Song~

Capítulo Dois - A garota louca que grita sempre que eu ganho.

(Lucy)

– Luce... – ousou alguém me chamar, mas me recuso a abrir os olhos. A aula já havia começado a apenas alguns minutos mas foi o máximo para que eu caísse em um sono pré-coma. Assim que ele começou o assunto sobre a historia do nosso pais e o blá-blá-blá todo eu cai no sono e agora tem um ser (que eu chuto ser o Pinkie Pie) que está me cutucando de forma extremamente irritante. – Luce.

– QUE FOI, DESGRAÇA?! – perguntei, em alto e bom som. Me esquecendo por um segundo que eu estava no meio de uma sala de aula, cheia de alunos e com um professor. Olhei em volta e percebi que todos me olhavam, alguns tentavam segurar o riso, algumas meninas (com cara de cão chupando manga) me olhavam feio e o professor também tentava segurar o riso. – Me desculpe professor.

Abaixei a cabeça envergonhada, enquanto o professor voltava ao normal e continuava a sua aula. Aproveitei o momento em que ninguém mais olhava pra mim e virei minha cabeça em direção ao rosado, igual a menina do exorcista.

– Pinkie Pie... – murmurei, rangendo os dentes com raiva.

O mesmo riu, colocando a mão no meu cabelo e bagunçando o mesmo. AH NÃO! Ele está pedindo pra morrer, só pode. Eu levei horas (5 minutos) pra arrumar meu cabelo e ele faz isso?! Que cretino! Escroto! Pônei maldito! Estiquei a mão, dando um belo tapa na nuca dele fazendo o mesmo bater de cabeça na mesa.

– Ai Luce, por que você fez isso? – perguntou ele, passando a mão no local onde tinha batido na mesa. Sorri vitoriosa. Ah, como é bom o gosto da vitória.

– Porque você estava me irritando! – okay, não era só por esse motivo. Era também pelo fato de você ser um escroto, ridículo, pônei fugitivo do reino do arco-íris e muito mais, porém se eu ficasse falando todos os motivos para bater nele eu provavelmente ficaria sentada nessa cadeira por semanas.

Ele revirou os olhos, soltando uma risadinha.

– Eu só queria te avisar que você estava babando.. Alias, sua cara está toda babada nesse exato momento. – disse, apontando para meu rosto e rindo em seguida.

Senti minhas bochechas ficarem vermelha.

Droga!

Era por isso que as pessoas estavam rindo de mim. Limpei a baba do meu rosto, em seguida fiz questão de limpar a minha mão na camisa dele.

– Ai Luce! Que nojo! – exclamou, tentando inutilmente limpar a camisa e fazendo careta.

Sorri vitoriosa mais uma vez. Natsu 0 x Lucy 2.

Virei meu olhar em direção ao professor, tentando pela primeira vez prestar atenção em alguma aula, mas essa aula era tão chata que eu estava quase morrendo de tedio só de olhar a cara do professor. Por favor, bate logo sinal maldito. Olhei o relógio da sala, faltava pouco, logo eu poderia comer.

– E então... – o professor tentou falar, porém o sinal tocou.

ISSO! FINALMENTE!

Esse som era música para meus ouvidos. Abri a mochila pegando o dinheiro que eu tinha pra comida, tomara que tenho coxinha (porque coxinha é vida!). Assim que me pus de pé, pronta pra dar o pé daquela sala, alguém segura meu pulso e me puxa para uma direção qualquer. Quando noto, estou em um grupinho, cheio de garotos que me encaravam com sorrisos e então percebo quem havia me puxando.

– Será que você pode parar de me puxar pra tudo que é lugar? – perguntei a coisa rosa que sorria para mim, cruzando os braços e bufando – Se me der licença, eu tenho uma coxinha pra comprar. – falei, me virando para ir embora.

– Calma aí loirinha, antes de tudo, se apresente e deixe que a gente te conheça melhor. – um dos amigos do idiota disse, ele tinha cabelos pretos meios azulados e por algum motivo eu conhecia ele de algum lugar..

Bufei.

– Meu nome é Lucy. E se vocês não me deixarem ir eu darei um chute no saco de cada um de vocês. – sorri amavelmente. Eu sou uma garota tão fofa!

O moreno riu, esticando uma mão para mim. Espera aí...

– Prazer, meu nome é Gray... – o interrompi.

– AI MEU DEUS! VOCÊ É O ICE CREAM! – gritei, enquanto apontava para ele e uma animação sobrenatural crescia dentro de mim. Antes que eu pudesse gritar novamente o outro moreno, cheio de piercing’s na cara tampou a minha boca.

– Shiiiu.. – ele pediu, logo depois fui arrastada por eles até a parte de trás do colégio. Droga, pelo jeito eu vou ficar sem coxinha... – Como você conhece ele? – perguntou, apontando para o Ice Cream.

Dei os ombros.

– Vi a luta dele.

– Ah! Agora eu te reconheci! Você é aquela garota louca que gritou quando eu ganhei a minha luta. – afirmou, rindo em seguida.

Que maravilha! Agora eu sou conhecida pelo meu lutador favorito como “a garota louca que grita sempre que eu ganho”, tem como o meu dia ficar pior?!

– E-Eu não sei do que você está falando. – disse, dando os ombros e virando o meu rosto totalmente corado.

Ele riu mais uma vez.

– Fico feliz que tenha conhecido uma fã minha. – sorriu para mim de um jeito galanteador. Quem ele pensa que é pra dar em cima de mim? Algumas vadiazinha dele?

Revirei os olhos.

– Será que vocês podem, por favor, me deixar ir comer a minha coxinha? – perguntei, ao sentir minha barriga roncar bem alto.

– Claro. – o rosado se pronunciou, abrindo caminha pra mim, porém antes de me deixar ir ele segurou meu braço – E não conte a ninguém sobre o Gray ser um lutador. Isso é um segredinho nosso, certo? – piscou pra mim.

Fiz careta.

– Certo, idiotas. – disse, enquanto ele largava meu braço e eu seguia em direção a minha coxinha.

Coxinha, aqui vou eu! E logo estarei saboreando seu gosto em minha boca, acompanhado de uma coca gelado (Óh, delícia!).