Fragilidade violenta. escrita por RedSenpai


Capítulo 14
XIV- Mais que interessante. Special POV Luke


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente boa dia/tarde/noite. Segundamente obrigado pelos comentários :33
Gostaria de aproveitar aqui também pra pedir perdão por não estar respondendo alguns reviews em capítulos passados, eu realmente estava meio sem tempo, mas agora voltaremos ao normal sz Bom capítulo.



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Eu estava deitado na cama olhando fixamente para o teto tão estranhamente interessante naquele momento. Nenhum pensamento exato passava pela minha cabeça e eu nem mesmo conseguia me concentrar em algum, já que minha mente insistia em pensar em vários de uma vez.

Minha mãe estava na escola com o meu pai, que tinha voltado de uma reunião de urgência só para a tal convocação. Luna e Lola provavelmente estavam na escola ajudando o pessoal a desmontar as barracas e guardar as coisas do Campeonato, enquanto eu tive que ficar trancado sozinho em casa. E eu confesso que minha vontade era de mandar o mundo ir tomar no cu.

Minha cabeça já tava uma desordem total com toda essa história de Saelland, e ainda o diretor vem me complicar? Sabe-se lá que coisas aquele gordo sedentário iria inventar pros meus pais.

Peguei meu celular e tentei ligar para o Roger, que a propósito, era o meu melhor amigo. E sabendo que estaríamos dispensados das aulas por um tempo, tenho certeza que ele não recusaria sair pra beber um pouco e voltar só na manhã do outro dia.

LUKE, NÓS ESTAMOS DE FÉRIAS! – Eu pude ouvir gritos (e deve-se dizer que os de Breyan se ressaltavam). Eu nem mesmo tinha notado que ele tinha atendido. – Onde cê tá?

— Tô em casa, tava pensando em sair hoje à noite, topa? – Tá, minha voz não tava lá tão animada, mas eu precisava mesmo sair um pouco.

Acabei de falar com a galera sobre isso. – Ele deu uma pausa e eu ouvi um grito que pareceu ser da Luna e o barulho de alguma coisa caindo no chão. – Ah, foi mal ae, a Lu caiu. – Eu ri, e no fundo fiquei meio preocupado. – Enfim, hoje à noite na casa do Petter, que tal?

— Pode ser, té depois. – Eu esfreguei a mão nos olhos percebendo que precisava dormir um pouco, acho que parte do meu mau-humor era sono. Então eu desliguei e deitei na cama.


~~~~*~~~~*~~~~*


Antes mesmo de conseguir pegar no sono, ouvi o barulho do carro chegar. Ouvi também o barulho do portão fechando, e em seguida o barulho da porta abrindo. E, por ultimo, a voz da minha mãe me chamando.

Sai do quarto, desci as escadas sem um pingo de ânimo no rosto e segui até a sala onde meus pais estavam, os encontrando com uma expressão...

Normal? Talvez... FELIZ?

— Oh, Luke, finalmente. – Meu pai disse se sentando no sofá e voltando a folhear seu jornal.

— Ai meu Deus, filho, as aulas foram suspensas por uma infestação de ratos! Dá pra acreditar?! – Minha mãe dizia incrédula, e depois voltou a olhar para mim com uma expressão toda alegrinha. Ok, aí tinha merda.

— Claro que foi por isso, mãe, eu vivo vendo ratos pela escola. – Claro que eu não podia ser irônico, mas não resisti.

— Credo Luke, e nunca me contou? – Sorte minha que ela era meio lerda, então eu apenas dei de ombros. – Mas enfim, nós temos uma surpresa pra você! – Ela deu uns pulinhos e eu tive que arquear minha sobrancelha. – E você só vai saber amanhã. – Ela se levantou e me deu um beijo na bochecha, e depois subiu as escadas. Pude ver meu pai suspirar e rir ao mesmo tempo, mas não desviava os olhos do jornal.

Me sentei no sofá e liguei a TV. Estavam mostrando vários acidentes horríveis e supostamente sem explicações, sem contar os meteoros que estavam caído sem que ninguém notasse. Pelo jeito, o negócio tava tenso mesmo.

— Acho que estamos no fim mesmo. – Meu pai comentou meio avoado e eu o olhei. Ah, cê num faz ideia, coroa.

— Acho que a gente tem esperança ainda, vai saber. – Comentei e me levantei. Precisava dormir e depois me trocar. Acho que essa seria a primeira festa que eu iria e que Luna também estaria lá, e aquilo me fez ficar empolgado.


~~~~*~~~~*

Eram sete da noite quando eu desci tropeçando as escadas comendo um pacote de Ruffles. Eu vestia uma camisa com um Charizad enorme, uma calça jeans e um All Star. Era uma festa na casa do Petter, então pode ser resumida como: zuera, bebida e vídeo game.

