Draconia-o Paraiso celestial dos Dragões (livro2) escrita por SpyroForever


Capítulo 6
Darastrix Sanctum




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Ao adentrar na Sala, Joo parou um pouco para melhor observá-la, pois já havia tempo desde que entrara ali. Inspirou profundamente para tentar se familiarizar com o clima daquela sala e em seguida soltou o ar em uma longa e profunda expiração.

Foi até a Grande estátua que estava deposta no centro da sala, sentou-se sobre os joelhos em frente ao altar e fez uma reverência. Proferiu-se algumas palavras de gratidão e em seguida caiu em total silencio.

Joo estava meditando. Havia acendido um incenso e o colocara no altar bem em frente à estátua. Dragões gostam muito do incenso, pois nele está representado o elemento do fogo.

Enquanto estava adormecido em seu Transe, Draco revira a sala toda. Era um dragãozinho muito curioso. Olhava e fuçava tudo que via pela frente. Havia subido na mesa, em cima dos livros de Joo. De vez em quando olhava de soslaio para os livros abertos que misturavam-se aos fechados, até que um livro lhe chamou a atenção.

O livro tinha uma capa que não era feita de um simples papel, mas sim revestida de escamas de dragão. A escama possuía uma cor branco-albina. Na capa frontal exibia-se uma imagem de um dragão angelical com asas plumadas, parecidas com as de anjos. Projetava-se em sua cabeça um halo que o contornava com uma luz dourada e divina, dando-lhe a omnipotência suprema. Logo abaixo destacava-se o título: Dracônia: O Paraiso Celestial dos Dragões.

Rapidamente Draco fora até Joo correndo depressa. Dava lhe patadas e tentava proferir palavras, mas só saia sons cortados e quebradiços.

– Joo... pido... tem... ue... ir... até... esa...

Sem muito sucesso, deu lhe uma mordida, porém sem machuca-lo muito, fazendo assim com que despertasse de seu profundo estado de transe.

Joo rapidamente recobrou a consciência e abriu os olhos. De início se assustara com o súbito despertar, mas agora que via que era apenas Draco, se tranquilizara. Olhou para seu amigo e tentava entender o que ele dizia, foi quando dentre gestos e mimicas que conseguiu captar a mensagem. Urgiam em direção à mesa.

Joo pegara o livro que Draco havia apontado para ele que em seguida respondeu.

– Não me lembro de ter visto este livro aqui. Nem sabia que existia! Nunca o vi antes. Já revirei os livros desta biblioteca todinha e não me lembro mesmo de ter visto algo assim.

O livro parecia chamar por Draco. Atraía-o na mesma intensidade que polos opostos de um imã. O livro certamente não tinha nada de natural. Emanava uma Aura que era sensível apenas à dragões. Não era de se estranhar que Joo não conseguira notá-la, porque se ocultava aos olhos humanos, não que fosse invisível, mas que assumia a forma e a aparência de um livro comum, mas na presença de qualquer dragão o mesmo revelava o seu verdadeiro aspecto.

–Vejamos, vamos abri-lo para melhor analisarmos o seu conteúdo.

Empilhou habilmente os livros que estavam bagunçados e desorganizados. Colocou-os no canto superior de sua mesa e pôs a se sentar.

Em seu interior estava visivelmente empoeirado. A poeira era tanta que quando Joo assoprou e bateu no livro dando-lhe tapas a fim de tirar o excesso de poeira, formou se uma nuvem cinza no ar, fazendo com que Draco e Joo entrassem em um frenesi de espirros e toces. Após passar a saraivada de espirros e agora com ambos em profundo silêncio, Joo analisava detalhadamente o conteúdo daquele místico livro.

Horas, horas e mais horas se passam até quando, finalmente, Joo dera um pulo e um grito de felicidade, que fez com que, na hora, Draco acorda-se de seu sono num susto. Joo estava visivelmente feliz. Corria freneticamente para todos os cantos da sala. Gritava e chorava ao mesmo tempo. Seu rosto era uma mistura de emoções. Correra até Draco que aos poucos despertava de seu sono e do susto que levara, mas não houve tempo para isso pois Joo havia o envolvido em um intenso e caloroso abraço, derramando lagrimas de felicidade e com um sorriso enorme estampado em seu rosto.

Draco, por sua vez, não entendia nada do que se passava ali naquele momento, mas viu que seu amigo estava chorando. Lambeu as lágrimas que saiam como uma cachoeira do rosto de seu amigo, como se lhe conforta-se.

Joo virou-se e fixou seu olhar no rosto de Draco e lhe disse:

–Não Acredito! Finalmente poderei reencontrá-lo! Drake! Eu sabia! Eu sempre soube que ele existia! O Paraiso celestial dos Dragões! Esse dia é o dia mais feliz da minha vida!

Joo Era pura emoção. Chorava enquanto olhava para Draco, que também chorava diante de seu amigo em total compreensão. De vez em quando dava-lhe lambidas no rosto e choravam Juntos durante um tempo até que finalmente cessou-se.

Retomando a normalidade enquanto lentamente se recuperava da intensa emoção dizia para Draco.

–Sim eu acho que isso é possível. Eu só acho, não tenho certeza. É tudo muito confuso e incerto, mas ainda sim existe uma possibilidade de eu me reencontrar com Drake.

O que antes eram palavras cortadas e mal formadas, agora se tornava compreensível e foi então que subitamente Draco começou a falar

–Drake? Quero conhecê-lo também, Joo. Pelo o que você fala, ele deve ser um dragão e um amigo muito especial e incrível.

Joo de inicio estranhou, mas não se importou muito com a súbita fluência de Draco. Sua mente vagava entre o possível reencontro dele com seu falecido amigo.

Ambos saíram da sala. Estavam cansados, pois ficaram horas dentro daquela sala, sem comer ou sem beber nada e aquela sala tinha algo de sobrenatural. Ela lentamente fatigava o corpo de quaisquer ser vivo que entre ali. Aquela sala parecia se alimentar da energia que fluía dentro dos corpos dos seres vivos. Não era uma sala qualquer. O que, possivelmente, explicava a súbita fluência de Draco.

–Vamos dormir... Já está tarde. Amanhã nós iremos até Dryfr afim de melhor poder entender a mensagem que o livro nos deixou...

Degustaram-se de um Jantar que Joo havia preparado e, em seguida, foram para o quarto dormir. Antes que Joo colocasse a cabeça em seu travesseiro, Draco virou-se para ele e perguntou.

–Posso dormir com você?

–Sim. Se isso te confortar, sim claro que pode. Não vejo o porquê de você não poder dormir na minha cama comigo.

–Ebaaaa!! Te amo, Joo!!!

–Obrigado meu amigo que amo tanto. Agora concentremos em ter uma boa noite de sono, pois amanha nós iremos investigar mais sobre isso. Quero muito saber se realmente existe esse tal paraíso celestial, agora tenha uma boa noite de sono.

Draco subiu na cama num pulo. Sorria para Joo muito contente e dera lambidas em seu rosto, de boa noite. Se ajeitou próximo ao lado dele e caíram em um profundo sono.


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