Baby May Cry escrita por CupcakeChoco


Capítulo 6
Stories NOT to tell a baby!


Notas iniciais do capítulo

~Hey pessoas desse universo [?]
Finalmente vou dar continuidade a essa historia. Devido a uns probleminha técnicos demorou muito mais do que queria para postar.
E como passou o Dia das bruxas, fiz esse capitulo como um especial meio atrasado (Na verdade tem mais haver com Friday 13, mas como os dois tem situações sinistras: Vualá) xD



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Depois do telefonema no qual Nero pretendia pedir auxílio de Dante numa missão nos arredores, explicando detalhadamente a ele a situação e que não teria como Dante ajuda-lo visto que o mesmo estava em missão sabe-se lá quando volta — embora ache que o cretino me deixaria com todo trabalho de cuidar da Beatrice. O jeito foi esperar Nero chegar já que ele resolveu dar uma passadinha para cumprimentar os conhecidos — ou seja, para me dar um "Oi" super fofo que somente ele conseguia. Pareceu um bom plano na hora, mas como ele me despertou no meio da madrugada estava morrendo de sono e acabei por dormir em cima da mesa apenas esperando-o. Nem ao menos sei como aconteceu, fora absurdamente rápido demais para assimilar e, acordei numa poça de baba. Para minha frustração ainda não tinha amanhecido e isso só provou quão veloz foi minha soneca. O escritório estava absorvido na mais completa escuridão. Obviamente a luz acabou. Será que cortaram a luz? Dante não anda pagando as contas?

Ouvi um ruído proveniente da porta. Soava como alguém que quisesse invadir e isso é um péssimo sinal. Tomei coragem e aos tropeços segui para porta. Digamos que estava em contradição, pois a possibilidade de ser um ladrão é mínima e Dante tinha chave assim como Trish. Talvez seja obra do Além, ou tipo um fantasma. Refleti por uns poucos segundos e conclui que possuía uma imaginação fértil demais para uma garota de dezoito anos. Mas tinha que considerar que nada é realmente normal desde que cai acidentalmente nessa dimensão. Se é que tem algo comum morar com um bando de preguiçosos que me fazem de empregada e ainda tenho que ouvir cantadas baratas de um mestiço cara de pau que passa a maior parte do tempo comendo pizza e dormindo — isso quando não esta me provocando a ponto de querer esfregar a cara dele no asfalto. Eu definitivamente só conheço pessoas perturbadas. Juntei forças e criei uma frigideira com energia já que estava sem vontade de pensar em algo mais elaborado. Segurando o objeto firmemente em mãos caminhei vagarosamente e cuidadosa abri a porta. No instante seguinte aceitei a frigideira — possivelmente — na cara do invasor.

— É você satanás? — questionei, exageradamente, alarmada. — Olha aqui eu sei judô, caratê, jiu-jítsu e mais outras tantas palavras perigosas e ainda manjo dos paranauês!

Notei que no chão, para minha completa infelicidade, jazia o pobre Nero. Ele resmungou, esfregando o nariz dolorido. Graças a suave luz que emana do objeto criado com energia em minhas mãos conseguiria ver pelo menos suficiente para saber quem era.

— Ah, Nero! Mil perdões! — pedi envergonhada pela minha estupidez.

— Tudo bem, você estava defendendo a si mesma. — disse com a voz meio anasalada.

— Mesmo assim devia ter prestado mais atenção. — deixei um suspiro escapar — Entre e fique a vontade!

— O que houve? Não me diga que Dante não pagou a conta de luz?

— Nem sei, mas sinceramente espero que não. Caso contrário, ensinarei umas coisinhas para ele: Mil e uma utilidades de uma frigideira. — afirmei cômica.

— Enfim, espero que não tenha atrapalhado seu sono. E sinto muito por ligar essa hora.

— Que bobagem! — dei uma risadinha — Nem estou com son...

Mal terminei a frase e fui dominada pela sonolência abrupta, levando-me para os domínios dos sonhos.

oOo

Acordar foi calmo, e essa tranquilidade era um motivo muito palpável que de algo está muito errado. Levantei e encarei fixamente o berço improvisado de Bia, esta ainda dormia. Ela tinha um sono pesado e podia jurar que seria uma cópia exata de Dante na questão preguiça. Quando percebeu minha aproximação, ela se mexeu e abriu os grandes olhos azuis e ficou um longo tempo me encarando como se estivesse esperando que a tirasse do berço. A peguei nos braços e desci as escadas. Por alguma razão desconhecida eu não estou lembrando-me de algo, eu não sei se é realmente importante. Notei que havia alguém deitado no sofá e imediatamente lembrei que Nero ficou aqui — e eu quase o matei com uma frigideira. Em passos cautelosos, caminhei para perto para ter certeza se estava acordado ou não. Nero ergueu a cabeça e intercalou os olhos entre mim e a bebê, suas sobrancelhas arqueadas em surpresa e indignação.

