The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 28
Chapter Twenty Six


Notas iniciais do capítulo

Gente, você estão me deixando maravilhada a quantidade de comentários que eu recebi no ultimo capítulo foi sensacional, continuem assim. Eu queria agradecer as novas leitoras, como a manuzz e a Sandy e Thaís Maddox. Por que eles me botaram lá em cima e elogiaram tanto, esse capítulo é para vocês.



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– Mas como eu vou dar isso a ele? – pergunto a Rue.

– Bem, as bagas que eu te mostrei são doces, ele não vai sentir muito a diferença. – fala.

Ela colhe algumas e eu as moo e misturo com o remédio, coloco hortelãs também, o pior é que eu nem posso provar para saber se ficou ainda muito doce. Eu faço um pouco para mim e Rue, para ele não achar tão estranho o fato de não estarmos comendo. Eu não volto imediatamente, ainda está cedo e não quero acordá-lo, por isso me divido com a Rue e checamos as minhas armadilhas algumas capturaram um coelho ou outro, o resultado é suficiente para que não precise caçar. No fim eu frito um com uma fogueira que eu fiz, e divido com a Prim e guardo uma parte para o Peeta.

Nós voltamos para a caverna e ele já havia acordado, seus olhos passavam por todo lado da caverna, e um suspiro escapou dos seus lábios quando ele nos viu.

– Não suma assim, eu fiquei preocupado. – diz

– Desculpe é que nós estávamos checando as minhas armadilhas, e achamos essas bagas doces, eu trouxe para você, mas só vou te dar se você comer um pedaço do coelho. – falo.

Ele franze um pouco o rosto, mas depois de alguns minutos ele consegue comer um bom pedaço do coelho, e eu lhe dou a mistura com as bagas. Ele parece um pouco incomodado com o sabor, mas no começo não fala nada.

– São muito doces. – ele reclama.

– Sim, Rue as achou, eu achei que você fosse gostar. – continuo dando a ele, faltava pouco.

– Bem, elas são um pouco familiares. – fala tentando se lembra da onde ele as conhece.

– Não é tão fácil de acha-las, elas são silvestres. – a ultima colher já foi e não me importo se ele pode as reconhecer ou não.

– Elas parecem xarope. – eu vejo seus olhos se arregalarem antes que ele caia no sono.

Eu sei que eu vou ter que enfrentar a sua fúria quando voltarmos, mas vale a pena. Nós ainda temos tempo, então eu tento camuflar a entrada da caverna, uma medida tomada depois de uma pequena discussão em que eu tento convencer a Rue a ficar aqui, sem sucesso.

– Nós duas não precisamos nos arriscar Rue, você pode ficar. – tento a convencer.

– Eu já falei Katniss, duas são melhores que uma e o Peeta vai estar protegido, ele nem vai fazer barulho. – eu suspiro, eu não seria capaz de botá-la para dormir também então eu aceito.

Nós comemos o que resta do coelho, eu deixo ela dormir, mas eu não me arrisco a perder a hora, está muito frio e eu me sento muito próxima a Peeta, aproveitando a quentura da sua febre, e vejo o tempo passar devagar, quando o lua some do meu campo de visão, eu arrumo algumas coisas próximas ao Peeta, eu não acho que ele vá acordar, mas eu prefiro o deixar com algumas coisas ao seu alcance.

Antes de sair eu ainda o observo um pouco pensando no quanto ele vai reclamar quando voltarmos, mas eu sei que vale a pena, mexo em seus cabelos por alguns minutos e beijo a sua testa.

Nós saímos e o frio gela os ossos, a respiração si em forma de nuvens, mas nós seguimos o mais rápido que podemos. Chegamos ao local e eu não percebo nenhum sinal de outro tributo, eu dou agradeço por ter a Rue aqui, nos sentamos uma juntinha da outra e conseguimos nos manter um pouco quentes. O tempo passa e a arena se ilumina, por um momento eu penso que tudo foi um motivo para nos colocar todos num só lugar, quando o chão se abre em frente a Cornucópia e uma mesa aparece, as quatro mochilas estão em cima da mesa, a ultima que provavelmente é do 12 é tão pequena que quase me parece um insulto o risco que eu corro por ela.

Eu nem tive tempo de respirar e a Foxface surgiu na campina, pegou a mochila verde e saiu correndo, ela é esperta pegando só a dela não corre nenhum risco de ser perseguida por algum de nós.

Com um olhar para a Rue que indica que ela deve me cobrir daqui, eu sigo até a mesa correndo a toda, antes de conseguir pegar a mochila, ouço o zunir da faca e desvio um segundo antes que ela me atinja, viro e vejo a garota do 2 muito próxima, preparo uma flecha que atinge o seu braço esquerdo, o que a retarda. Eu pego a mochila, um minuto de distração e a minha testa tem um corte que escorre muito sangue e quase me cega. Eu vejo a Rue aparecer na campina, quase grito para que ela volte, mas a carreirista a veria e a usaria contra mim, então só preparo mais uma flecha, que nem chega perto de acerta-la mais a distrai. O corte me deixa lenta e quando ela resolve partir para cima de mim, a Rue aparece com a sua faca e quase a acerta, se ela não fosse tão pequena, vejo em choque a tributo do 2 derrubar a Rue, eu preparo a minha flecha tarde demais, e ela havia acertado a Rue em cheio.

Um grito angustiado sai dos meus lábios, e eu com uma força renovada solto a flecha atravessando o seu pescoço, não me preocupo se o parceiro dela iria aparecer e sigo em direção a Rue me ajoelhando a seu lado, um fio de sangue sai de sua boca.

