Me chamo Sophia escrita por Micaella Coelho


Capítulo 1
Pessoas de vidro


Notas iniciais do capítulo

Realmente não faz meu tipo de escrita. É apenas um trecho do meu diário de ideias que, por algum motivo, eu decidi compartilhar.
Nesse capítulo único introduzi tópicos diferentes ao longo que me foram aparecendo.
Encare como um diálogo sincero.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/489651/chapter/1

Eu já estive em todos os lugares

Minha alma é mais antiga que o universo

Palavras são vento, sonhos são amargos, pessoas são de vidro.

Você não precisa pegar um avião pra viajar, gastar gasolina ou a sola dos teus sapatos. Leia. Imagine e você está lá.

Se você resolveu ler isso, você decidiu viajar até mim, e eu vou te mostrar tudo. Eu quero que conheças cada uma das minhas paranoias, cada sombra da minha luz

(e as tuas?).

Nunca entendi o porque medimos nossa idade em anos – se você for reparar em tudo o que sabes, veria que faria mais sentido medir-te em segundos – “Mas o tempo, minha querida Alice, na verdade não existe.” Já dizia Lewis Carroll que o tempo é engraçado e confuso. Ás vezes dias duram segundos, e segundos duram anos...E muitas vezes, anos são pó. Não significam nada.

Você já ouviu dizer que não deve confiar em palavras?

É isso mesmo, elas são opó mais ralo e transparente. E por vezes brilham, mas podem também ser só poeira.

Eu estou costurando idéias aqui, está confuso pra você?

Vamos recomeçar.

Me chame deSophia. Não é meu nome, mas de que importa? Eu gosto dele. Tem significado. Gosto como é necessário projetar os lábios pra recitar:

So-phi-a

E eu nunca fui fã da ideia de escrever sem um objetivo, sem público-alvo ou um enredo. Mas estou tentando, juro, ser transparente através dessas letras.

O que é engraçado, porque eu não tenho certeza sobre mim.

Mas ninguém é uma coisa só, sólida e polida. Somos feitos desses milhões de cacos de vidro quebrados e colados de novo. Rachados e refletivos. Por vez embaçados, por outras nítidos, brilhantes.

Somos frágeis.

Buscamos alguma coisa pois somos escravos dos nossos desejos e tão debilmente ingênuos por acreditar.

Você já chorou até se afogar? Ou gritou contra o travesseiro até explodir?

Frágeis. Todos nós.

São essas rachaduras no vidro que fazem quem você é.

(Do que você tem medo? Quais são os demônios que te atormentam?)

Eu talvez nunca vá conhecer você. Rir com você. Chorar com você. Eu não posso curar suas rachaduras, te abraçar e fazer a dor passar.

Mas eu quero que saibas que do fundo do meu coração e acima de tudo.

Eu te amo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Me chamo Sophia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.