Esse é o Meu Pai escrita por Virgo


Capítulo 12
Oponentes




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Depois dessa experiência, Shun nunca mais pediria para acompanhar Ikki em suas andanças.

Os irmãos Amamiya concordaram de que era loucura ficar em casa, sendo que tinha um monte de “Aspirantes” atrás de Fukano, então, o que é melhor do que uma pequena volta ao mundo? Foi divertido, de certa forma, ainda mais se excluíssem os atentos a suas vidas durante esse passeio em família e claro, mas não menos importante, as dificuldades da vida de mochileiro.

O primeiro oponente de Fukano era um grego, servo da deusa Hera e atendia pelo nome de Heracles. O cara era um verdadeiro Golias, quanto mais se olhava, mais os olhos ardiam, ele era enorme, só músculos, Aldebaran perto daquele cara era da finura de Shun. Seu tamanho era assustador, mas como diz o velho ditado, quanto maior o tamanho, mais dura é a queda. Seus golpes eram muito fortes, só a onda de choque foi capaz de arremessar Ikki e Shun para longe.

¬ Ai, se fosse contra mim que esse cara tivesse lutando... - rosnava o mais velho dos irmãos ao sair de um buraco feito em algum rochedo.

Fukano não precisou se esforçar muito para derrotá-lo. Ele era muito lento e desengonçado, pelo menos aos olhos do menor, e também não era muito inteligente, diga-se de passagem. O cara mal tinha tombado direito, que Ikki já estava arrastando o menino para longe daquele ser.

O segundo oponente era uma garota egípcia, serva de Deméter, de nome Zhia. Essa menina foi chata de derrotar, além de rápida e muito inteligente, ela não calava boca, parecia uma metralhadora de palavras.

¬ Kami-sama. - pedia o mais novo dos irmãos. - Dai-me paciência, porque se me der força eu mesmo mato!

Ironicamente, Fukano a derrotou na conversa. Ele enrolou a menina de um jeito que até o Chapeleiro Maluco de Alice no País das Maravilhas o invejaria, a menina ficou tão confusa, mas tão confusa com a conversa que se descuidou e foi nocauteada em questão de segundos. E largada ali mesmo, porque, Atena que os proteja, Milo perto daquela menina era um Mudo/Surdo.

O terceiro oponente foi o mais difícil, uma menina da mesma idade de Fukano, serva de Ártemis, e atendia pelo nome de Virbo. Ela tinha uma força equiparada ao do jovem Amamiya, não perdia em nada para ele, a luta se estendeu por horas e só se encerrou por sorte. Devido ao cansaço, a menina cometeu um deslize minúsculo, quase imperceptível, mas que foi captado por Fukano, que fazendo uso da boa sorte e aproveitando a oportunidade oferecida, ele deu uma rasteira na menina que caio e ainda em queda, levou um golpe nas costas forte o bastante para que ela ficasse sem andar por seis meses no máximo.

¬ ESSE É O MEU GAROTO!! - Ikki bradava orgulhoso.

Ela desmaiou em decorrência da dor e do cansaço, e, por insistência de Fukano, foi deixada no hospital mais próximo, o menino adquiriu um grande respeito pela pequena Caçadora – como ela mesma se intitulou –, ela se mostrou mais honrada e decidida do que a maioria dos oponentes. Certamente tinha bons valores.

O quarto oponente foi de longe o mais fácil, um rapaz, servo de Ares, chamado Ward. Ele era forte e muito bem treinado, só tinha um problema, o rapaz não sabia lutar sem as mãos, se ele precisasse golpear Fukano com as pernas, ele não saberia, e usando e abusando desse fato, que Fukano o derrotou com uma facilidade estranha. Ele chegou a ficar alguns minutos em posição de ataque, pois duvidava de que tinha ganho tão fácil assim.

¬ Não deu nem pro gasto. - comentou o menino com os mais velhos.

O quinto e último oponente foi médio. Não foi fácil, mas também não foi impossível. Era um rapaz, servo de Hermes, seu nome era Nuntius, um nome deveras estranho, mas era só uma prova de que a mãe do pobre rapaz não tinha bom gosto. Em suma, a luta foi complicada? Foi. Shun não tinha mais unha alguma para roer naquela luta, tanto que estava roendo a cutícula. E a derrota do adversário? Como se deu? Ele simplesmente desistiu, com poucos minutos de luta ele jogou a toalha afirmando:

¬ Eu sou capaz de muita coisa para honrar o meu deus. - disse dando as costas e saio andando. - Mas enfrentar esse menino é suicídio. Prefiro ser castigado por um dia e continuar com vida à ter que lutar contra esse garoto e colocar minha vida em risco. - acenou ainda de costas. - Do svidaniya!!