Me despedi dos meus pais e peguei a chave da moto. Não demoraria cinco minutos pra chegar lá.

~~~~*~~~~*
Luke Pov’s Off
~~~~*~~~~*

Eu conversava com alguns garotos do Terceiro Ano que insistiam em me rodear. Não que eu não gostasse, mas muita gente aglomerada fazia com que eu me sentisse sufocada, então logo inventei uma desculpa de que iria pegar algo pra beber e sai dali.

Quando cheguei à varanda, pude ver que Rafael estava lá também. Ele andava meio estranho desde que chegou, e eu entendia. Acho que ele ainda deveria achar que tudo era uma brincadeira.

— A festa tá bem animada, né? – Eu me coloquei ao seu lado, debruçando em um dos corrimões que separavam aquela área do jardim.

— Pois é. – Ele respondeu seca e friamente, olhando pro chão, e aquilo me magoou um pouco e ele pareceu perceber. – Desculpa, é que...

—Eu sei, é complicado. Queria te explicar melhor. – Eu sussurrei, e pude senti-lo se aproximando.

— Por que não explica? – Ele falou também num sussurro, me virando para si. Diferente de Luke, ele era realmente forte e bem maior, e seus olhos azuis fariam qualquer garota se perder. E junto com aqueles cabelos dourados, seria facilmente confundido com um anjo.

Ou até mesmo Balder, o Deus Da Luz.

— E-Eu não posso. – Me afastei bruscamente, fazendo com que meu curto vestido de pregas preto balançasse como folhas de outono. Pude ver a expressão irritada de Rafael, mas ele não se moveu, nem disse uma palavra, apenas pareceu se concentrar em algo que estava atrás de mim.

Eu me virei assustada e quase bati o rosto no corpo que lá estava. Luke tinha uma expressão séria e uma sobrancelha arqueada, enquanto segurava uma taça de tequila. Não me olhara nem por um segundo, mas ele e Rafa pareciam conversar por uma linguagem telepática.

— Talvez um dia você goste de mim o bastante para me contar seus segredos. – Foi a ultima coisa que ouvi o loiro dizer antes de sair pela mesma porta que eu entrei, não sem antes depositar um beijo no topo da minha cabeça.

Eu suspirei e encostei-me ao corrimão novamente, dessa vez virada pra frente. Olhei para o Luke e esse parecia meio irritado enquanto retribuía o olhar.

— Desculpa se eu atrapalhei. – Ele ficou de frente pra mim, se aproximando cada vez mais, e eu desviei o quanto eu pude para não encará-lo. Ele estava absurdamente perto, e meu salto alto preto fazia com que eu ficasse um pouco mais alta, fazendo com que nossos rostos ficassem ainda mais perto.

—Não atrapalhou. – Olhei pra dentro da sala e vi que ninguém passava por lá, já que estavam no fundo provavelmente aproveitando a musica que tocava alta. Ri ao pensar que Petter poderia estar nos procurando.

— Ele beija bem? – O ouvi perguntar e arregalei os olhos. Mas antes que eu pudesse responder, senti suas mãos na minha cintura me puxando pra si, e perdi completamente minha linha de raciocínio. – Vou entender seu silêncio como um “não”, dessa vez.

Eu ri e pude ver seu sorriso de canto também, mas eu sabia o que significava aquela proximidade, e confesso que estava meio ansiosa pelo que viria a seguir, mesmo não sabendo exatamente o que viria.

Senti seu hálito quente se aproximando da minha boca e ouvi seus suspiros altos de nervosismo, me apertando cada vez mais enquanto se aproximava. Quando finalmente selamos nossos lábios, achei que ficaríamos assim como da ultima vez, mas não foi isso que aconteceu. Foi muito melhor.

Senti sua língua acariciar meu lábio inferior e inconscientemente acabei os entreabrindo, dando espaço para que ele me invadisse. Ouvi o copo de tequila caindo no chão enquanto ele passava a dedicar as duas mãos a me pressionar conta a estrutura de ferro, passeando pela minha boca e me fazendo suspirar com cada movimento que fazia. Comecei a mover minha língua também, e nem consigo me lembrar de quanto tempo nos perdemos naquilo.

Ele se afastou minimamente de mim enquanto me olhava no fundo dos olhos, o que fez com que eu sentisse um estranho calor subir. Passei minhas mãos pelo seu pescoço e instintivamente acariciei os cabelos da sua nuca.

Tentei me aproximar mais uma vez da sua boca, mas ele se afastou. Minha face se contorceu um pouco em frustração, e pude ouvi-lo rir.

— Já devem estar procurando a gente. – Ele disse enquanto me apertava contra seu corpo, e eu pude sentir a elevação sendo pressionada contra o meu ventre.

— Então acho que a gente tem que ir logo, né? – Eu o empurrei forte fazendo com que ele tivesse um baque pra trás, e ri. Ele apenas me olhou de canto e agarrou meu braço, me levando para algum lugar que eu não sabia onde era.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Mereço vossos preciosos comentários? Eu adoro eles, pessoas. E recomendações, mereço? Espero que estejam gostando. -q
Até o próximo 030