Father escrita por luud-chan


Capítulo 1
Capítulo Único: Pai


Notas iniciais do capítulo

Well, olha eu aqui com mais uma mini-oneshot Miraxus. Essa era outra que estava acumulando poeira em alguma das minhas pastas, e estava MUITO afim de escrever algo e resolvi desenterrá-la! hihihihi.

Ela é simples, e admito que até gostei do resultado, mas quem manda são vocês! UUUUUUUh. Eu estou morrendo de sono, por isso não vou ficar enrolando. Espero apenas que alguém leia, porque Miraxus é amor e essa categoria precisa urgentemente de mais! *-* E clichêzão ainda, mas nem ligo, AUHAUHA. choray.

Boa leitura!



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Father

— Papai!

De todas as coisas que Laxus nunca achou que seria uma delas era ser pai. Achava crianças muito problemáticas e barulhentas. E era demasiado difícil tomar conta delas. Ele já não era paciente, na verdade, podia ser definido como a personificação do pavio curto e sempre imaginou que no máximo daria um bom tio, mas pai? Jamais.

Voltou os olhos para a pequena filha que o encarava com determinação. Os olhos grandes e azuis estavam fixos nele, os lábios pequenos e rosados apertados em um beicinho adorável. O lado bom: Ela não iria chorar; o lado ruim: estava aprontando alguma coisa.

— Sim? — perguntou desconfiado enquanto estudava-a atentamente. — Algum problema?

— Preciso que me responda uma coisa — disse com convicção.

Laxus arqueou as sobrancelhas e cruzou os braços. Hum. Aquilo era um péssimo sinal. Sabia o que viria a seguir: Uma pergunta complicada demais para uma menina de cinco anos saber a resposta — uma menina inteligente até demais para o seu gosto.

— Eu também quero saber a resposta! — Hyato, o garoto de nove anos aproximou-se com um sorriso tímido. Ele era muito mais reservado que Kayla.

Olhou para Mira do outro lado da guilda. Apertou os olhos, conhecia bem aquele sorriso malicioso que repuxava os lábios rosados. Ela o encarou de volta desafiadora. Ele suspirou.

— O que foi?

— Como os bebês são feitos. Quero saber — a menina afirmou, teimosa. — Eu sei que não são as cegonhas que trazem eles, é impossível. E acho que não tem como um bebê brotar da terra — emendou.

— E eles também não vêm do mar — Hyato adicionou em voz baixa, pensativo. — E então, pai? De onde os bebês vêm?

O mago apertou os lábios em uma linha reta e demorou a achar uma resposta.

— Por que você não pergunta pra sua mãe? Ela entende melhor sobre isso do que eu — tentou escapar pela tangente.

— Porque ela disse pra perguntarmos para você, porque era expert na criação deles — Kayla pontuou prontamente, sem gaguejar.

Ah, por que ela fazia isso com ele? Fuzilou-a com o olhar e Mira dera uma risada. Se não a amasse tanto, certamente a mataria.

— Vocês não podem esperar? — tentou novamente, soando o mais sério que podia sem fazê-los chorar.

— Quanto tempo? — o garoto devolveu a pergunta.

— Eu não quero esperar! — insistiu Kayla aumentando o beicinho. — Se o papai não me falar, vou perguntar para o tio Gajeel.

Por Mavis, que não! Sabe-se lá o que o dragon slayer de ferro poderia dizer para os seus filhos. A pior parte é que Laxus não estava em uma situação muito melhor. Como raios ele iria dizer que bebês eram concebidos através de sexo? E só para constar, no caso deles fora em lugares bem diversificados e de maneiras bem interessantes. Dispersou-se por um minuto ao se recordar. Ah... doces lembranças.

— Kayla, se você quer tanto assim saber, eu vou falar. — Pigarreou e por um momento, sentiu como se todos da guilda estivessem olhando para ele, mas só podia ser coisa da sua cabeça. — Quando um homem e uma mulher ficam mais velhos e se gostam, eles... — Que palavra poderia usar para aquilo? — Eles...

Hyato engasgou com uma risada e recebeu uma cotovelada de Kayla, que estava vermelha por também estar segurando uma risada.

