Time escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 19
XIX - Final


Notas iniciais do capítulo

{Oi pessoal,
Último capítulo da fanfic e também primeiro da próxima. Assim que terminarem de ler Time, cliquem no link e vocês irão para a segunda parte. Uma boa parte do capítulo é igual pois eu estou pensando em quem não leu Time mas vai ler aquela, então tem que fazer sentido. Espero que vocês gostem}



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[Just A Kiss - Lady Antebellum]

— E fim. — Murmurei ao terminar, tentando conter as lágrimas que caiam por meus olhos. O mundo poderia ter acabado e eu não notaria, minhas mãos em meus lábios enquanto eu tentava conter as palavras que já haviam saído.

— O quê?! — os gritos de meus colegas ensurdeceram meus ouvidos.

— Você não pode terminar uma história assim, Belle! — Gritou Rêh, como se eu tivesse esfaqueado sua mãe ou algo do gênero. — Você precisa dar um final feliz!

— Não, Rêh — eu falei com a voz embargada. — Certas histórias não tem um final feliz.

— Ao menos nos conte o que aconteceu com Atena! O que aconteceu em Roma? — Mike implorou.

— Bem, ela virou Minerva, a deusa da sabedoria romana. E depois disso veio o catolicismo e acaba todos os relatos sobre Os Olimpianos — minha voz era seca, como quem vai ao funeral de um amigo tirado.

— Como assim?! — meus colegas se revoltaram. — Como não há mais relatos sobre eles? Onde estão os contos? Poseidon e Atena ao menos ficaram juntos nesses relatos?

Eu ri, tristemente.

— Não. — Meus colegas arregalaram os olhos, bravos e surpresos. — Mas nós podemos dar um jeito nisso, nós podemos arrumar a história desses dois — respirei fundo. Pelo amor dos deuses, Isabelle, foi você que inventou essa história, dê um jeito de finalizá-la e seguir em frente. Não fique sofrendo, garota, era para ser só mais uma história qualquer, uma das tantas que você já inventou... Mas então por que eu estou com tanta vontade de chorar por ter finalizado?

— Sim! — Os olhos de Rêh brilharam. — O que iremos fazer, Belle? Vamos inventar algo em Roma?

— Ou na Inglaterra Vitoriana? Imagina que legal se nós falássemos que os deuses existiam até lá? — Mike sugeriu.

— E se eles existissem até hoje, Mike? — Helen, uma outra colega nossa, sugeriu. — E se eles estiverem nos olhando agora mesmo?

Eu ri, finalmente! Finalmente eles viam o que eu via!

— Existem livros que falam disso, Helen — comecei. — O nome é Percy Jackson e os Olimpianos, mas Atena e Poseidon não ficam juntos...

Bem, o resto da fala vocês já sabem.

Mas e ai? O que podemos fazer? Afinal, existem provas que os deuses realmente se foram? Ou melhor, existem provas que Poseidon e Atena não estão casados agora mesmo? E Apolo e Ártemis? E será que algum dia descobriremos que magoou Héstia a ponto dela fazer seu juramento? Ou será que você acredita que isso não passam de contos de fadas?

Mas quer saber, eu acredito que sendo contos de fadas ou não, nós ainda não terminamos essa história.

Time

Do dia em que eles foram para Roma até onde estamos hoje, milênios se passaram. Roma se ergueu ao oeste e dominou a Grécia, levando seus deuses e a chama do ocidente junto com ela. Atena virou Minerva, Poseidon era chamado de Netuno e Zeus de Júpiter. Uma nova era começou, os seres humanos pararam de venerar os deuses, embora estes sempre estivessem presentes na sua civilização.

Em Roma, Atena sofreu mais do nunca. Havia acabado de perder um amor e depois, perderá seu posto. Ártemis tentou convencê-la de que tudo estava bem, mas Atena não confiava em Ártemis e em nenhum outro deus. Afinal, aquela não era sua doce irmã Ártemis, aquela era Diana.

Durante muitos séculos Atena ficou na escuridão, observando os deuses em suas características romanas de ser e pensando o que havia dado errado para ela... É claro que Belona existia, a deusa da guerra dos romanos. Atena quase entendeu o que Ares sentiu quando dividiram o cargo de deus da guerra entre eles.

Mas como o sofrimento de Atena, Roma teve um fim.

Naquele momento, a chama se mudou para Paris, onde poucas pessoas ainda cultuavam os antigos gregos, e tudo voltou à normalidade. 100 anos mais tarde, Reino Unido, e por fim, os EUA.

Time

600º andar do Empire States Building.

Olimpo.

Casa.

Que ano era para os mortais? Acho que 1929. Mas que se importa? O interessante dessa época era que a Primeira Guerra Mundial havia acabado e a Segunda estava um pouco longe de acontecer, ao menos dez anos de paz. Ah, e a Bolsa de NY quebrou graças aquelas ações falsas.

Atena não ligava muito para o que estava acontecendo. Milênios haviam se passado. Ela estava forte e dura como rocha. No momento, ajudava nas causas sociais das mulheres.

