15:00 – Saint Joseph Academy

Mateus: olha só, todo mundo já tem seus grupinhos malditos. Só falam entre si, dividem coisas entre si e o resto, e nós... que se foda.

Drake: larga de ser dramático Mathias.

Mateus: não vai parar com essa porcaria?

Drake: curte a tarde cara! Quer ir atrás da moreninha que esbarrou com você?

Mateus: até que não é má idéia...

Drake: então vamos... – logo, Drake esbarrara no vice-diretor da academia, que carregava um copo de café bem quente, além de se sujar o terno favorito, se queimou.

– sua peste! Volte aqui! – saiu correndo atrás do rapaz, Mateus bem atrás seguiu os dois.

...

Luana: e você procura o quê num menino? – olhou para a “amiga” que estava lendo seu livro, ignorando-a completamente – ei! Me dá isso! Chega de ler, já aprendeu bastante português, ou sei lá em que língua tá esse livro. Vamos socializar!

Gabriela: não obrigado, não me dou bem com pessoas.

Luana: sem problemas! Eu te ensino como.

Gabriela: não adianta, nem tente... – uma figura ninja fazendo parkour de todas as direções possíveis esbarrou em Gabriela, seguindo por um diretor furioso. Sim, a figura ninja era Drake.

– da próxima vez que eu te encontrar cê me paga sua praga! – disse furioso o diretor, enquanto tentava limpar o café de seu terno retrô marrom.

Gabriela: ele, jogou... meu livro... no chão... – a mesma pegou o livro, limpou a poeira, e o entregou a amiga. – eu vou matar esse cara. – correu em direção a ele.

Mateus: DRAKE! Merda.

Luana: Mateus!

Mateus: oi, Luana!

...

Drake, sem mais fôlego não enxergava mais o diretor, ao invés de parar de correr e se sentar em algum lugar, simplesmente se jogou no chão.

Drake: que noob. – tentava respirar e rir ao mesmo tempo.

Logo se levantou, e se deparou com alguém familiar...

Drake: oi, você não é a... – logo um chute no meio das suas pernas interrompeu sua fala, e todo o funcionamento do corpo.

Gabriela: nunca toque nas minhas coisas daquele jeito.

Drake: m-mas do q-quê c-cê tá f-falando?

Gabriela: você derrubou meu livro no chão, só fica correndo por aí, seu crianção!

Drake: do quê que cê tá falando?

Luana: Gabriela!

Mateus: Drake?

Drake: Valansuela!

Gabriela: Luana.

Vice-Diretor: pirralhos.

Drake: que merda tá acontecendo aqui?

Vice-Diretor: você vem comigo rapaz.

Mateus: se ferrou.

Drake: Valansuela! Seu traidor!

...

Drake: eu sinto muito senhor.

Vice-Diretor: tá, eu sei que sente. Quero o telefone dos seus pais.

Drake: eu tô aqui no Japão sozinho, mas eu posso te dar o número deles, é 3276-2739.

Vice-diretor: eu já volto.

...

Quase uma hora havia se passado, e o Vice-diretor ainda não havia retornado.

“bom, meu tio não atende o telefone há dois dias, é bom que alguém saiba o que houve, vou tentar vem com minha avó, ela nunca perde o contato com a gente.”

Vice-diretor: bem Drake... seus pais não atenderam. Eu quero cinquenta pratas pelo estrago, agora.

Drake: toma. Sabe o que houve com eles vice-diretor?

Vice-diretor: meu nome é Chat, e não, não sei. Está dispensado, e tome mais cuidado da próxima vez.

Drake: tá.

“o que será que houve...?”

...

Mateus: como foi lá?

Luana: tá tudo bem?

Drake: mais ou menos, obrigado por ALGUNS de vocês se preocuparem. – se referia a Gabriela.

Gabriela: podia deixar de ser um pouco menos retardado.

Drake: ah qual é, cê ainda tá bolada com a parada do livro? Poxa cara, tudo bem que não foi uma boa primeira impressão mais, eu sou um cara legal.

Gabriela: ok, “cara legal”. Eu tenho que ir. – se retirou

Drake: qual é o problema dela?

Luana: ela é meio fria...

Drake: Meio!? Me senti na Antártida agora a pouco.

Mateus: ligaram pros seus pais?

Drake: tentaram. Eles e meu tio não atendem há dois dias.

Luana: que tal a gente ir lanchar nesse fim de tarde?

Drake: se sua amiga cubo de gelo topar.

Mateus: vê com ela e avisa a gente.

Luana: pode deixar.

...

Drake: aí Mateus, essa mala vermelha é sua?

Mateus: não, será que o outro cara já chegou?

A porta se abre, um cara com óculos de sol colorido, boné de aba reta da “cone crew”, camisa sem manga branca, bermuda com estampa de maconha e chinelos Rider, com um celular tocando Funk no volume mais alto possível surgira do inferno.

– olha os patrão aêw! Meus parça!

Drake: sái satanás! Desenvoco o demônio!

Mateus: masoq?

– fala meus brother! Há quanto tempo cês tão no bagulho?

Drake: abre o google tradutor.

Mateus: cara, não faz isso, desliga esse som, e...

