Quando o amor é bem mais que apenas uma emoção... escrita por SpyroForever


Capítulo 1
Capítulo único - O amor SIM, pode romper barreiras


Notas iniciais do capítulo

Uma história que decidi fazer após assistir um vídeo sobre a bela e a fera. Espero que gostem...



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Uma linda camponesa, Melanee, estava, como sempre, indo para o mercado de sua cidade, após acordar. Todas a conheciam como a menina mais linda da cidade. Todos os homens a desejam, mas não há tinham.

A menina, de 15 anos, realmente era muito bonita. Possuía um corpo realmente escultural, além de sua inteligência invejável. E era feliz, muito feliz mesmo. Vivia com sua mãe, pois seu pai havia morrido ainda quando ela era criança. Na escola era excelente. Era uma menina realmente magnífica.

Esse dia estava tudo indo completamente normal. Melanee foi até o mercado e comprou o café da manhã dela e de sua mãe. Ao voltar para casa, sua mãe ainda estava dormindo, mas ela compreendia completamente o cansaço de sua mãe, pois ela trabalhava duro para trazer o pouco de dinheiro que tinham. Ela então começa a pôr a mesa para sua mãe. Ao terminar ela vai até o quarto de sua mãe e a chacoalha.

-Mãe? Mãe, acorde para tomar café!

-Uh? M... Melanee? Você pôs a mesa? –Ela pergunta e dá um pequeno sorriso. –Obrigada meu anjo. Pode ir lá. Vou me trocar e já estou indo.

-Tudo bem. Vou esperar você então. –Melanee diz sorrindo saindo do quarto e indo para a cozinha novamente.

Não demorou muito para sua mãe chegar à mesa. Melanee não havia tocado na comida, esperando sua mãe. As duas comem conversando felizes, como sempre. Mais um dia normal na vida das duas.

Sua mãe logo foi trabalhar, deixando Melanee em casa. Era sábado, assim Melanee não tinha aula. Ela amava ficar passeando pela floresta que lá perto havia. Era um lugar que a fazia feliz, vendo todas aquelas flores e pacíficos animais. Então pegou sua mochila com alguns lanches para ela comer na floresta.

Colocando seus sapatos ela sai da casa e a tranca. Ajeitando sua mochila nas suas costas, ela começa a andar para a floresta, feliz e saltitante como sempre.

Chegando lá ela logo começa a colher suas flores que sempre levava para casa. Tulipas, rosas, petúnias e narcisos, nenhuma escapava. Ela colocava todas em uma cesta de palha que havia levado.

Por horas ela ficou na floresta, até que olha em seu relógio de pulso e decide voltar para casa. No meio do caminho, ela ouve um barulho atrás dela de algum galho se quebrando, mas, ao virar sua cabeça para ver o que era, sem para de andar, ela não percebe um galho grosso na sua frente e bate a cabeça, caindo no chão com força, batendo a nuca no chão e desmaiando.

Antes de desmaiar, porém, ela consegue ver alguma coisa olhando para ela em cima de sua cabeça, mas não conseguia saber o que era aquilo, pois sua visão estava confusa e desfocada.

Duas horas, já de noite, Melanee finalmente acorda sentindo uma forte dor na cabeça, porém, não estava mais na floresta. Ela olha em volta e percebe que estava em uma caverna escura. Ela estranha muito e toca onde estava doendo em sua cabeça. Ela se assusta em sentir uma faixa lá.

-O que é isso? –Ela pergunta para si mesmo quando leva um gigante susto.

-Você acordou. Que bom. –Uma voz diz a partir de uma parte mais escura da caverna.

Melanee dá um pequeno pulo no mesmo lugar e olha para a origem da voz. –Quem está aí? –Ela pergunta muito assustada.

A voz fica quieta por um certo tempo até quebrar o silencia. –Tudo que tem que saber é que eu não irei lhe machucar. Você está melhor?

Melanee aperta as sobrancelhas e toca na sua cabeça novamente depois de um tempo. –Está doendo um pouco ainda. Foi você que fez isso?

-Sim. Eu vi você batendo a cabeça. Estava um grande calo aí. Eu tinha algumas ervas que diminuem o inchaço aqui e passei na sua cabeça. Também tampei com essas ataduras aí.

-Obrigada. –Melanee diz sorrindo um pouco e então olha para a abertura da caverna e quase surta. –Meu Deus! Está muito tarde! Preciso ir para casa! Minha mãe já deve ter chego e deve estar preocupada!

