Coroada - A Seleção Interativa escrita por Lady Twice


Capítulo 29
Your Song


Notas iniciais do capítulo

Oie! Então, esse foi um capítulo complementar, sabem? Era pra ele aparecer, eu só não sabia exatamente quando.
Música? Your Song- Jessie Pitts. Sim, do The Voice USA
Espero que gostem!



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Danica Pleasant se deitou cedo naquela noite- o Jornal Oficial deixara a ela, assim como todas as outras meninas, morta de cansaço. Não que elas tivessem feito algo além de se sentar e sorrir, mas ser bonita também cansa.

Mas, mesmo assim, ela não conseguia pegar no sono. Virava de um lado para o outro na cama, sem conseguir pregar os olhos. Por vezes sua criada, Mia, lhe perguntara se ela precisava de um calmante. A resposta era sempre a mesma: Danica estava bem, só se sentia inquieta. Não queria ou precisava de calmantes. Eu vou dormir., dizia a si mesma.

E, quando por fim dormiu, teve um pesadelo.

Seus pais e irmão estavam no portão do Palácio, junto a ela, Luke e Arthur. Os seis conversavam animadamente, sobre assuntos aleatórios, quando um barulho chamou a atenção de Danica.

Ela se voltou para as grades douradas: pessoas tentavam quebra-las. Eles tinham em mãos enormes pedras e tijolos, e alguns portavam armas.

Tiros se fizeram ouvir, mas o grupo com que Danica conversava não pareceu reparar. Um por um, Luke, Arthur, Samantha, Mark e Dimitri foram ao chão; manchas vermelhas cobrindo suas camisas. Danica se sentou na cama assustada.

Mas o barulho de tiros não havia parado.

Nem os gritos.

E Luke estava ali, na sua frente, sangrando. Pelo menos, não era no peito.

“Danica! Até que enfim, você acordou!”, ele pareceu aliviado, e lhe estendeu seu roupão. “Vista-se e me siga! Rápido.”

“Luke?”, ela colocou o roupão, meio sonolenta. “O que está acontecendo?”

“Onde estão seus sapatos, Danica?”, ele a ignorou, fuçando pelo quarto dela. Danica reparou que Mia já se fora.

“Nos meus pés, idiota.”, ela ironizou, e se pôs de pé. “O que está havendo?”

“Ataque rebelde, Danica!”, ele disse, nervoso, e correu para fora do quarto. Ela a seguiu.

Eles andaram até o fim de corredor de Danica, onde outras cinco garotas a esperavam. Danica reconheceu Mel Onuki, à beira das lágrimas; Sarah Deveraux, encolhida em seu roupão; Anne Elizabeth Cairstairs, confortando Melissa; Caroline Hudson, sendo carregada por um guarda; e Delancy Lewis, olhando Carol preocupada.

“Estão todas aqui, Soldado Potts?”, o homem que carregava Carol perguntou.

Luke bateu uma continência. “Sim, senhor! Todas as seis.”

“Ótimo, Potts. Agora, vá lá fora e dê o seu melhor.”

“Será uma honra, senhor.”, Luke limpou um corte em sua bochecha, sorriu para as garotas, e correu para o tiroteio.

O homem apontou uma estante, e Delancy puxou um livro nela. Uma porta se abriu, uma porta que dava em infinitas escadas. As cinco entraram, sendo seguidas pelo homem e Carol.

“Onde isso vai dar, Tenente?”, Dani ouviu Carol perguntar.

“Num lugar seguro, Senhorita Hudson.”, ele devolveu, e elas enxergaram uma luz.

A escadaria deu num amplo salão, no qual várias outras escadarias também desembocavam. No centro de tudo, duas portas de chumbo com guardas em volta. Dani sentiu que deveriam entrar por elas, e as outras a seguiram.