– Por que você fez isso? – as lagrimas caem livremente pelo meu rosto.

– Eu prometi te proteger, eu não voltaria para casa. – um sussurro quase imperceptível era a sua voz – Eu fico feliz por vocês ganharem Katniss, agora vá o Peeta precisa de você.

Eu choro mais ao ver o quanto responsável e inteligente ela parece nesse momento.

– Não, não Rue, não vá. - eu imploro por ela.

– Obrigado por cuidar de mim Katniss. – eu que tenho que agradecer Rue.

– Obrigado Rue, por tudo! – eu beijo a sua testa, eu não queria ter que deixa-la aqui, mas eu não tinha forças para tirá-la daqui, então corro para floresta e pego um punhado de flores e as prendo como se fosse um buquê, coloco em cima do seu corpo junto com as suas mãos e beijo a sua testa novamente.

Eu fujo quando escuto passos se aproximando da campina, corro o mais rápido que posso resistindo ao impulso de me enroscar no chão e chorar, piora quando eu ouço os dois canhões indicando que as duas morreram. Eu chego à caverna e me espremo para passar pelas pedras, com as mãos trémulas eu tiro o que tem dentro da mochila, uma agulha hipodérmica e pressiono contra o braço do Peeta, largo a agulha em algum canto da caverna.

Eu me aperto contra ele e choro até cair na inconsciência, só lembro de ver o meu sangue encharcar a camisa do Peeta.

Abro os meus olhos de uma vez, e fecho eles novamente sem conseguir enxergar nada.

– Kat? Kat? – a voz do Peeta chega baixinho nos meus ouvidos, seguida por um barulho de chuva forte. – Você consegue abrir os olhos?

Eu os abro mesmo sem ver muita coisa inicialmente, até que ele entra em meu campo de visão. Eu suspiro de alivio, ele parece bem. Eu tento me sentar, mas ele me impede, a minha cabeça dói muito.

– Ei, não pode levantar, quando eu acordei você estava toda suja de sangue, e eu também, eu pensei que fosse algo sério e você não acordava. – suspira – Depois eu vi o corte na sua testa, não sangrava mais e eu fiz um curativo.

Ele não parecia disposto a brigar comigo, nem parecia zangado.

– Kat? O que aconteceu com a Rue? – ele me olhou cuidadoso e sua voz não era mais que um sussurro, o suficiente para me fazer chorar novamente.

Ele me aconchega em seus braços novamente, e eu só faço chorar por alguns minutos.

– Eu tentei deixa-la aqui, só que ela estava determinada a me proteger. A garota do 2 a matou quando ela tentou me defender. – respondo.

– E você a matou. – ele não pergunta, afirma, e eu o questiono de como ele sabe – Apareceu no céu ontem.

Eu mexo com a cabeça em sinal de que tinha entendido.

– Você está com fome? – ele pergunta.

Eu afirmo e ele nos serve com algumas ervas e raízes, eu não tenho condições de caçar e essa chuva certamente não vai parar agora.

– Para quem é a chuva? – questiona

– Eu acho que é para o garoto do 2 e Tresh, a Foxface foi a primeira a aparecer e fugir. – respondo.

– Foxface? – ele não sabe quem é.

– Sim, sim a ruiva, ela é do cinco eu acho, muito esperta, vive sozinha comendo as coisas que os outros tributos conseguem sempre que podem sem que eles vejam, muito rápida e silenciosa. – explico, ele parece não se lembrar dela, mas assente como se tivesse entendido.

– Você devia dormir. – ele fala, não espera uma resposta e se deita junto comigo no saco de dormir e me puxa para ele.

Ele me acordou algum tempo depois e eu me sentia bem o suficiente para sentar, comemos o resto da comida com esperanças de que a chuva passasse no outro dia. Eu não tenho sono, nem ele parece ter, então nós só ficamos lá deitados, comigo apoiada em seu peito.

– Você devia dormir. – dessa vez sou eu que sugiro a ele.

– Não, eu acho que já dormir o suficiente por uns bons dois dias. – ele fala com a voz um pouco magoada.

– Sobre isso, olhe Peeta... – ele me interrompe.

– Sim, sobre isso, não tente nada minimamente perigoso para você novamente para me proteger ou me salvar Katniss. – Wow, Katniss, a coisa é séria – Nós viemos aqui coma ideia de te leva para casa, se colocar em perigo nunca esteve nos meus planos, eu iria te proteger.

– Mas Peeta nós estamos bem. – eu falo.

– Não nós não estamos bem, você pensa que isso é motivo o suficiente para pensar que o que você fez está certo e não está. – retruca. – Nunca, nunca na sua vida se coloque em perigo por mim. Imagine se acontecesse algo a você, iriamos os dois morrer.

Eu estremeço um pouco e ele sabe que ganhou nesse ponto. Eu não falo nada, eu havia conseguido salva-lo e ele não poderia me impedir mais.


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Notas finais do capítulo

Eu fiquei muito triste em fazer esse capítulo, e sim eu matei a Rue aqui porque eu não teria como matá-la depois. Eu sei que eu mudei muito do original tirei a canção e a cama de flores mas o lugar que a Rue morreu na minha história não daria para a Katniss fazer isso senão com certeza ela seria morta.
Eu quero críticas, elogios e perguntas.
POR FAVOR, NÃO IMPORTA SE VOCÊS NÃO GOSTARAM, EU QUERO SABER!