O Sentido da Vida escrita por Maanu


Capítulo 9
Devemos Seguir em Frente


Notas iniciais do capítulo

Helloo peoples! Como estão?
Mais um capítulo pra vcs, espero que gostem!
***
Gentee, vocês viram a nova capa da fic? Curtiram? Ela foi feita pela diva da Paula Granger! Obrigada de novo flor *-*
***
Agora, deixo vocês com o capítulo. Beeijos ;**
***
Leiam as notas finais. Importante!



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Sophie

Entrei correndo no hospital não me importando com todos os olhares que se viraram para mim. Procurei Raquel e logo a encontrei, estava sentada em uma cadeira ao canto chorando baixo.

— Mana!

— Sophi... — A abracei e deixei que chorasse. Entendia como ela estava se sentindo, por isso nada falei, só permaneci ali ao seu lado até que se acalmasse. Passados alguns minutos, depois que o choro sessou resolvi perguntar onde estava nossos pais.

— Mana, cadê o pai e a mãe?

— Eles foram conversar com o médico, mas não aguentei ficar ouvindo aquilo tudo então vim pra cá te esperar. — Depois de um curto silêncio ela continuou. — O médico acha ... Ele ... Acha que ela ... — Não consegui ouvir o que ela falou pois novamente começou a chorar. Mas eu sabia, sabia exatamente o que o médico havia dito. Ele provavelmente dizia que ela não resistiria pois estava muito fraca e debilitada. Não consegui conter as emoções e abraçada a minha irmã comecei a chorar desesperadamente. Depois de muito tempo fui até o banheiro, lavei o rosto, peguei um remédio para dor de cabeça e o tomei. Logo depois fui encontrar meu pai. Ao entrar no quarto percebi que minha mãe estava acordada. Caminhei rapidamente até ela e sentei-me ao seu lado. Peguei sua mão enquanto ela ajeitava-se para melhor se acomodar na cama. Olhei para o lado e percebi que somente nós duas permanecíamos no quarto.

— Filha, eu sinto muito por você ter que passar por isso. Eu queria tanto que você e sua irmã não precisassem sofrer por isso... Sofrer por mim — Disse ela em um tom tão baixo como um sussurro.

— Mãe por favor ... Você não tem culpa de nada que está acontecendo. Eu te amo muito e não quero te perder. — Disse já não contendo as lágrimas que escorriam pelo meu rosto.

— Sophie... Eu também te amo, e muito minha menina, mas você é forte e não vai se deixar abalar por isso! Me prometa somente uma coisa por favor.

— O que? - Perguntei

— Me prometa que por mais doloroso que seja, você vai sorrir e seguir em frente. Você deve viver o presente. O passado já não importa mais,

— Mas mãe...

— Sophie por favor! Você não precisa esquecê-lo. Sei que lembranças ruins vão se mostrar presentes por um bom tempo mesmo que não queira, mas não deixe que elas a derrotem. Siga sempre em frente com a cabeça erguida. Se lembre dos momentos felizes que passamos e se agarre neles, seja feliz com eles. Você não deve viver com os fantasmas do passado, você deve viver o presente pensando sempre no futuro.

— Mas é tão difícil!

— Ninguém disse que é fácil minha querida, mas você deve tentar! — Eu a olhei e sabia que ela estava certa, mas não tenho tanta certeza se iria conseguir. Era tão difícil pensar em perdê-la. Não sei se conseguiria forças para seguir em frente, mas eu teria que tentar, tentar por ela.

— Eu vou tentar mãe, eu prometo que eu vou tentar! — Disse secando as lágrimas que insistiam em cair.

— Eu sei anjo, eu sei. E você vai conseguir, eu sei que vai! — Ela sorriu e continuou. — E não se preocupe okay? Sempre vou estar no seu lado te consolando mesmo que você não me veja, brigando quando fizer algo errado, chorando quando você estiver no altar linda em um maravilhoso vestido branco e estarei presente principalmente no dia em que você estará no meu lugar como mãe, dando a luz a uma linda menininha ou a um belo rapazinho. — Depois de tudo isso dito por ela eu já não conseguia me segurar, chorava como nunca antes havia chorado. Não, eu não conseguiria, não sem ela. Por que é tudo tão difícil? Por que nós temos que sofrer tanto?

***

Quase um mês se passou desde aquele dia. Um dia do qual eu prometi que seria forte, mas eu simplesmente não estava conseguindo. A dor da perda era muito maior do que eu esperava. Minha mãe faleceu naquele mesmo dia, a noite. O enterro aconteceu na manhã seguinte. Parentes que eu desconhecia vieram, porém todos ali não se mostravam estar tristes, pelo contrário, parecia ser algo completamente normal. Eles não se sentiam como eu, minha irmã ou meu pai. Eles não sabiam o que aquela perda significava para nós. Nossa família resumia-se agora somente a nós, uma vez que meus avós maternos haviam falecido também. Meu avô teve leucemia assim como minha mãe e minha avó faleceu uma semana depois de sua morte.