— Diva! Esse bebê... Não me diga que é seu e do Dante? Ele se aproveitou de você? — ele iniciou um verdadeiro interrogatório.

— Nossa, Nero que paranoia! — dei um sorriso sem graça. — Só por que estou com um bebê e na casa do Dante não quer dizer que automaticamente teria uma filha com ele. Apesar da ideia não ser tão ruim — a última parte sussurrada.

— E então de quem é esse bebê?

— Deixaram ela aqui a única informação que tinha era o nome: Beatrice.

— Ela é bonitinha! — Nero tocou com a ponta dos dedos o nariz dela e Bia aproveitou e o mordeu.

— Nero, você esta bem?

— Sim, ela tem uma mordida forte.

— Pelo menos ela não vomitou em você. — suspirei, dando de ombros — Pode tomar conta dela por um momento, Nero?

— Bem, eu não sou muito bom para lidar com crianças.

— É rapidinho!

Deixei Bia sob os cuidados de Nero, logo de iniciou deu para perceber a inexperiência dele. Beatrice se acomodou no peito de Nero e permaneceu tranquila. Fiz minha higiene matinal e preparei a comida do bebê.

— Aliás, uma mulher chamada Lyana disse que viria dar uma passada aqui para te ver.

— Lyana? Ah, não! Preciso fugir para as colinas mais próximas.

— Ela é tão ruim assim?

— Divinha? — Lyana praticamente pôs a porta abaixo.

— Isso responde sua pergunta?

— Olá, minha amiguinha — ela me abraçou, dando pulinhos.

— Você falando no diminutivo... O que você aprontou, criatura?

— Diva assim você magoa meu coração. Senti tanto sua falta e é assim que me recebe? Cadê o amor no coração, hein? Esqueceu os momentos felizes que passamos juntas? — Lyana repousou o braço sobre meus ombros, trazendo-me para perto. Uma musica meio dramática começou a tocar e vi que era do celular de Lyana. Do nada — e do jeito que é estranha — ela encara o teto como se tivesse vendo algo ali. Procurei o que seria isso, mas como não achei o que quer que fosse deixei pra lá.

— Lyana, isso está meio estranho... — me afastei um pouco, desconfiada.

— Como sua melhor, melhor, melhor amiga do mundo todo eu posso fazer essas coisas.

— Então fica quieta que assim vai assustar o bebê.

— Bebê? Que bebê?

— Essa aqui — indiquei tirando Bia dos braços de Nero.

— Ah, não! Não me diga que aquele safado... Eu vou castrar aquele miserável!

— Agora todo mundo acha que ela é minha filha com Dante? — revirei os olhos, impaciente — Pois fique sabendo que ela não é!

— Menos mal! — fingiu enxugar a testa — Vim passar o dia com você.

— Já era de se esperar. Bem, espero que vocês dois me ajudem, pois cuidar de um bebê sozinha não é fácil.

— Claro, estou às ordens! — Lyana bateu continência. — Por falar nisso alguém sabe que dia é hoje?

— Sexta feira?

— Não só isso: Sexta-feira 13.

— E?

— Hoje é o dia que a linha entre o mundo humano e dos espíritos fica tênue.

— É lenda! — retorqui cinicamente.

— Ah é? Então você não mora e ainda é namorada de um meio demônio? Nem é uma reencarnação? Ou tem amigos bruxos e demônios? Conversa com um fantasma e ainda não acredita?

— Vendo por esse ângulo...

— Continuando... Lembra que sempre nesse dia ficávamos em casa contando histórias de terror?

— Sim, mas...

— Sem "mas" — Lyana me encarou e um arrepio passou pela minha espinha.

— Estou com um mau pressentimento...

oOo

Sentei ao lado de Nero para garantir em ter alguém para agarrar quando levar um susto. Bia estava entre minhas pernas encostada-se a meu abdômen, ela ficou batendo palminhas sem se importar com o tenso ambiente que a rodeava. Lyana sentou-se frente a nós com uma expressão assustadora.

