Sangue Monstro escrita por Ytsay


Capítulo 49
Solte-os!


Notas iniciais do capítulo

Então pessoa bonita.
Mais um cap! E acho que é um bom.
—Boa leitura!



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Vendo meus aliados ali, sendo jogados em um caminhão como prisioneiros, e Jennifer atordoada caída sobre as folhas mortas, eu precisava pensa no que fazer, mas estava tudo confuso na minha mente, eu me sentia desequilibrado.

Os soldados permaneceram parados me encarando com suspeitas. Supus que a ordem deles era a de não me machucar, já que eu era aquele que os oficias queriam capturar vivo, por causa de tudo que fiz. Mas estavam prontos para ignorar essa ordem se me tornasse uma ameaça pra eles.

Um movimento não longe do caminhão de prisioneiros me chamou a atenção, então encontrei o mandante e organizador daqueles soldados. Encaramo-nos por um tempo, até que um grito entre dentes soou perto dele seguido do som de tapa. Olhei novamente para Jenn, a vi caindo de volta ao chão depois de ser acertada pelo imprestável do soldado que ela mordeu. Fique mais irritado no mesmo momento, a ousadia que aquele bastardo teve. Um vento forte soprou derrubando algumas folhas e a noite ficou mais escura sem o brilho azulado da lua que foi encoberta rapidamente por nuvens cinzentas e pesadas. Senti a energia se concentrar na testa e me preparei para fritar cada um daqueles soldados. Começando com o cara que bateu em Jennifer.

A coisa foi rápida, um disparo da energia concentrada no homem e a seguir ele caia em chamas, com espasmos e convulsões. Senti alguns tiros me atingindo, mas não me importava mais, apenas me virei e comecei a atingir um ou dois soldados ao mesmo tempo com eletricidade, determinado em ver cada um virar carvão. Junto com o som dos tiros que ainda ocorriam e dos soldados gritando e se escondendo, os rugidos de alguns relâmpagos retumbavam e se aproximavam cada vez mais da floresta.

Quando dei uma volta completa atingindo os soldados que me cercaram, subitamente ouvi a voz tensa do comandante gritando para que eu parasse. Virei-me e o vi na minha frente, mais próximo do caminhão e de Jennifer. Ela, pálida e com um filete de sangue no canto da boca, encarava a arma do comandante mirada em sua testa, depois me olhou apreensiva. O oficial observava atentamente minhas reações e então relaxou sua expressão e cutucou a cabeça de Jenn indelicadamente. Eu podia ataca-lo ali, agora, mas sentia que ele tinha a capacidade de pressionar o gatilho antes de morrer, e tão perto ia acerta-la com certeza. O homem tinha descoberto uma forma de me parar.

Me destranformei diante dele, o que fez com que ele se assustasse e puxasse rapidamente outra pistola para apontar pra mim.

O céu agora rugia sobre nós, mas o vento que conseguia chacoalhar as árvores começou a se abrandar. Esperei que ele dissesse alguma coisa, mas ele apenas riu perversamente e olhou com mais atenção a garota ajoelhada do seu lado.

–Chega. Solte-os e eu...

–Não Roan!- exclamou a garota desesperada me olhando.

–E o que?- perguntou o comandante ignorando Jennifer, intrigado.

–E eu me entrego. - falei descontente em ter que fazer isso.

O Homem riu.

–Se você se entregar, eu não mato sua garota e os outros continuam comigo.

Consegui impedir a raiva de arrancar a cabeça dele ali, mas não evitei das garras prateadas aparecessem. Era uma péssima sensação de estar irritado por não poder reagir. A raiva era o suficiente para me fazer tremer às vezes, sem o meu controle. Não conseguia pensar em uma forma de sair daquilo, não tinha como pedir ajuda.

Um vento morno soprou meu rosto, então pude ouvir uma voz afinada e calma me informando de uma coisa.

Olhei Jenn ajoelhada no chão me observando atenta. Ela e eu com uma pistola mirada na cabeça. Suspirei e me abaixei encostando apenas um joelho no chão, a arma do comandante seguindo meu movimento atentamente, e abaixei a cabeça. Jenn ainda me encarava perplexa e já deixando algumas lágrimas transbordarem, então a olhei em um movimento leve e sorri.

Um trovão caiu na clareira, azulado e branco, ecoando o mais poderoso ruído pelo espaço. No mesmo segundo, desviei da mira da arma na minha cara, agarrei a mão da pistola mirada em Jennifer e a forcei para apontar para o céu, torcendo o pulso do comandante, ao mesmo tempo em que me levantava, pondo o ombro sob o braço do comandante e o desequilibrava para empurra-lo para o chão. Foi tão rápido para o humano que ele não reagiu. O imobilizei no chão, sem machuca-lo pouco, já que ainda tinha as garras expostas.

E enquanto eu fazia isso com a queda do raio, o chão tremeu em uma área da clareira, os soldados assustados e confusos tiveram seus pés enterrados no solo até os joelhos por Josh, que também enterrou as rodas de um Jeep; em outro espaço houve o farfalhar de galhos e folhas, e então soldados foram içados para as copas das arvores por galhos longos que levaram milésimos de segundo para crescer, outros dois carros tiveram o mesmo destino, isso pelas habilidades de outro puro chamado Charlie; a minha direita um grupo de soldados tinha sido envolvidos por uma esfera de vento que os deixou sem oxigênio até que desmaiassem, Alie era a outra irmã, foi ela que me avisou que eles (os puros) iam dar essa ajuda e conter os soldados a minha volta, enquanto eu devia me dedicar a proteger Jenn e convencer o comandante.


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Notas finais do capítulo

Ps.:Andrew era um chato, e não se envolveu.
Então, desculpem se estiver algo estranho no cap. Podia ser mais sangrento, ou coisa assim, mas meu animo não dispôs de algo assim. rs.
Espero que tenham gostado, nos vemos no próximo!
:)