Te Odeio Por Te Amar escrita por TamY, Mazinha


Capítulo 17
Capítulo 17 - "Não vou desistir..."


Notas iniciais do capítulo

Aeeeeeew #LeitorasDesesperadas, mais um capitulo quentinho para vocês, um atrás do outro pq somos muito bondosas.. kkkkkkkkkk Vocês são ótimas! Aqui está mais um capítulo para que desfrutem muito e comentem muuuuito também, seus comentários são muito importantes para nós, inclusive para o nosso empenho, desenvolvimento e incentivo de continuar escrevendo essa história.
Muitissimo obrigada à todas vocês que dedicam um pouco de seu tempo à leitura de nossa história, tenham certeza que a escrevemos com muito gosto e carinho. Ficamos muito felizes com cada comentário e empolgação de vcs, afinal é tudo para vcs mesmo!
É isso, obrigada de novo! Esperamos que gostem! ^^
Boa leitura!



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# Carlos Daniel narrando #

– C-como conseguiu meu número? - Ela me perguntou nervosa, com sua voz doce apesar de estar brava.

Como apenas escutando sua voz me sentia assim? Meu coração estava acelerado só de estar falando com ela...

– Sua irmã usou meu celular para te ligar e o número ficou gravado! – Respondi divertido.

– Pois então apague-o! - Ela rebateu irritada.

– Você é uma mulher muito linda, mas é muito nervosa! - Disse rindo do outro lado. – Gosto disso!

– Não, você não gosta! - Retrucou aumentando seu tom de voz. – Você não gosta e vai apagar meu número e não vai mais aparecer em minha frente! - Continuou ríspida em tom mais controlado.

– Poderíamos começar de novo... Acho que não começamos muito bem! - Sugeri esperando por uma resposta.

– Não... Não podemos começar de novo! - Ela rebateu.

– Bom, então terei que te ligar até que aceite meu convite para jantar! - Disse ainda mais divertido.

Nunca pensei que poderia me divertir tanto sendo uma pessoa irritante e insistente assim, mas ela valeria à pena. Estava muito curioso sobre o que tinha por baixo daquela mascara de indiferença.

– Eu não quero jantar com você e também não quero ter que olhar de novo para sua cara! - Ela rebateu exasperada do outro lado da linha.

– É só um jantar, sem beijos ou joelhadas e qualquer outra coisa que você não queira! - Sugeri insistindo. – Mas se quiser saiba que estou sempre disposto! - Completei rapidamente e a ouvi bufar.

– NÃO! - Ela gritou do outro lado e tive que afastar o celular do ouvido. – Não insista!

– Bom, então terei de achar outra forma de nos encontrarmos! - Disse rindo porque quase conseguia imaginar a fúria que aquela mulher estava sentindo nesse momento.

– Quer saber? - Ela perguntou cansada. – Não vou ficar discutindo com você... Eu não quero jantar ou sair ou o escambal que te envolva, então ADEUS!

– Boa noite... Paulina! - Disse antes que ela pudesse desligar e pude ouvir que ela ainda permanecia na linha mesmo tendo dito que desligaria.

Permaneci na linha também, apenas o silencio entre nós dois e então ela desligou.

Desliguei também e deitei-me em minha cama sorrindo feito um bobo. Sentia-me bem... Dormi em questão de segundos e sonhei com olhos verdes furiosos, mas com um olhar intenso.

Mais uma sessão... Mesmo tendo dito que não voltaria mais ao consultório do Dr. John acabei voltando, ele já me ouvia há três anos e não seria bom para mim mudar para um outro analista que provavelmente não terá a paciência que ele tem...

– Conheci uma mulher! – Disse-lhe assim que me deitei no divã sem fazer aquele mesmo ritual de ficar olhando para aquele teto cinza sem graça.

– Outra? - Ele perguntou em tom monótono.

– Essa é diferente! - Rebati olhando-o de forma reprovadora.

Que eu saiba, os psicólogos não estão aqui para nos julgar e John devia ter se esquecido disso mas estava de bom humor e deixei passar seu deslize.

– Está apaixonado? - Ele me perguntou voltando a usar seu tom neutro de sempre.

– Apaixonado? - Perguntei pensativo. – Não... Não estou! – Disse-lhe remexendo-me no meu lugar incomodado com essa idéia.

– Então o que tem nessa mulher para estar assim? – Perguntou-me pensativo enquanto fazia anotações.

