A Garota do St. Agnes - SkyeWard Part II escrita por Jessyhmary


Capítulo 12
Primeiro Encontro


Notas iniciais do capítulo

Amores, sorry pela demora com essa fic... É só que as ideias para a outra fic "Inconscientemente" fluíram muito rápido, então eu não havia tido tempo pra
terminar esse capítulo... Mas... Aqui está ele! Espero que curtam :)

#BoaLeitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/489247/chapter/12

– O que raios se pede nesse lugar, Ward? Eu não estou conseguindo ver letras nesse cardápio.

– Você confia em mim? – Ele me olhou com o canto do olho, deixando-o semiaberto.

– Contanto que não me faça comer olhos de gnu, vá em frente.

– Olhos de gnu? De onde tirou isso, Skye? – Ele não conteve o riso.

– Eu não sei... Devo ter visto isso em algum programa de TV. – Ele fez uma cara de nojo – Cara, eu passei dias sem conseguir olhar pra uma almôndega. Ou qualquer olho humano. – Dei uma pausa, olhando pra ele por cima do cardápio, que por sinal estava segurando só mesmo de enfeite. – Isso não é coisa para se colocar em um orfanato! Olá! Tem crianças ali! – Ele só olhava pra mim, colocando uma das mãos na cintura e sorrindo da minha indignação repentina. – Acho que eles faziam aquilo pra gente não achar tão ruim a comida que serviam lá. Depois de ver olhos de gnu cozidos, nunca mais reclamei daquelas almôndegas... Eca!

– Eu não vou pedir olhos de gnu. Até porque nem mesmo servem isso aqui. Estamos na Rússia e não na Namíbia.

– Ótimo. Pode pedir qualquer coisa. Como eu sei que não tem hambúrguer, não vou nem tentar adivinhar o que é.

– Relaxa, eu sei o que estou fazendo.

– Vá em frente, super-espião. – Ele chamou o garçom e eu fiquei muda do outro lado da mesa.

– пор фавор Я хочу филе по-киевски курицы. И служить может что же с самое ней, просто меньшим с гороха. Она не его любит.

– É o que? – Não havia entendido um ó com uma quenga

– O quê o quê?

– Não se faça de desentendido! O que você pediu pra mim?

– Olhos de...

– Ward! – Ameacei levar as mãos à boca.

– Supremo de frango a la Kiev. – Ele disse finalmente, dando fim ao embrulho que já começava a se formar no meu estômago – E pedi para diminuírem a quantidade de ervilhas.

– Que atencioso. – Alisei o seu rosto com o dorso da mão, percebendo que ele não havia se barbeado pela manhã.

– Eu apenas sei do que você gosta.

– Só algumas coisas.

– Como assim algumas coisas? – Ele fez uma cara de dúvida.

– Nós não tivemos tanto tempo assim, Ward. Não tivemos tempo pra “namorar” ou ter um encontro decente... Tecnicamente esse é o nosso primeiro encontro.

– É verdade. – Ele observou – E pode ser o nosso único por um bom tempo.

– Sei lá, não era nada especial. Nada como “Eu gosto de tocar fogo nas coisas...” ou algo do tipo.

– Sua imaginação é muito férti, sabia?

– Sim. Sempre fui assim. – Sorri, enquanto via os seus olhos me analisarem completamente – Estou feliz que tivemos um tempo junto. Só nós dois.

– Eu também, Skye. – Ele segurou minhas mãos, envolvendo-as – Tenho que ser honesto com você. – Ele deu uma pausa, parecendo um pouco tenso. – Antes de nós dois... Tipo, antes de Fitz-Simmons nos empurrarem um para o outro – Ele sorriu levemente, deixando um pouco da tensão se esvair pelo ar – Eu e May... Ficamos em Dublin.

– Vocês o quê?!

– Tinha aquele bastão Berserker... E eu... Ela também... – Ele começou a gaguejar e eu fiquei com pena, dando fim àquela tortura.

– Eu sei, Ward. – Dei uma risada – May me contou tudo.

– Ela o quê?!

– Me contou tudo... Simples assim.

– Como? Quando? Por quê?

– Sei lá, faz uns três meses... Logo que ela viu que estávamos ficando mais próximos um do outro. Ela só quis deixar tudo às vistas, ela não queria que eu arranjasse problemas com você.

– Tá bom, mas... Ela podia ter me avisado, né? Porque eu pude ver você arremessando esse cardápio na minha cabeça. – Sorrimos.

– Господи, вот она. – O garçom chegava com a nossa comida.

– спасибо – Ward pronunciava o que parecia ser um “obrigado”.

– Мисс, ваш заказ. – O garçom colocou meu prato em frente a mim.