E na verdade, é numa dessas missões dela que recomeçaremos a contar a história.

Time

O dia em Nova York estava nublado, como era normal nesta época do ano. Novembro se aproximava apressado enquanto pessoas caminhavam pela rua pensando em como conseguir dinheiro novamente. Nova York poderia estar quebrada mas ainda era Nova York, o mercado do mundo, o centro monetário.

Atena trajava um vestido justo que ia até seu joelho, ele era cinza, como o dia. Um casaco de camurça protegia-lhe o tronco e descia até o final do vestido. Seus sapatos cinza-chumbo de salto alto e fino faziam barulho enquanto ela pisava duro na calçada de NY.

Os homens que passavam retiravam seus chapéus cocos para ela, e tinham pensamentos de como a beleza dela era divina... Mal sabiam eles.

Ela caminhava até um centro dentário, com o intuito de convencer o chefe do lugar a contratar mulher novamente. Fazia ao menos cinco semanas que ela estava nessa rotina. Ir para centros comerciais ou algo do gênero, e convencer seus chefes a contratar mulheres.

Ela passou pela porta e a sineta tocou, anunciando sua entrada no recinto agradável. Atena sempre procurava lugares bacanas onde ela gostaria de trabalhar se fosse mortal.

A sala onde ela estava era muito agradável, com um balcão branco e um ou dois sofás de couro. Atrás do balcão havia uma porta, que obviamente levava para os consultórios.

— Senhorita — cumprimentou um rapaz na recepção. — Tem hora marcada?

Ele era alto, tinha cabelos claros e olhos azuis. Atena o achou encantador para um homem, mas, era uma deusa casta e não havia admirado a beleza e a inteligência de um humano há pelo menos um século.

— Não senhor, vim para falar com seu chefe — a expressão em seu rosto angelical era tão poderosa que ela mal precisou manipular a névoa para fazer o garoto deixá-la entrar, ele simplesmente falou que iria chamar seu chefe e pediu para ela aguardar.

Atena observou com um sorriso travesso enquanto o rapaz se confundia todo ao passar pela porta atrás do balcão. Atena se sentou em um dos sofás, arrumando o pequeno chapéu na cabeça. Era um daqueles com flores, pequenos e que se usava com os cabelos presos de um lado e soltos do outro, exatamente como estava o cabelo da deusa da sabedoria no momento, caindo em cachos fofos até a altura dos seios, algo considerado cumprido para a época.

— Senhorita — chamou o mesmo rapaz. — Por favor me siga.

Atena sorriu docemente enquanto seguia pelo pequeno corredor. Na quarta porta, o garota parou, bateu e a abriu, fazendo um gesto para a deusa passar.

O interior da sala era branco, com duas janelas grandes que davam para a rua. Atena admirou o lugar rapidamente, observando a única escrivaninha com três cadeiras no centro da sala. O restante era tomado por livros, embora Atena percebia que alguns estavam ali só para bonito. Na cadeira atrás da escrivaninha, um homem de meia-idade estava sentado, observando uma mandíbula dentária como se fosse o objeto mais interessante do mundo, mas Atena notava que ele a olhava de canto de olho.

— Senhor Hasting — Atena cumprimentou, caminhando até ele e estendendo sua mão coberta pela luva de camurça cinza. — É um prazer conhecê-lo.

O homem sorriu, embora Atena não conseguisse ver bondade em seu sorriso.

— Senhorita...? — Ele deixou a pergunta no ar, enquanto segurava a mão dela.

— Aderobasi — Ela respondeu, prontamente. — Sophie Aderobasi*.

— É um prazer Srt. Aderobasi. — O homem se sentou, indicando que ela deveria fazer o mesmo. — Mas agora sinto que estou em desvantagem, como sabe quem eu sou?

— Quem não sabe quem o senhor é, Sr. Hasting — ela bajulou. — Qualquer um em toda a grande NY sabe quem é o senhor.

— Muito grato pelo elogio, senhorita, mas o que faz aqui? — ele foi direto ao ponto. Atena preferia assim, sem mais delongas ela poderia voltar para o Olimpo o quanto antes.

— Vim requisitar um emprego como secretária, Sr. Hasting — ela falou, e viu a face do homem mudar completamente. Ele parecia irado.

— Isso novamente, não! — O tom que ele usou não foi nem um pouco educado, e se Atena não fosse uma deusa, teria recuado um pouco, mas como tal, apenas o encarou ereta em sua cadeira. — Mulheres só me procuram para falar de trabalho! Maldita guerra que fez vocês pensarem que tem algum direito igual aos nossos. Querem trabalhar? Um bom marido é o que lhes falta...

— Senhor — Atena o cortou. — Creio que o senhor não me entendeu... — ela sorriu e começou a manipular a névoa em torno dele. — Eu acho que o senhor precisa de uma secretária, e tem uma garota no Queens que seria perfeita para o papel...