-Não! Você não está muito bem ainda. Talvez daqui alguns minutos você já possa ir.

Melanee olha novamente para as sobras apertando os olhos para conseguir ver, mas ela apenas vê um vulto preto no meio das sombras, que, ao perceber que ela estava tentando o ver, se encolheu para ficar irreconhecível. –Por que está se escondendo? Quem é você? Você mora onde?

A voz fica em silêncio novamente. –Eu moro aqui, nesta caverna. Eu estou me escondendo, por que se você ver o que eu sou você irá correr com medo.

Melanee estranha bastante. –Oque? Agora eu estou ainda mais curiosa! Quem é você?

Após mais algum tempo em silêncio a voz diz. –Meu nome é Íbaf.

-Íbaf? Nossa! Que nome estranho! –Melanee dá uma pequena risadinha.

A voz também ri um pouquinho. –Qual é o seu?

Melanee sorri. –Só falo se você sair daí.

Novamente o silêncio se apodera da caverna. Por vários minutos a cena fica imóvel.

-E então?

-Você jura que não vai fugir? –A voz pergunta em um tom meio sofredor.

-Juro. Então... Você vai aparecer? –Melanee pergunta e se senta no chão direito.

-A... Acho que sim... Bem... Eu lhe imploro para não fugir. –Ele diz e começa a dar passos na direção de Melanee.

-Eu não vo......... –Melanee começa a dizer mas para assim que vê o que a voz realmente era. Ela fica completamente petrificada ao ver aquela criatura na frente dela. Seus olhos se arregalam e ela começa a se arrastar para trás, realmente morrendo de medo.

A criatura era um dragão, porém jovem, do tamanho de Melanee, mais ou menos. Ele era Esmeralda e sua barriga, chifres e asas tinham o vermelho mais brilhoso que se podia enxergar.

Ao ver que ela estava com medo e se afastando ele olha para baixo. –Viu? Eu te disse que você não iria querer me ver. Vá em frente. Fuja. –Íbaf diz e da meia volta para voltar para as sombras.

Ao dar a meia volta, a cauda de Íbaf fica bem próximo de Melanee. Ela olha para a cauda e estende sua mão, encostando nela e deslizando sua mãe por ela. –V... Você é um...

Íbaf para no instante que sente a mão de Melanee em sua cauda. Ao ouvir as palavras ele olha para ela virando apenas seu pescoço. –Um dragão? Sim, eu sou um dragão. Você não vai fugir?

Melanee olha para o rosto de Íbaf e sorri um pouco. –A... Acho que v... você não vai me machucar. Afinal, se você me enfaixou, por que me machucaria?

-SÉRIO?! –Íbaf vira abruptamente para Melanee e a assusta muito, fazendo-a dar um pulo para trás. –Err... Desculpe.

Melanee olha para Íbaf e ri um pouco. –E... Está tudo bem. Meu nome é Melanee. Eu nunca pensei que dragões existiam.

-Isso porque não queremos ser descobertos. Mas eu não podia ter te deixado lá para morrer, sabe. Prazer em te conhecer, Melanee.

-Prazer em te conhecer também, Íbaf. Agora eu sei por que seu nome é estranho. Quantos anos você tem?

-15. –Íbaf responde e senta no chão na frente de Melanee..

-Eu também! Nossa! Que coincidência! –Melanee diz não tirando os olhos do rosto de Íbaf. –Errrr... Eu posso tocar em você?

Íbaf dá um risinho. –Está perdendo o medo rápido, que bom. Nunca tive companhia aqui. Claro que pode. –Ele diz e aproxima sua cabeça de Melanee.

Ela olha para ele e, hesitante, estica sua mão e encosta na testa de Íbaf. Depois de tocá-lo ela começa a movimentar sua mão e acaricia-lo. –isso é demais!

Íbaf fecha os olhos e começa a ronronar.

Melanee arregala os olhos e olha para ele. –O que é isso? Você ronrona igual gato?! Que fofo!

Íbaf abre os olhos e cora para ela. –Hehe... nunca recebi uma carícia na minha vida. Ainda menos de um humano.

-Nunca? Uau... isso é muito tempo. E eu também nunca acariciei um dragão antes. –Melanee diz e olha em seu outro braço para o relógio. –Minha mãe realmente deve estar preocupada...

Íbaf ergue o olhar para ela. –Deixa eu ver a sua cabeça. Vem aqui, abaixa.

