Depois daquele Beijo escrita por Muh


Capítulo 10
Capitulo X: Dias Sombrios - Parte II


Notas iniciais do capítulo

~ Sustos, suspense, reviravoltas e surpresas...



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Eu quero morrer.

Eu deveria ter morrido.

...

TUM. TUM. TUM.

Ou algo parecido. Foi a primeira coisa que eu ouvi naquele lugar desconhecido. Meus músculos estavam formigando, minha garganta ardia, tentei falar, mas algo na minha boca impediu. Tentei me mexer, mas não sentia minhas pernas. Havia uma agulha no meu braço, um tubo na minha garganta, tento arranca-los enquanto a maquina registrava meu rítmico cardíaco aumentando. Eu estava entrando em pânico.

Uma mulher de branco entrou correndo e falando algo que eu não conseguia entender.

Quem era aquela mulher?

Quem era eu?

Foi a ultima coisa que pensei antes de ser tragada pela escuridão.

TUM. TUM. TUM

Dessa vez não havia nada obstruindo minha garganta. Eu tinha sido transferida para uma espécie de quarto. Havia flores por todos os lugares. Pessoas que se importavam comigo. Que me amasse, talvez? Mas quem eram eles? Quem era eu?

Tentei encontrar respostas observando o quarto. Mas não havia nada ali que despertasse minha memoria.

Meu nome é...

Ki-ri-sa-ki?

Kirisaki? Kirisaki! Isso Kirisaki Chitoge.

Como eu vim parar aqui? Onde é aqui? Onde estão as pessoas das flores? Oh, não. Meu ritmo cardíaco estava aumentando novamente. Eles me apagariam de novo.

Se acalme.

Não vai ter respostas se não se acalmar.

0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597, 2584.

Fibonacci!

Matemática me acalma.

Eu gosto de matemática?

Eu estudo teoria dos números.

Raku.

Seu nome veio do nada e toda minha memoria também. Sorri pela primeira vez, sabendo que logo o veria. E acabei adormecendo novamente.

...

Desde que acordei no hospital esperei pela visita dele. Mas ele nunca veio. Ele nunca viria. Ele estava em seu iate quando tudo foi pelos ares. Disseram que um acidente matou o empresário e chef da culinária japonesa reconhecido mundialmente. Disseram muitas coisas boas dele. Mas não existem acidentes na máfia. Alguém matou meu marido e iria pagar com a vida por isso.

...

Havia ficado três meses em coma, e após mais dois de fisioterapia, recebi alta do hospital. Se não fosse pelo meu desejo de vingança, preferia não ter acordado em um mundo em que Raku não mais existia.

Eu estava de volta à mansão, meu quarto apesar de limpo estava como havia deixado. Tudo bagunçado. Pela primeira vez senti vontade de arruma-lo. Foi assim que encontrei o livro.

A historia era ruim, mas Raku havia mudado o final porque eu havia chorado. Sua letra infantil me fez rir. E logo depois chorar. O marcador de pagina era uma fita vermelha e na ponta dela, amarrada, havia uma chave no mesmo formato do pingente que ele sempre usava.

Foi uma das poucas coisas que haviam encontrado entre os pedaços do iate. Shuu me entregou enquanto ainda estava no hospital. Disse que para Raku, eu era a única garota da vida dele e que deveria ficar com ele.

Irônico que agora eu usava o pingente que sempre odiei.

Estava tremendo e chorando quando ouvi o clique da fechadura.

Sempre fui eu.

Sempre tive a chave.

Dentro do pingente havia um pedaço de papel, já um pouco envelhecido.

“Casa-se comigo, Chitoge. Ichijou Raku.”

Chorei até dormir. Mesmo sem saber, ele havia honrado sua promessa.

...

Os dias se passaram lentamente. Meu cabelo loiro foi substituído por um tom avermelhado, troquei meu jeans casual por um vestido azul claro marcando o busto e minha cintura em um decote ousado. Botas de cano curto e jaqueta de couro preta. Estava na festa de noivado de Saizo e Onodera.

Tentei me sentir feliz por eles. Mas já não sentia nada. Estava naquela festa para investigar. Não estava errada por achar que teria resposta ali. Quarenta minutos depois recebi uma mensagem de um numero restrito. Se eu quisesse respostas sobre a morte de Raku, as encontraria no píer 469.

Podia ser uma armadilha, mas mesmo assim me despedi dos noivos e fui para o porto.

Assim que cheguei, me enviou outra mensagem. Era para procurar pelo veleiro que se chamava: Stupid Bean. Peguei minha 45 e escondi no bolso da jaqueta. Estava usando a jaqueta de Raku. Me sentia segura assim. Se aquilo fosse uma brincadeira doentia, iria acabar em sangue. Prometi .

O silencio me deixou nervosa. Mas logo encontrei o Stupid Bean.

– Estou aqui. O que tem para mim? – perguntei com uma voz que soou estranhamente normal. Fria. Estava a bordo e feliz pela minha voz não ter entregado meu medo.

Então uma mão poderosa tapou minha boca por trás e me arrastou para dentro da cabine.

...

Prefiro loira, mas você fica uma ruiva maravilhosa. – sussurrou no meu ouvido.

O pânico me deixou sem forças, até ouvir aquela voz, que sempre fez meu corpo ganhar vida.

– Mas você está morto... – disse para mim mesma. – Se isso é um sonho não quero acordar. – consegui dizer reconhecendo sua pegada, seu toque, seu cheiro.

– Senti tanto a sua falta – ele disse me virando de frente para ele.

Então o som do tapa que dei em sua cara ecoou pela cabine.

– Não era bem a reação que eu esperava Darling – rosnou Raku

Eu também estava surpresa com minha reação. Eu estava entre extrema felicidade por ele estar vivo e extremo ódio por ter me deixado pensar que estava morto por mais de dois meses.

– Eu te amo. - me ouvi dizer

Então ele atacou minha boca e tudo foi substituído por extremo desejo.

...


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Notas finais do capítulo

~ Próximo capitulo no próximo domingo... eu acho...
~ Então o que acharam
~ Eu espero que gostem, pois eu senti falta de vocês...
~ Ainda não me sinto muito segura para escrever hentai... mas tentei deixar um pouquinho mais hot... vamos ver o que acontece...
~Tinha planejado terminar a historia em 12 capítulos, mas ainda não vejo como a historia vai acabar, então vou escrevendo...
~ Eu queria desenvolver os outros personagens... devo?



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