The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 51
Chapter Sixteen


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui, vim rápido, não?
Recebi uma quantidade legal de comentários, nada muito grande. Devo dizer o quanto foi dificil fazer esse capítulo e eu espero que tenha saído bom.



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Só sobramos nós na sala de jantar agora, esperando para sermos chamados e nos apresentarmos aos Gamemakers. Cada um que foi chamado não parecia realmente indeciso sobre o que fazer, todos com muita determinação até os que claramente não tem chance nenhuma de viver, eles não têm mais medo, o que mais de ruim pode acontecer com eles, nada. O Capitol já destruiu as suas vidas o suficiente, mesmo os que não deixam isso aparecer.

– Nós realmente temos alguma chance de mata-los? – questiono ao Peeta.

– Eu não sei. – diz

– E como o Haymitch pode pensar em nos fazer de aliados? – suspiro – Eu não consigo me imaginar matando eles sem os conhecer, imagina conhecendo. Isso não dará certo como da última vez, com a Rue, eu nunca conseguiria mata-la.

– Todas essas mortes são tão... – começa o Peeta.

– Desprezíveis. – ele assente.

Ele é chamado e eu fico só, imaginando o que eu realmente posso fazer, não algo como no ano passado, já que eles colocaram uma proteção a frente dos Gamemakers. E então o que me sobra, talvez eu só faça algo como Mags, tire um cochilo. Só que se passa muito tempo e eu começo a ficar preocupada, o que será que o Peeta está fazendo?

Quando me chamam, a atmosfera está estranha, parece que o local foi recentemente limpo e há algo coberto no meio da sala, algo que o Peeta fez, mas nós não podemos saber então claramente eles estão escondendo.

E claramente o Peeta conseguiu aborrecê-los, e como eu faria a mesma coisa, porque seria interessante mostrar que nós não somos os únicos atingidos pelo poder do Capitol, faça algo de errado e você também estará na mira.

Como Katniss?

Eu reparo numa pessoa que claramente me ignora, Plutarch, a quanto tempo ele sabia, desde quando ele imaginava que eu seria arrastada para cá novamente, há muito tempo, desde a nossa dança, da sua forma simpática de me tratar e se mostrar admirado. Claro que sim, porque outro motivo ele me falaria da sua reunião. O que tiraria o seu poder, o que o assustaria, do que ele tem medo?

Eu sei exatamente o que fazer rapidamente eu pego uma corda e me esforço para lembrar como se faz um nó, pego uma dos manequins e o penduro, com o pescoço envolto pela corda, numa posição de enforcamento. As tintas que o Peeta usou ainda estão aqui, eu pego a mais vermelha de todas e escrevo.

SENECA CRANE.

E os deixo ver, eu quase rio, alguns caem, outros gritam, taças se quebram, e Plutarch está com uma fruta amassada na mão.

– Pode sair Senhorita Mellark. – eu lhe dou um sorriso inocente e saio.

Antes jogo os resto da tinta pelo ombro e sei que ele caiu diretamente no boneco, quando mais taças quebram. No elevador não resisto a uma gargalhada.

Encontro o Peeta no quarto, ele havia acabado de sair do banho, mas as suas mãos ainda estavam sujas.

– O que você fez? – pergunto

– Eu pintei... A Rue. – diz – Depois que morreu sabe, eu me lembro de você ter dito que colheu umas flores para ela e que ela estava serena.

– Peeta, e por que você fez isso? – exclamo

– A nossa conversa antes sobre as mortes desprezíveis, eu me lembrei dela também e como ela não devia ter morrido daquela forma, eu quis responsabiliza-los, sabe? – explica e eu o abraço.

– Isso foi lindo, mas eu não acho que o Haymitch vá gostar. – digo

– Eu sei e você fez o que? - pergunta

– Eu fiz algo pior que você, bem pior na verdade. – sussurro – Eu pendurei Seneca Crane.

Ele arfa.

– Kat, você... – ele ri e eu suspiro de alivio.

– Eu fiquei com raiva do Plutarch sabe? Na festa ele agiu como se a minha vida seguiria como mentora e claramente já sabia de tudo, então eu não pensei. – digo

– Bom, mas eu acho que você devia poupar a Effie, ela vai morrer se souber o que fizemos. – diz e eu concordo.

– Eu vou tomar banho e vamos jantar. – digo e agora ele que concorda.

...

– Você não vão falar nada? – o Haymitch pergunta depois de alguns pratos.

Eu espio a Effie e penso numa desculpa.

