Please Be Mine escrita por BlazingHeart


Capítulo 7
Capítulo 7 - Seja minha


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez, o capítulo será narrado por Jullie.



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Percebi que Robert tinha ficado estranho depois que revelei a identidade da Clare, eles se conheciam desde o incidente de Inferno pelo que Clare havia me contado, mas o porquê dele estar estranho eu não tinha idéia. Ele não morava conosco — comigo e nossos pais —, tinha um apartamento no centro da cidade, comprado recentemente, poucos dias antes dele voltar para ser mais exata.

Eu estava me sentindo muito bem e muito mal. Clare e eu estávamos muito apaixonadas, mas eu não gostava de reprimir aquilo, não beijá-la em público, não trocar carinhos com ela. As pessoas já estavam comentando, Clare era assumida e agora estava andando para todo lugar com uma garota do lado, obviamente as pessoas começariam a falar, e até, inventar coisas.

Nossos pais, tanto os meus, quantos os de Clare, acreditavam que éramos boas amigas, então concordaram em deixar Clare passar o fim de semana na minha casa, pois meus pais teriam que viajar e Robert estava muito ocupado com os seus problemas pessoais, para que eu não ficasse sozinha o fim de semana inteiro, eles decidiram me deixar chamar Clare para ficar comigo. Achei estranho, os pais dela não terem demonstrado nenhuma desconfiança ao fato de eu a convidar para me fazer companhia nesse fim de semana. A semana se encontrava na metade, eu estava ansiosa, ficar junto de Clare seria algo muito bom.

O dia começou muito corrido, havia dormido demais, sorte que não foi demais o suficiente para perder a companhia de Clare no caminho até a escola. Sempre com um rosto fofo de manhã, ela era linda quando acordava. Dádiva de poucas garotas.

Nosso cumprimento foi um abraço caloroso e apertado. Sempre sentia algo quando nossos corpos estavam muito juntos, algo bom, desejo, atração, calor. Observamos a nossa volta e não havia ninguém por perto, ela se aproximou de mim e me beijou. Seu beijo era muito bom, ela sabia me enlouquecer movimentando a língua dentro da minha boca, eu delirava e a seguia, deixava-a conduzir o beijo, me entregando. Pena que não podíamos fazer isso em público, eu ia me sentir muito triste se meus pais descobrissem de outra forma que não fosse eu mesma os contando isso, essa idéia me assustava e me deixava aliviada ao mesmo tempo. Continuamos andando, estávamos com sorrisos estampados em nossas faces quando encontramos Dave, ele parecia meio triste, sua expressão estava fechada. Ele nos cumprimentou com um “oi” seco e direto. Tentei ignorar isso, o caminho todo estávamos em silêncio.

Finalmente havíamos chegado, estávamos bem em frente à escola, os olhares para Clare e eu se intensificaram. Eram olhares ácidos e pareciam nos julgar, pareciam me fuzilar a mim particularmente. Via as bocas falando entre si, não conseguia lê-las e identificar as palavras que proferiam, mas tinha quase certeza que o assunto era Clare e eu, particularmente eu. Sabia que Clare sofria bullying por sua sexualidade, esse tipo de discriminação era ridículo, todos eram na verdade. Só por que algumas pessoas amam de um jeito que as pessoas acham anormal? Ridículo. Eu me sentia protegida perto de Clare,ela e eu sentíamos isso mutuamente.

Chegamos à classe, eu havia mudado de lugar, estava mais perto de Dave e Clare. Dave continuava misteriosamente triste, ele estava tão contente esses dias e agora do nada, sem explicar para ninguém, sem dar nenhum motivo, ele estava retido. Parecia preso e confuso, acho que para nós a situação não estava muito boa.

A aula correu muito lentamente hoje, o dia estava muito ensolarado, era estranho para essa época do ano. Eu percebi que Alex, às vezes passeava com o olhar sobre nosso grupo, tentava disfarçar, mas eu conseguia notar isso, era estranho. Não era ele, que tinha magoado Dave? Acho que magoado não era bem o termo certo... Pulverizado seria bem mais apropriado. Dave estava centrado e fixo na aula, Clare e eu trocávamos olhares, as pessoas da turma também comentavam sobre nós duas, era bem perceptível isso.

Marcamos de ir à Biblioteca Central pegar alguns livros para o final de semana, Dave preferiu ir para casa, segundo ele queria antecipar todos os deveres de casa para poder ter um final de semana livre relendo pela enésima vez Pôr do Sol. Clare me falou que ele era apaixonado por esse livro, tão quanto ela era apaixonada por gatos de pelúcia. As pelúcias me remeteram ao quarto dela, e o que aconteceu a mais ou menos cinco dias. Tínhamos marcado um dia de estudos na casa dela, não tinha dado muito certo, nos distraímos. Os pais dela não estavam em casa, e aconteceu algo, digamos, bem picante. Estávamos no quarto dela com livros espalhados em todo o lugar, nos beijando intensamente, senti um calor emanando do corpo dela, o mesmo estava acontecendo comigo. Com um impulso ela tirou a roupa expondo suas roupas intimas, eu não me contive e repeti o ato comigo mesma. O clima estabelecido agora era quente, intenso e propicio a luxúria, nossos corpos se tocavam, eu sentia a maciez de sua pele e sentia mais de perto o calor que emanava dela. Minha mão foi percorria seu busto, acariciando ela, meus lábios desciam por toda a extensão de seu pescoço, ela desferiu leves gemidos. Minha mão descia bruscamente, pronta para invadir sua intimidade, buscando conceder prazer a Clare.

