No maior hospital da cidade, Leo, a rosquinha, finalmente acordou e recobriu a consciência. Seus olhos estavam marejados,e a lembrança de Fani agarrando o Alan não lhe saia da cabeça. Estava deprimido e triste, mas o pior ainda estava por vir. Quando o médico, Dr. Roscoe, entrou no quarto grande e espaçoso, com quatro macas, onde em uma delas se encontrava Leonardo, e disse que tinha notícias ruins para dar, ele começou a gritar e chorar, chorar e gritar.

"Mas rosquinhas não choram, você mesma disse". Que se foda, a história é minha, eu faço o que quiser. Então Dr. Roscoe pediu um pouco de maconha para uma das enfermeiras-rosquinhas e deu para Leo fumar. Um tempo depois Leonardo já estava na brisa e o médico falou logo a notícia, sem rodeios, sem hesitar, enquanto Leo estava doidão.

– Você foi atropelado por um marshmallow, que dirigia uma caminhonete, e não pode mais andar. Ele estava bêbado, um pouco depois de te atropelar, o próprio marshmallow foi na delegacia e se denunciou. Eles são bem sentimentais e justos! A partir de hoje você terá que usar cadeira de rodas, mas graça a nosso Deus-rosquinha o resto do seu corpo continua intacto. Apesar de que, agora você é uma rosquinha espragatada.

Agora sim, a vida da nossa querida rosquinha de banana não podia estar pior. Leo havia descoberto que Fani, o amor da sua vida, na verdade sempre foi apaixonada pelo seu melhor amigo, foi atropelado por um marshmallow bêbado e não podia mais andar. O que faria agora? "Vou voltar para a terra", pensou, "quero ser devorado por um humano, assim não sentirei mais dor". Porém, quem comeria uma rosquinha espragatada? Ele logo percebeu isso, e percebeu que não tinha escolha. Estava condenado a sofrer para sempre. Esse é o mal de ser uma rosquinha: Elas não morrem.

Quando foi liberado do hospital, à noite, voltou para a sua casa e dormiu. Mas foi só acordar que seu coração voltou a doer. E então sua campainha tocou. Ninguém sabia seu endereço, exceto o Alan. Porém quando Leo abriu a porta percebeu que não bem ele que estava lá.