Keep Calm and Try to not Kill Him escrita por ApplePie


Capítulo 16
Capítulo 14 - Ficando mais doente que... Uma pessoa doente


Notas iniciais do capítulo

Olá muchachas, me perdoem por postar "tarde" (eu costumo postar os capítulos mais cedo), mas é que eu estava ocupada. Eu decidi fazer um capítulo Bônus que vai ter narrações sem ser a do Jake e da Angel. SE der tempo, eu tentarei postar no domingo, se não, em algum dia da semana que vem eu posto. Quero dizer bem-vindas(os) às novas pessoas que estão acompanhando a história,
Música que a Angeles toca nas notas finais =)
I hope you enjoy,
Kissus



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Angeles NightWalker

Jake estava estranho. Com o passar dos meses, nós viramos amigos e fazíamos MUITAS pegadinhas um com o outro.

Mas parece que nas últimas semanas, voltamos à estaca zero.

Jake continuava a fazer pegadinhas e a me encher o saco, mas percebi que ele estava bem mais distante, não falava direito comigo, tentava trazer toda aquela atitude “sou um bad ass babaca” de volta, como quando nos conhecemos, mesmo que não conseguia direito, acredito que – por parte – da nossa relação que melhorou bastante.

Ah, e também havia uma novidade.

Ele estava trazendo as suas garotas de uma noite.

Sinceramente, aquilo me irritava. Eu sabia que Jake era um galinha e bem, fazia sentido porque ele era muito bonito, mas ele nunca trouxe nenhuma de suas vadias, provavelmente porque me respeitava.

Esse respeito acabou.

Isso estava me irritando. Não era como se eu tivesse feito alguma coisa. Bem... Eu pelo menos acho que não.

Suspirei e deixei de lado o meu tablet por onde eu estava lendo fanfics de Harry Potter. Eu estava ouvindo “Let it Go” do filme Frozen para combinar com o tempo que estava muito frio.

MUITO FRIO. Mesmo não estando mais no inverno.

Decidi pegar meu casaco e chamar Yuki para tomar um café. Já que Allan estava fazendo um trabalho da faculdade.

Cheguei na cafeteria e pedi um chocolate quente. Yuki chegou uns minutos depois, em seu casaco preto e cachecol rosa escuro, que incrivelmente combinava com suas mechas.

— Desculpe o atraso.

— Sem problema.

— Que milagre ver você sem Allan ou Jake — ela disse enquanto olhava para o cardápio, mas pude ver um deslumbre de um sorrisinho malicioso em seu rosto.

— É — suspirei — Allan anda bastante ocupado com a faculdade e Jake parece agir como se eu tivesse pegado uma praga... Ou melhor, como se eu fosse a praga.

Ela arqueou a sobrancelha em questionamento. Balancei a cabeça negativamente, explicando silenciosamente de que eu não fazia a mínima ideia do porquê ele estava fazendo isso.

Continuamos a conversar. Ela me falou um pouco da sua vida no Japão. Sua mãe era japonesa e seu pai era americano. A cada dois anos vivendo no Japão, ela voltava para os EUA e passava um ano lá. Isso explicava porque ela tinha tal facilidade com o inglês.

Ela me perguntou sobre minha vida nos EUA. Eu contei que só tinha o Allan como amigo e que odiava praticamente todo mundo da minha cidade. E que eu não tinha uma relação muito boa com meus pais.

Eufemismo*? Pode-se dizer que sim.

Depois de tomar café, Yuki teve que ir embora, algo sobre ter que devolver um livro na biblioteca. Eu decidi ir para a ala da faculdade de humanas onde tinha o andar de música. Eu havia – algum tempo atrás – falado com um professor de música que Allan havia me indicado para pedir permissão para tocar piano. Eu sentia falta, por mais que eu não soubesse muito. Um curso de piano geralmente leva de oito a dez anos para ser completado, eu só fiz cinco.