Atena estava quase conseguindo, o mortal iria contratar a garota como havia acontecido com as outras 64 e elas teriam um ótimo emprego, Atena iria garantir isso. Mas um segundo antes dela convencê-lo a porta abriu-se, fazendo-a perder sua concentração.

— Sophie — chamou o homem que por lá entrará. Fazendo o sangue de Atena ferver. — Eu estive a sua procura, minha irmã. Vamos logo, temos que voltar para casa.

O Sr. Hasting se recuperou rapidamente do ataque de névoa.

— Você conhece esta senhorita, senhor? — perguntou para Poseidon, fazendo Atena bufar.

— Minha irmã, perdoe-me se ela incomoda, está meio fixada em encontrar um emprego e... — ele balançou a cabeça, como se desaprovasse. — Peço desculpas por ela.

— Parem de falar como se eu não estivesse aqui — Atena acusou, Poseidon fazia isso com ela. A tirava de orbita, a fazia falar demais, pensar pouco.

Poseidon apenas a pegou pelo braço delicadamente e saiu, manipulando a névoa em volta do mortal para fazê-lo esquecer que um dia lhes viu. Eles saíram pelo corredor pequeno e Poseidon estalou os dedos na frente do mortal adormecido, saindo pela porta a tempo de vê-lo voltar para seu trabalho, como se a deusa loura nunca estivesse passado por ali.

Na rua, Atena soltou-se de Poseidon, a raiva subindo-lhe a cabeça.

— O que foi aquilo?? — Ela gritou, fazendo algumas pessoas lançarem olhares estranhos para eles. Poseidon pareceu perceber.

— Zeus mandou-me chamá-la. — Falou rapidamente, como se aquilo explicasse tudo. — Se quiser continuar com o seu show, que seja no Olimpo.

E assim falando, sumiu em uma fumaça verde.

Atena bufou, chutando uma lata de lixo e evaporando também.

–>Time continua em: How To Win Your Heart<-


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Notas finais do capítulo

{*Aderobasi é um anagrama para sabedoria (as mesmas letras misturadas), e Sophie, como muitas pessoas sabem, significa sabedoria em grego.

Entendam, Time terminou no último capítulo. Este foi para dar um adeus para a Isabelle, que não, não irá nos acompanhar em How To Win Your Heart (amei o nome), mas se vocês quiserem eu faço ela dar uma aparecida. Então, embora a história continue - com um novo nome, mas fazer o que - Time acabou, então deixem-me agradecer de forma adequada.


Quero agradecer aos meus colegas idiotas e estúpidos por terem me dado a ideia de criar a fanfic, pois sim, eu tive que explicar para eles o que era mitologia. Embora não tenha inventado nenhuma história como Isabelle fez, eu quase morri para ensiná-los.
Quero agradecer à minha prima, L.M.R., por sempre me tolerar, inclusive quando eu estava de castigo e tinha que correr para a casa dela para poder escrever.
Quero agradecer ao meu irmão, J.M.C., por ser chato e nunca ter deixado eu usar o computador dele para escrever (embora você não saiba, Jonny, eu usei *risada maléfica*)
E por fim e com toda certeza o mais importante, quero agradecer à você que está lendo isso agora. Pois, mesmo que você não tenha deixado um review você me acompanhou, e só de saber isso meu coração fica muito contente. Muito obrigada por tudo e espero tê-lo me acompanhando em "How To Win Your Heart".
— Um super hiper ultra mega agradecimento para:
*Amy K(ou Kaori, eu sempre vou te chamar de Amy K *ri*): Nem preciso falar nada né garota? Você é a minha leitora de ouro, quisera eu ter uma leitora como você em todas as minhas fanfic e saiba que você é o tipo de leitora que eu desejo que todas as escritoras tenham.
*Son of Apollo: Pela sua recomendação maravilhosa, muito obrigada.
*Atena Malfoy: Por todos os seus reviews e seu carinho
*Letícia Valdez: Por ser gaúcha *ri* E por sempre me motivar através de seus reviews amore. Espero vê-la no Sagas Convention de Poa.
*GDCM: Também por todos os reviews e todo o carinho que me deu.
*Anne Salvatore Potter: Pois, mesmo sendo nova na fanfic, sempre foi muito gentil comigo e sempre comentou rapidinho em todos os capítulos.
*Nicolli Herondale: Pelo simples fato de que: PUTA QUE PARIU, UMA ESCRITORA DE UMA FANFIC PERFEITA LEU A MINHA! *ri* Sério, eu pulava toda vez que lia um dos seus reviews, eu sou apaixonada por "Brincando com o inimigo", embora tenha lido faz pouco tempo. É uma das melhores fanfic's Poseitena que eu já li no site. Pessoal que não conhece, vai lá agora!

É isso pessoal, muito obrigada pela última vez, vocês são incríveis.
Não esqueçam de me deixar um último recadinho antes de correr para How To Win Your Heart, mil beijos pela última vez,
B.C.Hirts

Que nos reencontremos!

Caso não dê para abrir o link, cá está: http://fanfiction.com.br/historia/606639/How_To_Win_Your_Heart/ }



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