— Então quem começa? — indagou abrindo um sorriso.

— Deixe que eu comece — disse segura. — Bem...

Repentinamente a porta é aberta de modo abrupto, fazendo com que fiquemos em posição de ataque. O impressionante é quem entrará não era humano — quase nunca é —, mas um lobo de pelugem branca. Ela avançou na minha direção e do Nero. Antes que sequer pudesse me tocar ou ao bebê, Nero nos tirou do caminho.

— É culpa sua Lyana! — acusei, alarmada.

— Minha culpa? O que eu fiz? Eu tenho cara de líder de alguma matilha por acaso?

— Ué, deve ser os espíritos do além que estão irritados. É um sinal! — guinchei abismada. — É tipo não mexa com os espíritos ou vão virar ração de lobo...

— Não gostei dessa brincadeira!

— Em vez de discutir de quem é a culpa, por que não fazemos algo? — Nero expôs, ligeiramente aborrecido.

— Eu sou contra violência aos animais.

— Diz isso a ele então.

O lobo pulou na nossa frente e fungou, sentindo o cheiro do local. Confortavelmente, ele se sentou e permaneceu assim.

— Aí caramba! Xô, lobinho! Xô! Vai caçar a chapeuzinho vermelho!

Bati na minha própria testa com a tentativa de Lyana de afastar o animal. O lobo tombou a cabeça intrigado com nossas atitudes.

— Ele deve estar raciocinando em quem comer primeiro. Ele deve estar pensando: Acho que a ruiva linda e simpática será a melhor opção.

— Lyana, para com isso sua perturbada. Nero segura a Bia — sem questionar Nero a pegou. Respirei fundo e cheguei perto do lobo, cuidadosa. O animal partiu para cima de mim e começou a me lamber.

— Ah, por quê? A Diva, não! — Lyana fez um gesto dramático. — Por que meu Deus? Diva é jovem demais para morrer!

Tentei separar o lobo de mim, porém ele estava tão agitado que não daria muito certo assusta-lo e principalmente considerando as enormes garras e suas presas afiadas. Depois de o que pareceu uma eternidade o lobo ficou imóvel, esperando. Os olhos dele eram bicolores, o esquerdo azul e o direito verde e eles refletiam a vivacidade infantil que somente um ser que conheço consegue.

— Maya? — inquiri, incrédula por estar iniciando uma conversa com um animal. Qual seria a probabilidade de ser mesmo a Maya? Ela nunca me disse que podia fazer essas coisas de metamorfose. Na verdade, desde que conheço tanto Maya quanto a irmão dela Eryna, eu nunca soube ao certo o que elas eram, deduzi que ambas ou seriam médium ou bruxas. Logo o corpo cheio de pelos começou a mudar e tornar-se humano.

— Pensei que nunca descobriria — Maya brincou, mostrando a língua.

— Você nunca disse que pode fazer isso.

— E você nunca perguntou — cruzou os braços, enraivecida. — Como você não me visita mais, eu mesma vim te ver. Eu estava com tanta saudadinha, Diva.

Maya me ajudou a levantar.

— Senti sua falta também, e como está sua irmã?

— Ela está ótima, tanto é que me disse: Não vá causar problemas para Diva! — imitou a voz de Eryna.

— Então Diva, não vai apresentar — Lyana questionou.

— Maya esse são Lyana e Nero. Pessoal essa é a Maya.

— O que vocês estão fazendo?

— Estamos aproveitando a Sexta-feira 13 — informou.

— Oh, é mesmo. Hoje é um dia super divertido com muitos filmes de terror e... De quem é esse bebê?

— Vai começar tudo de novo — resmunguei. — Longa historia e estamos de babá.

— Chega de enrolação. Vamos continuar ou não?

Recomeçamos onde fomos interrompidos, Maya sentou perto de mim. As luzes foram apagadas deixando somente uma lanterna para iluminar o espaço.

— Prosseguindo na historia; — pausei, vendo se ninguém irá interromper. — Era uma noite de sábado e como estava sozinha Alice resolveu assistir um filme. Tudo estava tranquilo quando viu algo estranho passando pelo corredor do quarto, foi muito rápido e aquilo despertou um medo irracional na garota. Tomou coragem e levantou, a luz do corredor estava acesa e ela apagou; em meio à escuridão surgiu uma sombra com a forma humana... Assustada, acendeu a luz de imediato e tudo voltou ao normal...