– oxe meus mano, tu num curte funk não parça?

Mateus: não cara, funk é uma merda.

Drake: não diga que funk é uma merda, você pode acabar ofendendo, a própria merda.

– víxi, esses num é do fluxo. Vô dar uma voltinha ali brodi, já tô mandano “again” – se retirou

Mateus: aonde vai Drake?

Drake: comprar uma escopeta.

...

Luana: hoje chega nossa nova amiga!

Gabriela: como se eu precisasse de uma.

Luana: não é melhor se arrumar?

Gabriela: tá bom, acha mesmo que eu tô afim?

Luana: ah qual é?

Gabriela: passar a noite com o Valanbruxela mauricinho e o retardado do cabelo liso?

Luana: sei lá, pra gente se conhecer melhor...

Gabriela: eu tenho escolha?

Luana: não. Vamos logo.

...

Bangkok – China

– Localizou o garoto?

– sim, ele tá em Tóquio.

– e o nosso alvo?

– Masazuka continua desaparecido.

– não podemos deixar ele fazer mais nada com ninguém. Rastreie os familiares do garoto e me informe assim que possível.

– sim senhor.

...

Sushi-Bar do Campus – 19:00

Drake: e ele chegou no nosso quarto falando uma língua extraterrestre alemã com aquele estilixo de música na maior altura.

Luana: sinto pena de vocês... mas quem sabe só não conhecem ele direito?

Mateus: se esquerdo já tá desse jeito, imagina direito!

Drake: pois é, logo estaremos com aqueles malditos óculos coloridos e cabelos tingidos.

Mateus: bora contratar um exorcista!

Drake: eu topo!

Luana: hahaha! Cês são tão exagerados!

Drake: hey Luana, cadê a Gabriela?

Luana: já deve estar chegando...

Mateus: eu vou pegar mais refris, alguém aceita?

Luana: eu!

Drake: trás cerveja! Haha,

Mateus: aí chega no quarto e você tira da mini geladeira aquele todinho.

Drake: tá, vai nessa.

Luana: mas o quê você achou da Gabriela Drake?

Drake: e importa o que eu penso dela?

Luana: depende... vai que ela tá afim de você...

Drake: até pare... – se virou, viu Gabriela de longe. Estava usando uma jeans preta e uma camisa da Nirvana, além de um gorro cobrindo a parte de cima de seus cabelos castanhos com alguns fios rosados que desciam até a cintura. Trazia consigo o mesmo livro de sempre.

Luana: ahaaaaaammm néeee...

Drake: uai, idaí? E-eu, e-ela tá bonita.

Luana: bonita?

Drake: tá tá, ela é linda! Tem um rosto perfeito, e se fosse um pouquinho mais amigável seria a menina perfeita pra mim! Pronto, falei!

Mateus: bom saber disso apaixonado, haha!

Drake: vá se fuder.

Luana: deixa ele Mateus.

Gabriela: oi.

Mateus: Drake disse que cê tá linda.

Imediatamente, Mateus perdera a respiração com um soco um sua barriga.

Drake: idiota.

Gabriela: é sério?

Drake: pode-se dizer que sim – corou

Gabriela: valeu.

Luana: Mateus, vamos dar licença pros dois?

Mateus: b-boa idéia. – ainda sem fôlego tentava falar

Drake: mas que...?

Luana: até!

Drake: estão indo namorar.

Gabriela: eu vou matar ela.

Drake: qual é a desse papo de matar todo mundo? Sério mesmo cara, a vida é muito boa pra ser desperdiçada do jeito que você vive. Sério mesmo.

Gabriela: talvez seja fácil pra você falar, por quê deve ter tido uma infância cheia de flores e presentes, mas não são todos que tem a vida desse jeito Rider.

Drake: me chama de Drake. E eu sei... olha... me desculpa. Eu não sei nada sobre você ou sobre a sua infância e tô aqui querendo te julgar... não esquenta. Quando acabar o livro, me fala o que achou. – apenas se levantou da mesa e se retirou.

Gabriela: mas que merda. Eu disse que não me dava bem com pessoas... mesmo que eu tenha sentido algo por ele, agora eu estraguei tudo. – largou seu livro no chão, e olhou para o céu estrelado.

...

Mateus: mas e entãaao.... você não é japonesa né?

Luana: tente adivinhar.

Mateus: Inglesa?

Luana: não, eu sou Australiana. Haha.

Mateus: mas são bandeiras parecidas.

Luana: e você?

Mateus: Sou Argentino.

Luana: mas cê nem tem aqueles sotaques, haha

Os dois conversavam enquanto a noite se prolongava...

...

22:10 – Ala Feminina

Luana: e como foi com o Alex?

Gabriela: foi uma merda, igual a minha vida.

Luana: o quê houve?

Gabriela: sei lá, por alguns momentos eu senti alguma coisa, mas depois eu estraguei tudo. Olha... eu não quero falar sobre isso. Vamos dormir, amanhã é o primeiro dia de aula.

Luana: tá, boa noite. – apagaram a luz, e Luana confusa, foi dormir.

...

“Gabriela, mesmo você me achando um idiota, eu vou te provar, que eu posso ser o cara que vai marcar sua vida, e fica com você para sempre...”