Minha Querida Trolha escrita por Paloma Tsui


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Demorei por que estou vidrada em uma outra história minha e por que tive muitos trabalhos para fazer... Então desculpe e aproveitem :3



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Quando o asiático entrou no quarto das garotas. Marie e Newt estavam escrevendo.

Desde que Marie recuperou as memórias, ela havia passado muito tempo com Newt. Os dois ficavam juntando memórias e tentando fazer o passado ser mais detalhista. Tentando se lembrar de todas as coisas que os dois gêmeos faziam, e já fazia mais ou menos dois dias que eles andavam nessa mesma rotina. Totalmente inseparáveis. Minho estava sempre ao redor, meio do nada eles se tornaram um trio, sempre juntos, sempre fechados. Isso começou a incomodar Thomas e Teresa.

Os dois começaram a se sentir excluídos e se fecharam neles próprios e do nada o grupo de clareanos foi separado para um trio e uma dupla. O que era totalmente terrível.

O rosto de Marie se iluminou quando viu o namorado.

_ Oi trolho. – Ela se levantou esbanjando animação e se jogou nos braços musculosos de Minho e o beijou. Newt já havia aprendido a ignorar aquele tipo de coisa.

_ Oi fedelha. – Minho havia ficado muito feliz com aquela recepção. – O que vocês estão escrevendo? – Minho perguntou semicerrando os olhos, mas rapidamente Marie pegou o caderno de cima da mesa e o escondeu atrás de si.

_ Bom, eu meio que percebi que amo escrever, eu amo desde sempre, lembrei disso depois que comecei a escrever de novo, enfim. Não sei se você percebeu, mas eu tenho murmurado coisas meio sem perceber simplesmente vem á minha cabeça quando eu estou distraída, então eu percebi que são músicas. – Marie esperou alguma reação do namorado, mas ele só continuou encarando ela. Até que percebeu que ela estava esperando ele dizer alguma coisa.

_ Ahn... Você se lembra de músicas? Isso é possível? – Minho perguntou tentando formular alguma coisa que Marie quisesse ouvir. Não foi o que ela esperava, mas era suficiente.

_ Foi isso que eu e Newt pensamos. Como eu poderia conhecer músicas? Mas daí nós sacamos, eu não nasci na época em que cantores e atrizes dominavam a mídia, mas nossa mãe sim. Ela viveu na época em que a internet era usada para divulgação, e também a TV, e tinham essas coisas de programas, seriados, novelas, livros... – Marie fez uma pausa como sobre tudo aquilo o que ela havia dito o mais incrível de todos eram os livros. –, mas também tinha a música. Minha mãe conhecia músicas e ela possivelmente cantava pra mim, é a única explicação lógica para eu conhecer músicas.

_ Incrível – Minho adicionou um comentário apenas para mostrar que estava interessado. Marie deu de ombros e continuou.

_ No começo eu só me lembrava de pequenos trechos, mas depois eu fui pegando as partes que me lembrava e fui cantando e as palavras fluíram. Já consegui me lembrar de três músicas até agora, e elas são tão incríveis. – Marie tinha um tom orgulhoso na voz.

_ Você vai cantar pra mim? – Minho pela primeira vez acertou o que a namorada queria.

_ É claro. – Marie estava incrivelmente animada. Como se de tudo que ela havia descoberto, desde a saída do labirinto até o novo irmão gêmeo, não fossem nada comparado a ela conhecer músicas. – Bom, eu não me lembro do nome das músicas então resolvi dar meus próprios nomes. Eu chamei essa de: Desafiando a gravidade, por que de acordo com a letra é mais ou menos o ponto da questão. Está pronto?

Minho acenou positivamente, mas ele não sabia se estava pronto, não sabia se Marie cantava bem ou mal, não sabia se gostaria da música ou não, mas ela estava tão animada, e Minho achou tão lindo vê-la daquele jeito que queria compartilhar daquilo, e mesmo que os ouvidos do asiático sangrassem, ele juraria pela própria vida que amou. Minho foi se sentar ao lado do loiro e Marie foi até o outro lado da sala.

_ Não esquenta. Ela é totalmente incrível. – Newt indagou e depois voltou as suas anotações.

Minho não sabia se podia confiar nele em relação à irmã. Desde que eles descobriram que eram irmãos gêmeos, todo o amor incondicional e cego que eles têm um pelo outro e que foi esquecido junto com as outras memórias voltou com carga total. Para os dois eles eram o reflexo da perfeição um do outro.

Marie respirou profundamente e Minho a observou atentamente, então ela começou.

Algo mudou dentro de mim

Algo não é o mesmo

Estou cansada de jogar pelas regras

Do jogo de outra pessoa

Tarde demais para repensar

Tarde demais para voltar a dormir

É hora de confiar nos meus instintos

Fechar meus olhos e saltar

Minho estava embasbacado, hipnotizado e totalmente sem acreditar no que estava havendo ele nunca havia pensado que passaria por qualquer coisa assim. Newt havia parado de escrever para observar a reação do amigo.

É hora de tentar

Desafiar a gravidade

Acho que vou tentar

Desafiar a gravidade

Dê-me um beijo de adeus

Estou desafiando a gravidade

E você não me deixará pra baixo!

