O Sentido da Vida escrita por Maanu


Capítulo 4
Tinha Como Piorar?


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui está mais um capítulo pra vocês *-*
Conheço algumas das minha leitoras, mas algumas ainda não se manifestaram! Apareçam ai, nem que seja só pra dizer um oi ;D
Espero que gostem do capítulo e já vou avisando que, provavelmente eu não vou conseguir postar amanhã então paciência, pois então posto na sexta! Mas vou tentar ao máximo ;3
Gente, não consegui revisar o capítulo, mas vou revisá-lo o mais rápido possível, então, caso tenha algum erro, me avisem!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/486198/chapter/4

Sophie

Flash Back On

Já era passado de meia noite, quase uma hora da manhã e eu ainda não havia conseguido dormir.

Me levantei, tentando fazer o mínimo de barulho possível, para não acordar minha irmã, que dormia no quarto ao lado do meu. Caminhei até a varanda da frente da casa dos meus pais, para pegar um ar puro e tentar esquecer-me dos problemas, para assim conseguir dormir. Sentei em uma cadeira de balanço e fiquei olhando a rua, que estava deserta naquela hora, relembrando dos meus tempos de criança e de todas as brincadeiras que eu fazia com minha irmã.

Eu já estava novamente perdida nos meus pensamentos, o que devo admitir, já estava sendo comuns uns dias para cá, quando percebo que alguém estava andando pela rua, se aproximando da minha casa.

Era um homem. E, mesmo de longe não pude deixar de notar na sua aparência. Cabelos de um castanho claro, olhos azuis que me lembravam a água do mar. Músculos que não deixavam ser ignorados. Devia ter quase a minha idade, talvez fosse um pouco mais velho.

Eu olhava fixadamente para ele, e ele, ao perceber abriu um sorriso, exibindo covinhas nas bochechas salientes. Não consegui resistir a tentação de sorrir de volta, e então foi isso que eu fiz. Logo corei, envergonhada. Eu desviei o olhar e por um instante pensei em entrar correndo para dentro da casa, mas então eu percebi que isso seria muito constrangedor e infantil. Eu nem o conhecia, então não havia por que de eu ficar envergonhada, não é mesmo? Sim, eu disse para mim mesma, mas a minha consciência discordava.

Ele logo se virou e continuou andando, e, enquanto ele se distanciava, eu o olhava e sentia algo estranho. Agora, eu tinha muitas perguntas em minha cabeça, e, mesmo que eu não o conhecesse, eu gostaria de saber as respostas, e, eu gostaria que isso acontecesse o mais rápido possível. Porém, parecia que eu o conhecia de algum lugar, mas não, isso seria impossível, eu pensei. Ou será que não?

Flash Back Off

Logo o médico chegou, me tirando do transe em que eu me encontrava. Ele ficou conversando alguns minutos fora do quarto com meu pai, logo depois entro e deu alta para minha mãe, dizendo que ela já havia melhorado e que poderia voltar para casa, mas que deveríamos tomar cuidado, e que se acontecesse qualquer coisa era para nós trazê-la imediatamente para o hospital.

Eu sai do quarto com meu pai, pois já era hora do almoço e ele já estava desde manhã sem comer. Raquel ficou no quarto com minha mãe, ela estava dormindo, mas minha irmã insistiu em ficar com ela, pois não queria deixá-la sozinha.

Nós fomos até a lanchonete mais próxima, onde pedimos algumas torradas e suco, algo mais leve, pois meu pai disse que, mesmo estando sem comer desde manhã, não estava com muita fome.

— Filha, eu preciso falar com você, a respeito da sua mãe— meu pai disse, com a voz rouca e cansada, de tantos dias sem conseguir dormir.

— O que foi pai? Você sabe que pode falar. — eu disse, tentando parecer segura, mas sabendo que o que ele queria dizer, era tudo o que eu menos queria escutar.

— Filha, o médico veio falar comigo, antes de dar alta para sua mãe.

— Sim pai, mas então, o que ele disse? Tem algo de errado com a mamãe?

