O Fio Da Lâmina - Interativa escrita por Romeu Jr


Capítulo 18
O Começo da Guerra


Notas iniciais do capítulo

Khaos Raiser Yami... Será que não tinha um nome melhor para colocar em alguem? Tinha que ser "Khaos" o nome de alguem cujo a vida é simplesmente um "Caos" total?
Quando era pequeno, era normal cair no chão. Não que me derrubassem, mas é que minha aura fazia os humanos desmaiarem. Meus pais então decidiram me tirar do meu país de origem. Pois não queriam que outras pessoas fossem afetadas com isso. E convenhamos. O Japão não é o melhor lugar para ficar longe de pessoas!
E então... Welcome to Brazil! Aqui estou eu!
E tudo estava bem, até eu completar cinco anos de idade. A maldição que existia dentro do meu corpo acordou, e assim levou minha mãe e minha antiga casa.
Meu pai sobreviveu pois não estava em casa naquele dia. Não se pergunte ainda o que aconteceu. Te garanto. Você não vai querer saber que minha mãe foi morta por ter tocado em mim, e uma foice vermelha ter saído de meu corpo atravessando seu coração e deixando seu corpo podre em alguns segundos, vai? Pois é! Foi o que pensei. Niguem quer saber de uma história dessas. Enquanto a casa? Sim, sobre isso eu posso falar... Ela tambem apodreceu, e caiu em cima de nossos corpos. Mas consegui me salvar.
Meu pai chegou logo no outro dia. E ficou inconsolável assim como eu. Niguem soube contar o que havia acontecido. Só eu sabia, com todos os detalhes. Mas ao contrário das outras pessoas. Eu não queria que a policia nem meu pai soubesse que minha mãe morreu por minha causa.
Naquele tempo eu ainda não fazia muita idéia de o quanto aquilo era grave. Mas sabia que eu nunca mais iria ver minha mãe, e a pior parte? Era por minha propria causa.
Que seja! Mais 5 anos se passaram e um certo dia acordei com meu pai me dando ordens para arrumar minhas coisas. Meus primos Kai e Yuno haviam se mudado para o Brasil a algum tempo, e agora ele iria visita-los em sua nova casa, em Florianópolis.
Depois de algumas horas de viagem chegamos na casa. Mal esperei para o meu pai parar o carro e corri para dentro, dando literalmente de cara com minha prima Yuno, que alem de prima e melhor amiga, era o amor da minha vida.
Algumas horas mais tarde, ao assistir alguns episódios de Samurai X, ela tocou em minha mão. Daquele jeito que só acontece em filmes. E soube qual seria o proximo passo. Seria o melhor primeiro beijo da minha vida, se não fosse a mão dela ficando roxa e apodrecendo.
Entramos em desespero, o que fez Kai correr de seu quarto e ver o que estava acontecendo. Tentei parar ele na porta do quarto. Mais algo quente saiu de meus pulsos. Algo quente e afiado que rasgou minha pele e perfurou o peito de Kai.
Estava acontecendo tudo novamente.
O grito de Yuno foi tão grande que fez meu corpo se contorcer, forçando a foice a entrar denovo em meu braço. Me virei para ver Yuno, mas ela foi mais rapida, me abraçando forte. Senti a alma dela se esvair pouco a pouco, e depois de alguns segundos ela caiu inerte no chão, branca, esqueletica e morta.
Sei que os gritos que se seguiram depois eram os de meu pai. Mas não conseguia focar em mais nada, a não ser no corpo de Yuno caido aos meus pés. Quando notei que meu pai havia entrado no quarto não tive outra reação. Pulei a janela que dava nos fundos da casa e corri, corri rapido o bastante para estar fora do alcançe de qualquer pessoa que eu pudesse matar.
Não foi nada dificil passar 4 anos dentro da mata fechada. Qualquer predador morria antes mesmo de chegar a tocar suas garras em mim. Houve apenas uma coisa que sobreviveu à meus poderes. Não uma "coisa" e sim alguem.
Lilith me encontrou e me ensinou tudo sobre meus poderes, minha maldição e também me ensinou como me controlar. Mas ainda sim, era muito poder concentrado. Até ela não aguentou a minha presença. E foi embora. Dês de então nunca mais à vi.
Voltei para a cidade e continuei minha vida. Sempre meus poderes me ajudaram a conseguir as coisas. Até mesmo conhecer meus dois unicos amigos. Sendo eles um Lobisomem e um Vampiro. Consegui ganhar a confiança de um demônio e fiz dele meu professor de magias. Ele me ensinou a criar outros demônios. Foi assim que ganhei Beliel. Meu demonio mensageiro. Tambem foi assim que fiz meus amigos serem capturados, e tentando ajudar fui pego também. Não pela mesma pessoa. Mas fui pego.
E agora estou aqui... Frente a frente com Thanatos/Minha/Mãe.
Khaos, Khaos, Khaos... EU... Essa é minha vida...
Um Caos total!