Melanee engole em seco e abaixa sua cabeça. Íbaf toca com uma de suas garras na cabeça dela e ergue o curativo. Então ela dá uma pequena risada.

-É... essas ervas sempre funcionam! Está certo, você já pode ir. Errr... Você vai voltar?

Melanee olha para ele e sorri assentindo. –É claro que vou. Amanhã mesmo eu vou vim, você vai ver. E... mais uma coisinha... –Melanee se levanta e beija a ponta do focinho de Íbaf.

Íbaf da um pulinho de surpresa e olha para ela, sorrindo. –S... Sua mochila e sua cesta de flores e... estão ali. –Ele aponta com a asa para a direita sem tirar os olhos dela.

Melanee da um risinho e vai pegar sua coisas. –Gostou do beijo, uh dragão safado?

Íbaf deita no chão e cobre sua cabeça com as asas. –D... desculpe Melanee.

-Desculpe por oque? –Melanee pergunta erguendo sua cesta do chão e indo até Íbaf. –Você até que é bonito. –Ela diz pegando um narciso de sua cesta.

Íbaf olha para ela com o rosto realmente muito vermelha de pura vergonha. –O... Oque? Errr... E... Eu... errr... obrigado, eu acho... V... Vôce t...t...t...t...também é m...m...muito b...bonita. –Íbaf diz e esconde seus olhos.

Melanee ri um pouco e o beija no focinho novamente. Então ela coloca o narciso entre o chifre de Íbaf e vai embora, sorridente. –Até amanhã dragão safado!

Íbaf cai no chão com sua parte dianteira olhando para Melanee com sua parte traseira levantada. –Até amanhã, Melanee. –Ele diz sorrindo para ela.

Melanee volta para casa, já sem o curativo para não precisar explicar para sua mãe o que era aquilo. –Mãe? Já está em casa?

Para sua alegria, sua mãe ainda não havia chego, assim não precisaria mentir sobre sua tarde. Ela então vai para seu quarto e abre seu notebook quase instantaneamente após colocar sua mochila na cama e tirar um dos lanches e começar a comer.

Ela começa a pesquisar tudo sobre dragões, mas todos os sites que ela lia dizia que eram criaturas místicas. Ela começa a pensar em falar sobre seu encontro, mas então lembra o que Íbaf havia falado para ela.

-Não... não vou fazer isso. –Ela então fecha o notebook e arruma sua cama para deitar.

Ela não para de pensar em Íbaf. O que estava acontecendo com ela? Ela nunca sonharia em encontrar um dragão, ainda mais porque ela nunca tinha nem imaginado se eles existiam ou não, para ela não fazia importância. Mas, pensar em Íbaf fazia ela sentir um calor dentro de si que ela nunca sentira antes. Será isso amor?

Então ela adormece e, adivinha! Sonhou com Íbaf. Sim... talvez ela realmente estivesse amando pela primeira vez. Quem sabe? Era bem possível, pois ela estava esperando por alguém certo. Uma alguém que fosse gentil com ela, e não que só quisesse a amizade dela por ela ser bonita. Pela primeira vez ela precisou falar que alguém era bonito para que ele falasse o mesmo, e isso a encantava. Mas... será que Íbaf sentia o mesmo por ela? Essa é uma questão difícil, pois o AMOR é difícil.

Assim que amanhece, o celular de Melanee desperta às 7:00 da manhã e ela simplesmente pula da cama, toda disposta e feliz com o sonho que teve. Ela vai até o banheiro, penteia o cabelo, escova seus dentes e se troca, colocando sua roupa que ela poderia sujar sem problemas.

Então, Melanee vai até a cozinha com sua mochila e faz oito sanduíches de presunto e queijo e colocando cada um em um saquinho plástico, dentro da mochila.

Após isso ela deixa o café da manhã preparado para sua mãe em cima da mesa e um bilhete avisando que ela iria para a floresta. Antes de sair ela lava a pouca louça que havia na pia e a guarda, enxugando-a, pois sabia que sua mãe tinha que trabalhar e não teria tempo para fazer nada além de se arrumar e comer. Sim! A mãe de Melanee trabalhava domingos.

Depois disso ela joga sua mochila nas costas, pega sua chave da casa e sai, correndo para a floresta. Como era domingo, quase ninguém estava na rua, e sim em suas casas, dormindo, pois ainda eram 8:00 da manhã. Melanee estava muito entusiasmada para saber se o que tinha vivenciado no dia anterior era realmente verdade.

