A palavra frio é tudo que consigo raciocinar, é tudo que ecoa em minha mente. E o calor, é tudo que sinto falta envolto ao meu corpo. As cobertas quase não são o suficiente , ainda sinto a ponta do meu nariz congelar.

As pálpebras dos meus olhos pesam de tanto cansaço, as fecho aos poucos, ouvindo o vento assoviar... Instantes depois um som curioso atravessou o meu sono e se instalou no lugar. Começou com algumas batidas na janela, em seguida algo começou a arranhar o vidro, fazendo com que me despertasse por completo, o som era como o de talheres se arranhando. Olho atrávez da janela do quarto poderia estar escuro mas graças a luz da lua cheia lá fora, consigo ver o formato de mãos com unhas cumpridas arranhando o vidro.

Levanto-me da cama em um pulo, o chão estava frio caminho de pressa na ponta dos pés para ascender a luz.

— Idiota — Sussurrei mentalmente para mim mesma assim que vi os galhos de arvores batendo contra a janela. Meus olhos seguiram para uma luz sobre a escrivania em frente a janela, meu celular estava vibrando. As vezes esqueço que deixo no silencioso.

Visto as pantufas quentes e fofas, e caminho até a escrivania observando a tela do aparelho '' 2 mensagens ''. E ambas mensagens eram de Rachel, e assim que as leio ligo depressa para ela, e não atende. Ligo novamente e fica chamando…

— Isabella cadê você? Estamos aqui parados faz trinta minutos. Sabe o filme? Então, começa em uma hora e meia, não me diga que você esqueceu? — Comecei a corar, eu havia realmente esquecido de hoje.

— Não, claro que não. Daqui a pouco eu estou ai. Só tive um probleminha. — Menti. Duvido que ela tenha acreditado, sempre fui péssima mentirosa.

— Não acredito, que vocês se esqueceu! Fizemos isso para nos despedir lembra? — Afastei um pouco o telefone do ouvido, por causa do tom alto que Rachel usará.

Bem eu não estava com nenhum vontade de sair, mais fiquei feliz em lembrar que ainda tinha amigos que realmente se importavam comigo. E sentiriam minha falta. Parece que já fazem décadas que os conheço, apesar de realmente conhece-lôs à nove meses.

Abro o closet, visto um calça dins escura, duas meias estações uma por cima da outra, um gorro verde escuro. Coloco as luvas, e botas antes de sair. Meu corpo estava aquecido contra aquele clima frio nessa estação de Washington. Uma pena que não inventaram nada para aquecer a ponta do nariz.

Ligo para que Rachel venha me buscar, o cinema ficará a uns dez quarteirões daqui. Enquanto ela não vem, descido caminhar sózinha até o lugar. Hm, e como está é minha noite de sorte, começa a chuviscar,e eu me escondo embaixo de uma daquelas varandas de alguma casa. E a chuva só vai piorando, ficando cada vez mais forte

— Moça? Tudo bem? — pergunta-me alguém. Um rapaz loiro, e todo encharcado. A blusa que ele vestia era social, fina e branca. Mesmo não querendo, não conseguia evitar de olhar para seu peito definido que era visivél graças a blusa branca molhada, e agora transparente. Não duvidava que ele estivesse morrendo de frio naquela roupa

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— Tudo... — Respondo me perguntando porque ele estava falando comigo. Abaixei a cabeça e mordi os lábios antes de encara-lô novamente. — Por que a pergunta?

— Eu achei que deveria perguntar, não é comum ver uma moça caminhar sozinha as onze da noite. — Achei que o cavalheirismo tinha morrido á tempos. E certamente morreu, só não havia descoberto ainda qual era a intenção dele. Ou talvez eu apenas seja desconfiada de mais, quem precisava de ajuda era ele. — Rayan é meu nome.

— Isabella. — Ele estende a mão para que eu o comprimentasse. O rapaz puxou meu braço bruscamente e tentei me soltar, infelizmente ele era muito mais forte que eu. Seus dentes aumentaram de tamanho e Rayan me imobilizou contra a parede e mordeu meu pulso, gemi de dor — Não... Por favor! — Pedi, mesmo sabendo que era invão. Me passava bilhões de perguntas pela mente. Os dentes de Rayan haviam ficado maiores? Porque ele esta me mordendo? O que era ele?

Senti uma pressão forte em minha cabeça, e depois fora diminuindo, senti meus olhos pesarem minhas pernas ficarem bandas e em seguida tudo que me lembro foi de sentir meu corpo se chocando contra a calçada de concreto, e minha visão ficando escura.