Nunca Perderei Você escrita por Mariii


Capítulo 13
Nunca Perderei Você


Notas iniciais do capítulo

Agooora o capítulo de verdade!
E é o último! ;)

A música citada na segunda parte do capítulo é a mesma do capítulo final de "Perder você".
Video Games, de Lana del Rey, mas cantada por Stereophonics: https://www.youtube.com/watch?v=i4oPNrxStf0

Espero que gostem!



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Foram caminhando até onde os Watson já aguardavam, encostados no capô de um dos dois carros ali estacionados. Sherlock continuava com o braço protetoramente sobre os ombros de Molly.

Tudo tinha acabado e eles estavam livres para viver a vida deles novamente.

Sherlock ainda se preocupava um pouco sobre como essas mortes interfeririam no psicológico de Molly, mas ela parecia bem. Tranquila.

– Você vai voltar para Baker Street?

– Se você me quiser lá ainda...

Sherlock a encarou, tentando decifrar se ela falava sério, mas ela sorria.

– Que tipo de pergunta é essa? – Ele olhou desconfiado para ela.

– Uma pergunta justa. Posso ficar em meu apartamento.

– De novo você vai me fazer falar?

– Sim. – Molly o encarava, travessa como uma criança. Sherlock suspirou.

– Molly Hooper, aceita morar comigo pela segunda vez? E não aceito não como resposta.

– Então sim!

Ela virou-se para ele e o beijou. Tudo estava em equilíbrio novamente.

– Eu não vou poder ir pegar suas coisas com você. Preciso garantir que o lesado do Gavin não vai encher nosso saco por essas mortes.

– Eu pagaria a pena tranquilamente.

– Mas eu não ficaria sem você. Fique com o carro. Só me deixe em Baker Street antes.

– Tente não matar Greg.

– Farei o possível. Ou não.

Ela balançou a cabeça diante do sorriso perverso de Sherlock. Ele não tinha jeito.

Despediram-se dos Watson. Não era uma boa hora para fazer o balanço dessa missão. Se encontrariam posteriormente para discuti-la.

Um furgão com uma equipe de Mycroft já se aproximava para limpar a bagunça. John o tinha avisado sobre o sucesso do caso.

Sherlock e Molly entraram em um dos carros e partiram. Molly dirigia e Sherlock segurava uma de suas mãos sempre que podia. Não via a hora de poder estar com ela de novo. Pararam em Baker Street. Ela sentiu-se aliviada em saber que em breve estaria de volta.

Sherlock aproximou-se e a beijou, demorando um pouco mais que o necessário.

– Te ver matando aquelas duas me proporcionou algumas reações impróprias. Temos contas a acertar essa noite.

Molly deu uma pequena gargalhada.

– Você é louco.

– Nós somos. Espero você para o jantar.

– Estarei aqui.

–-- --- ---

Molly organizou rapidamente suas coisas no apartamento. Pensando no que Sherlock tinha dito sobre as contas a acertar, ela separou um vestido vinho que deixava suas curvas a mostra e tinha um decote generoso. Desde que fora para Paris não tinha mais estado a sós com Sherlock e mal voltaram para casa já tiveram que sair no encalço da piranha Adler. Sentia a falta que ele lhe fazia transbordar por todos os seus poros agora. Em dois anos nunca tinham ficado tanto tempo separados.

Tomou um banho, passou um creme com um perfume suave, delineou os olhos e vestiu seu vestido. Deixou que seus cabelos caíssem soltos às suas costas. E calçou sandálias de salto alto.

Lembrou-se das mãos de Sherlock em seu corpo e um arrepio subiu por sua espinha.

Carregou o carro com suas coisas e dirigiu até Baker Street. Subiu rapidamente as escadas, pegaria suas coisas depois. Até parecia que era a primeira vez que estaria com ele, levando em conta sua ansiedade.

Quando finalmente entrou no apartamento, Sherlock estava próximo à janela, tocando uma doce melodia em seu violino. Molly sentiu-se amolecer só de olha-lo, vestido impecavelmente de preto. Adorava quando ele se vestia assim. Parece que ele deduziu que ela se arrumaria e fez o mesmo.

Os olhos verdes dele prenderam-se nos dela e ele deu um breve sorriso.

Ela ficou ali, parada, ouvindo-o tocar até que terminasse. Poderia ouvi-lo pela vida toda.

Sem dizer nada, ele segurou sua mão e a puxou para a cozinha.

Alguma espécie de carne estava sendo mantida aquecida no forno e ela pode ver que também havia batatas gratinadas.

– Nossa! Sra. Hudson caprichou hoje. Foi só porque eu voltei?

– Sim, foi porque você voltou.

Ah, que doce a Sra. Hudson, Molly pensou.

– Mas quem cozinhou foi eu.

Molly estancou. Sherlock cozinhou? Para ela?

Uma emoção maior do que tudo que já tinha sentido tomou conta de seu corpo. Lágrimas surgiram em seus olhos. E ela pode ver que estavam nos olhos dele também. Os dois sabiam que não existia prova de amor maior do que essa. Não importava se o relacionamento deles era esquisito, se nunca oficializaram um casamento, se sempre parecessem dois adolescentes. Tudo o que importava estava ali, pairando entre eles quase palpável. Amor.

It's you, it's you, it's all for you
Everything I do, I tell you all the time

Ela se aproximou e envolveu os braços na cintura dele. Nunca teria palavras para dizer o quanto aquele gesto tinha significado.