Minho já tinha concordado com a afirmação de Newt bem antes, mas depois desses versos ele teve ainda mais certeza.

Estou cansada de aceitar limites

Porque alguém diz que eles são assim

Algumas coisas eu não posso mudar

Mas até eu tentar, nunca vou saber

Tanto tempo estive com medo de

Perder o amor que achei que tinha perdido

Bem, se isso é amor

Ele vem por um preço muito alto!

Pretendo comprar

O desafio à gravidade

Dê-me um beijo de adeus

Estou desafiando a gravidade

Acho que vou tentar

Desafiar a gravidade

E você não vai me deixar pra baixo

Deixar pra baixo.

Quando ela acabou, Minho automaticamente se levantou e a abraçou. Ela estava esbanjando felicidade, como se estivesse orgulhosa de si mesma.

_ Você é totalmente incrível. Estou muito orgulhoso de você. – Minho indagou sem a abraçar, mas ainda a segurando.

_ Obrigado – Marie agradeceu e o abraçou ainda mais forte.

_ Você parece à mamãe fazendo isso. – Newt indagou com um meio sorriso torto. – Ela também ficaria orgulhosa.

Marie foi em direção ao irmão e o abraçou também. Depois se virou pra Minho novamente.

_ Depois eu posso cantar as outras pra você, não dá agora por que estou enferrujada nessa coisa de cantar. – Marie sorriu da sua maneira dócil.

_ Foi impressão minha ou alguém estava cantando aqui dentro? – Teresa apareceu na porta, saída de lugar nenhum perguntando.

_ Marie descobriu que tem esse novo talento – Minho respondeu.

_ Precisamos mesmo conversar. – Teresa ficou irritada do nada. Saiu deixando a porta aberta. Um minuto depois, ela voltou com uma cadeira e Thomas com duas. Eles posicionaram as cadeiras na mesa e todos se sentaram.

_ Ta bem vamos abrir o jogo. – Teresa começou. – Estava tudo bem quando Marie e Minho viraram uma dupla. Nós ainda continuávamos um grupo, mas daí, vocês descobriram essa coisa de gêmeo e do nada viraram um trio, deixando eu e o Tom uma dupla, isso não foi legal.

_ Não foi nossa intenção – Newt indagou meio sem saber o que dizer. Havia sido um comentário rude e um pouco inesperado, como se a culpa toda da situação fosse deles.

_ Desculpa, mas precisávamos de tempo um com outro pra compensar o tempo perdido, perder um irmão não é fácil, um irmão gêmeo é mais difícil ainda. – Marie completou.

_ Ta, mas não precisavam nos cortar. Vocês se fecharam em si mesmo e deixaram a gente de fora – Thomas indagou num tom magoado.

_ Não foi nossa intenção – Minho repetiu a fala de Newt. – Foi automático, simplesmente foi acontecendo. Ainda podemos consertar não é?

_ Claro que sim – Teresa sorriu da sua maneira realizada. Na verdade, aquilo pareceu tudo que ela queria ouvir.

_ Que ótimo preciso da minha BFF de volta – Marie foi até Teresa e a abraçou.

_ Que história é essa que você canta agora? – Teresa perguntou ainda sem soltar Marie.

_ Vamos contar tudo – Marie prometeu se sentando na sua cadeira novamente.

Então eles começaram um dialogo contando tudo sobre o que eles fizeram, descobriram e lembraram.

Ninguém percebeu quando a converso do nada se tornou um Quiz...

_ Ok. Minho, qual a cor dos olhos da Marie? – Teresa perguntou do nada cortando a vez de Newt.

Marie fechou os olhos provocando Minho.

_ Essa é fácil. Azuis. – Minho respondeu com desdém.

_ Só azuis? Que resposta vazia. Os olhos dela às vezes são cinza e quando ela veste blusa roxa, os olhos dela parecem violeta – Newt completou.

_ Puxa Newt, obrigado. – Minho rolou os olhos. – Pode-me dizer como são meus olhos?

_ Castanhos e asiáticos ué – Newt brincou.

_ Pessoas que recuperaram a memória, contem alguma coisa sobre quando vocês eram crianças. – Thomas pediu.

_ Ta bem. – Marie fechou os olhos e deu a mão para Newt. Então formulou a imagem da qual ela queria contar pra eles na cabeça dela e “mandou” para Newt.

_ Bom quando éramos pequenos – Newt começou.

_ Tínhamos mais ou menos cinco anos. Newt tinha os mesmo cabelos longos, que é eram pouquíssima coisa mais curta que o meu. – Marie completou.

_ Nós éramos tão parecidos naquele tempo. Que costumávamos brincar de um vestir a roupa do outro e trocarem de papeis por um tempo? – Newt perguntou se havia decifrado. Por que diferente de Marie, ele se lembrava das coisas maximizadamente, mas ela era diferente, a memória dela tinha voltado espontaneamente, não havia sido influenciada a voltar, ela se lembrava de detalhes.

_ Isso. – Marie confirmou. Ela e Newt abriram os olhos e todos riram.

_ Que coisa mais bizarra de se fazer, vestir as roupas da irmã – Thomas observou rindo dando um olhar duvidoso para Newt.

E assim eles continuaram, sem nem perceber a hora passar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? XOXO :*