The Bet escrita por Brenda


Capítulo 1
Invitation.


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic sobre House M.D. e nada melhor do que começar com Hameron, há. Aproveitem a leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/490218/chapter/1

House estava sozinho na sala de diagnósticos, olhava para o seu quadro que continha alguns sintomas do seu último paciente. Fora um caso complicado, mas como sempre, House desvendou a cura.

Wilson entrou na sala, sem ao menos bater na porta. Sabia que era provável que House não o deixasse entrar se fizesse isso. Olhou para o amigo que estava de costas para ele. Um sorriso tomou conta dos lábios de Wilson antes dele falar, anunciando sua presença.

– E então, já falou com ela?

House virou-se ainda sentado em sua cadeira. Sua expressão era calma, mas logo um sorriso sarcástico apareceu em seus lábios. Claro que Wilson não esqueceria isso tão fácil. Levantou-se com a ajuda da bengala e caminhou até a cafeteira. Serviu uma xícara de café para si e voltou-se para o amigo bebericando o líquido em sua caneca.

– Não, Jimmy Boy. Ainda não.

– E posso saber por que não?

House fingiu pensar por alguns instantes na resposta.

– Não.

E começou a se encaminhar até a porta. Andou pelo corredor calmamente. Na hora do almoço falaria com ela, quem sabe. Wilson caminhava em um passo ligeiramente apressado para se juntar a House que já havia tomado certa distância do mesmo. Quando alcançou o amigo, falou rapidamente:

– Você vai cumprir a sua parte na aposta, certo?

House parou abruptamente e encarou Wilson:

– Sim, eu vou. Agora, deixe-me em paz, ok.

Wilson apenas sorriu para House e foi para a sua sala. Quando chegou na mesma, sentou-se em sua cadeira atrás da mesa e lembrou-se da aposta que fora feita uma semana antes.

House dormia no sofá da sala de Wilson quando seu bip tocou. Ele abriu os olhos resignadamente. Sempre na melhor parte do seu sono as pessoas o interrompiam. Nem se deu ao trabalho de ver quem o tinha bipado, foi direto para a sua sala. Mas quando chegou na mesma, viu Cuddy e seus pupilos na sala de diagnósticos, esperando-o. Suspirou, não seria hoje que ele teria paz.

Caminhou mais lentamente ainda para a sala ao lado da sua. Antes mesmo de passar pela soleira da porta, Cuddy já o fuzilava com o olhar:

– Onde você estava, House?

Um sorriso brincou nos lábios de House, ela estava irritada. Ele gostava disso. House nem respondeu a pergunta de Cuddy. Apenas se aproximou da mesa pegando a ficha do paciente. Estudou-a por alguns segundos e depois devolveu-a para o seu antigo lugar á mesa. O caso lhe interessara e muito. Resolveu ir ver o paciente pessoalmente. Quando chegou, Wilson estava lá, fazendo alguns exames no seu paciente.

– E então Dr. Wilson, o que temos aqui?

Wilson voltou sua atenção á House. Caminhou até a porta e os dois médicos começaram a falar sobre a situação do paciente. Até House notar uma coisa em um dos acompanhantes do garoto que havia desenvolvido algumas doenças que nada tinham haver com o câncer que ele tinha.

– Wilson, aquele homem junto ao paciente, é o que? Pai?

Wilson olhou rapidamente para onde House olhava e assentiu. Com um certo receio, viu um sorriso divertido nos lábios de House.

– O que foi?

– Não é o pai dele. Não de sangue.

– Temos um garoto morrendo de algo que não sabemos o que é e você quer discutir sobre aquele homem ser ou não o pai biológico? House, ele é com certeza o pai, ok? Agora esqueça isso e vamos nos concentrar no...

Mas House o interrompeu.

– Ei, Jimmy Boy. Já que você tem tanta certeza, vamos apostar.

Wilson o olhou incrédulo, mas não tão surpreso como deveria. Conhecia o homem a sua frente para saber que aquilo era algo perfeitamente normal vindo de House. Não havia nada que ele pudesse fazer se não aceitar a aposta. Assim poderia ao menos voltar ao seu trabalho.

– Ok, apostado. Quem perder faz algo que o ganhador mandar e ainda paga 100 dólares.

Um aperto de mãos selou a aposta.

Dois dias depois...

House entrou bufando na sala de Wilson, o exame de DNA em suas mãos, com o resultado que não o agradara nem um pouco. Quando chegou junto a mesa do amigo, apenas colocou o exame de DNA e uma nota de 100 dólares. Mas quando House estava saindo, Wilson o chamou:

– Ei, está esquecendo-se de alguma coisa, não acha?

