– Voltamos Marina! Exclamou Flávia.

– Ah que bom! E essa cara de pastel o Vanessa? Brincou a fotógrafa.

Vanessa não respondeu apenas sorriu para Marina. Clara estava sentada no sofá do estúdio apenas observando Vanessa. A dona de casa já não tinha a mesma paciência de antes com a ruiva e sentia que se Vanessa disse qualquer coisa, ela explodiria com a assistente.

– Clara, eu posso falar com você em particular? Pediu Flávia.

– Claro! Falou Clara se levantando do sofá.

– Então Vanessa nem vou falar nada para você! Acho que a Flavinha já conversou bastante! Falou Marina.

– Olha desculpa tá! É que ainda não me acostumei com o fato de ter outra mulher na sua vida! Desabafou Vanessa.

– De novo essa história? Pelo amor Vanessa! Nosso romance nunca daria certo! Exclamou Marina.

– Como você pode ter certeza?Você só ficou comigo por dois meses! Como pode dizer que não iriamos dar certo? Questionou Vanessa nervosa.

No outro cômodo Clara e Flávia conversavam sobre Felipe, e a idéia da produtora de ajuntar Felipe e Vanessa. Por mais que fizesse todo o sentido Felipe e Vanessa ficarem juntos, Clara tinha dúvidas se queria a ruiva como cunhada. Logo Flavia e Clara terminaram a conversa e voltaram ao cômodo em que Marina e Vanessa discutiam.

– Então é isso! Fui só um brinquedo pra você? Responde Marina! Gritava Vanessa.

– Ah já chega Vanessa! Você está obcecada! Doente! Gritou Marina.

– Gente calma! Que espirito de guerra é esse? Falou Flávia seria.

– ah que bom Clara que esta aqui! Você já contou para a Clara o nosso segredo? Perguntou Vanessa com os olhos cheios de lágrimas.

– Que segredo Marina? Questionou Clara preocupada.

– Não é nada Clara! Respondeu Marina secamente.

– Ah agora não é nada! Então se você não tem coragem de contar eu vou contar! Ameaçou Vanessa.

– Gente pelo amor de Deus, vamos nos acalmar, beber um pouco de água, ou pedir uma pizza! Sugeriu Flávia.

– Não Flavia! Vamos lá Vanessa fale! Pediu Clara.

– Bom Clarinha! Quer saber porque tenho tanto ciúmes da Marina? Porque eu sou a ex namorada dela! Lá em Angra tinha um roupão com a letra M e o outro com a letra V, nunca te passou pela cabeça que o V era de Vanessa? Revelou Vanessa.

Clara ainda demorou a assimilar tudo, mais se lembrou do dia em que elas foram para Angra, ela se lembrava do roupão em que Marina e ela vestiam, foi então que ela se deu conta que estava usando o roupão que um dia foi de Vanessa.

– E tem mais Clara! Lembra daquela mega festa que a Marina fez para você no dia do seu aniversário? Bom naquela noite quando a festa acabou.... Eu dormir com a Marina! E não foi um dormir apenas! Nós ficamos! Na cama da Marina fizemos amor! Enquanto você estava com o Cadu! Disparou a ruiva.

– Marina? Isso é verdade? Perguntou Clara com lagrimas nos olhos.

Marina não respondeu apenas abaixou a cabeça. Agora algumas coisas ficaram claras para a dona de casa que saiu furiosa da casa da fotógrafa. Marina até tentou ir atrás da amada, mais Clara foi mais rápida.

– Quer que eu fale com ela Marina? Sugeriu Flávia.

– Não obrigada Flavinha, tenho que consertar tudo isso sozinha! Enquanto a você! Se aproximou Marina de Vanessa com os olhos cheios de lágrimas.

– O que você ganha com o meu sofrimento? Saia da minha frente agora! E fique sabendo Vanessa, se achou que teria ainda alguma chance comigo, saiba que perdeu! Faz um favor pra você e para mim! Me esquece! advertiu Marina aos prantos.

Vanessa não imaginou que aquilo aconteceria, e se desabou no sofá da fotógrafa. Marina pegou o carro e procurou por Clara nos arredores da rua, a dona de casa não devia ter ido muito longe. Após um tempo a morena verificou que talvez Clara não estivesse mais ali, e foi nesse momento que ela lembrou que sempre que Clara tinha problemas ela ia atrás de uma pessoa: Helena. A fotógrafa chegou no apartamento de Helena em tempo recorde e bateu desesperada na porta.

– Já vai! Já vai! Exclamou Helena abrindo a porta.

–Helena a Clara esta aqui? Perguntou Marina ofegante.

– Não, ela nem apareceu aqui, achei que estive com você! Mais o que houve? Perguntou a leiloeira.

Marina não quis entrar e contou ali mesmo na porta do apartamento de Helena tudo que havia ocorrido.

– Olha não tem outro lugar, ou outra pessoa que a Clara goste de falar? Perguntou Marina muito preocupada.

– Até tem a nossa tia Juliana, mas ela não bate bem da cabeça, então acredito que a Clara não iria se aconselhar com ela! Falou Helena seria.

– Caso ela apareça me de noticias, por favor! Implorou Marina.

Helena consentiu e Marina foi embora a procura de Clara. Por todo o Leblon a fotógrafa a procurou, mas foi na Orla que ela encontrou Clara sentada na areia da praia.

– Clara! Clara! Gritou Marina já não acreditando que sua mulher estava ali.

– Te procurei por toda a parte! Estou tão feliz em te ver! Exclamou Marina sentando próxima a amada.

