Song~

Capítulo Quatorze - Gray vs. Lucy

(Lucy)

– Quem é você? – perguntei, observando um homem loiro na minha frente, com os olhos avermelhados. Ele usava roupas chiques, igual aqueles cafetões dos tempos antigos. Cheio de joias e anéis brilhantes no dedo. Seu cabelo era grande e me lembrava bastante uma garota.

– Zancrow. Mas acho que não precisamos nos apresentar, já que matarei todos vocês. – riu, enquanto nos olhava com desprezo.

– Será que eu posso dizer algo? – perguntei, ele olhou diretamente pra mim, analisando meu corpo e em seguida sorrindo, afirmando com a cabeça – Eu sou completamente inocente, okay? Sei que esse idiota aqui deu em cima da sua garota mais isso não significa que você precise me matar, não é? – forcei um sorriso.

Ele riu, ou melhor, gargalhou.

– Desculpa loirinha, mas não é assim que a banda toca. Seu amiguinho tocou na minha garota, e ele precisa pagar pelo que fez, não acha? – se aproximou, segurando meu queixo – Infelizmente, como você é amiga dele, terei que mata-la também.

Amaldiçoei Gray em minha mente. Lhe dando um chute na canela de tanta raiva que estava.

– Você aceitaria algo em troca da nossa liberdade? – Natsu perguntou, olhando mortalmente para Zancrow.

Zancrow se afastou de mim, enquanto começou a andar com a mão no queixo, pensando em algo. Alguns minutos depois ele sorriu, estalando os dedos.

– Eu aceito dinheiro.

– Dinheiro? – perguntei. Ótimo, uma oportunidade de conseguir sair dessa roubada. Uma lâmpada se acendeu na minha mente, lembrando-me que eu havia ganhado 100 milhões hoje mais cedo – Quanto exatamente? – perguntei, abrindo um meio sorriso.

– 100 milhões. – O QUE?! ISSO É TODO O MEU DINHEIRO!

Ouço Natsu suspirar, ele estava na mesma situação que eu. Eu não queria dar meu dinheiro pra esse mafioso que parece mulher, além disso, com todo aquele dinheiro eu poderia comprar todos livros, jogos, quadrinhos e mangás que eu quisesse. Respirei fundo, olhando para Zancrow.

– Nós temos esse dinheiro. – afirmei, enquanto ele me olhava com uma sobrancelha arqueada – Eu pago! – exclamei.

Zancrow sorriu, tirando do bolso uma faca e se aproximando de mim. Por um momento pensei que ele fosse me matar, porém o mesmo cortou a corda que amarrava meus ombros, em seguida a que amarrava minhas mãos.

– Temos um acordo, então? – perguntou, estendendo a mão. Olhei para os dois idiotas, em seguida aceitei sua mão.

*.*

– Não acredito que fiquei sem precioso meu dinheiro. – resmunguei, estava jogada na cama do hotel, vestindo meu pijama de pandas.

Natsu havia saído para resolver alguns assuntos com o hotel, além de que ele e Zancrow ficaram de conversar sobre o dinheiro. Eu mesma havia me oferecido para entregar o dinheiro só que Natsu insistiu e disse que tinha medo de que algo acontecesse comigo. Gray acabara de sair do banheiro, apenas com um calção mostrando o peitoral dele, o que me fez corar levemente.

– Pelo amor de deus, coloque uma blusa! – exclamei, sendo que minha eu interior pedia que eu mandasse ele tirar o calção também...

Ele riu.

– Relaxa loira. – exclamou, caminhando até mim e puxando-me pelo braço – Nos temos uma luta, não é mesmo? – sorriu, bem próximo ao meu rosto.

Foi a minha vez de rir. Sem pensar duas vezes o derrubei no chão, ficando em cima do mesmo, enquanto segurava as mãos dele, imobilizando-o. Sorri de maneira debochada.

– Você late mais não morde. – resmunguei.

Em segundos ele trocou as posições, segurando minhas mãos em cima da minha cabeça, enquanto com as pernas prendia as minhas pernas. Dessa vez eu estava imobilizada e ele estava adorando isso. Ele se aproximou do meu rosto, roçando levemente seu nariz no meu.

– Agora você parece uma gatinha indefesa. – sussurrou, próximo ao meu rosto.

Ele passeava o nariz pelo meu rosto, depois roçando-os levemente em meu pescoço, por fim dando um leve beijo no meu pescoço fazendo-me estremecer.

Seus olhos se encontraram com os meus. Olhos completamente escuros, sem nenhuma expressão que eu conseguisse identificar. Sua respiração se misturava com a minha e eu podia sentir seu hálito fresco tocando meu rosto. Tenho certeza de que minhas bochechas estão completamente vermelhas porque sinto elas mais quentes que o normal.

– O que.. você.. está fazendo? – perguntei ofegante, enquanto meus olhos caiam nos lábios dele. Eu sentia uma enorme vontade de senti-los contra os meus lábios. Qual seria o gosto de seus lábios? Menta, sorvete ou apenas algo frio e aconchegante.

Ele afrouxou um pouco o jeito que segurava minhas mãos, enquanto seu rosto ficava ainda mais próximo de mim.

– O que eu devia ter feito a muito tempo. – sem que eu pudesse protestar ele atacou meus lábios. Seu beijo era violento e selvagem, ele adentrou minha boca sem minha permissão e sua língua invadia cada canto da minha boca. Seus lábios tinham uma mistura de menta, sorvete e eram frios de um jeito bom.

Suas mãos soltaram as minhas, enquanto desciam levemente para minha cintura. Mesmo que eu quisesse fugir não teria como, com o peso dele sobre meu corpo e suas mãos em minha cintura a chances de fugir era quase nulas. Minhas mãos se moveram para o pescoço do mesmo, brincando com seus cabelos e puxando-os levemente.

O ar nos faltou, fazendo com que nos afastássemos um do outro, encarando um ao outro sem saber o que fazer. Gray me olhava assustado, e parecia estar procurando as palavras certas enquanto eu não estava diferente dele. Levei uma mão até meus lábios, esse foi o meu primeiro beijo, um beijo roubado por Gray.

– Isso não devia ter acontecido... – ele resmungou, enquanto saia de cima de mim e se sentava na cama, com as mãos na cabeça.

– É, isso definitivamente não deveria ter acontecido. – exclamei, levantando-me e me sentando ao seu lado. Meu coração batia feito louco e parecia que eu teria um ataque cardíaco a qualquer momento.

Ficamos em silêncio. Enquanto mais uma vez, nossos lábios se encontravam como imãs. Dessa vez o beijo não durou tanto, e quando percebi estávamos sentados um do lado do outro, totalmente ofegantes.

– E-Eu vou ir dormir. Amanhã voltamos pra casa e eu tenho que me preparar pra ficar de castigo. – disse, sem graça enquanto deitava na minha cama e me cobria por completo – Boa noite. – sussurrei, antes de fechar os olhos.