Taking Care of a Watson escrita por nanny


Capítulo 2
First Night With Her


Notas iniciais do capítulo

Her and Molly HSUAHSUAHUSHAS



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— Vocês não podem deixar Elsa com a Molly de novo? — Sherlock escondeu o rosto com as mãos. — Eu não tenho muito tempo e... Ela ainda é muito nova...

— Ela já tem um ano, Sherlock! — Mary riu. — Você já pode cuidar de Elsa... Só não podemos mandar ela para a casa da Molly por culpa do Tom.

— O que o marido da Molly tem com isso? Ele é confiável. — Sherlock encarou a loira com o mínimo de esperança de convencê-la. — Eu voto em deixá-la na casa de Molly e Tom.

— Tom está doente. — Mary respondeu simplesmente. — Não podemos deixá-la no mesmo ambiente que Tom... Ela é muito nova e qualquer gripe pode fazê-la muito mal. Vamos Sherlock... Você é nosso padrinho... John confia em você... Ele não pode faltar a reunião de hoje e nem eu posso. Não faça isso com ele, Sherlock.

— Todas as coisas dela estão na bolsa? — Ele sentou-se no sofá, encarando a loira com o bebê no colo.

— Eu amo você, ok? — Mary colocou a bebê loira em cima do sofá.

Ela já ficava sentada sem se encostar em lugar nenhum e já tinha alguns dentinhos aparecendo. Dava gritos que ninguém conseguia entender — principalmente quando via o padrinho — e já engatinhava feito louca pela casa.

— Dá muita sorte que eu não ligo de criar sentimentos pela sua filha. — Sorriu. — Apesar de gritar o dia inteiro quando estou por perto, ela é muito tranquila e me deixa pensar. Fica extremamente quieta quando toco violino e escuta meus monólogos enquanto presta muita atenção. E não chora.

— Está ouvindo, Elsa? — Mary se abaixou e beijou a testa da garota. — Você conquistou seu padrinho-coração-de-gelo! Já pode comemorar!

— Só não demorem muito... Eu não sei exatamente o que fazer. — Sherlock coçou a cabeça.

— Se precisar de ajuda ligue para Molly. — Mary deu uma piscadela antes de sair. — Ela sempre sabe o que fazer!

— Eu não vou ligar para a Hooper.

Sherlock tentava resolver alguns casos rápidos pela internet. Ouvia os gritos de Elsa ao longe. Provavelmente engatinhando embaixo da mesa. Já estava "cuidando" da pequena há três horas; isso queria dizer que Elsa estava engatinhando pela casa há três horas. A pequena era bastante paciente e ao invés de chorar o tempo todo, vivia gritando.

Ouviu passos e em seguida alguém abriu a porta do apartamento. Era Molly. Ela se agachou e pegou a pequena. Elsa no momento estava deitada de barriga no chão, ao lado do sofá. Mas pro espanto de Molly, ela não chorava. Só gritava descontroladamente, como se quisesse muito chamar a atenção do tio.

— O que faz aqui? — Ele levantou o olhar para encará-la.

— Eu mandei mensagens e você não respondeu. — Molly deitou o bebê no sofá e começou a tirar as roupas de Elsa. — Então fiquei preocupada e vim voando... Há quanto tempo checou Elsa? Deu mamadeira?

— Não chequei. Preciso checar? — Ele ergueu as sobrancelhas, voltando para seu trabalho.

— Sherlock, não seja irresponsável. Venha até aqui. — Molly ordenou com uma voz mais autoritária que o normal. — Você precisa aprender. É tão padrinho quanto eu.

Sherlock levantou-se com muita lentidão e parou ao lado de Molly. Observou enquanto ela tirava as roupinhas do bebê. Em seguida tirou a fralda jogou-a fora e pegou-a no colo.

— Pode encher a banheira inflável que está dentro da bolsa e depois enchê-la de água quente? — Molly pediu, olhando-o com os mesmos olhos de sempre.

Sempre havia tanta ternura nos olhos de Molly ao olhar para Sherlock. Ele sentia isso. Fazia questão de ignorar. Molly era casada, oras. Não devia alimentar nenhum tipo de olhar com ternura.

Fez o que ela ordenou e depois de alguns segundos, sentiu a presença de Molly e Elsa no banheiro. A garotinha gritava feliz, parecia entusiasmada além do normal.

— Ela adora a hora do banho, Sherlock. — Molly ria para a garota enquanto falava com ele. — Quer fazer isso?

— Eu fico feliz em observar. — Sorriu.

Molly abaixou-se, colocou a pequena na água e esfregou-a enquanto ela gargalhava. Elsa batia os braços na pequena banheira inflável e molhava Molly dos pés à cabeça. Sherlock involuntariamente sorriu. Molly esfregou a cabeça, o rosto — ela pareceu não gostar muito dessa parte — e o resto do corpo antes de tirá-la da água. Virou-se para Sherlock, suas roupas e seu cabelo totalmente molhados. Molly estava em estado decadente e Elsa sorria como se fosse natal. Ele deu um sorriso discreto.

— Você é boa nisso. — Comentou.

— Você vai aprender. — Riu.

— Não sei se quero. — Coçou a cabeça. — Já viu seu estado?

— Já me acostumei. Ela gosta tanto do banho que sua alegria é um pouco contagiante... — Riu, esfregando o nariz na bochecha do bebê. — Talvez seja um pouco demais, mas tudo bem.

— Não precisamos vesti-la e alimentá-la? — Sherlock perguntou um pouco deslocado.