– Ela é diferente! - Rebati pensativo. – Ela é linda, muito linda... E tem os olhos tão brilhantes, não sei como explicar a forma que me olha, é como se houvesse chamas em seu olhar... Ela é muito irritadinha também e fica tão atraente quando está me olhando com raiva ou tentando me ignorar e... E bom nos beijamos... Na verdade eu a beijei, mas ela correspondeu! - Disse rapidamente lançando um rápido olhar para John que me olhava enquanto tentava explicar como era Paulina. – E ela me deu uma joelhada depois do beijo, acredita? - Perguntei enquanto sorria com a lembrança daquele dia.

– Tem certeza de que não está apaixonado por essa mulher? - John me perguntou com a testa franzida.

– Tenho... O que quero dela é o mesmo que quero de todas! - Rebati apressado enquanto ficava sério como sempre fazia em todas as seções.

– Talvez esteja negando a si mesmo! - Ele rebateu ainda me olhando. – Você fala dela como um homem apaixonado!

– Você é um analista ou um consultor sentimental? - Perguntei enquanto me colocava de pé e seguia até a porta encerrando a seção.

– Pensei nisso! - Pude ouvi-lo dizer enquanto atravessava a porta.

Segui até meu carro no estacionamento, dispensei o motorista, decidi que queria dirigir essa manhã. Enquanto seguia pelas ruas agitadas do México pensava na seção, no que John falou.

– Não... Não estou Apaixonado! - Disse a mim mesmo enquanto esperava o sinal abrir. – É apenas atração.

Segui direto para o escritório, entrei sem cumprimentar ninguém e me tranquei em minha sala, teria uma reunião dentro de algumas horas e usei esse tempo para mandar uma mensagem para ela.

Mensagem enviada:

“Aceita jantar comigo? Não vou desistir enquanto não aceitar!

Carlos Daniel”

Coloquei meu celular sobre a mesa tentando focar minha atenção na papelada em cima da minha mesa, mas sempre mesmo não querendo olhava para o aparelho a espera de sua resposta e quando ele acendeu e vibrou em sinal de notificação o peguei com mais pressa que o necessário.

– Operadora dos infernos! - Disse assim que vi uma mensagem da operadora me oferecendo não sei o que.

E quando já ia deixar o celular sobre a mesa vi a tela acender com o nome de Paulina e o sorriso veio ao meu rosto sem aviso.

Mensagem Recebida: Paulina

“NÃO!”

Curta e grossa! - Disse sorrindo ao ler aquela única palavra.

Peguei meu telefone e liguei para minha secretária que nem sabia o nome e pedi que fosse a minha sala...

– O que deseja senhor? - Ela me perguntou apreensiva.

– Quero que encomende rosas vermelhas e envie para esse endereço com esse cartão! – Disse-lhe passando um papel com o endereço e o cartão que acabava de escrever. – É só isso! - Disse enquanto voltava para meu celular e enviava mais uma mensagem antes de ir para minha reunião.

Mensagem Enviada:

“Vou continuar tentando... Tenha um bom dia!

Carlos Daniel.”

Passei toda a reunião olhando para meu celular em cima da mesa a espera de alguma mensagem de Paulina, mas ela não respondeu.

Saí da reunião irritado... O que tinha que fazer para que essa mulher deixasse eu me aproximar dela? Rodrigo veio até minha sala com o intuito de debater sobre a reunião e fornecedores, mas o dispensei, estava sem ânimo para isso agora e decidi que iria para casa mais cedo.

Quando chegava em casa, meu motorista veio me receber e então tive uma idéia...

– Vá até esse endereço e busque a Sophia e a traga aqui em casa! - Pedi a ele enquanto escrevia o endereço num cartão.

– Sim senhor! - Ele disse e rapidamente entrou no carro e foi.

Segui direto para o escritório depois de pedir que Matilde preparasse alguma coisa para Sophia. Pedi que fizesse o tipo de comida que as adolescentes gostam.

– Fiquei muito surpresa quando seu motorista foi me buscar! - Sophia disse quando entrava com um enorme sorriso no rosto.

– Você está me devendo um favor! - Disse sorrindo enquanto a olhava. – esqueceu?

– Claro que não! - Ela disse rindo.

– Então sente-se que temos muito que conversar! - Disse a ela enquanto me sentava no sofá e fazia sinal para que se sentasse também.

– Se está querendo sair com minha irmã não será uma tarefa fácil de conseguir! - Ela disse antes mesmo que eu pudesse dizer alguma coisa. Ela era mais esperta do que imaginava.