Minha mãe tinha somente um irmão, que era totalmente diferente dela. Não se importava com os outros, nem sequer apareceu no velório. Lembro-me que uma vez, quando ainda era muito pequena, ouvi minha mãe comentar com meu pai que ele fora preso por tráfico de drogas. Eu não me importei, e continuo não me importando. Para falar a verdade eu nunca o conheci.

Estava na casa dos meus pais, no meu quarto separando uma roupa para o velório. Peguei um vestido todo preto, que ia até a altura dos meus joelhos. Tomei banho e me vesti. Não passei nenhuma maquiagem pois assim era melhor. Se eu chorasse pelo menos não precisava me importar. E daí que minha cara estava horrível? Não estava indo para nenhuma festa, ninguém precisava me ver bonita.

Por um momento preferia estar indo para uma festa do que para um velório, preferia pensar que isso não estivesse realmente acontecendo, mas infelizmente não podemos mudar o passado. Peguei uma bolsa preta pequena e lá coloquei meus documentos, celular e dinheiro. calcei uma sapatilha bege, pois não havia trago minha preta. Peguei um casaco também na cor preta, caso esfriasse, já que o tempo estava para chuva. Andei até a cozinha onde meu pai e minha irmã estavam. Ele vestia um terno preto e ela com uma calça e blusa igualmente preta. Ninguém disse nada, não era necessário. O silêncio era reconfortante. Cada um ficava com seus próprios pensamentos. Entramos no carro e seguimos para o cemitério. Logo assim que chegarmos, outras pessoas também começaram a chegar. Não prestei muita atenção em nada que estava acontecendo. Fiquei Somente observando o caixão pensando nela enquanto chorava em silêncio. Será que ali naquele momento ela estaria presente ao meu lado, me consolando como disse que faria? Provavelmente sim. Após fazermos uma oração era a hora de descerem o caixão. Ficaria ali embaixo da terra por todo o sempre. Depois de terminado, as pessoas vinham falar conosco. Eu somente assentia as frases que que normalmente consistiam em um “Meus pêsames.", "Ela era uma pessoa adorável.", "Eu sei que é difícil, mas devemos seguir em frente”.

Não! Eles não sabiam o quanto era difícil, eles nem tinham ideia do sofrimento que era estar passando por isso. As pessoas começaram a ir para suas casas, até sobrarem somente eu, meu pai e minha irmã.

—Mana... — Ela disse logo me abraçando. Aquele foi um dos primeiros contatos que tivemos depois de que soubemos que nossa mãe falecera. Eu me surpreendi no começo, mas logo retribui o abraço. Ainda não havia parado pra pensar no quanto ela também estava sofrendo, mas agora eu percebi o quanto estava sendo egoísta. Pensava que somente eu estava sofrendo, mas não, Raquel e meu pai também estavam sofrendo, e muito. Eles estavam com minha mãe todos os dias, desde que anunciaram que ela estava com a doença. Eles viram ela melhorar e piorar a cada dia que se passava, viram o início, a esperança, o sofrimento e o fim.

Depois que me separei de Raquel fui até meu pai e o abracei. Ele que até antes não havia chorado, agora já não continha as lágrimas. Ficamos assim abraçados novamente sem proferir nenhuma palavra um ao outro. O dia foi passando e nós ficamos no cemitério até o por do sol. Me lembro que quando eu era pequena meus pais levavam eu e minha irmã de cavalo até uma floresta que ficava fora da cidade. Nós costumávamos ficar lá até o por do sol. Era tudo muito lindo. Havia uma cachoeira, onde eu e Raquel sempre brincávamos de sereias. Sorrio ao pensar nisso e me lembro das palavras da minha mãe.

Siga sempre em frente com a cabeça erguida. Se lembre dos momentos felizes que passamos e se agarre neles, seja feliz com eles. Você não deve viver com os fantasmas do passado, você deve viver o presente pensando sempre no futuro.”

Como minha mãe disse, eu deveria me lembrar do passado, mas viver o presente. E era isso que eu iria fazer de agora em diante.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado, qualquer coisa me avisem!
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Ah, gente, não sei se vocês perceberam, mas estou postando de 4 em 4 dias. Se eu conseguir, posto mais seguido, mas agora estou com vários trabalhos e provas, por isso fica mais difícil. Então, por enquanto é assim, mas depois posso mudar.
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Outra coisa importante! Vocês estão curtindo o enredo da fic? Estão gostando do jeito de que ela está se desenvolvendo? Vocês tem ideias que gostariam que estivessem na fic? Tipo assim, eu ja tenho pensado quase tudo que irá acontecer na fic, mas posso acrescentar coisas que vocês querem que aconteça!
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Bem, acho que é isso que eu queria falar. Qualquer coisa, comentem!
Beeijos peoples ♥



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