Após cinco minutos correndo na floresta ela encontra a caverna, escondida por entre os cipós e vinhas que brotavam do chão e caíam das árvores acima da caverna. Ela respira funda, ajeita sua mochila e entra na caverna. –Íbaf?

Ao adentrar ela vê um pequena “rocha verde com asas” no chão, se movendo repetidamente para cima e para baixo. Ela sorri ao perceber que oque ela havia vivenciado era real.

Então ela começa a se aproximar devagar de Íbaf e o assusta, gritando. –ACORDA SEU DORMINHOCOOOOO! –Ela grita bem perto dele.

Íbaf acorda na hora em um pulo de susto. –AHHHH! MAS O QUE É ISSO?! Você está louca M......... MELANEE! VOCÊ VEIO! –Ele sorri para ela e dá um passo mas se contém.

Melanee percebe o que ele iria fazer e abre os braços. –Venha! Pode vim!

Íbaf cora um pouco e a abraça com a asas e com uma das patas envolvendo suas costas, colocando sua cabeça por cima do ombro esquerdo dela. –Você veio cedo.

-Eu sei. Estava ansiosa. –Ela diz e o abraça em resposta.

Íbaf ri e para de a abraçar para a olhar. –Depois eu que sou safado! Ele diz e se afasta dela.

Melanee arregala os olhos e então sorri. –Você é metidinho a espertinho, uh?

Íbaf balança sua traseira, levantando e abaixando sua cauda. –O que posso fazer... Esse é meu charme. –Ele diz estufando o peito e dando um grande sorriso para Melanee.

Ela ri bastante e tira a mochila das costas. –Eu trouxe alguns lanches para comermos. Você quer?

-Sim, obrigado. –Íbaf diz sentando no chão ao se virar para Melanee novamente. –O que temos para o café da manhã?

Melanee chega mais perto de Íbaf e senta no chão. –Sanduíches de presunto, queijo e manteiga. Eu mesmo que fiz. –Ela diz e retira os lanches.

-Mhhh... Parecem deliciosos! –Íbaf diz lambendo seus lábios.

-Você é tão fofinho! Haha! –Melanee diz e entrega um sanduíche para ele.

Íbaf olha para ela e sorri, pegando o sanduíche. –Fofo? Eu? Haha! –Íbaf deita no chão e rola no chão, ficando de ponta cabeça olhando para Melanee. –Não sei do que você está falando. –Ele diz ironicamente mordendo o lanche.

Melanee olha para ele e ri bastante. –Meu Deus. Você é tão bonitinho! –Ela fala e morde o lanche.

Íbaf pisca um olha para ela sorrindo. –Sou encantador, uh? Hahaha! Brincadeirinha. Gosto de ficar assim, menos quando estou comendo. –Ele diz rolando novamente e ficando deitado normal. –A comida desce estranho.

-Devo imaginar. Mas você fica muito fofo daquele jeito. Da vontade de te abraçar e apertar. –Ela diz e da outra mordida.

-Fique a vontade! Hahaha! Você é muito engraçada! Tive sorte de a primeira humana de conhecer ser você. –Ele fala e morde seu lanche novamente.

-Eu que tive sorte de te encontrar. –Melanee diz e acaricia a cabeça de Íbaf novamente.

Desta vez Íbaf sorriu e retribuiu a carícia com uma lambida no rosto dela. –Você é especial, Melanee. Huhu... Gosto de você.

Melanee cora um pouco com aquilo. –Você... bem... não preciso nem falar. Você é muito especial também, Íbaf. Errrrr... E bonito. –Ela cora um pouco mais.

Ele olha para ela e cora. –Você também é muito bonita. Acho que você deve ouvir isso o tempo todo... Mas é verdade. –Ibaf diz e a lambe novamente, mas na bochecha desta vez.

-Mas nenhum deles é tão carinhoso como você. –Ela diz olhando para seus magníficos olhos verdes.

Íbaf olha para ele juntamente e os dois ficam se encarando, corados, por um longo tempo até que Íbaf desvia seu olhar de Melanee para a diagonal direita, para o chão, sorrindo ainda corado. –N... Nossa. Que estranho.

Melanee ri um pouco. –Realmente foi bastante estranho, mas... foi bom. Você é amoroso. Você é sempre assim?