– Como sabe que é isso que quero? - Perguntei olhando-a curioso.

– Ouvi minha irmã ao telefone ontem à noite! – Respondeu-me rindo.

Quando a olhei com reprovação em meu olhar, ela apenas encolheu os ombros e disse que só estava passando e não pode deixar de ouvir, mas que não tinha feito de propósito e é claro que não acreditei em uma só palavra do que disse.

– Você é esperta e vai arrumar uma forma de convencê-la! - Disse rindo enquanto a olhava.

– Digamos que tenho meus métodos de convencer minha irmã! - Ela disse com ar convencido.

Passamos quase uma hora conversando no escritório, Sophia era uma menina inteligente e esperta até demais e não consegui deixar de compará-la com a irmã, eram tão parecidas, mas com gênios totalmente diferentes.

Matilde serviu um lanche que ela comeu e agradeceu muito. Matilde também se encantou com a menina e ficaram conversando um tempo enquanto eu as observava. Ela era muito comunicativa, diferente da irmã.

– Eu tenho que ir antes que Lina chegue em casa! - Sophia disse me despertando dos meus pensamentos.

– Sua irmã está estudando ou algo assim? - Perguntei curioso.

– Não. Ela está no trabalho! - Ela disse revirando os olhos. – Não sei como consegue passar o dia inteiro trancada dentro daquele escritório!

– O que sua irmã faz? - Perguntei ainda mais interessado.

– No momento ela está gerenciando a fábrica do papai! – Respondeu-me pensativa.

Meu motorista levou Sophia em casa e decidi que precisava correr um pouco, não conseguia fazer mais nada a não ser pensar em Paulina desde que coloquei meus olhos nela naquele parque e perdi o controle dos meus pensamentos quando a beijei.

Cheguei suado e exausto em casa depois da corrida, corri mais do que normalmente corro e tentei muito não pensar nela... Inútil.

Quando peguei meu celular vi que tinha uma mensagem de Paulina... A essas alturas ela já deve ter recebido as rosas.

Mensagem Recebida: Paulina

“Lindas rosas... É uma pena que foram todas para o lixo. Me deixe em paz!”

Não pude deixar de rir com sua mensagem. Essa mulher definitivamente estava me testando.

– Vou vencê-la pelo cansaço! - Disse a mim mesmo enquanto pegava minha toalha e seguia para o banho.

*Paulina narrando*

Não podia acreditar ainda que Car.. Esse cara tinha me ligado. Ele estava realmente querendo me perturbar. Eu estava me sentindo tão em paz antes de ele aparecer em minha vida e ele aparece do nada e começa a fazer essa tempestade em meus sentidos. Cara de pau, além de ter me ligado, ainda me convidou pra jantar. Quem ele pensa que eu sou pra sair com ele assim? Ele com certeza está acostumado a ter as coisas fácil, a ter quem ele quer durante o tempo que ele quiser e depois agir como se nada tivesse acontecido. Descarado! Não conseguia controlar o meu nervosismo enquanto falava com ele ao telefone, a minha vontade era de... Era de encher ele de tapas, ele conseguia me tirar do sério em todos os sentidos. Eu não sei o que estava acontecendo comigo e isso me deixava em desespero, ele me pediu uma chance de nos conhecermos mas eu não posso, não consigo, não devo... Sei como acaba um jantar e não quero nem pensar nisso, não acredito que um homem como ele vai querer apenas jantar, ele nem deve estar acostumado com apenas isso e eu também não entendo porque dentre tantas mulheres no mundo, ele veio olhar logo pra mim, veio me perturbar. Mas sei, eu só sou apenas mais uma que ele quer levar pra a sua cama e se essa é realmente a intenção dele, ele pode ir tirando o cavalinho da chuva!

Depois que ele se despediu de mim, eu não consegui desligar o telefone de imediato, era pra eu ter desligado bem na cara dele muito antes, não podia ter deixado ele falar aquelas coisas, apesar de insistente eu teria de desligar, se ele ligasse de novo, ia mofar esperando que atendesse. Não sei o porque mas esperei que ele finalizasse a ligação primeiro e após desligar, ainda fiquei segurando o celular com as minhas duas mãos, estava perplexa. O que o destino estava querendo fazer comigo? Porque justo o cara do parque encontrou a Sophia assim do nada e cruzou o meu caminho de novo? Perguntava-me confusa, ele estava me deixando maluca, eu não queria sentir essas coisas que ando sentindo e ele me toma com todos estes sentidos de uma vez só.

