O Fio Da Lâmina - Interativa escrita por Romeu Jr


Capítulo 6
Primeira História


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora meus amores. ^^



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†A Primeira Caça†

A sala era grande demais, e não importava o quanto eu corresse a porta que dava na saída da mansão não chegava nem um centímetro mais perto. As janelas que estavam abertas não estavam mais oferecendo para a sala aquela luz do sol de agora a pouco, e a luz fantasmagórica da noite agora reinava. Olhando para longe não se via nada além do grande descampado e em um certo ponto tudo sumia na noite escura. Sem arvores ao longe, sem montanhas, sem estradas. Apenas a escuridão atrás das janelas daquela sala. A porta que estava na parede ao meu lado rangeu e abriu, parei de correr e olhei para o interior da outra sala. Parecia um leito de um hospital abandonado, macas sujas de sangue seco, alguns corpos jogados no chão.

A sala escureceu, como se a escuridão tomasse forma perto das macas, e foi chegando mais próxima da sala em que eu estava. Um rosto pálido saiu da escuridão, e senti meu coração falhar. A cabeça de um homem, aparentemente morto estava olhando para mim, com sua boca escancarada cheia de sangue seco, e a escuridão passou a tomar conta da sala em q eu estava.

Corri para a porta que daria na saída, Mas quanto mais eu corria, mais ela parecia longe, enquanto aquele morto estava cada vez mais perto de mim. Quando a porta pareceu estar perto senti algo puxar minha perna, e caí de bruços. Uma sombra pesada ficou em cima da minha perna e pude sentir a dor da minha carne sendo rasgada lentamente, da minha panturrilha até a minha coxa, olhei para trás soltando um guincho de dor. Vi a escuridão se alimentar de meu sangue, e as mãos pálidas do morto estavam presas no meu tornozelo.

Aranhas negras desciam da sombra e entravam na carne da minha perna, fazendo minha carne pinicar por dentro e doer ainda mais.

Tentei chutar as mãos do homem e me soltar, mas foi inútil. Podia sentir as aranhas subindo por minha cintura e me devorando pouco a pouco por dentro, e me desesperei ainda mais. Consegui me soltar das mãos dele e me levantei. A carne na minha perna começou a infeccionar instantaneamente, mas ainda conseguia correr.

Lagrimas escapavam dos meus olhos quando alcancei a porta que dava na saída. O corredor que se estendia até o jardim era bastante estreito, eu corri por ele a toda velocidade, enquanto a escuridão vinha atrás de mim. Parei subitamente quando percebi que a saída também estava coberta pela sombra.

Eu parei bem no meio do corredor, esperando o por acontecer.

Da escuridão as minhas costas, arame farpado abraçavam meu corpo, enquanto da minha frente, mãos esqueléticas quebravam o reboco da parede com suas enormes unhas. Depois ele saiu por completo da escuridão. Um demônio branco, com asas de sangue, chifres de touro, patas de leão, rabo de cobra e olhos negros, ele chegou na minha frente e enfiou a espada em minha garganta.

Pude senti na língua o gosto do metal e do sangue.

Acordei sobressaltado.

—Seus pesadelos estão mais fortes Vergil! –Gabriel estava deitado do meu lado –Sua próxima transformação está perto.

A noite havia chegado, e estava na hora de sair daquela casa. A pouco tempo chegamos aqui em Florianópolis. A uns dois anos fiz rituais para me transformar em Vampiro, assim como meus amigos, Gabriel, Jorden, Michelly e Bella. Fomos iniciados por um vampiro chamado William Bellamy, e agora estamos atrás de alguns Furry’s que andaram matando humanos por aqui. Gabriel e Michelly vieram comigo, enquanto Bells e Jorden continuaram em nossa cidade natal, fingindo estarem tristes por nosso “desaparecimento”. Nós passamos por quatro transformações antes de se tornar vampiros adultos. Estou a caminho da terceira, e se meu corpo não aguentar as modificações morrerei.

A primeira transformação foi em um sito, meus pais estavam comigo. Minha temperatura aumentou tanto que meus pais pensavam que eu iria morrer. Eu também pensei.

Não senti calor nenhum, o frio foi tão grande que meus ossos se contorciam. Minhas unhas cresceram e ficaram roxas assim como meus lábios. Resumindo, a coisa foi feia. Eu realmente achei que eu corpo não aguentaria a transformação. Mais aguentou.

A segunda foi na minha antiga escola, não foi tão ruim quanto a primeira. Eu era costumado a ser chamado de Junior. Mas agora me chamo Vergil, que foi um apelido dado pela Michelly, cujo salvei de um suicídio apresentando o mundo dos vampiros para ela. Que mostrou para o Jorden e o Gabriel, e por sua vez mostrou para sua namorada Bella. E assim estamos aqui.

—Pai! –Michelly me chamou –Acho que temos uma Sagae por perto.

—Viemos para pegar um Lobisomem e vamos ganhar de brinde uma bruxa! –Gabriel estava colocando um casaco, embora não sentimos tanto frio como humanos.

—Procure os dados dela Michelly –Eu levantei do chão indo me arrumar para sair também.

Aprendemos com o William a nos alimentar pela força espiritual de humanos, e graças a isso, Michelly é ótima em descobrir detalhes da vida das auras que ela sente. Essas são habilidades raras encontradas em poucos vampiros. Assim como a minha, de dar forma a minha aura.

Me concentro e sinto a força dentro de mim se expandir, e sair do meu corpo, tomando a forma de um lince negro. E graças a isso também sinto a Dama Negra em meu interior gritar. A Dama Negra é a parte adormecida de um vampiro, feita apenas de desejos, ódio e desprezo.

Dizem que quando ela escapa para a superfície, passa a controlar nossas decisões, fazendo com que nos tornemos assassinos. E nada mais.

—Encontrei! –Michelly estava com as mãos na terra –O nome da bruxa é Alexandra Portinoy D'Ville, Bastante forte, e tem poderes incomuns para uma bruxa brasileira. Mais a parte interessante. Ela está próxima de um dos nossos alvos. Beatrice Evans Armstrong lobisomem hibrida, e esta meia pedida pela cidade. Acho que vamos ter que dar uma olhada nessas duas.

—Ainda temos tempo de sobra Filha –Falo abrindo a porta da casa. –Temos que nos alimentar primeiro antes de entrar em uma briga com uma Sagae e uma Furry ao mesmo tempo.

—Ele tem razão Michelly –Gabriel sai logo atrás de mim. –Vamos dar uma volta.

A primeira parada foi em uma boate.

—O jantar esta servido -Eu me adiantei.

Michelly veio atrás de mim rindo muito.

—Eu estava com fome mesmo.


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Notas finais do capítulo

É isso galera. Espero que gostem.