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Thanatos deu um leve sorriso enquanto o menino se aproximava dela.
–Khaos -Thanatos o abraçou - Sei que é difícil, e estranho. Mas não, não sou sua mãe.
Khaos sentiu a eletricidade passar por seu corpo quando ela terminou de falar, mas continuou abraçado à ela sem medo algum. Pela primeira vez.
–Por eu ter uma grande afinidade com a morte, é normal para quem ja esteve cara a cara com ela sentir a presença de alguém que já se foi quando estou por perto - Ela o abraçou mais forte -Mas não perca a esperança, sua mãe realmente ainda está por aqui. Te protegendo filho!
–O que estamos fazendo aqui? -Khaos finalmente saiu de seus braços -Eu ainda não entendi nada! Estamos totalmente perdidos!
Thanatos olhou para os rostos confusos dos outros garotos. E começou a rir.
–Vamos! e sigam! -Thanatos começou a subir a montanha -Contarei pra vocês o que estão fazendo aqui.
Thanatos foi seguida de perto pelos garotos que escutavam a história. Eles andavam pela neve normalmente sem sentir frio algum, e mais tarde a grande Feiticeira explicou que o frio não faria muita diferença pois existia algo dentro deles que era quente o bastante para os manterem quentes.
Também contou o verdadeiro proposito de estarem ali.
Os DeMolay's haviam cansado de simplesmente esperarem a pista de algum imortal aparecer e depois ir à caça. Agora eles haviam descoberto uma maneira de encontra-los e se reuniram para começar o ataque. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Imortais estavam sendo dizimados em segundos.
Eles trouxeram de volta a época das caça as bruxas, de uma forma muito mais sanguinária do que pode ser lembrada. Na Africa, imortais eram queimados vivos, na Asia, jogados dentro de rios amarrados em ferro puro, nas Américas eram empalados de todas as piores formas. E assim tinha começado um dos piores massacres da terra, bem debaixo do nariz dos humanos. Não existia tempo melhor para irem atrás dos imortais, do que um tempo obscuro e cheio de horrores.
As pessoas sentiam medo e repulsa ao saberem das histórias de massacres que haviam ocorridos em tempos antigos, mas se tornam cegas ao não abrirem os polhos para o massacre atual, que chega a níveis extremamente absurdos. Pais matam filhos, filhos matam irmãos, nação mata nação, religião mata religião. O mundo inteiro está em estado de óbito. E ninguém percebe.
Não existe tempo melhor que esse para começar essa guerra. Existe?
Os garotos finalmente estavam entendendo o porque de terem chegado ali. Os imortais agora precisavam contra-atacar. Ou seriam totalmente extintos dessa vez.
O que mais se perguntavam era o "Porque" de essas pessoas fazerem isso. Porque eles estavam tão certos de que deveriam matar os imortais? E isso os deixavam mais intrigados e davam um motivo verdadeiro para estarem ali, seguindo uma das feiticeiras mais poderosas do mundo.
Quando chegaram a uma altura bastante considerável eles decidiram parar de conversar sobre o assunto e apenas ficar um tempo em silencio para conseguir assimilar as informações.
Uma casa pequena estava à mais ou menos uns 100 metros de distância deles. E Thanatos estavam indo em sua direção. A porta da casa se abriu e um garoto ficou na porta à espera. O menino não deveria ser mais velho que eles e com certeza não parecia mais forte. Era um pouco alto, branco e tinha grandes olheiras.