Estranho? Foi. Duvidoso? Foi. Mas como aquele jovem não voltou a dar as caras, sua desistência acabou sendo levada a sério mesmo.

Cinco oponentes em seis meses de viagem parecia pouco, mas era muito, levando-se em consideração que aquelas batalhas estavam ocorrendo em todo mundo e que todos os dias ao menos cinco “Aspirantes” tombavam, Fukano enfrentou mais pessoas do que a maioria. O menino dava graças todo santo dia por não ter que enfrentar os 198 “Aspirantes” que tanto ouviu falar, ou que Kanon inventou para se divertir as custas da inocente criança, o que era bem mais provável.

Em suma. Seis meses de lutas e andanças que renderam ferimentos, leves e graves, e é claro, mas não menos importante, um estreitamento ainda maior entre os laços daquela família sem pé nem cabeça, como o leonino gostava de dizer.

¬ Papa... - Fukano foi até a cama de hotel onde Shun dormia e o cutucava sem parar. - Papa... Papa...

¬ Hun?! - traduzindo da língua soninho: Fala logo, antes que eu volte a dormir.

¬ Temos que ir para Atenas, Papa, o berço dos Cavaleiros.

¬ Ah... - foi a vez de Ikki, que dormia ali mesmo no chão. - Pra quê??

¬ Aquilo. - o menino apontava para janela.

Os Irmãos Amamiya levantaram a contra gosto, sendo que o mais velho chegava a deixar alguns palavrões escaparem, e foram até a janela. Ikki engasgou com um de seus palavrões quando viu a razão de Fukano incomodar-lhes o sono. Os três podiam ver uma pilastra branca, aquilo podia ser facilmente confundido com uma luz, mas eles sabiam muito bem que aquilo era uma forte cosmo-energia.

¬ Mas que diabo... - começou o mais velho.

¬ É o chamado da Armadura de Sírius. Só os Cavaleiros, Deuses e Aspirantes podem ver e sentir. - respondeu o menino, que precisava ficar na pontinha dos dedos para poder ver além da janela. - Quando só restam dois Campeões, a armadura os chama, para que assim a luta final por seu poder possa ser travada e sua posse tomada.

¬ Essa frase parece ensaiada. - comentou o virginiano mais velho, que não tirava os olhos daquele pilar.

¬ Mama repetia para mim toda hora. - o menino respondeu sorridente.

Ikki suspirou e voltou para dentro.

¬ O jeito é fazer as malas... - começou a recolher as poucas coisas que levavam e as enfiava em alguma das mochilas. - Fukano, vai escovar os dentes, pentear esse ninho de rato, que você chama de cabelo, e se troque. O mesmo pra você Shun. E andem logo que eu já não tô de bom humor.

Dito e feito.

Passou-se algum tempo, ou melhor, alguns dias, até que chegassem em Atenas, mais precisamente, ao Santuário. O lugar parecia vazio, não aparentava nem se quer ser ocupado, Fukano os guiava pelo local há muito conhecido e só parou quando chegaram à Arena. Todos os habitantes do Santuário estavam ali, até alguns Cavaleiros e Amazonas que viviam longe, estavam ali, todos em silencio, apenas aguardando.

No centro da arena havia um jovem de treze anos, que poderia ser facilmente confundido com um dos aspirantes, se não fosse pela enorme tatuagem de um sol em seu ombro esquerdo, indicando mais do que imediatamente a que deus ele servia. Ao ver Fukano chegar, o rapaz o olhou como um igual, o que por si só era estranho, ele acenou cordialmente.

¬ Fukano Amamiya? - inqueriu o garoto mais velho. - Servo de Atena?

¬ Eu mesmo. - apresentou-se, dando dois passos a frente do pai e tio. - E tu?

¬ Hélio Lumux. Servo de Apolo. - respondeu. - Estou aqui para batalhar pela Armadura de Sírios.


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Notas finais do capítulo

Ehhhhhhh!! Tô viva!! =D
Aqui está um cap. novinho em folha :) Espero que gostem ^.^

Bjs.



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