- Pessoal. - falou Hera quebrando o silêncio - Cadê o Poseidon?

Atena chegou, pálida, com algo nas mãos.

- O que foi, minha filha? - perguntou Zeus, já preocupado.

Ela não falou nada. Apenas colocou a carta nas mãos dele. Zeus abriu ela e começou a ler.

" Querida família,

Provavelmente eu já vou estar terminando de fazer minhas últimas coisas aqui no mundo dos vivos, quando lerem essa carta.

O motivo disso é que vou para o tártaro. Mas não fiquem preocupados com isso. Preciso fazer uma coisa muito importante lá. Eu tenho ainda coisas a dizer a vocês.

Adeus a todos. Foi muito bom ter vocês como minha família.

Zeus, saiba que mesmo sendo chato, gosto muito de você meu irmão.

Hera, você também é igualzinha ao seu marido, mas também te adoro.

Atena, vou sentir muito sua falta, corujinha.

Apolo, meu sobrinho, compus uma música para você cantar para Zeus depois de ler essa carta.

Hades, o urubu, te adoro.

Afrodite, minha sobrinha linda, não se preocupe com a sua aparência, pois sua personalidade é o que importa.

Deméter, sabe aquele jarro de orquídea que morreu? Continuei cuidando dele. Dê uma olhada depois.

Hefesto, você não é feio, seu pai não te odeia. Não se preocupe com o que os outros dizem, você é o máximo.

Hermes, em cima da sua cama tem um pacote. Entregue-o no endereço do papel. Não vou me esquecer de você.

Ártemis, eu te adoro muito também.

Ares, cuide bem de Afrodite, e não esqueça de continuar ensinando os semi-deuses como se lutar numa guerra.

Amo muito todos vocês. Infelizmente eu não posso falar porque eu estou partindo, mas uma coisa eu digo. Não se preocupem comigo. Eu vou voltar.

A música que eu fiz para você, Zeus, guarde-a. Se não, quando eu morrer, vou puxar seu pé de noite. Ah, e não se esqueçam de mim, por favor.

Poseidon."

Zeus estava se apoiando em Hera, chorando. Ela também não estava diferente. Todos ficaram tristes, mas ao mesmo tempo confusos. O que diabos Poseidon foi fazer no tártaro?