House voltou alguns passos e se jogou no sofá:

– Ok, Jimmy Boy. O que eu vou ter que fazer?

Wilson realmente não havia pensado nisso, então sentou na cadeira geralmente ocupada por pacientes e pensou. Já havia passado três minutos e House estava irritado, mas antes que ele pudesse se levantar e sair da sala, o rosto de Wilson se iluminou com a ideia:

– Ei, eu já sei. Você vai levar a Cameron para jantar.

Os olhos de House arregalaram-se, aquilo o pegou de surpresa. Nunca imaginaria que Wilson optaria por aquilo. Sair com Cameron não era algo que ele queria fazer. Iria ser difícil. Ela, mesmo que House não admitisse, mexia com ele. De uma forma assustadoramente boa.

– Peça outra coisa.

– Não, não. Eu pedi isso e é isso que você vai fazer.

House olhou-o irritado e apenas assentiu antes de sair da sala de Wilson.

Faltava ainda meia hora para o horário de almoço de Cameron, mas House estava impaciente demais naquele dia, então resolveu terminar com isso logo. Bem, pelo menos terminar com essa parte. Foi até o quarto do paciente que era seu novo caso. Quando chegou lá, chamou Cameron acenando com a mão. Ela falou algo para os pais do paciente antes de sair do quarto:

– O que foi House? Os exames já chegaram?

Ela observava confusa o médico sorridente a sua frente:

– Não, Cameron. Eu só vim dizer que você ir almoçar agora... comigo.

Ela o olhou surpresa por alguns instantes, depois piscou algumas vezes antes de falar:

– Com você?

O sorriso de House se alargou ainda mais:

– Claro. Um almoço comigo e você ganha o dia.

O pensamento de Cameron vacilou. O que House queria? Eles nunca haviam almoçado juntos e agora, do nada, ele a convida. Ela só pode concordar.

Os dois caminharam juntos até o refeitório, nem uma palavra foi proferida no caminho até lá, nem enquanto esperavam na pequena fila para pagar suas refeições. O silêncio só foi quebrado quando os dois já estavam praticamente terminando suas refeições. Cameron ainda não havia entendido o porque de House querer almoçar com ela, ainda mais para apenas ficar em silêncio. Mas ela sabia a verdade, lá no fundo, sabia que estava criando expectativas a cada passo que dava em direção ao refeitório com House ao seu lado. Ela suspirou pesadamente e House resolveu falar:

– Sabe Dra. Cameron... - Ela o olhou sobre os longos cílios e o encorajou com um aceno com a cabeça a continuar - Eu estive pensando, não terei nada para fazer amanhã. Então que tal você me fazer companhia?

Os olhos de Cameron se arregalaram, seu coração acelerou o ritmo das batidas. Ela não acreditou no que ouviu, House estava convidando-a para o que? Sexo casual?

House percebeu que ela havia entendido totalmente errado e tratou logo de se explicar, mas não pode deixar de se divertir com a expressão da jovem doutora á sua frente:

– Ei, ei, sua safada. Eu não estava falando disso. Eu apenas estou lhe convidando para jantar. Mas se depois você quiser ir lá para casa...

Ele nem precisou terminar a frase, Cameron já estava corada. Ela o fitou por praticamente um minuto inteiro antes de falar:

– Um jantar?

–Sim, um jantar. Você, eu, um restaurante fino.

Ela pensou mais algum tempo antes de responder. Não sabia o porque do pedido de House, mas era algo com que ela sonhara há muito tempo. Não tinha como recusar, mesmo que quisesse, nunca conseguiria dizer não á ele. Um sorriso se abriu em seus lábios, ela fitou aqueles olhos azuis tão intensos e respondeu convicta:

– Sim, eu aceito o seu convite.

– Ok, amanhã eu passo ás 20:00 na sua casa. Esteja pronta, odeio atrasos.

Ele se levantou e foi embora, ela ficou fitando-o até que ele desapareceu de sua visão. Uma sensação estranha se apossou do seu corpo, ela não tinha ideia de como iria agir com ele nesse jantar. Por mais que o conhecesse, ela sempre esteve com ele no hospital, não fora dele. E se ele fosse diferente? Cameron mordeu o lábio, pensativa. Ficou ali, vendo o refeitório se esvaziar e se encher novamente.

Até que se levantou e foi em direção ao seu paciente. Ela preferiu não pensar no assunto do jantar com House em quanto estivesse trabalhando. Aquilo á distraia. Passou o resto da tarde ocupada com o diagnostico difícil do novo caso da equipe de House.

Só quando chegou em casa foi que se permitiu realmente pensar em como poderia ser esse jantar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3 Até o próximo capítulo, pessoal! Beijos, xXx.