O Colégio De Finados Famosos escrita por Just a Daydreamer


Capítulo 6
Capítulo 6 As outras vidas parte 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpem desculpem desculpem desculpem e desculpem!!!!! DEmorei imenso para postar um novo capítulo mas andei com um grade bloqueio literário e a escola não ajudou! De qualquer modo, aqui têm!



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Lari, Kurotin e Alex vaguearam na biblioteca do Colégio.
Todas queriam novos livros para se entreterem. Lari procurava livros de fantasia, Kurotin de aventuras e Alex lendas e mitos.
—Encontrei um!!! -exclamou Lari.
—Shhhhhhhiu!-ordenou a assistestente da biblioteca.
—Qual? -sussurou Kurotin.
—Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos! Parece ser bom. E tu?
—A ilha Misteriosa, Julio Verne. A Alex?
—Aqui! Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda.
—Pouco barulho!!! - voltou a ralhar a assistente.
—Desculpe.
—Não é o James, ali? -perguntou Lari.
James entrou sorrateiramente na biblioteca, olhando para todos os lados.
—Desde quando é que ele lê?
— Shiu. Deixa ver o que ele ta aqui a fazer.
James entrou rapidamente, foi a uma secção, pegou num livro, requisitou-o e foi se embora.
—Vamos!

Entraram na secção onde ele tinha estado. Todos livros eram peças de teatro, poesia e literatura. Lari reparou numa das prateleiras, em que os livros estavam inquilinados. Óbvio que faltava um.

—Esperem aqui.- disse ela. Foi até à secretária onde estava a bibliotecária e disse:

—Qual é o livro que estava na secção três, prateleira 4, colecção 2?

—"Obras completas de William Shakespear". 

—Que pena, queria requisitá-lo.

—Não massacres a tua cabeça. São obras bastante complexas para uma miúda do primeiro ano.

Lari olhou para ela confusa. Alex e Kurotin foram para o pé dela.

—Desculpa, mas qual é o teu nome?-perguntou Lari.

—Marian Austen.

—És filha duma escritora... Que giro.

—Saber escrever ao quatro anos, não aconteceu por acaso.- disse ela com um sorriso trocista.

—Posso não ter aprendido a escrever logo, mas uma coisa te garanto: aprendi a ler  mesmo antes de saber andar. E posso dizer que já li mais livros do que tu alguma vez lerás.

—Não me sinto com vontade a acreditar isso.

—Os meus avós são a Bela e o Monstro/Adam. Tu não sabes o tamanho da biblioteca que ele lhe ofereceu. Eu sei cada obra e cada poema, cada lenda e cada conto, por isso, acha que podias limitar-te a arrumar livros em vez de te meter na vida dos outros. Que me dizes?

Marian limitou-se a engolir a raiva e a dizer:

—Eu não digo nada.

—Óptimo, porque eu também não queria saber.

E saiu. Alex e Kurotin seguiram-na.

—O que foi aquilo lá dentro?- perguntou Kurotin a sorrir.

—Pessoas com aquela irritam-me. Voltando ao assunto em que estavamos, o James levou Shakespear com ele.

—Para ser honesta, nem sabia que ele sabia ler.

***

James andou o mais discretamente possível pelo colégio, com o braço debaixo do livro. Ocasionalmente cumprimentava alguém que conhecia, no entanto, andava rapidamente e queria ir urgentemente para um sitio onde podia estar sozinho. Optou por ir para o grande sotão do colégio.

James adquirira um fascínio por aquele lugar. Havia um pouco de tudo, desde da idade média até aos dias modernos. Discos, quadros, instrumentos e livros.

Ao chegar lá, fechou a porta, abriu o livro e começou a citar Macbeth:

—Amanhã
amanhã amanhã amanhã
Rasteja em passo parco dia a dia
Até a última sílaba do Tempo.
E os ontens, todos, só nos alumiam
O fim no pó. Apaga, apaga, vela
Breve!
A vida é só uma sombra movel.
Pobre ator
Que freme e treme o seu papel no palco
E logo sai de cena. Um conto tonto
Dito por um idiota – som e fúria, signi-
Ficando nada.

E com estas palavras, James sentia-se feliz.

***

Alex bateu á porta do dormitório dos rapazes. Abriu-a Pieter, com um pincel na mão e com manchas de tinta na cara.

—Tens tinta na cara.-disse Lari entrando.

Pieter foi limpar-se a casa de banho. Lari sentou-se na cama dele, Alex afastou uma pilha de chapéus que estavam em cima da poltrona e Kurotin preferiu ficar em pé.

—Posso perguntar o que vieram cá fazer?- perguntou Pieter.

—Bem, nós descobrimos algo interessante...- começou Kurotin.

—E como tem a haver com o teu colega de quarto...-continou Lari.

—Pensamos que nos podias ajudar.- concluiu Alex.

Ele olhou para elas curioso.

—Vimos o James na biblioteca. E ele requisitou um livro de Shakespear.

Pieter olhou para elas e sorriu.

—Tu sabes de alguma coisa!- exclamou Alex.

—Sei-elas ficaram animados- mas não vou contar.

—OH! Vá lá Pieter! Conta!- implorou Lari.

—Deixa de ser curiosa! Eu prometi-lhe que não contava, e não vou trair a minha palavra.

—Chato.

3 dias depois

Lari continuava curiosa quanto ao que James andava a fazer. Quando ela não estava a tomar atenção a alguma coisa, Alex, Kurotin e Pieter já sabiam o porquê.