Estava começando à ficar incomodado com aquela proximidade com Molly. Os dois e Elsa dentro do banheiro, cheios de sorrisos e carinhos — os carinhos apenas entre elas — estavam deixando-o tonto. Não queria se acostumar com aquilo. Solidão era muito mais tranquilo.

— Ah sim! — Molly saiu do banheiro rapidamente. — Precisamos vesti-la pois está muito frio. Faça um favor? Coloque a mamadeira no banho-maria, por favor?

— Banho o quê? — Sherlock coçou a cabeça de novo.

— Ah. — Molly sentou-se no sofá e riu, colocando a bebê em uma posição confortável ao seu lado. — Coloque um pouco de água para esquentar. E depois coloque a mamadeira lá dentro. Mary deixou a mamadeira?

— Não sei. — Ele parecia mais perdido do que nunca. — Não olhei a bolsa.

— Vamos Sherlock! — Levantou-se e juntos caminharam até a bolsa do bebê.

— Você precisa prestar mais atenção em Elsa. Pelo menos um pouco...

— Vou dar banho na mamadeira e já volto. — Pegou a mamadeira da bebê e marchou par a cozinha.

Molly gargalhou. Ele era realmente uma peça! Ela ainda sentia-se fraca perto dele, mas tinha certeza dos sentimentos pelo marido. Tom estava lá por ela, Sherlock não. Não havia nenhuma dúvida. Sherlock Holmes era passado, apesar de ainda deixá-la derretida. Aquilo era um segredo de Molly consigo mesma, ninguém precisava saber.

Depois da pequena vestida, Sherlock voltou com a mamadeira morna. Sorriu, encontrando Molly balançando-a nos braços. "Me dê aqui", estendeu o braço. Sherlock entregou-a o vidro e continuou parado, encarando-as.

— Tome. — Molly sussurrou. — Pegue-a no colo e continue balançando.

— Não, não! Eu nunca fiz isso e... — Ele tentou negar, mas Elsa já estava em seus braços.

— Eu estou molhada dos pés à cabeça, não posso ficar abraçando-a assim. — Molly terminou de dizer e se virou, espirrando.

— Você também está doente? — Sherlock ergueu as sobrancelhas quando Molly voltou a olhá-lo.

— Também? — Pareceu confusa por alguns segundos e depois sorriu. — Ah sim. É. Estou chegando lá. Acho melhor ir embora.

— Mas...

— Ela vai dormir até eles chegarem, acredite em mim. — Molly sorriu. — Direi à Mary que você foi ótimo, mas é um segredo nosso. Te darei crédito por não tê-la encontrado chorando...

— Ela nunca chora comigo. — Ele inflou o peito sem parar de balançar o bebê.

— Então você tem muita sorte. — Ela ainda sorria daquela forma...

Ahn... Sherlock não sabia explicar o que achava daqueles sorrisos extremamente doces que Molly direcionava à ele. Por que ela era sempre tão doce? Mesmo depois de se casar, era como se nada tivesse mudado...

— Molly, acho melhor você tirar essa roupa.

Ela ergueu as sobrancelhas e fez a maior cara de espanto que conseguiu. Sherlock estava mandando-a... Era isso que tinha entendido?

— Molly... — Ele revirou os olhos. — Vista uma blusa minha e pegue um casaco emprestado. Você não vai embora molhada nesse frio. Pelo amor de Deus! Você e John sempre com essas mentes poluídas e levando as coisas ao segundo sentido... Vocês teem que parar com isso. Se alguém vê essa expressão no seu rosto, pode pensar que...

— Esqueça. — Ela riu totalmente envergonhada. — Me desculpe pela confusão... E sim, vou aceitar sua oferta. Fique com Elsa e eu pego alguma roupa no seu quarto.

Enquanto Molly caminhava até o quarto observou-o ninando a criança uma última vez. Era uma cena linda. Sherlock seria um bom pai. Com muito custo — se um dia alguma mulher chegasse à fazê-lo pai —, mas seria.

Quando ela voltou envolvida no casaco maior que ela, ele não pôde evitar uma risada. Mas riu silenciosamente, pois a pequena Watson já havia caído no sono. Molly sorriu para a cena e beijou com cuidado a testa da garota. Ele não pôde evitar o pensamento que... Molly seria uma boa mãe. Quando ela e Tom tivessem um bebê ela com certeza seria uma bela... Não bela, ele se consertou, mas sim uma boa mãe.

— Boa noite Sr. Holmes. — Beijou a bochecha de Sherlock e saiu.

— Boa noite Molly. — Ele sorriu, ainda com a garota no colo. — Melhoras ao Tom.

Molly deu a volta e parou atrás do detetive. Mesmo muito mais baixa que ele, pôs-se nas pontas dos pés e sussurrou o mais próximo do ouvido dele possível "Tom nunca esteve doente, Sherlock."

Ele sorriu. A voz de Molly fazendo cócegas em seus ouvidos. A sensação era ótima. Ficou fora de si por um momento — e Molly reparou nisso — e então soltou um simples "ahm?" Estava confuso. Não tentou esconder isso. Não conseguiu entender muito bem o que Molly havia dito. Sim, ela estava brincando com os sentidos do detetive daquela forma. Aquilo estava longe de ser justo.

— Tom nunca esteve doente. — Molly repetiu, virando-se para a porta e caminhando para a saída. — Só queríamos você e Elsa mais próximos. De nada!

"Obrigado" ele sussurrou beijando a testa da sua afilhada. Afinal aquela garota era muito agradável... Aquela garota e a voz de Molly. Sherlock balançou a cabeça e levou Elsa para seu quarto. Precisavam definitivamente de descanso.


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Notas finais do capítulo

hehehe