– Obrigada. - Disse contra seu peito. Ele beijou seus cabelos. Estava tão emocionado quanto ela. Molly tinha dado um sentido novo a tudo que ele conhecia.

– Nunca perderei você. – Soou como uma promessa.

Afastaram-se e Sherlock puxou uma cadeira da pequena mesa para que ela se sentasse. Tirou os recipientes do forno e a serviu. Enquanto ela enchia suas taças de vinho.

Molly confessaria mais tarde que ficou com um leve medo da comida estar ruim. Felizmente ela se surpreendeu. Olhou desconfiada para Sherlock, não perderia a chance de provoca-lo.

– Isso está divino! Tem certeza que foi você quem fez?

Sorriu ao vê-lo revirar os olhos, fingindo irritação.

– Vamos lá, Molly... Sou formado em química. Você acha que tenho problemas em misturar elementos? Mesmo que sejam batatas, queijo, carne.

– Vou me lembrar disso quando estiver com fome, Sr. Holmes.

– Droga!

Molly gargalhou. Agora o faria cozinhar para ela muitas vezes.

I heard that you like the bad girls
Honey, is that true?

Quando terminaram de comer, ele a levou de volta à sala, sentou em sua poltrona e a puxou para seu colo.

Era tão bom senti-la novamente contra seu corpo, de onde ela nunca deveria ter saído. Aspirava o suave perfume que emanava da pele dela. Ela o olhava com as bochechas rosadas pelo vinho. Tantas coisas tinham vivido desde aquele dia no casamento de John. Momentos difíceis, conturbado, felizes. As mãos delas se prenderam em seus cabelos, como ela tanto gostava de fazer. E ele não podia negar as reações que isso causava.

Desceu as mãos pelos braços dela, sentindo sua pele arrepiada. Era excitante perceber o que seu toque causava nela.

Molly aproximou-se de seu ouvido e disse em uma voz rouca:

– Esse lugar é meu e só meu.

– Nunca foi diferente. Você é minha, Molly, eu não preciso de mais ninguém.

Sherlock estremeceu quando os lábios dela alcançaram seu pescoço. Automaticamente suas mãos apertaram as coxas dela.

– Molly... – Sherlock falava com dificuldades. – Eu queria muito ser romântico esta noite.

Molly não dava muita atenção ao que ele dizia e continuava usando a língua para brincar com o pescoço e a orelha dele. Dando leves puxões em seus cabelos.

– Juro. Juro que tentei. Mas não estou conseguindo.

Ela se afastou dele, olhando com uma expressão de repreensão.

– Sherlock, que tal você calar a boca e usar ela para outra coisa?

Ele riu. Como não amá-la? Decidiu seguir seu conselho. Pensando bem, ela não parecia muito sedenta por romantismo. Molly vivia surpreendendo-o e isso era uma das coisas que ele tanto gostava nela. O tédio nunca mais fez parte de sua vida desde que deixara ela entrar. O mundo dela contemplava uma enorme matiz de cores que ele desconhecia. O preto e branco de sua vida vinha sendo substituído pouco a pouco.

Em dois segundos desceu o zíper do vestido dela para admirar a sensual lingerie preta que ela escolhera. Ela levantou-se, deixando que o vestido caísse. Quando voltou, sentou-se com uma perna de cada lado dele. Deixaram que muitas palavras fossem ditas somente por seus olhos antes se entregarem a um longo beijo.

Sherlock fez menção de levantar-se e seguir para o quarto, mas ela não deixou. Fora ali, naquela poltrona, que o mundo dela tinha sido destruído. Temporariamente, é verdade, mas tinha. E seria ali que ele seria reconstruído novamente.

They say that the world was built for two
Only worth living if somebody... Is loving you

–-- --- ---

A noite fora longa e Molly mal conseguia se lembrar em que ponto eles finalmente subiram para a cama.

Acordou com a claridade invadindo o quarto e encontrou Sherlock observando-a e sorrindo. Seu coração voltou a se acelerar. Isso nunca pararia de acontecer? Esperava que não.

Não tiveram tempo de falar nada e ouviram os dois celulares apitando. Não, de novo não.

John Watson: No apartamento. 11h. Urgente.

Molly largou o celular sobre a barriga e suspirou. Viu, de canto de olho, que Sherlock ria da reação dela. Ela tinha planos de ficar o dia todo na cama e esses planos acabaram de ser estragados.

Ele puxou-a para seus braços.

– Nós precisamos de férias, Molly. Sem celulares.

Ela só concordou com a cabeça. Sim, precisavam, com toda certeza.

– Pensaremos nisso... – Ele fez uma pausa, começando a acariciar as costas nuas dela. – Você acha que John vai achar ruim se nos atrasarmos um pouquinho? Só meia hora, talvez uma.

– Acho que eu não me importo com o que ele pensa sobre isso. Temos assuntos urgentes por aqui também. – Molly sorria agora. Tudo que ela queria agora era ficar com Sherlock. E isso foi suficiente para que ele a prendesse sob seu corpo e colasse seus lábios aos delas.

Só mais de uma hora depois os dois saiam do apartamento 221B, rindo como duas crianças ao tentar imaginar com qual arma John os receberiam.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da fic de modo geral?
Obrigada a todos que acompanharam! E a todos os reviews! Vocês não imaginam como a menor das palavrinha nos anima a escrever cada vez mais!

Espero vocês na nova fic que iniciei: http://fanfiction.com.br/historia/489879/Perdidos/

Até mais! :)