Naquela noite, ao jantar no salão, Lari não falou. Também ninguém reparou, pois todos no grupo falavam uns cons os outros. Lari estava tão concentrada nos seus pensamentos, que não reparou que no copo de água à sua frente, a água borbulhava. Alex reparou.

—Lari- disse ela ao estalar à frente dos olhos dela. Lari primeiro pareceu à nora, mas depois reparou no copo, e de repente, a água voltou ao normal.

Alex olhava para ela de olhos arregalados. Depois acabou por dizer:

—Tu e eu: para fora do salão. Agora.

Lari andou nervosamente até fora do salão. Alex seguiu atrás dela.

—Que raio foi aquilo?-perguntou Alex nervosa. Lari não respondeu.

—Lari, por favor. Eu já andava assustada sobre o que aconteceu no dia da nossa discussão, mas isto está a passar todos os limites.

—O que queres dizer?

—Conta tu primeiro e eu depois conto.

Lari suspirou. Olhou para baixo e disse:

—Tenho esta maldição desde que me lembro. Consigo controlar a água e o vento.

Alex arregalou os olhos.

—Como?

—Não sei. Simplesmente consigo.

Alex suspirou.

—Agora é a tua vez: o que querias dizer com aquilo?

—Naquele dia eu fui para a estufa e comecei a chorar. Uma das minhas lágrimas caiu numa rosa que estava num vaso perto de mim. Ela desabrochou um pouco. Eu toquei-lhe e ela desabrochou completamente. De repente a Kurotin entrou e não pensei mais no assunto, mas depois fiquei preocupada.

De repente ouviram alguém correr atrás dela e viram que era James. Tinha um ar zangado e nem parou quando elas o chamaram. Voltaram ao salão e viram o resto do grupo com um ar revoltado, enquanto discutiam com um grupo de alunos mais velhos.

—O que é que aconteceu?-perguntou Lari.

—Aqui o Júlio Cesár jr. e o Marco António II acharam divertido gozar com o James só porque começou a ler Shakespear!-exclamou Manuel.

Os dois rapazes olharam Alex de alto a baixo. Alex lembrou-se da história que a mãe teve com ambos os pais deles e sentiu-se evergonhada

—Queres ver que a história se vai repetir?- perguntou Alicia a Emanuelle. Esta revirou os olhos e deu-lhe uma cotovelada para se calar.

De repente, Harry surgiu, tirou o livro aos rapazes com o menor esforço e entregou-o a Alex.

—Para não dizeres que sou um merdas-disse ele. E foi-se embora. Alex sentiu-se quente e começou a corar.

—Bendita Rainha Branca! Estou a adorar isto!-exlamou Alicia batendo palmas.

—Alicia!-exclamaram Emanuelle, Charlotte e Kurotin.

—O que foi?!

Alex olhou bem para o livro e decidiu entregá-lo a Lari.

—Tu sabes onde ele está. Tenta falar com ele.

De seguida saiu e foi atrás de Harry. Lari saiu do salão em direção às escadas.

—Não percebi nada.-declarou Pieter.

—Junta-te ao grupo.-respondeu Manuel.

***

James sentia-se revoltado. No único lugar onde não tinha desaprovação do pai pelo teatro, era gozado e humilhado.

Ouviu-se um bater na porta. Lari entrou e sentou-se ao lado dele.

—Queres desabafar?

***

Alex procurou Harry pelos jardins do colégio, até o encontrar junto ao lago. Reuniu coragem e foi ter com ele.

—Olá...-disse ela.

—Olá- respndeu, sem olhar para ela.

—Ouve... eu queria agradecer-te por à bocado... e pedir-te desculpa. Pela chapada.

Ele finalmente olhou para ela. Alex voltou a corar.

—Não tens de que. E estás desculpada.-e sorriu torto para ela. Olharam um para o outro, no que pareceu para ela uma eternidade. Quando voltou a si, deu meia volta e foi para a árvore tinha sido o mini concerto, sentido-o a olhar para ela.

Quando chegou ao pé da arvóre, sentou-se para acalmar a respiração,até ouvir um barulho no cimo da árvore. Olhou para cima e descobriu que as raparigas estavam sentadas no ramo em cima dela.

—O que estão aí a fazer?-perguntou.

—Juro que não te estávamos a espiar a ti e ao Harry- disse Alicia. As outras reviraram os olhos e resmungaram.

—Não estou tentada a acreditar nisso.

—Pronto está bem, mas vocês são tão fofos!!!

Pouco depois apareceram os rapazes e mais tarde Lari e James.

—Estás melhor?-perguntou Charlotte.

Ele olhou para Lari e ela acenou com a cabeça. James suspirou e disse:

—Eu quero ser ator.-todos ficaram surpreendidos-Eu nunca pode admiti-lo porque o meu pai despreza a leitura e o teatro. Além do mais, não é profissão que traga orgulho para o nome Casanova. Mas quando a Alex admitiu que não sabia nada do Egipto, percebi que não era o único que estava contra os nossos pais.

—Por nós, podes ser o que quiseres. Não nos importamos.-disse Manuel.

—Eu sei disso agora.

Sentaram-se os dois juntos a eles e viram o pôr de sol de outono.

Sentiam-se felizes, por serem amigos.

 


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Notas finais do capítulo

Qual é o verdicto? Tou perdoada? :)



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