-É meu jeito de ser. Por que eu não iria ser? Gosto de dar quanto a receber carinho. –Íbaf diz sorrindo para Melanee.

Melanee olha para ele e senta no chão, assim como ele. Mas sua atenção é chamada para algo de estranho nele. –Errrr... V... errrr... V.... Você é m... m... macho ou fêmea?

Íbaf leva um choque ao ouvir tal pergunta. –Macho claro! Por que? Você ainda tinha voz com a minha voz?

Melanee olha para o lado e fecha os olhos, corada, apontando para entre as pernas traseiras de Íbaf.

Íbaf olha para baixo e ri um pouco. –Eu sou um réptil, esqueceu? –Então ele cora. –E por que você olhou para cá, safada?

Melanee cora ainda mais e aperta os olhos, meio que sorrindo. –Desculpe. S... São apenas dúvidas que eu tenho.

-Todas são estranhas como essa? –Íbaf pergunta se deitando para evitar mais algum olhar desagradável.

Melanee olha para ele novamente e ri um pouco. –Não. Eu tenho uma pergunta que não sai da minha cabeça.

-Vá em frente! Pergunte! Err... Pode me dar outro lanche? –Ele pede sorrindo um pouco.

Melanee assente e o entrega. –Como é sua boca? Quero dizer...

Antes que Melanee acabasse de falar Íbaf abri sua boca e aproxima dela. –Assim.

Melanee escancara os olhos ao ver todos aqueles dentes afiados e o fundo de sua garganta. –U... Uau! I... Incrível! Quantos... hahaha.... quantos dentes.

-Sou mais carnívoro que herbívoro! Somos onívoros, mas temos preferencias. A minha é carne. Inclusive... está muito bom esse lanche. –Ele diz mordendo um pedaço.

Melanee sorri. –Obrigada.

-Quanto tempo você vai ficar aqui hoje? Vai ficar mais que ontem, né?

-Por que está perguntando isso? –Melanee pergunta pegando outro lanche para ela

Íbaf olha para o chão. –É porque eu nunca tenho companhia aqui. E... hehe... eu gosto de você. –Ele sorri ainda olhando para o chão.

Melanee olha para ele e coloca sua mão abaixo da boca. –Seu fofo. Também gosto muito de você. Você é muito agradável comigo, diferente de certos idiotas da minha escola. –Ela diz e revira os olhos.

Íbaf lambe o braço dela que estava o segurando. –Pode dormir aqui?

Melanee arregala os olhos. –Que? Errrr... eu... eu não sei se...

-Ainda está com um pouco de medo de mim, né? Tudo bem. Eu...

-Não! Não é isso não! É que eu não posso falar para minha mãe sobre você! Pelo menos ainda não. E não gosto de mentir para ela.

-Fale que você vai acampar, então. Não esta mentindo, apenas Omitindo. –Íbaf dá ênfase no “O”.

Melanee pensa por algum tempo e então sorri. –Tudo bem... Vou tentar. Acho que ela deixa.

-Oba! Legal! Errr... Só não tem uma cama aqui para você... –Ele diz e coça a nuca.

-Não tem problema. Irei dormir aqui por você, não por uma cama seu dragão bobinho.

Íbaf coloca sua língua para fora da boca de lado. E semicerra os olhos.

Melanee olha para seus olhos, cheios de imponência e carinho ao mesmo tempo. –Íbaf...

-Melanee... –Íbaf diz olhando-a nos olhos sedutores e amorosos.

Ela começa e aproximar sua cabeça da dele e ele da dela até entortarem-nas e abrirem ligeiramente suas bocas, fechando os olhos, e pressionando-as um no outro, em um beijo único.

Íbaf a beija carinhosamente e se atreve a, devagar, colocar sua língua dentro da boca dela.

Porém, assim que sua língua toca na dela, os dois abrem os olhos simultaneamente, realmente muito corados, e olham um para o outro nos olhos. Íbaf desfaz o beijo e corre para o canto da caverna, se escondendo nas sombras novamente. –P... Perdoe-me, M... Melanee.

Melanee estava espantada com oque acabara de acontecer. Era seu primeiro beijo, e tinha sido com um dragão! Ela toca na sua boca com um dedo e então olha para Íbaf nas sombras. –Í... Ibaf. P... Por que correstes? Não há nada para o que se perdoar.

Íbaf olha para ela curioso com o que ela estava falando. –Uh?

-Venha. E... Eu queria fazer isso. Não t... tem com oque se desculpar. –Ela estende a mão para ele.