Minha mãe não queria que eu tocasse piano, ela queria que eu tocasse violino e desenhasse assim como seu pai. Por isso eu tenho um pouco – bem pouco – de técnica ao desenhar. Quanto ao violino, dei a desculpa que eu precisava de algo mais esportivo para ocupar meu tempo. Então meus pais discutiram sobre qual esporte que eu faria. Minha mãe queria algo como ginástica, já meu pai queria algo como vôlei.

O que era muito engraçado porque eu era baixinha.

Acabou que eu comecei a fazer vôlei, até machucar a minha mão e minha mãe ver isso como desculpa para eu tentar ginástica.

O que foi pior, porque acabei torcendo meu tornozelo e machucado minha bacia.

Então EU vi como desculpa para me focar no desenho e no que eu já sabia de piano.

Estava tocando uma das minhas músicas preferidas. Quando eu ia começar a tocar outra meu celular vibra. Alguém havia mandado uma mensagem.

Era Jake.

Ele queria saber se eu iria querer sair depois para comer uma pizza. À noite. Olhei no relógio, eram duas horas ainda. Respondi que sim e voltei a tocar piano. Agora, pensando em porque Jake subitamente havia me chamado para comer pizza, e não simplesmente pedir a pizza, mas tudo bem.

O dia ocorreu tudo bem. Decidi dar uma passada na estufa que a faculdade tinha (SIM, TINHA UMA, E EU SÓ DECOBRI ISSO BEM DEPOIS), onde eles deixavam as plantas que eram utilizadas em muitos cursos. Havia bastante flores também.

Encontrei Vincent e começamos a conversar. Fazia um tempo que eu não o via. Combinamos de nos encontrar de novo ao decorrer da semana e voltei para o dormitório por causa do frio. Fiquei falando pelo Facebook com Derek até quase ser a noite.

Decidi tomar banho e me trocar. Coloquei umas três blusas por baixo de um casacão preto que Allan havia me dado de presente no ano passado e uma calça com uma bota preta por cima. Peguei meu cachecol branco e sai para encontrar Jake.

Nós tínhamos combinado sete horas no jardim da faculdade. Ele iria me encontrar e iríamos no carro dele.

Já eram oito horas. Eu simplesmente estava com frio e preocupada. Jake não atendia a porra do celular e Ash não sabia me dizer aonde ele estava.

Decidi voltar para o dormitório para tentar ver se ele havia esquecido o celular.

Quando eu cheguei lá, a raiva borbulhou no meu sangue e eu – por alguns segundos – esqueci que estava tremendo de frio.

Jake estava no sofá esparramado com uma vadia e rindo, enquanto comiam pizza.

Joguei minha bolsa com tudo no chão e fui para a frente deles. Ambos pararam e me olharam confusos.

— Qual o seu nome? — perguntei pra garota.

— Hm... Tina. Por quê?

— Tina, será que você poderia nos dar licença, eu preciso matar- quero dizer, conversar com o demônio atrás de você, depois ele te liga — disse enquanto fuzilava o idiota com meu olhar.

Ela deu de ombros e depois de beijar Jake, saiu.

— SEU FILHO DE UMA PUTA, CACHORRO, SER DESPRESÍVEL, GAROTO PATÉTICO E MISERÁVEL...

— Wouou, se acalme, okay? O que foi que aconteceu?

Eu realmente queria chorar, de raiva. De ódio.

— O que aconteceu foi que eu confiei o bastante para esperar por UMA FUCKING HORA naquela porra de frio para comer uma pizza e você não atendia essa merda que você chama de telefone...

Eu estava já gaguejando aquela hora, de raiva.

Entendimento passou pelos olhos de Jake e subitamente mudou para uma expressão de culpa.

— Desculpa, Chi... Eu esqueci...

— AHH VOCÊ ESQUECEU? Sabe, eu sei que você nas últimas semanas me tratou como se eu tivesse pegado uma doença rara e contagiosa, mas pelo menos eu pensei que você teria a DECÊNCIA de se lembrar de algo como sair para comer uma pizza que além de tudo foi SUA DROGA DE IDEIA.

Tomei outro fôlego.