— Eles? — o garoto incentivou-o a continuar e voltou a prender a respiração.

— Eles...? — Kayla murmurou, os olhos brilhando de excitação.

Isso não deveria ser responsabilidade dele. Era Mira que tinha que conversar com eles sobre esse tipo de assunto. Tentou lembrar se tinha feito algo de errado naquela semana, Mirajane era uma mulher vingativa — não conseguiu se lembrar de nada. Então...

— Brincam. É isso, crianças. Eles brincam. — Por um instante, a decepção passou pelos rostos dos dois e foi então que Laxus teve certeza que tanto os filhos como Mira estavam se divertindo as suas custas. Franziu as sobrancelhas e lançou um sorriso amarelo para a esposa, que deu de ombros. — Vocês são diabólicos! — acusou e levantou da mesa.

Kayla gritou e correu enquanto ria, o cabelo loiro dançando ao vento. Hyato seguiu-a e ele não teve outra opção além de correr atrás deles, em uma espécie de perseguição.

“Ser pai é complicado”, pensou quando conseguiu capturar a filha. “E ao mesmo tempo, estranhamente reconfortante.”

Àquela altura do campeonato, já não conseguia mais enxergar a vida sem os filhos, sem Mira. Eles eram um presente que por muito tempo, não merecia. Quando pensava em uma vida sem eles, doía. Passara os anos ao lado da maga albina, entre os tapas e beijos, e eventualmente as coisas aconteceram entre eles. Pensava que poderia ter feito diferente, terem ido com mais calma para assim não terem que lidar com a gravidez inesperada. Porém, quando olhava para Hyato, todos os seus receios desapareciam.

Nada disso importava.

Naquela mesma noite, quando se preparavam para irem dormir, ao notar como ele estava pensativo, Mirajane perguntou:

— No que você está pensando? — Os olhos azuis se prenderam nele e ele já não podia mais se lembrar quantas vezes eles tinham emitido aquela mesma sensação de conforto, de lar. Provavelmente aquilo não mudaria nunca. — Ainda constrangido pela pergunta dos garotos? — sugeriu com um sorrisinho.

— Você é diabólica, mulher — acusou com um sorriso e agarrou-a pela cintura, para depois afundar o rosto na curva do seu pescoço. — Eu estava pensando, naquela vez, quando fomos ao parque aquático.

— Ah sim, você estava sendo babá da Mestra Mavis — disse com divertimento.

— Você disse que eu seria um bom pai — lembrou-a e dessa vez levantou os olhos para encará-la.

— Você é. Um ótimo pai, Laxus — Mira afirmou, acariciando o cabelo loiro.

— Eu achei que você estava sendo sarcástica. — Deitou-a na cama e beijou sua clavícula. — Mas na verdade, você só estava sentimental demais.

— Não estava — negou veemente e o mago sorriu. — E eu só estava certa. — Antes que percebesse, ela estava por cima.

— Vamos voltar lá algum dia — murmurou, os dedos subindo por debaixo da camisola fina através das coxas torneadas.

— Eu sei no que você está pensando... — sussurrou e abaixou apenas o suficiente para alcançar os lábios masculinos.

— Papai? — a voz aguda de Kayla soou do outro lado da porta. — Pode ler uma história para nós?

— Não consigo dormir — Hyato explicou com suavidade.

Laxus suspirou. Ah... As complicações de ser pai. Mas não trocaria por nada.

— Me espere ai mesmo — disse para Mira. — Não vou demorar.

— Não vou a lugar nenhum — respondeu com um sorriso.

Mas ela mentira, quando Laxus voltou, a maga tinha ido para o mundo dos sonhos e ele não pôde fazer nada além de cobri-la e deitar ao seu lado.

É... Não trocaria por nada. Ou quase isso.


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Notas finais do capítulo

Ok, hehe. Desculpem qualquer erro grotesco, reviso quando eu voltar, agora eu vou indo, porque estou BÊBADA de sono, é sério. Não tá fácil pra ninguém viu? y_y

Espero que tenham gostado, se alguém ler, já estou feliz, hehe. Só ficarei mais se comentarem, críticas construtivas, etc, estou aceitando. Façam uma autora feliz! *-*

Beijão e até mais!

Fui.