Te Odeio Por Te Amar escrita por TamY, Mazinha


Capítulo 10
Capítulo 10 - "...sentimentos ruins que tem costume de não me abandonar!"


Notas iniciais do capítulo

Oie meninas, desculpem pela demora! É que trabalhamos em horarios diferentes e só estamos em casa à noite e as vezes nem dá pra ligar o pc. Aqui está mais um capitulo e fiquem tranquilas que o proximo já é o encontro dos dois mas precisamos que vcs interajam com a gente também.
Comentem, opinem, divulguem, recomendem, favoritem... (rrsrsr) mas é verdade, nós queremos saber o que vcs estão achando.
Queremos agradecer à todas as que estão acompanhando e que estão gostando, essa história é pra vcs... Boa leitura! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/486594/chapter/10

# Carlos Daniel narrando #

O mesmo ritual de sempre, as mesmas coisas nos mesmo lugares e John com seu semblante não deixando transparecer emoção alguma, as vezes me pergunto como ele pode trabalhar com as emoções dos outros e ser tão controlado...

Deitei-me no divã enquanto John tomava seu lugar em sua enorme cadeira de couro ficando em completo silêncio e esperando que eu começasse a me abrir com ele. Era mesmo muito irônico que ele estive ha três anos esperando que eu me abrisse e contasse a ele coisas realmente importantes, mas temos de dar a ele um crédito, o cara era paciente.

Às vezes penso que nem mesmo meu psicanalista se importa com meus sentimentos, desde que o cheque das sessões chegue em suas mãos o resto que se dane. Mas estava errado, eu não estava sendo um paciente colaborativo com ele...

– Sobre o que gostaria de falar hoje senhor Bracho? - Ele me perguntou vendo que eu continuava parado encarando aquele teto sem graça.

– Hã... Bom, sobre algumas coisas que vem me incomodando ultimamente! - Disse lançando um rápido olhar em sua direção e em seguida ficando em silêncio.

John esperou pacientemente que eu começasse a dizer quais eram essas coisas que tanto me incomodavam para ligar para ele pedindo que me encaixasse em sua agenda na parte da tarde, não agüentaria esperar até a noite.

– Bom, tenho me questionado se estou agindo certo em me afastar do mundo! - Disse inquieto.

– Isso é muito bom senhor Bracho! - Ele disse de forma controlada. O homem era um poço de autocontrole. – Não tem que se sentir desconfortável com isso, suas visitas aqui tem esse objetivo, fazer com que repense suas atitudes!

– Mas eu escolhi levar a vida assim! - Rebati em tom ríspido. – Não quero ter de passar pelas mesmas coisas novamente, esse afastamento tem me protegido ha três anos e não vou voltar atrás! - Rebati resoluto.

– Protegido o senhor de quê? - Ele perguntou mostrando interesse. – Alguém está o ameaçando? - Sugeriu.

– Não! - Disse olhando-o. – Me proteger das pessoas, do que elas causam em mim! - Disse ainda sendo vago, era tão difícil ir direto ao ponto quando o assunto era meu passado.

– E o quê as pessoas lhe causam? - Ele perguntou enquanto me olhava, sua caneta sempre pronta para fazer uma anotação.

– Mágoas, ódio, sentimentos ruins que tem costume de não me abandonar! - Disse olhando-o enquanto o via escrever na folha em sua prancheta.

– Não vejo onde essas suas “Anotações” estão me ajudando! - Disse irritado.

– As anotações não podem ajudá-lo, senhor Bracho! - Ele disse me olhando sempre calmo. – Apenas o senhor pode se ajudar e eu estou aqui apenas para guiá-lo, mas para isso precisamos trabalhar juntos! - Completou.

– Bom, por hoje chega! - Disse irritado enquanto me levantava e seguia até a porta.

Análise? Bela porcaria! Não entendo porque me submetia a isso ainda, nunca consegui muito progresso com isso. Saí do escritório do Dr. John e voltei para a empresa, o sentimento de frustração sempre constante depois de minhas consultas.

– Victória, peça ao Rodrigo que venha em minha sala! - Disse assim que o elevador abriu, nem retribui ao sorriso de Victória e lhe dei as costas.

Passei por minha segunda secretaria que ainda nem sabia o nome e fui direto para minha sala. Poucos minutos depois Rodrigo apareceu em minha sala...

– Aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou assim que entrou me olhando com preocupação.

– Aconteceu! - Disse enquanto andava de um lado a outro. – Me arrume outro analista! - Disse o olhando seriamente.

– O que houve com o Dr. John? - Ele me perguntou com cutela.

– Não houve nada! - Disse ríspido. – Me arrume outro e assunto encerrado! - Disse sentando-me em minha cadeira e dando o assunto por encerrado.

Com a saída de Rodrigo pensei que poderia ter alguns minutos de sossego, mas como estava enganado, Victória não demorou a aparecer em minha sala, com seu sorriso sedutor.

– Aonde foi ontem à noite? - Ela me perguntou enquanto alisava meu peito.

– Correr! - Respondi olhando-a.

– Hum... - Disse sorrindo enquanto me lançava um olhar. – A corrida poderia esperar, nem tive a chance de desfrutar um pouco mais. - Dizia, mas a cortei antes que pudesse continuar.

– Você sabe como seduzir um homem e deixá-lo a seus pés. Dizia enquanto a olhava com um sorriso de canto de boca e pude vê-la alargar ainda mais o sorriso. – Mas consegue fazer um homem enjoar de você rapidinho! - Completei olhando-a e pude ver seu sorriso desaparecer da mesma forma que surgiu.

– O que quer dizer com isso? - Ela me perguntou enquanto se afastava. – Está se cansando de mim?

– Sim, já estou cansado de você Victória! - Disse com a voz fria. – E estou a ponto de te mandar sumir da minha frente! - Disse tentando conter minha raiva.

– Então é assim? - Ela me perguntou, a indignação estampada em seu tom. – Você me leva pra cama inúmeras vezes e quando se cansa me dispensa? - Ela perguntou me olhando séria.

– Nunca te prometi flores Victória! - Disse olhando-a. – A única coisa que te prometi foram noites de sexo e nada mais, você sabia desde o inicio e aceitou essas condições porque quis! - Rebati seriamente, agora não adiantava se passar por vitima. – Quem sabe se nos déssemos um tempo? Me deixe em paz um pouco! - Pedi encarando-a. – Quem sabe meu interesse retorne! - Sugeri.

Bom, eu melhor do que ninguém sei que nunca existiu um interesse meu por Victória, mas se isso significava que teria um tempo de sossego valeria a pena mentir por isso.

Victoria não disse nada, simplesmente me deu as costas e saiu correndo da sala, típico dela! Aproveitando as poucas horas que ainda me restavam de trabalho tratei de concentrar-me ao máximo no que tinha em minha frente, números e mais números, ou melhor dizendo, o dinheiro que eu nem ao menos sabia onde gastar, mas que mantinha esse lugar funcionando.

Saí da empresa indo direto para casa, resolvi que iria correr novamente no parque, ontem me senti revigorado depois da corrida no parque, estava me fazendo bem esse tempo que dedicava aos meus exercícios, tomei um banho e vesti um short de corrida, calcei os meus tênis e passei rapidamente na cozinha em busca de algo para beber, me despedi de Matilde que reclamou por eu não querer comer nada antes de sair para correr, ela sempre preocupada comigo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, garotas o que acharam?
Comentem, precisamos saber o que vcs acham... Postaremos o proximo (encontro) bem rapidinho se houver interação kkkk N .. Bjssss :***