— Quer saber uma coisa? Faz o que você quiser, só pare de me machucar.

Jake se mexeu como se eu tivesse batido nele, mas depois sua expressão voltou ao normal. Bem, um pouco.

— Desculpa — ele pediu baixinho, realmente arrependido.

— Como eu disse Jake, não tem problema, só pare de ser um bastardo egoísta.

E com isso me tranquei no banheiro, troquei de roupa e, depois de tomar um chocolate quente – meu segundo já, num dia – eu fui deitar, sem olhar novamente para o Jake.

Dois dias depois eu estava de cama.

Eu estava com 39,7ºC de febre, não conseguia respirar direito, e parecia que minhas pernas eram feitas de gelatina. Ah, e minha voz saia mais rouca que sabe-se Godzilla porquê, provavelmente tinha alguma relação com o fato de minha garganta doer tanto que parecia que tinha um caminhão na minha goela.

Eu estava tão doente, que duvidava que estava doente. Eu definitivamente estava mais doente que uma pessoa doente.

Ash e Allan iam me visitar duas vezes por dia, Yuki ligava de uma em uma hora, Derek foi me visitar uma vez e Pernil ficou falando comigo pelo What’s Upp.

Ah, e Jake virou minha enfermeira.

Nada mais do que justo, visto que eu peguei essa porra dessa gripe por culpa dele.

— Você precisa de mais alguma coisa?

— Eu preciso que você seja atingido por um trator — disse enquanto tremia debaixo das cobertas — e que depois mais uma dúzia de carros passem por cima.

Ele sorriu, mas não disse nada. Ele não rebatia meus comentários hostis o que me fazia falar mais ainda, tentando liberar minha raiva pelo outro dia.

Assoei o nariz pela décima vez em uma hora e soltei um grunhido. Como é horrível ficar doente.

— Eu fiz uma sopa de legumes, e comprei pastilhas para sua garganta. Você pode chupá-las depois que tomar o remédio para a febre.

— A única coisa que quero chupar é o seu sangue por um canudinho, depois de você passar por um triturador de carne gigante.

— Vamos, vamos tomar sua sopa.

Sim, eu sei que ele estava sendo gentil e eu estava provavelmente sendo má com ele, mas minha raiva era muito grande. Juntando o fato dele ter me tratado friamente por semanas, por ter me deixado passar aquele sufoco e por eu ter ficado doente, formava uma bomba de irritação.

Depois de tomar minha sopa e meu remédio, eu fiz inalação, por mais que eu brigasse com Jake, falando que inalação era igual a nada pela quantidade de catarro que eu tinha. E chupei umas duas pastilhas de menta para a garganta.

Allan pouco tempo depois trouxe mel e gengibre, alegando que se eu fizesse chá com aquilo, iria melhorar.

Jake fez o chá e discutimos por mais uns dez minutos para eu perder a batalha de argumentos novamente fazendo com que eu tomasse a porcaria do chá.

Ele sentou-se ao meu lado da minha cama.

— Precisa de mais alguma coisa? — ele perguntou suavemente.

Eu queria dormir, mas não conseguia. Então tive uma ideia.

— Conta uma história?

— Sério? — ele perguntou arqueando uma sobrancelha.

Assenti com a cabeça. Ele tomou um fôlego e começou a contar uma história.

Senti o sono me invadir e eu ficar naquele estado “dormindo acordado”. Poucos segundos depois senti Jake me beijando na testa.

— Eu realmente sinto muito, Chi. Bons sonhos.


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Notas finais do capítulo

*Eufemismo para quem não sabe/lembra é uma figura de linguagem utilizada para "amenizar" uma sentença ou situação. Por exemplo, ao invés de falar que uma pessoa morreu, você fala que ela foi viver com os anjos...Tipo isso...
Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=bx0XjdzDS0Y
Essa música gente, é um vídeo que alguém fez de um livro chamado "A Corrida de Escorpião", é um EXCELENTE livro, quem quiser, depois tente dar uma olhada ;)
Byebye



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