Íbaf arregala os olhos e sorri, se levantando. Indo para ela, Íbaf não tirava os olhos dos olhos dela. –E... Eu acho que... Errrr... Acho que te amo, Melanee......

Melanee arregala os olhos para Íbaf e então sorri. –Finalmente alguém disse isso para mim de forma certa. Íbaf, VOCÊ é o homem que eu sempre desejei. Eu também te amo! –Ela diz andando de encontro a ele.

Os dois coram assim que chegam perto um do outro, se encarando nos olhos um do outro, devido suas alturas serem as mesmas. Íbaf envolvem as costas de Melanee com as asas e a baija novamente, mais carinhosamente quanto antes.

Melanee sorri ao ser beijada e retribui o beijo, ainda com uma carícia no pescoço de Íbaf.

Depois de alguns minutes Íbaf rompe o beijo novamente e corre para um lugar escuro da caverna. Melanee pôde perceber que ele estava procurando algo dentro de um baú ou coisa do tipo. –O que é que........ Ai meu Deus!

Assim que acha Íbaf vira para ela e anda para ela com uma aliança de ouro na pata, e outra na outra.

Melanee arregala os olhos ao ver aquilo, Ela coloca as duas mãos no rosto, tampando a boca e o nariz e fazendo suas lágrimas descerem por elas.

Íbaf, todo pomposo, vai até ela e senta no chão. –Melanee. Você... Você quer ficar junto a mim pela eternidade? –Ele pergunta tão carinhosamente quanto pôde.

Melanee estva petrificada no lugar, olhando para a aliança que Íbaf estendera. Por fim ela começa a soluçar chorando e abre um imenso sorriso. –Sim! Eu quero sim! –Ela diz e se joga nele, o beijando novamente.

Íbaf sorri muito e a beija em resposta. Então ele desata o beijo e segura a mão dela com uma das patas e coloca a aliança em seu dedo anelar. –Melanee... Obrigado por bater a cabeça naquele galho. Hahaha.

Melanee ri também e pega a outra aliança. Então ela olha para a pata de Íbaf. –Uhhh... Onde é que...

Antes de ele terminar Íbaf inclina a cabeça. –Em um dos meus chifres. –Ele responde.

Melanee sorri e então coloca a aliança no chifre esquerdo de Íbaf. De repente uma questão vem em sua mente. –Somos marido e mulher, agora... bem... podemos ter filhos?

Íbaf ri um pouco e a lambe no pescoço. –Na hora certa, sei que Deus irá nos conceder tal honra.

Melanee sorri para ele e o beija novamente, acariciando seu corpo musculoso e escamoso. –Quero ficar com você para todo o sempre, meu amor.

-Assim como eu meu mel. –Íbaf diz abraçado nela com o seu corpo encostado nela.

E assim se seguiu a história de Melanee e Íbaf. Por um pequeno ato, o amor verdadeiro deles apareceu. Eles realmente ficaram juntos para sempre. Tiveram uma família. Melanee ensinou costumes humanos para Íbaf e ele ensinou tudo sobre os dragões para ela. Esse casal superou coisas incríveis para ficarem juntos, mas o seu amor um por outro pôde superar qualquer coisa. Seus filhos são saldáveis, dois ao total, um casal. Estudaram na mesma escola que Melanee estudou, embora fossem meio dragões. Porém, suas escamas ficavam escondidas por baixo de suas peles, assim, ninguém sabia o que eles realmente eram.

A mãe de Melanee conheceu Íbaf. Ficou com muito medo dele a princípio, mas depois agradeceu aos céus por sua filha ter escolhido um companheiro tão bom. Ela começou a gostar muito de Íbaf, e, o colocou no testamento. Quando morreu, passou o pouco dinheiro, a casa e os móveis que tinha para o casal.

Viveram felizes? Sim. Muito felizes. Brigaram? Pfff... Raro! O amor deles não os deixavam entrar em discussão. Sempre que alguma coisa ruim estava acontecendo eles ficavam cada vez mais juntos e consolavam um ao outro, assim, o stress não era tão grande a ponto de causar algum problema.

Esse é um grande exemplo que o amor, o VERDADEIRO amor, pode superar fortalezas e muralhas, e ainda assim, sem nenhum arranhão sequer, destroçar todas as dificuldades até virarem pó.


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Notas finais do capítulo

Eu gostei de escrevê-la... espero que tenham gostado de lê-la...



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