— Minha querida, eu não queria ver você assim, passando por tudo isso, mas é melhor você saber de toda a verdade. — eu sorri e deixei ele continuar— Já fazia muito tempo que sua mãe sabia sobre a doença, mas, mesmo comigo insistindo para ela contar para você e sua irmã, ela sempre dizia que não, que ela não queria ver vocês sofrendo tão cedo por ela, ela queria que vocês vivessem a vida de vocês e que não ficasse só se importando com ela. Por isso ela sempre que podia, ia ao médico, e regularmente fazia os tratamentos que ele receitava. Mas mesmo assim a doença se espalhou muito rápido e agora ela já não pode fazer mais nada para detê-la. — ele falou, enquanto eu escutava, e, a cada palavra, eu me sentia pior, pior por não poder fazer nada, por ver minha mãe assim e saber que logo eu iria perdê-la.

— Mas será que nós não podemos levá-la para outro hospital? Talvez na capital eles consigam fazer algo para ajudá-la. — eu disse, tentando fugir do inevitável.

— Não Sophi, eles já tentaram falar com os médicos das outras cidades, mas nenhum deles pode fazer algo que ajude sua mãe, a doença já se espalhou por todo o seu corpo.

Quando meu pai falou isso, eu senti meu mundo desabar. Minha mãe não poderia morrer. Não, ela nunca fez mal a ninguém, sempre estava disposta a ajudar todo mundo, ela seria capaz de dar sua própria vida pela de outra pessoa. Eu não conseguiria perdê-la. Sempre fora ela que me ajudava quando eu tinha problemas, ela sempre me cuidava. Eu me odeio por ter brigado tanto com ela, deveria ter aproveitado mais os bons momentos que tive com minha mãe. Mas agora tudo isso não importa mais. Ela está doente. E essa doença esta acabando com ela.

Eu involuntariamente comecei a chorar, não queria perder minha mãe. Senti os braços de meu pai ao meu redor e então eu o abracei. Eu precisava ser forte, não poderia ficar chorando. Eram os últimos momentos de vida da minha mãe e eu deveria fazê-la feliz, mesmo que eu tivesse vontade de chorar.

Limpei minhas lágrimas e fui ao banheiro. Lavei meu rosto, tentando deixá-lo com a aparência normal, mas ele estava vermelho e eu estava com uma baita dor de cabeça. Qualquer pessoa que me veria saberia que eu estava chorando. Minha sorte é que eu sempre carrego em minha bolsa algumas maquiagens.

Depois de me maquiar, olhei no espelho e sorri. Eu iria ser forte, não só pela minha mãe, mas também pela minha irmã e pelo meu pai. Eu tinha que apoiá-los agora. Sai do banheiro e fui até a mesa onde meu pai estava. Ele já havia pagado a conta, por isso saímos da lanchonete e fomos andando até o hospital. No caminho parei em uma farmácia e comprei um remédio para a minha dor de cabeça, que não passava.

Chegamos ao hospital e nos encontramos com Raquel e Holly, minha mãe. Ela ainda estava dormindo, por isso decidimos esperá-la acordar para depois irmos para casa.

Já era oito horas da noite, e minha mãe ainda não havia acordado, por isso a deixamos dormir e só iríamos para casa no dia seguinte. Já que eu não poderia fazer nada, resolvi pegar um ônibus e voltar para Raleigh, por que tinha que resolver as coisas da faculdade e pegar algumas roupas a mais, pois de agora em diante iria ficar com minha mãe aqui em Oxford.

Fui até a rodoviária e peguei o ônibus que saia às nove horas, indo diretamente para minha cidade. Chegando lá fui para casa. Acordei de manhã às seis horas, tomei uma xícara de café, peguei um taxi e fui até a universidade. Entrei no salão principal, mas quem eu não esperava estava lá. Na minha frente. Parado, me encarando. Será que o meu dia tinha como piorar?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, por hoje é isso! Espero que tenham gostado ;3
Mil beijos ;**



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Sentido da Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.