Faça-me Acreditar escrita por Mary N Braga


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que gostem do capítulo novo! Desculpem a demora!



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Na manhã seguinte, quando percebi que estava nevando, soube de imediato que o dia seria ruim. Mas eu não tinha idéia do quão difícil seria.
Tudo estava absolutamente congelado quando saí de casa, então dirigi muito devagar para que pudesse ir com segurança para a escola, mas ainda assim estava um pouco instável. eu costumava ir a pé para fazer algum exercício, mas de vez em quando eu precisava ir com minha picape - como hoje. Mesmo com todo o meu cuidado, o carro ainda estava um pouco instável, e isso, somado às minhas previsões pouco otimistas para o dia, me deixou com mau humor. Eu não queria chegar à escola, e muito menos ao estacionamento.
Quando finalmente cheguei à escola e estacionei, saindo da picape, vi o Cullen perto de um Volvo prateado, que só podia ser dele. Muitos olhavam em sua direção, mas ele ignorava. Ao seu lado estava a garota baixinha e de cabelos escuros que eu ainda não tinha certeza se seria mais um motivo de tormento, como todo o resto de sua família. Mas só seu rosto já era uma lembrança forte o suficiente, então eu torcia para que minha suposição sobre seu nome estivesse errada.
Eu andava o mais rapidamente possível, e já estava no meio do estacionamento. Fiquei aliviada por já estar longe da minha picape, e pensei que naquelas circunstâncias eu devia tê-la deixado em outra vaga. Mas depois percebi que, com a minha sorte, algo ruim aconteceria mesmo que eu tivesse feito isso. Além disso, já estava longe do carro, e não ia me arriscar em voltar até lá - não queria pagar pelo concerto da picape. Nem morrer.
Eu não estava prestando atenção, mas sim andando rápido. O chão, escorregadio, e sou muito desastrada, para não falar em azarada. Talvez essa tenha sido a combinação que me fez cair. Eu escorreguei, e bati com a cabeça na neve. Eu tentei me levantar mas, antes que eu pudesse fazer algo, o pior aconteceu. E eu achei que fosse morrer.
Exatamente como eu pensava, uma van - e eu identifiquei Tyler Crowley como sendo o motorista - desgovernada derrapava no gelo, e vinha em direção a mim. Fechei meus olhos e me preparei para um impacto que nunca veio. Ou, pelo menos, não de onde devia ter vindo.
Ele tinha vindo de minha esquerda, me fazendo cair na neve, a van passando a minha frente sem me atingir.
Eu não precisava olhar para saber que Edward Cullen estava ao meu lado, e que ele havia me tirado do caminho, mesmo que antes ele estivesse a meio estacionamento de distância. Uma olhada pelo canto do olho confirmou isso. A van de Tyler acabou batendo em uma árvore ali perto, mas passou bem longe do meu carro.
Depois disso, olhei para ele. Até estava um pouco atordoada, mas eu já conhecia algo assim.
– Como fez isso? - perguntei.
Ele me olhou, a expressão confusa - apesar de eu saber que sua confusão era falsa.
– Fiz o...
– Não se faça de idiota, como atravessou meio estacionamento em dois segundos? Eu vi que você estava lá! - interrompi, meus olhos voltando-se para onde eu o tinha visto antes.
– Não estava. Eu estava do seu...
– Você não estava do meu lado - interrompi novamente.
– Bella, vamos conversar sobre isso depois. Você bateu a cabeça, devia ir ao hospital. Vamos lá, deixe Carlisle vê-la, e então eu prometo que explico tudo.
– Não me prometa nada, Cullen - disse, ríspida. - Não vou a hospital algum, porque estou bem. Se não quer conversar aqui, tudo ok, mas vamos conversar agora. Afinal, você é só um ser humano comum, certo? O que pode ter feito de tão extraordinário?
Nós dois nos encaramos, os olhos de ambos cerrados.
– Vá ao hospital.
– Não.
Eu não ia desistir. Edward Cullen podia conseguir tudo o que queria com qualquer outra pessoa, mas não me encantava nem um pouco - não mais. Eu nunca cederia quanto a isso.
– Muito bem - ele rosnou, derrotado. - Vamos conversar, mas depois você vai ao hospital.
– Eu não prometo nada.
Ele rosnou baixinho, mas saímos discretamente, seguindo em direção à escola.
Encontramos um corredor vazio, e não demorou muito, porque todos estavam lá fora a essa altura.
Nos encaramos mais um pouco, antes de ele abrir a boca para falar, e de eu interrompê-lo antes mesmo que pudesse fazer algo.
– Não estou confusa, não bati a cabeça com tanta força. Eu não vou a hospital nenhum, sei que estou bem. Como você fez aquilo?
– Bella, eu estava do seu lado e te empurrei para o lado.
– Acha que sou idiota? Eu te vi perto do seu carro, perto da sua irmã! Longe de mim! Você não poderia chegar tão rápido! Como fez isso?
– Por que não pode simplesmente esquecer isso?
– Porque isso não é normal. E... Você não entende! De qualquer maneira, prometeu que me diria!
– Você me pediu para não prometer nada. E você também não foi no...
– Está bem! Eu vou na porcaria do hospital! Só me diga COMO FEZ AQUILO!
– Não pode só agradecer e esquecer isso?
– Obrigada, Cullen. Agora responda.
Ele me encarou furiosamente.
– Eu estava do seu lado.
– Não estava! Eu não sou louca, sei o que eu vi!
– O que você viu então? - sua voz continha desdém, o que me deixou ainda mais brava.
– Vi que você estava num ponto do estacionamento, e eu estava na metade dele, longe demais para que conseguisse chegar em mim em um tempo tão curto. O que você fez? Eu vi, se esconde algo, o problema já não está feito? Que mal há em me falar a verdade?
Ele balançou levemente a cabeça, como se me reprovasse.
– Você está falando absurdos.
Aquilo me atingiu como um murro. Dei meio passo para trás, e olhei dentro de seus olhos, me segurando para não chorar de raiva.
– Esse é o problema do passado - murmurei, não tendo certeza se ele ouvia, ou mesmo se eu queria que ele ouvisse. - Ele sempre te trai.
Me virei para ir embora, mas, antes, falei por cima do ombro:
– Por que se deu ao trabalho de me ajudar se nem ao menos pode me dizer por quê?
Ele pareceu abalado, como se não esperasse por essa pergunta.
– Não sei - ele pareceu sincero pela primeira vez.
Virei-me para ir embora novamente, e dessa vez, não olhei para trás.
O estacionamento estava um caos, mas consegui sair de lá com algum esforço.
Fui para casa, mesmo não tendo ficado em aula nenhuma no dia. Quando cheguei em casa, Jacey se manteve longe de mim. Mal olhei para ela e subi para meu quarto, e me fechei lá, me enrolando nas cobertas como uma bola, como se tentasse esmagar a dor e as lembranças que eu queria que fossem obscuras.


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Notas finais do capítulo

Hum, sinceramente, eu esqueci o nome dos usuários que deixaram reviews, então não posso agradecer kkkkkkk. Mas, se está lendo isso, e sabe que foi você, obrigada, então! Rsrsrs. E aí, gostaram? Está meio tenso... ou muito igual ao original?
Até o próximo capítulo!
— Mary.