— Eu não estou pronta. — disse Clare, sua voz era falha por causa da respiração ofegante.

Olhei nos olhos dela e sorri, a abracei.

— Eu espero por você. — disse em seu ouvido.

Eu tinha ficado com essa cena na cabeça, e tinha uma marca no pescoço de Clare. Por isso tinha achado estranho, seus pais não desconfiarem de nada sobre ela passar o fim de semana comigo. Aquele pensamento mexia com minha temperatura corporal, que se elevava sempre que as sensações voltavam de dentro da minha memória.

Tínhamos pegado alguns livros e tomado sorvete, agora estávamos na casa de Clare. Recebi uma ligação.

— Jullie? — era meu pai.

— Oi?

— Eu e sua mãe precisamos sair hoje, então é bom avisar a sua amiga. — sua voz era calma.

Logo em seguida ele desligou. Contei tudo para Clare e ela foi juntando tudo numa mochila para passar o fim de semana. Chegando a minha casa, fomos direto ao meu quarto, por as coisas dela lá e fomos assistir a um filme. O filme relatava a vida de uma adolescente que se apaixonava pelo melhor amigo e era um romance adolescente clichê, era legal, coisas clichês são legais. O dia passou meio rápido, ficamos uma boa parte dele assistindo, sentadas bem grudadinhas, trocando carícias, beijos longos e intensos.

A noite começava a reivindicar seu lugar e se estabelecer, cortando toda a luz natural. Fomos tomar um banho, Clare foi primeiro, enquanto eu esperava atenciosamente minha vez.

A água estava morna, ela recaia sobre meu corpo. Estar desnuda me fez retomar a cena em meus pensamentos, comecei a acariciar meu corpo durante o banho. Estava proporcionando prazer a mim mesma com minhas mãos, mas não ousei chegar ao ápice, sai do banho vagarosamente e dirige-me ao quarto para trocar de roupas. Quando menos espero uma supresa: Clare estava enrolada na toalha, seus lábios entreabertos e seu olhar focando em mim, também com meu corpo envolvido pela toalha.

— Eu estou pronta. — disse, enquanto sua toalha levemente recaia, deixando exposto seu corpo nu.

Meus sentidos se intensificaram ao mesmo passo que minha respiração. Comecei a andar até ela, o corpo dela era lindo, ela parecia estar me atraindo até si própria como um imã.

Fiquei diante a ela, apoiei minha mão na parte de trás de seu pescoço e a beijei. Minha toalha começava a expor minha nudez, a conduzi para a cama. Ela conduzia o beijo como sempre, agora parecia mais mágico, seus movimentos eram doces e sutis.

Deitei-a na cama, ficando por cima.

— Você está mesmo pronta?

— Agora, eu estou pronta. — disse Clare, conseguindo arrancar de mim um sorriso malicioso.

— Seja minha. — sussurrei, minhas mãos foram percorrendo a extensão de seu busto, acariciando os seus seios, enquanto meus lábios alternavam entre os dela e o pescoço da mesma.

Os leves gemidos de Clare começaram a emanar, o momento era agora. Continuei acariciando ela, que se entregou a mim, não tinha reação, apenas curtia o prazer que eu proporcionava. Então minhas mãos ficaram mais ousadas e foram progredindo e descendo cada vez mais, até burlar sua intimidade. Seus gemidos intensificaram-se. Ela falava meu nome baixinho, em meio a sua respiração ofegante, enquanto eu concedia prazer a mesma com minhas mãos e meus lábios, os mesmos agora percorriam o busto dela, beijando-os, chupando-os.

Clare agora urrava de prazer, enquanto eu me deliciava com as sensações e o ambiente sexual.

Ela me interrompeu e tomou atitude: trocou de lugar comigo. Beijou meu pescoço, e ousou mais que eu. Seus lábios desciam no meu abdômen e burlavam minha região íntima, eu me retorci quando senti sua língua, quente, molhada. As sensações se intensificaram, eu estava gemendo agora. Aquela não parecia a primeira vez de Clare, ela sabia bem o que estava fazendo.

Ela interrompe e nós duas começamos a nos beijar, e nos tocar. Nossos corpos estavam começando a suar e o ápice parecia cada vez mais perto. Ficamos ali por alguns minutos, até que senti, minhas pernas começaram a se contorcer e meu corpo todo entrava em êxtase, gemi alto, chamando o nome de Clare. Nosso ápice veio quase ao mesmo tempo, estávamos ofegantes após alguns minutos. Depois de alguns minutos, recuperando energia, decidimos que, como estávamos suadas deveríamos tomar um banho, dessa vez, juntas.


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