Me desliguei desses pensamentos e fui vestir uma camisola para poder dormir tranquilamente, ou tentar.

Aconcheguei-me em minha cama super confortável para dormir e pude ficar mais tranqüila. Esse homem é tão insistente, tão teimoso, ele conseguia me irritar tão facilmente, ele podia dominar os meus sentidos quando eu ao menos o fazia, ele é tão cheiroso, tão lindo, tem um sorriso tão perfeito, tem uma voz macia, um olhar tão penetrante e uma boca tão... tão deliciosa que eu podia beijá-lo durante uma vida inteira que ainda assim não me cansaria de fazê-lo.

Estava quase dormindo quando me assustei com um barulho estranho vindo da direção da porta do meu quarto, estava escuro e eu não conseguia enxergar muito bem, abri os meus olhos devagar e sentei-me na cama apoiando-me em meus braços quando vi alguém entrando devagar, só podia ver sua sombra, não dava pra ver direito quem era mas sabia que era um homem e quando senti aquele cheiro invadindo os meus poros e logo o reconheci. Não seria possível! O que ele estava fazendo em minha casa a essa hora da madrugada, e ainda por cima em meu quarto? E quando ele se aproximou de mim pude ter a certeza do que estava suspeitando, ele estava ali parado em minha frente em carne e osso, vestia um robe azul escuro de cetim e dava pra ver um pijama por baixo deste robe, tinha os cabelos bagunçados, o que o deixava extremamente sexy e se aproximava de minha cama insinuando juntar-se a mim, me olhando como um lobo faminto a sua presa inofensiva.

– O-o que você está fazendo aqui? – Disse olhando em sua direção, já estava irritada. – Saia! – Olhei em seus olhos com fúria.

– Desde que desligamos o telefone, não consigo parar de pensar em você e sei que você também está pensando em mim. – Ele disse com uma voz rouca, me olhando nos olhos enquanto se aproximava ainda mais de mim me encarando, a escuridão tomava conta de seu olhar.

– Não, engano seu. Saia de meu quarto ou eu vou ter que chamar alguém. – Disse-lhe autoritária mas ele parecia não se importar, parecia não me escutar.

– Não posso sair daqui até conseguir o que eu quero. – Respondeu-me já em cima de minha cama engatinhando até mim. Meu coração parou por uns segundos.

– Você não tem nada pra fazer aqui, eu ordeno, exijo que saia ago... -

Não pude continuar, ele possuiu os meus lábios de uma maneira tão faminta que no momento eu não consegui reagir, eu não conseguia me mover para nada porque ele tinha as suas duas mãos em meu pescoço me prendendo, me impedindo de tomar qualquer atitude. Eu relutei por uns instantes mas ele seguiu explorando os meus lábios sedento, faminto, possesso e roçava seus lábios nos meus de uma maneira tão carinhosa e avassaladora ao mesmo tempo que não existia mais raiva ali e o que eu mais precisava era de senti-lo melhor, de provar novamente o gosto de seus lábios doces. O correspondi e com a mesma intensidade, dei acesso a ele abrindo a minha boca para que ele introduzisse a sua língua e uma batalha foi iniciada, nossas línguas se encontravam desesperadas uma pela outra, lutavam em uma batalha sem fim, aquele beijo era tão delicioso, eu não queria que ele parasse quando ele encerrou o beijo chupando o meu lábio inferior com sede, arrancando um gemido de meus lábios e desceu para o meu pescoço lambendo-o, mordiscando-o, subindo para a minha orelha e depois descendo de novo para o meu pescoço indo em direção ao meu ombro. Meu Deus, como eu o queria! Ele fazia isso muito bem, era um homem experiente e sabia como deixar qualquer mulher rendida aos seus pés com apenas um beijo. Continuou explorando um dos meus pontos mais sensíveis quando se afastou um pouco me deixando ainda perdida naquelas sensações sem igual e desamarrou o seu robe tirando-o e jogando-o para longe, tirou também uma camisa de seu pijama que usava por baixo ficando apenas com uma calça fina e me tomou de volta com um beijo carregado de desejo, eu não conseguia fazer mais nada além de correspondê-lo e acariciar o seu peito nu e macio com as minhas mãos tremulas, seus beijos eram deliciosos e viciantes, quanto mais nos beijávamos, mais eu o queria. Ele seguiu me beijando fazendo um caminho por meu pescoço e ombro, baixando a alça da minha camisola para poder explorar mais um pouco e eu adorava aquela sensação, aquela língua passando por meu corpo, deixando um rastro de arrepio por onde passava fazendo o ar quente de sua boca se esfriar com a brisa da noite que tocava a minha pele por onde ele havia explorado. Puxei-o para mim novamente, olhei em seus olhos e sorrimos juntos, logo foi a minha vez de tomar posse da sua fonte de mel, ele parecia sereno, feliz e agora já estava mais tranqüilo, então me virou delicado deixando-me em cima dele, assumindo o controle da situação. Tirei completamente a minha camisola ficando apenas com uma peça de roupa e olhei-o intensamente, seus olhos brilhavam enquanto passeavam pelo meu corpo junto com as suas mãos que acariciavam minha cintura e pernas delicadamente subindo em direção aos meus seios, arfei com a sensação de ter suas mãos assim em minha pele exposta e me abaixei até o seu peito e o beijei como se fosse a ultima vez com um beijo carinhoso, desejoso, longo. Podia sentir a intensidade de seu desejo através de sua roupa que estava tão próxima de minha intimidade e não pude deixar de sorrir, ele estava assim pelo que eu lhe proporcionava e eu estava tão realizada, o desejava com todas as minhas forças e o que eu queria mais que tudo era fazer amor com ele.