– Meu pai sempre dizia que se você tinha algum problema, nada como as ondas do mar para levar embora os sentimentos ruins! Porque não me disse sobre você e a Vanessa? Perguntou Clara com os olhos mareados.

– não achei que tivesse importância, é algo que ficou no passado! Explicou Marina.

– Mas antes você tivesse me dito Marina! Se tivesse dito antes não estaríamos assim! Comentou Clara.

– me perdoa? Tudo que eu mais quero na minha vida e ter você comigo! Falou a fotógrafa.

Clara respirou fundo, ainda estava chateada com Marina por ter escondido algo que se ela já soubesse já teria poupado muito estresse, mas o amor pela fotógrafa a fez perdoá-la. Clara sorriu para Marina e era tudo que a fotógrafa precisava para saber que Clara a tinha perdoado. A morena se levantou e como que um raio caiu por cima da dona de casa.

– Marina você esta louca é? Questionou Clara tentando afastar a mulher que estava por cima dela.

– Ah Clarinha! Não tem ninguém aqui, e para ajudar ainda esta tudo escuro! E estou louca sim, mais de outra coisa! Comentou Marina com um olhar sedutor.

– Mais eu tenho vergonha! Sou bicho do mato sabe disso! Relembrou Clara.

Marina amava o jeito de Clara, isso a encantava e ela apenas abraçou a namorada, ela havia prometido para si que nunca forçaria Clara a fazer nada que ela não quisesse. A fotógrafa levantou-se um pouco apenas para beijar Clara, seria apenas um selinho simples, mas a dona de casa tinha outros planos.

A língua de Clara pediu passagem e a fotógrafa não pode negar e o beijo selvagem tomou conta do clima. As carícias não foram desperdiçadas, as mãos de Marina começaram a passar pelos botões da blusa de Clara tentando desabotoá-la. O beijo foi quebrado apenas por falta de ar de ambas.

– Delicia! Sabia que eu amo os seus beijos! Comentou Clara animada.

– Porque você tem que usar essas blusas com diversos botões? Reclamou Marina.

– Olha pros lados, já pensou se alguém nos atrapalha eu vou dar um troço! Jáé a terceira vez que tentamos fazer e alguém atrapalha! Pediu Clara.

– Não se preocupa! Se alguém vier atrapalhar, vai apenas assistir! Vamos ter platéia! Brincou Marina.

A dona de casa sorriu e o desespero da fotógrafa para desabotoar a blusa fez Clara rir alto. Já impaciente a fotógrafa não pensou duas vezes e arrancou a blusa de Clara.

– Esta sabendo que vai ter que comprar uma blusa nova pra mim ne?! Falou Clara rindo.

– Compro até dez! Exclamou Marina.

Marina voltou a beijar Clara e deslizou a boca para o pescoço da dona de casa, a língua de Marina rodopiava no pescoço de Clara que sentia um prazer único. Logo a fotógrafa arrancou o sutiã e sua boca colou nos seios de Clara. As mãos da dona de casa passavam pelo cabelo de Marina incentivando e mostrando qual a melhor posição para levá-la a loucura. Os lábios de Marina puxavam o bico dos seios de Clara de uma forma que a morena jamais imaginou que fosse possível fazer. As mãos de Marina deslizaram pelo short abrindo lentamente o botão e o zíper. Depois de algum tempo Marina desceu os lábios pela barriga e sentou-se sobre o quadril de Clara.

– Vocêé linda! Sensual! Gostosa! Sussurrou Marina.

Clara sorriu e puxou a morena para mais um beijo, e a dona de casa puxou a mão de Marina para sua intimidade. Marina ficou surpresa não imaginava essa reação ainda mais vinda de Clara que sempre foi muito tímida. a fotógrafa não perdeu tempo e colocou a mão por dentro do short da morena. Os dedos de Marina levemente passaram pelo centro da dona de casa, que gemia baixinho no ouvido da fotógrafa que estava ficando louca.

– Agora Marina! Por favor! Agora! Implorava Clara gemendo perdidamente.

A fotógrafa por fim enfiou um dedo e depois outro. Clara já não conseguia segurar os gemidos de forma baixinha, agora os gemidos eram mais altos e entre cortados. Os dedos de Marina iam fundo e voltavam em um movimento de vai e vem que deixava Clara cada vez mais louca. Os lábios da morena estavam na orelha de Clara. Mordiscando a orelha da morena que a cada segundo sentia o corpo pegar fogo, a sensação de frio e calor tomaram conta da morena que apertava com uma mão as costas de Marina e com a outra apertava o braço da fotógrafa.

– Deus! Marina! Ahhhhhh! Você... Você... É incrívellllll!!!! Ahhhh! Gemia Clara descontroladamente.

Em um vai e vem tão intenso que Clara chegou ao orgasmo. O corpo ainda se contorcia e Marina tirou lentamente os dedos de dentro de Clara e a beijou loucamente. Não demorou e a morena voltava à realidade.

– Nossa! Foi incrível! Espetacular! Comentou Clara ainda ofegante.

– Gostou? Eu ainda sei fazer melhor, hoje foi apenas um aperitivo! Comentou Marina sedutoramente.

– Aperitivo? Imagina quando for o prato principal! Falou Clara.

As duas trocaram novamente um beijo apaixonante.

– Vamos? Falou Marina sorrindo.

– Mais já? Falou Clara com um sorriso triste.

– Sim amor! Ate porque a Helena deve estar preocupada, você me deixou preocupada e como eu por extensão deixei a Helena! Comentou Marina.

– Você me disse que ia dizer o porque da preocupação de seu pai vir passar uns dias aqui no Rio! Lembrou Clara.

– Verdade! Bom por onde posso começar.... Comentou Marina totalmente sem graça.