– “Spasibo” – Tentei imitar foneticamente a palavra que Ward tinha dito ao garçom, o que o fez cair na risada assim que o outro deu as costas.

– “Spasibo”? Não foi assim que eu pronunciei! O “s” precisava ser mais acentuado...

– Dá um tempo que eu sou só a garota do Hack. E não tem “s” nessa palavra, porque isso não são letras! Nem mandarim é tão complicado assim! E o super-espião aqui é você. – Aproximei-me dele, dando-lhe um breve beijo – Chega de conversa, vamos ver se isso é mesmo tão bom assim.

– Vamos comer.

Até que a comida não era assim tão ruim... Na verdade não tinha nada de especial. Poderia facilmente ser confundido com um prato qualquer ou uma ave temperada de outro jeito, no máximo. Saímos do restaurante e estranhamente agimos como um casal de namorados qualquer: passeamos na calçada de mãos dadas – O que era algo simplesmente inédito – E conseguimos dar uma volta no parque, embora tenha sido um trabalho enorme convencê-lo a ir na montanha russa. Parecíamos dois adolescentes rindo das pessoas e daquelas roupas que estávamos usando. Nunca estive tão perto de parecer um coala. – Ele disse que estava mais para um guaxinim e passamos exatamente meia hora listando as semelhanças e diferenças entre eles – Nunca imaginei que nós dois poderíamos nos dar tão bem assim em algum momento da vida, então simplesmente foi o primeiro encontro mais adorável que poderíamos ter tido.

Já passava das onze da noite quando pegamos o carro e nos dirigimos para o hotel, estava tudo calmo naquelas enormes avenidas que reluziam seus prédios, suas luzes e semáforos a todo instante, fazendo meus olhos arderem um pouco. Ward dirigia um pouco sério, mas era apenas o jeito como ele ficava quando estava no volante. Parecia até estar em missão. Eu estava ao seu lado, de pernas cruzadas, comendo meio saco de rosquinhas que Fitz-Simmons haviam esquecido no banco de trás. Ward disse que era nojento e que eu não sabia quanto tempo aquilo estava ali, mas eu tinha visto Fitz-Simmons esquecerem esse saquinho há algumas horas atrás, então estava tranquilo. Chegamos rapidamente ao hotel e decidimos falar com Coulson só no dia seguinte, pela manhã mesmo. Seria o nosso último dia no Bus por algum tempo indeterminado e a única coisa que existia na minha cabeça eram interrogações.

Quando decidi ir com James, não havia pensado muito em mim ou na falta que eu sentiria da minha equipe e daquele lugar por algum tempo. Percebi que aquela noite ficaria marcada por várias razões e isso me deixou um pouco pensativa. Ward trocou de roupa e eu permaneci com meu vestido branco, suave e confortável, estava muito desatenta para pensar no que vestir. Já ele, que sempre saía de terno não sei o porquê, resolveu ficar um pouco mais a vontade. Deitei-me sobre o seu peito com a mesma inquietação mental de minutos atrás, meu sistema simplesmente havia estacionado no fato de que eu finalmente conheceria tudo aquilo que procurei a vida toda.

– No que você está pensando? – Ele alisava meu cabelo, enrolando algumas mechas com os dedos.

– O de sempre. – esbocei um sorriso.

– Nós vamos ficar bem.

– Eu sei. Só é meio louco ainda.

– É... Asgard, Thor, Iduna... É muita coisa pra se digerir. Mas eu vou com você. Não deixarei nenhum mal te acontecer. Eu daria a minha vida se fosse preciso. Eu... – Ele segurou meu rosto, olhando nos meus olhos. – Eu te amo.

Eu te amo”. Ele realmente disse isso? É impressão minha ou eu não consigo sentir minhas pernas? O que raios esse cara fez comigo? Eu costumava ser menos boba, mas ele conseguia trazer-me de volta a esse estado de admiração e inocência, envolvendo-me nos seus braços, naqueles braços que eu já conhecia tão bem... Como eu poderia negar-lhe um beijo ou um sorriso? Se aqueles olhos negros, tão negros quanto um corvo conseguiam me arrastar para a mais profunda luz? É claro que eu o amava. Estava absurdamente óbvio que eu o amava.

– Eu também amo você – Falei quase sussurrando, ficando sem voz.

– Eu nunca vou deixar você. – Ele disse, segurando o meu rosto com as duas mãos, como se eu fosse fugir dele a qualquer momento. – Ninguém vai tirar você de mim, eu prometo.

Ele me beijou, conseguindo assim calar todos os meus medos. Aquela altura, eu já sabia que nada seria capaz de estragar a noite. Sem medos, sem pesares, sem preocupações. Só eu e ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*__* #SkyeWard



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Garota do St. Agnes - SkyeWard Part II" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.