Sangue Monstro escrita por Ytsay


Capítulo 40
Rastreando.


Notas iniciais do capítulo

Olá,
Obrigada pelos comentários!
—Boa leitura!



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Assim que me lembrei de que precisava arrumar mais gente e evitar a desvantagem, busquei uma solução. Então vi Theresa sozinha no mesmo lugar me encarando com uma cara estranha e sabia o que eu podia fazer.

Fui atrás de Raphael novamente, ele não estava mais na sala e fui o encontrar no escritório sentado em sua cadeira atrás da mesa mexendo com papeis. Contei para ele meu plano rapidamente.

–Tem certeza disso Roan?- perguntou Raphael. Agora ele estava um pouco mais disposto a ajudar, acho que ele ainda se via responsável pelos pupilos que concordaram comigo.

– Sim, - respondi- posso encontrar alguns na cidade. E será bom você ver se consegue mais com Diego.

– Não. -ele fez uma cara de desgosto – Diego não gosta de se intrometer com os problemas do outros, por isso fica tão longe de qualquer um. Posso avisar, mas acho que virão apenas aqueles que o desobedecerem, e pelo que sei pode ser nenhum.

–E como você vai encontrar esses “não descobertos” da cidade?- perguntou Damian que notou minha agitação e me seguiu junto com Theresa.

–Senti algo diferente de Tess, acho que posso tentar encontrar outros.

–Você vai farejar os outros que nem um cão orelhudo de caça Roan?- Theresa disse ajeitando os óculos que escorregavam.

–É quase isso. Vou precisar de ajuda pra ser mais rápido e talvez demore um tempo.

–Um tempo?- repediu Raphael. – Isso pode ser muito. Eu ainda não tenho como saber quando eles vão estar aqui, mas acho que os policiais não costumam enrolar muito.

***

Era final de tarde quando Raphael saiu acompanhado de Anne para ir conversar com Diego. Os que não votaram em me ajudar resolveram ficar pesquisando informação dos policiais ou sobre os possíveis descendentes na região. E restou Jennifer, Theresa e Damian para ir atrás deles.

Sendo fim de tarde era um bom horário, pois os jovens estão voltando pra casa saída de escolas ou cursos.

Logo estávamos enfrente a uma escola, que não era a nossa onde não notei ninguém especial. Observei cada um que passava.

–Ali. - apontei pra dois, uma menina e um menino bem parecidos fisicamente, que se afastavam pela esquerda. Então notei mais um que já escapava indo pela rua com um skate. – Vocês duas podem seguir aqueles dois e tentem falar com eles, se for necessário mostrem o que podem fazer para convencê-los. – Thess concordou e arrastou Jenn da Van de Damian. - E tomem cuidado também.

Depois que elas foram, sai e segui atrás da garota de skate, fazendo Damian não entender, pois me esqueci de avisa-lo. A menina com um gorro escuro andava tranquilamente e a seguimos a pé, já que uma van seguindo alguém em velocidade baixa chamaria muita atenção.

–O que você vai fazer?- perguntou Damian. - Em algum momento alguém da rua vai notar que dois estranhos estão seguindo uma garota...

–E daí? Vamos ver onde ela mora, e também estou procurando outros. Não estamos fazendo nada de mais. Ainda.

A menina entrou na casa dela, eu parei no portão, mas Damian me arrastou puxando meu braço e dizendo:

–Vamos passar a casa, ela ainda pode olhar a rua se suspeitou da gente.

Continuamos até sumir da vista de qualquer janela daquela casa de dois andares. Depois de alguns minutos voltamos e chegamos à porta.

– Você fala com ela. – disse para o ruivo, depois apetei o botão da campainha e recuei para trás dele sem dar tempo de ele falar alguma coisa.

A menina logo atendeu e quase voltou a fechar a porta, mas Damian foi rápido para impedir a deixando um pouco assustada.

–Vá embora! E-eu vou chamar meu pai!- gritou ela forçando a porta.

Damian me olhou sem saber o que dizer, eu sorri em resposta.

–Não tem carro algum na garagem, -disse- a casa está em grande parte apagada é melhor ao menos abrir a porta para falarmos com você. Prometo que você ficara bem.

Ela parou de forçar a porta.

–Promete?

–Claro.

Então ela abriu a porta e encarou sério o ruivo.

–O que vocês querem?

–Queremos você. - ela me olhou espantada por um momento.

–Não, não é isso moça. - intrometer-se Damian. – Precisamos de sua ajuda.

–É isso e seus poderes. -completei.

–Vocês beberam? Eu não sei do que estão falando.

–Não, ainda não experimentei isso. – a respondi. - Mas não precisa ter medo, somos como você. Mostra pra ela Damian.

–Eu? Mas o meu seria... estranho. E prefiro não quebrar nada.

O encarei, seria engraçado vê-lo sair correndo sem um motivo, e se força era um segundo poder dele, e meu também, não era legal quebrar alguma coisa na casa da garota.

–Certo. Então vou eu...

Não ia me transformar, ia chamar muita atenção. Notei Damian se afastar um pouco sem saber o que eu ia fazer. Esfreguei as mãos e observei aqueles dois na minha frente, a menina não levava muita fé; parei com as mãos unidas e as separei me concentrando, logo os feixes de eletricidade apareceram de uma pra outra iluminando as coisas com uma luz azulada. Eu não sabia que ia dar certo e achei bem legal ver aquilo e não ser afetado.

–Pode se unir a nos em uma briga contra para podermos ficar na cidade?

Damian me interrompeu com sua fala e olhei a menina que tinha com um sorriso de admiração.

–Talvez se me explicarem melhor. -disse ela.

–Eu mostrei o que posso fazer e o que você faz?- questionei antes de tudo.

–Gelo. Não é muito legal, pois sinto frio o tempo todo, mas tem uns bons momentos.

Assim, depois de explicar o que estava acontecendo, tínhamos a primeira ajuda: uma menina de cabelos escuros, que gostava de Skate e vídeo game, chamada Pamela.


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Notas finais do capítulo

Um capitulo meio longuinho, mas eu não consegui encurtar... ^-^
Muitas estão vindo.
Muito obrigada por ler! Comentem e até breve. bjs.
Ps.: e sobre o assunto do final anterior vejamos o reflexos em outro capitulos.