O ugar em que chegaram era totalmente caótico: macas de hospitais dividiam o espaço com pequenos armários, tronos se posicionavam no fundo- onde a Família Real conversava- , infinitas cadeiras, e montes de copos d’água e galões estavam sempre ao alcance da mão. Danica fez o que achou que seria melhor: pegou uma cadeira e se sentou num canto, enquanto Sarah foi se deitar numa maca. Anne e Mel se sentaram com ela, e Carol e Delancy chegaram logo depois.

“Então...”, Carol começou, tentando quebrar o clima tenso. “O que acham que está acontecendo?”

“Um ataque rebelde, só talvez?”, Danica retrucou.

“Não digam isso, por favor.”, Anne sussurrou. “Melissa está tendo um colapso nervoso aqui.”

“Como chamaremos, então? Porque, obviamente, esse é o único assunto plausível no momento.”, Delancy comentou.

“Podíamos chamar de AR(N/A: Á Erre, ok? Não ar.).”, Carol sorriu.

“Nossa, Caroline. Nem um pouquinho óbvio.”, Danica devolveu, porque era o óbvio a se dizer.

Um silêncio se instalou entre as cinco, fora os murmúrios de Melissa: “Me tirem daqui. Me levem pra casa. Não! Não quero ir pra casa!”

Danica franziu as sobrancelhas quando ouviu Mel falando, mas estranhou mais ainda a resposta de Anne: “Você não vai pra casa. Vai se casar com um bom e rico Três, que vai te tratar muito bem.”

Mas Melissa não parecia ouvir: “Me tirem daqui. Me tirem daqui agora.

Elas ficaram lá, sentadas e jogando conversa fora, por mais ou menos uma hora. Arthur não desgrudara do Rei e da Rainha nem por um momento sequer. Dani não era nenhuma gênia da leitura labial, mas Carol disse que ele estava falando algo do tipo: Só nortistas, Ames. Só nortistas.

Foi então que um soldado entrou correndo pelas portas de chumbo- que estiveram fechadas o tempo todo-, e correu até Arthur. Ele sussurrou algo para o Príncipe, que balançou a cabeça, e apontou seu irmão- sussurrando mais. Anthony pareceu surpreso, de primeiro, mas depois se postou de pé em frente a todos. Limpou a garganta, e todos olharam para ele.

É claro, Tony estava tentando parecer imponente. Mas ninguém se deixa intimidar por um loiro sonolento e vestido com pijama de coroas. É, ele não pudera colocar o robe- a cordinha ficara no quarto. Isso arrancou algumas risadinhas.

“Senhoritas, devo lhes dizer que não devem temer o que aconteceu esta noite: foi apenas um pequeno contratempo. Os rebeldes nem mesmo chegaram a adentrar o Palácio, e os danos foram mínimos. Não sabemos como eles conseguiram passar do portão, mas não foi nada demais. De qualquer forma, meu irmão anunciou que deixará, as garotas que desejarem, voltar para casa pela manhã. Voltem a seus quartos de imediato, e tenham um ótimo resto de noite.”, com isso, a Família se retirou.

As Selecionadas voltaram a seus quartos- ninguém, de fato, queria saber muito mais.

Danica dormiu um péssimo resto de noite. Teve inúmeros pesadelos, e decidiu ficar acordada.

Na manhã seguinte, ouviu um burburinho ao seu corredor. Abiu a porta. Anne abraçava Mel fortemente, repetindo o que dissera no abrigo. Mel não chorava mais, mas parecia triste. Quando elas saíram corredor afora, Dani se esgueirou para o lado de Carol- que também assistia a tudo.

“O que aconteceu?”, perguntou, pasma. Não podia ser o que pensava.

Carol suspirou. “Somos 32, Danica. Melissa desistiu.


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Notas finais do capítulo

Psicopata Rebeldamaníaca, minhas desculpas! Eu realmente não sabia o que fazer com a Melissa- pra mim, era só mais uma garota de emocional fraco, sabe? Então, pode me culpar, para de ler se for o caso e tudo o mais; foi um defeito meu. Eu não consegui trabalhar com a Mel, e a falha é minha. Mas relaxe, ela ainda vai voltar a aparecer.
Vejo todas nos comentários!