– Eu não tinha nada realmente para fazer, então eu só fiz algo com camuflagem. – o Peeta diz e se sai muito bem, já que as sua mãos estão sujas de tinta.

– E eu... Bom não tinha realmente nada para fazer, então atirei algumas flechas, mas nada impressionante. – tento mentir, mas eu creio que o Haymitch não acreditou.

A Effie tinha saído antes das notas serem mostradas e o Haymitch me encarou.

– Pode falar o que você fez agora? – diz.

– Eu pendurei o Seneca Crane. – ele se engasga.

– Você... – ele não tem tempo de falar nada.

– E eu pintei a Rue. – o Peeta diz.

– Vocês dois se merecem, dois idiotas. – ele diz e a Effie chega interrompendo a bronca.

Os tributos dos Distritos Profissionais tiram notas altas, os outros na média.

– Eles já deram zero? – pergunto quando chega à vez do Peeta.

– Não, mas eles sempre surpreendem. – o Haymitch diz com um tom amargo.

Eu acho que seria melhor se fosse um zero.

– Doze? – a Effie grita.

– O que? – o Peeta exclama.

– Eles realmente querem você mortos. – o Haymitch diz – Eu vou pro quarto, não consigo olhá-los nem por mais um minuto.

– Ele está irritado. – não é uma pergunta.

– É... Bom, pelo menos a Effie não descobriu tudo. – o Peeta diz – Seria trágico.

– E o que nos faremos? – pergunto

– Sobre o que? – indaga

– Ele está irritado. – digo como se fosse obvio.

– Isso vai passar, ele não pode ficar com raiva por muito tempo, aliás, nós não temos tempo. – eu o olho.

– E o que faremos com o nosso pouco tempo? – pergunto

– Eu gostaria de dormir, de verdade. – ele diz e eu dou risada.

– Então vamos Sr. Mellark.

...

Hoje é o último dia, e já começou úmido, a Octavia nos viu juntos e desandou a chorar, Venia felizmente a expulsou do quarto. O Peeta tem que ir, e eu fico com a minha equipe num silêncio sepulcral. Nada de conversas sobre a última festa em que foram ou a nova moda do Capitol, agora eu até preferia toda essa besteira. Depois de um tempo o Flavius também começa a chorar, e eu fico só com a Venia. Mais silêncio.

Ela se esforça para ser rápida, por estar sozinha, e o Cinna aparece, e então ela fala comigo.

– Nós gostaríamos que você soubesse que foi ótimo fazer com que você ficasse linda. – ela diz e sai correndo.

Isso doí, mais do que deveria, porque eu sei que eu não vou voltar e pelo visto, todos os outros também.

– O que temos para hoje? – pergunto, eu não posso me deixar abalar mais.

– Bem, eu tive que fazer alguns ajustes, porque alguém aqui parece que engordou. – ele diz e eu coro.

Eu deveria saber que o Haymitch contaria a ele.

– Fora isso nós vamos seguir com a ideia da outra roupa. – diz

– Fogo? – questiono.

– Não, não fogo. A nossa garota cresceu, ela não é mais a menina doce e feliz que ganhou os Jogos com o amor da vida dela. Ela está com raiva, ela vai ter que voltar para o lugar que mais odeia, com a pessoa que ama e talvez morrer. Ela está de luto. – ele me mostra o vestido.

Nada de vermelho, mas preto e cinza, o vestido é obscuro e ainda há algo haver com chamas. Eu pareço com fumaça. Eu estou sombria.

– É fantástico Cinna. Vou precisar girar dessa vez? – pergunto

– Não, o resto do show é com você. – diz

Eu me visto e para minha surpresa a minha barriga não é escondida, mas só veria quem prestasse atenção ou já soubesse, afinal eu estava de 4 meses, não era como se minha barriga fosse muito grande.

Encontro-me com os outros e o Peeta está esplendido, com seu smoking preto, destaca seus olhos e os cabelos loiros.

– Hei, olha o que temos aqui. – ele diz e apoia a sua mão na minha barriga, claro que ele não deixaria de perceber.

Eu acho que a Effie já sabe, porque ela não desmaia.

– Não diga nada sobre isso, eu acho que o Caesar não vai perguntar por que todos estão muito inflamados. Então os deixe mais curiosos. O resto você sabe Peeta. – o Haymitch avisa.

Nós seguimos e nos juntamos aos outros, eles nos dão uma segunda olhada, mas creio que seja por sermos os únicos tão claramente contra tudo isso.

– Vocês estão sombrios. – quem diz é Finnick e eu sorrio para ele.