Quando ele me puxou com precisão e me beijou novamente, passando suas grandes mãos por meu corpo, pescoço e cabelos e novamente me virou na cama ficando em cima de mim e desceu sua boca até mim para explorar meus seios, barriga e quando ele tirou sutilmente a única peça de roupa que eu usava eu gemi alto, aquela sensação tomou conta de mim fazendo-me querer gritar, mas pude me controlar e quando ele desceu com a sua boca até o meu umbigo fazendo um caminho de fogo até a minha intimidade, gemi, gritei, arfei... Aquilo era de outro mundo, céus, como pode existir uma sensação dessas? Eu estava no paraíso, e só conseguia sorrir diante daquela explosão de sentimentos quando alguém começou a me chamar sem parar me assustando, fazendo-me olhá-lo apreensiva, alguém nos pegou, ninguém podia vê-lo ali.

– Paulina... – Continuava me chamando, senti o meu corpo balançar e ele foi desaparecendo aos poucos junto com aquelas sensações que tomaram posse do meu corpo. – Paulina, acorda!

– O-quê? – Acordei bruscamente confusa. – Onde está?

– Onde está quem? Você estava tendo um pesadelo Lina! – Era Adelina, ela foi me acordar porque eu estava atrasada para ir a fábrica, perdi a hora pra ir fazer a minha corrida também. Droga!

– Ah sim, um pesadelo... – Disse voltando a realidade olhando-a com um sorriso forçado. – Que horas são? – Perguntei enquanto olhava no mesmo instante para o relógio digital que ficava em cima de um criado mudo ao lado de minha cama. – Não acredito! Já são quase 10h, perdi completamente o horário! – Disse pulando da cama.

– Não vim te acordar antes porque vocês foram dormir muito tarde ontem e achei que você precisasse descansar um pouco. – Disse Adelina enquanto se aproximava de minha cama para organizá-la.

– Não se preocupe Adelina, já me ajudou muito. Obrigada. – Lhe sorri e corri até um banheiro para uma ducha rápida, não tomaria café, comeria algo na fabrica mesmo, tinha muito o que fazer lá.

Passei o dia inteiro trabalhando quando fui surpreendida com o meu celular tocando em sinal de mensagem e para a minha maior surpresa, era ele... O cara do parque. Mas será que ele não se toca? Me convidou pra jantar, cara de pau, será que ele está querendo uma joelhada mais... intensa? O respondi de imediato com uma resposta curta e grossa para que ele entendesse de uma vez e não insistisse mas não adiantou, ele me respondeu dizendo que não desistiria. Idiota, perderia o seu tempo. Não respondi mais nada, continuei tentando focar no meu trabalho porque tinha ainda muito o que fazer e ele já havia tirado demais a minha atenção. Segui com o meu trabalho mas não conseguia tirar os olhos de meu celular, estava na expectativa por mais mensagens, queria ignorá-lo mais, mas ele não me enviou mais nada. Droga! Esse cara esta me tirando do controle.

Enfim consegui terminar tudo e fui para casa exausta, quando cheguei em meu quarto me deparo com algo inesperado. Um buquê de rosas vermelhas enormes em cima de minha cama com um cartão preso a ele. Fiquei ali olhando-o, uma imensidão de pensamentos rondaram a minha mente e estava parada ali no tempo.