— Não gostei — Maya cortou visivelmente assustada. — Não gostei, achei muito pesado. Horrível!

— Maya, é uma historia de terror estava esperando o que? Pôneis?

— Até que não seria uma má ideia — gracejou.

— E eles podiam cantar: Pôneis malditos, pôneis malditos, venham com a gente... — Lyana completou.

— Calem a boca. Vocês pediram uma historia de terror agora ficam de graça com pôneis. Qual parte do terror, vocês não entendem? Caramba! — repreendi nervosa. — Bem, o certo é imaginemos que a casa está assombrada e que comecem a acontecer coisas mirabolantes do nada e sons muito assustadores e... — as luzes começaram a piscar assim como surgiu um som de algo batendo no chão. Olhei para Maya que estava brincando com a lanterna e batendo ela no chão, simulando que o objeto é um copo. Tentando fazer aquele truque — para mim é um truque chamado “The cup song” — para aqueles que têm boa coordenação motora.

— Maya para com isso!

Quando percebeu que foi flagrada, Maya colocou a lanterna no lugar como se nada tivesse acontecido.

— Vamos fazer assim para facilitar e ninguém ficar de fora, cada um vai me falar algo que tem medo e colocaremos tudo numa só historia. Nero me diz algo que você tem medo.

— Nada.

— Nada? Tipo, nada que te deixe com os cabelos em pé?

— Não.

— Que sem graça — Maya afirmou.

— E você Lyana?

— Eu tenho medo de... Hm... de Bonecas.

— Bonecas? Você está brincando, né?

— Não, estou falando sério. Bonecas podem ser fofas, mas devem ter um lado obscuro por baixo de toda aquela aparência.

— E você Maya, do que tem medo?

— Eu tenho medo de dormir sem cobertor e o monstro me pegar.

— Pelo menos essa foi mais haver com o tema.

— Acho que sei como fazer... — Nero pronunciou com um sorriso diabólico estampado em seu rosto.

Já era noite e eu estava pronto para dormir, porém quando repousei minha cabeça no travesseiro ouvi um grito assustado de Kyrie. De sobressalto entrei no quarto dela e ela estava encolhida usando o cobertor para se proteger e tremendo de medo, mesmo assim teve forças para me explicar o que estava acontecendo e apontou para a boneca que tinha ganhado no parque. Leve-a com tido cuidado para a sala, e notei que no corredor havia uma figura pequena, mas encoberta pela escuridão. Era a boneca. De repente a pequena criatura me olhou e saiu correndo em minha direção...

— Não! — eu, Maya e Lyana dissemos em uníssono.

— Eu nunca mais vou dormir — Maya confessou.

— Vou ter que dormir com uma faca debaixo do travesseiro — Lyana declarou, receosa.

— É só uma historia — Nero justificou rindo da nossa reação. Beatrice acabou rindo também, e fez um engraçado ruído.

— Eu achei tenso e... — as luzes começaram a piscar novamente. — Maya quer parar?

— O quê? — ela perguntou sem entender. A lanterna não estava com Maya.

Algo invisível nas sombras mexeu o objeto e focou a luz no próprio rosto.

Buh! — peguei Beatrice e junto com Maya e Lyana saímos correndo desesperadas. Escondemo-nos atrás da mesa. Uma risada familiar encheu a sala. — Mil perdões senhoritas se eu as assustei.

— Dante seu miserável! — gritei.

— Eu vou te matar feioso.

— E eu vou te retalhar, maldito!

— Dantiii — Bia soltou, rindo logo em seguida. A primeira palavra dela fora justamente a pessoa que passa menos tempo com ela. Que absurdo!


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Notas finais do capítulo

E antes que perguntem: Não, eu não fumo as ervinhas do Bob Marley, quem faz isso é o pessoal do Resident Evil xD
Vos deixo a vontade para cantar a musica "Aleluia" por finalmente ter postado o/
Agora me amem eternamente xD /taparei

~ Vim dar uma rápida mensagem:
Primeiramente fico agradecida por ela dedicar uma historia para mim, eu até me sinto fods -sqn xD
Como eu também estou envolvida, me vi na obrigação de divulgar a historia:
http://fanfiction.com.br/historia/553850/You_Got_Me/
Vale a pena ler, pessoas lindas do meu core xD ~

Até a próxima!



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