Ele deu um grande abraço em Thanatos depois olhou para os garotos de longe. Algum tempo depois Thanatos os chamou.
Todos entraram na casa. O interior com certeza era muito mais aconchegante que o exterior. Uma lareira estava acesa e lenhas novas haviam sido colocadas no fogo.
–Os DeMolays começaram o ataque por aqui também -disse o garoto das olheiras -Minha cidade foi totalmente exterminada. Alem de mim, não sei se alguém sobreviveu. Meu pai ficou lá.
–Soube que eles haviam decretado um ataque à Florianópolis- Thanatos estava não só falando com o garoto, mas estava dirigindo a palavra a eles também, os incluindo na conversa - Uma das cidades com a maior porcentagem de imortais.
Um gralhado cortou o céu e todos se puseram de pé.
–A Fênix! -O garoto falou e correu para a porta - O vilarejo está sendo atacado!
Todos correram para a porta e saíram da casa procurando um pequeno vilarejo que ficava no pé da montanha. Ao longe se via pontos pretos, e a maioria conhecia aquela imagem, com certeza não eram macacos. Todos sabiam que os pontos pretos eram pessoas de capas com capuz.
–Meninos! -Thanatos passou a mão no ar e um cajado verde apareceu em sua mão -Acho que o treinamento de vocês acaba de começar.
Todos começaram a se preparar e três segundos depois estavam no pé da montanha, no meio do vilarejo que começara a pegar fogo por todos os lados.
"Essa é a guerra? Vamos ver o que está nos esperando" Khaos mal terminou seu pensamento e uma garota atravessou sua visão com uma espada atravessada em seu estomago.
***
Adriane estava quase chegando na casa quando viu a Fênix passar acima de sua cabeça. Um pássaro roxo grande demais para não ser visto, com suas asas em chamas. E de repente ela se lembrou que ele só fica com aquela aparência quando está tentando proteger sua morada.
Ao longe viu as conhecidas capas dos Cavaleiros e quando se deu conta estava descendo a montanha e não indo em direção a casa que viu em seus sonhos.
"Não vou deixar mais nenhum imortal ser morto e seu assassino sair impune!"
Usando magia conseguiu chegar rápido demais no vilarejo, e chegou no mesmo momento em que um grupo de garotos se teletransportou para o meio do vilarejo. Junto com uma das mais belas feiticeiras que ela ja havia visto em sua vida.
Não conseguiu mais focar em outra coisa. Pois estava vendo algo mais impressionante que aquela feiticeira. Seu irmão.
A ponta de uma espada brilhou em frente de seu peito e depois ela sentiu a dor.
"Droga! Eles já estão aqui dentro!"
***
Todos que estavam na ilha de Thanatos sentiram o perigo. Adriana e Kariny correram e chamaram todos para se concentrarem no meio da ilha.
Quando todos estavam juntos, alguém conjurou uma magia de tempo e espaço, e todos se teletransportaram para onde Thanatos havia ido.
***
O novo grupo de amigos tinham decidido ir para o vilarejo quando o grande pássaro de fogo havia aparecido. Beah conseguiu entender o que ele havia falado e por instinto todos decidiram ajudar seus amigos de alma.
Vergil saiu de seu desvaneio, pois sabia que iria se encontrar com o homem que mais odiava.
Seu melhor amigo!
"A guerra finalmente começou!"


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Notas finais do capítulo

Gente, sou eu o Romeu... Desculpe os erros! Essa eu escrevi na pressa! ^^