– Olha Lina, tá apaixonadinha! – Disse Sophia entrando em meu quarto repentinamente me devolvendo a orbita.

– Do que você está falando, menina boba? – Perguntei-lhe olhando confusa, irritada.

– Desse seu sorrisinho olhando as rosas... Você pensa que eu não vi é? – Disse fazendo-me sentir o meu rosto esquentar no mesmo momento. Sorrisinho? Eu nem sorri, ela tava ficando maluca. Ou sorri e a maluca era eu? Ai meu Deus!

– Você não bate mais na porta antes de entrar não é? – Perguntei-lhe fugindo desse assunto, ela não tinha que dizer isso.

– Ai, desculpa! – Disse sorrindo. – Mas você tá podendo hein! Ele tá gamadão mesmo, eu te disse! – Disse enquanto se aproximava de mim sentando-se em minha cama, segurando o buquê e inspirando o aroma das rosas.

– O q-quê? Isso não tem nada a ver. – Gaguejei. – E se ela estivesse certa? E se ele realmente estiver interessado em mim? O que eu vou fazer, meu Deus?

– Claro que tem. Um homem apaixonado não mandaria um buquê desses e um cartãozinho romântico. – Disse enquanto tirava o cartão do buquê, girando-o em seus dedos, analisando-o. – Você não vai abrir?

– N-não! – Disse-lhe virando-me, indo em direção ao closet.

– Ai Lina, fala sério! – Disse indo atrás de mim com o cartão ainda em mãos. - Quantas mulheres gostariam de estar em seu lugar e dariam tudo por isso enquanto você está desperdiçando esse homem lindo que está atrás de você feito um cachorrinho sem dono?

– Não tem nada a ver, eu não o procurei, ele que me esqueça e procure outra da laia dele! – Respondi-lhe dando de ombros enquanto vestia um roupão e seguia em direção ao banheiro. Ela continuava me seguindo.

– Vai entrar comigo no banho? – Perguntei-lhe irritada olhando-a nos olhos. – Será que você não me entende e nem ao menos se esforça para entender? – Ela me olhou assustada e em seguida bufou, soprando a sua franja.

– Até parece! Tenho certeza que é o Carlos Daniel que vai te colocar no lugar e vai te deixar mansinha mansinha... Eu aposto! – Disse vencida enquanto se afastava de mim e voltava em direção ao buquê.

– Não aposte Sophia porque você vai perder. – Disse alto de dentro do Box enquanto ligava a ducha.

– Veremos Paulina, veremos... – Respondeu alto em tom desafiador. – Eu nem vou ler esse cartãozinho pra você porque você mesma o fará, eu sei. – Continuou sorrindo e me deixou sozinha.

Terminei o meu banho e fui em direção a minha cama, o buquê estava do mesmo jeito que e encontrei e o cartão estava ao lado, ainda fechado. Tomei o buquê e sem nem pensar, chamei Adelina para que ela desse um fim nele. No inicio ela resistiu mas acabou se dando por vencida, ela podia fazer o que quisesse com aquilo, menos deixar ali a minha vista, pedi-lhe que jogasse no lixo pra ser mais especifica.

Quando voltei para passar o creme em meu corpo, avistei novamente o pequeno envelope que estava em cima de minha cama e lutei contra a minha curiosidade em saber o que tinha escrito ali até que fui vencida e o abri.

“Desde o primeiro momento em que eu te vi, não consigo tirá-la de meus pensamentos e agora que te conheço, só consigo viver em função do que a minha mente me trás. VOCÊ! Não desistirei até conseguir o seu “sim” para o meu convite para jantar.

Carlos Daniel”

Como num impulso involuntário minha mão seguiu levando o pequeno envelope até as minhas narinas fazendo-me cheirá-lo e para a minha não surpresa, tinha o seu cheiro ali todo impregnado no papel, senti um sorriso brotar de meus lábios, Deus como ele é insistente... Arrgggg! Eu não posso me apaixonar por este homem, NÃO, não posso me apaixonar por ninguém, ele que se dane e espere sentado porque eu NÃO vou sair com ele.

Peguei o meu celular e fiz questão de lhe enviar uma mensagem dizendo-lhe o destino de suas lindas rosas... E espero que ele entenda e me esqueça!


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Comentem, recomendem, opinem...
Dependendo de tudo isso, postaremos mais breve o proximo capitulo!
Beijosss ;***