papai e mamãe dizem que Lou está passando por uma fase difícil.”

Anthony sussurrou algo que Arthur não compreendeu. Estava prestes a perguntar O quê? quando sentiu alguém o abraçar. Muito, muito forte.

“Arthur!”, Marcus disse, e Arthur o abraçou de volta.

“Marcus!”, disse, e soltou o moreno, que abraçou Anthony. O rosto de Tony se iluminara. “Carlo e Marius já estão aqui também?”

Marcus assentiu, os soltando. Era pequeno, mas grande para sua idade. Seus cabelos eram escuros como os do pai, e seus olhos eram verdes como o mar. Arthur ouvia as primas darem um suspiro sempre que Marcus passava. O que ele tem que eu não tenho?, perguntara uma vez à Alice, filha de sua tia May. Ele está disponível, Archie. E, de quebra, não tem nenhum parentesco comigo.

“Meu pai disse que o avião deles já pousou.”

“Então, eles estão atrasados?”, Anthony riu, e as portas de entrada se abriram.

Dois pequenos garotos entraram, conversando. O primeiro, moreno dos olhos profundamente azuis, de pele branca como o leite, gesticulava sem parar enquanto falava- o príncipe italiano, Carlo. O segundo, por sua vez, tinha cabelos loiros e olhos azuis, e a pele bronzeada de um surfista; e arqueava as sobrancelhas para Carlo- o príncipe francês, Marius.

“Altezas.”, Arthur brincou, e Carlo deu um tapinha no seu braço, o abraçando. “Ai. Sabe, Você está em Illéa. Esse cara aqui pode te prender por desacato à autoridade.”, disse, apontando Marcus- que inflou.

“Babaca.”, Carlo disse, sorrindo. Tinha um leve sotaque italiano na voz.

Marius, por sua vez, abraçava Tony. “Mon ami!”, dizia, enquanto o illeano sorria. A voz do francês era, nessa época, sempre carregada de sotaque. “Quanto tempo.”

“De fato, Marius.”, disse, e se soltou. “Esse é Marcus. É algo como nosso primo.”

“Sobrinho de tia America, então.”, concluiu Carlo, e Marcus assentiu.

“Bom, mais ou menos.”

“Non há meio-termo quando a questão é família, Marcus.”, Marius disse, e Arthur se segurou para não rir da voz do amigo. “Ou você é, ou você não é.”

“E Marcus é da nossa.”, assegurou uma voz feminina atrás de Arthur, e ele se virou para ver sua mãe. America bagunçou os cabelos de Marcus, que soltou uma risadinha. “Aspen, seu pai, é como um irmão mais velho pra mim.”

“Eu sei, tia Ames.”, Marcus abraçou a ruiva.

Marius fez uma reverência breve, e Carlo a abraçou. Arthur sabia o significado daquilo: Nicoletta, a mãe de Carlo, era grande amiga de America; enquanto Daphne, a rainha da França, nunca fora nem mesmo simpática à ela. “Majestique. Está esplendorosa.”, o francês disse.

America sorriu para o garoto. “Sempre cortes, não é mesmo, Marius?”

“Com o tempo, estou aprendendo a non ser como o resto de minha família.”, ele tornou, com um meneio de cabeça. “Mas, per favor, non diga isto à eles, senhora. Mamãe me esculacharia.”

America não pôde segurar uma risadinha. Pelo menos ele era munido de bom-senso. Se recompôs, então. “As garotas estão na piscina, e pediu que eu chamasse à vocês. Todos os meus sobrinhos estão aí.”

Arthur olhou para os amigos, que pareciam estar se comunicando silenciosamente. Então, Carlo assentiu. “Vai ser divertido.”

Os cinco se trocaram, e foram para a piscina do Palácio. As primas de Arthur pararam de brincar seja-lá-do-que-fosse e olharam para eles como se fossem aliens. Arthur via algumas dando risinhos, enquanto outras olhavam para Marcus ou Marius.

“Que foi, hein?”, Anthony perguntou, quebrando o silêncio. “Nós não somos nenhum tipo de alien.”

“Cale a boca, Anthony.”, foi Louise quem respondeu.

“Cale você, maninha.”, Anthony pulou na piscina, com um estrondo e muita água. Os outros fizeram o mesmo.

O cabelo escuro de Carlo pregou todo em sua testa, e Arthur se segurou para não rir. Ele podia ver Lou e Tony fazendo uma guerra d’água, enquanto Alice, filha de sua tia May, e Astra tentavam conversar com Marius. Elas, como Arthur sabia mais que bem, achavam o sotaque do francês fofo. Embora Arthur não entendesse exatamente o que era fofo. Marcus, enquanto isso, conversava com sua irmã Carmen, Safira e Daniel, filhos de Janet Tunys.

Arthur via que iria ser uma tarde divertida. Luz do sol, amigos e água fresca: Que mais ele havia de querer?

Naquela época, ele nem imaginava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!