Era isso o que queríamos.

Enquanto nos alinhamos, alguns vinham e nos davam tapinhas nas costas, como se pudessem nos consolar de alguma forma e – surpresa – Johanna se aproximou.

– Faça-o pagar, ok? – e ela não falava sobre os jogos.

Johanna Mason, a única que percebeu, logo ela.

Caesar Flickerman, estava de lavanda esse ano, parecia como sempre. Agora... Os tributos, estavam ou como nós ou pior, era claro como todos eles tinham raiva, e em todas as entrevistas falavam ou deixavam nas entrelinhas sua vontade de acabar com esses Jogos.

Cashmere, apesar de tudo, usa o próprio Capitol contra eles, dizendo que eles não aguentariam viver sem os vencedores que iriam morrer. Beetee questiona se o Quell é realmente legal, o Finick – ridículo – declara o seu amor através de um poema para uma mulher desconhecida, e algumas da plateia desmaiam. A cara que o Peeta faz é hilária.

Seeder fala sobre o poder do Presidente Snow e como ele poderia facilmente reverter esse Jogos, e Chaff que vem logo depois, insiste nisso, mas conclui que o Presidente não deve achar isso realmente importante para alguém.

É a minha vez e depois de tudo isso, eu me questiono se eu posso explodir essa bomba que os outros vencedores construíram. Quando eu entro, eu sei que sim.

...

Há um silêncio, as pessoas me encaram abismadas, não é como se eles realmente visse a minha barriga, mas a minha roupa sim. Eu demonstro tudo o que estou sentindo em um vestido e eles sentem também. Não há mais uma família, amantes desafortunados, nada disso. O Capitol está destruindo tudo e eles sabem disso, tanto que um minuto depois começa o inferno.

Não a forma de falar, Caesar abre e fecha a boca umas cinco vezes e a minha entrevista está quase acabando quando ele tem a chance de me fazer uma pergunta.

– É claro que essa noite é emocionante, não podia ser diferente. – começa – O que você tem a dizer sobre isso?

– Eu queria dizer que foi bom você poderem ter participado da minha vida por um tempo. – tento parecer decepcionada, triste até, e busco alguma lágrima – E pedir desculpas por vocês não poderem ver a minha família aumentar.

Eles focam em mim e eu enxugo duas lágrimas que haviam caído. Depois disso, eu acendi o pavio da bomba. O Peeta só podia estourá-la de vez. Eles aplaudem tanto, a muitos que choram, outras que bradam com raiva, mas meus três minutos acabaram.

O Caesar leva uns minutos para acalmá-los e chamar o Peeta, ele passa por mim e me abraça, a mais alguns gritos, só que acabam rápido.

– Você foi maravilhosa. – sorri para mim e eu o beijo.

O Caesar tem que acalmá-los novamente. Dessa vez não há realmente nenhuma graça, o Peeta não faz piadas e o Caesar vai para o que interessa.

– Não deve ter ido fácil saber do Quell? – pergunta

– Claro que não, é pior do que tudo que eu passei na vida. Passar todos esses meses vivendo bem e com a Kat, para depois saber que nós vamos ter que voltar para a arena. – ele está tenso

– Eu imagino. – o Caesar fala o que claramente não podia.

– Não, não imagina. Nós temos uma filha e você não deve saber como é sair de casa sem saber se vai voltar para ela. Se um de nós morrermos já é ruim o suficiente, imagine os dois, não vai sobrar nada para ela. Que é tão pequena que não vai poder lembrar os momentos que passamos juntos. – eu tenho que me segurar para não chorar.

– Wow, bom sim, você tem razão, eu não faço ideia. – ele parece abalado também – Mas pelo menos existiram esses momentos felizes, não?

– Sim, em parte, mas nenhum deles apaga o que nós trazemos para aqui. – eu quero saber aonde ele quer chegar.

– Como assim? – nem o Caesar segue o seu raciocínio.

– Há alguns meses atrás eu estava aqui e falei dos planos que tínhamos para o futuro. – o Peeta diz – Não esperávamos que tivéssemos que voltar para o Capitol para participar do Quell como tributos, não mentores. E seguimos com os planos e... Eu não posso acreditar em como tudo vai acabar agora.

Não é preciso realmente completar algo, mas...

– O que isso quer dizer? – instiga Caesar.

– Há um bebê Caesar. – ele diz.


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Notas finais do capítulo

EU REALMENTE ESPERO QUE ESTEJA BOM.
POR FAVOR, comentem, eu preciso saber se o meu esforço foi valido.
Beijos, até.